You Cannot Escape The Past.
You Cannot Escape The Past.
Por: Pâmela Aguiar
Prólogo.

Bom dia/ Boa tarde/ Boa noite/ Boa madrugada

Aqui está uma história saindo quentinha do forno para vocês.

Espero que gostem dessa história tanto quanto das outras.

Boa leitura.

Byeeeeeeeeee !

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Pov. Bella

Um ano na Califórnia, mas precisamente em Los Angeles. Realizando um intercâmbio que foi a única maneira de realizar um sonho e de me recuperar das rasteiras que a vida nos dá. Um ano tentando me encontrar, superar o passado, as decepções é curar as feridas da alma.

Acho que estou indo bem.

Como diz o ditado " eu tô só empurrando com a barriga ".

Hoje começa um novo semestre na escola, provavelmente terá novos alunos, não me importo nenhum um pouco com isso. O que me importa e minha melhor amiga escandalosa e meu amigo.

Aqueles gêmeos safados.

Estão sempre aprontando.

Ainda mais pra cima daquela garota que fica enchendo o saco que eu não tenho.

As vezes sinto vontade de dá uma voadora de três pernas nela.

Paro de olhar para o vento e pensar besteira e pego minha mochila, olho em volta do quarto e vejo o violão que ganhei de presente de aniversário dos meus gêmeos favoritos. Sorrio e saio do quarto, desço a escada, passo na cozinha pego uma banana e saio comendo. Quando estou descendo as escadas vejo Nick e Chloe encostados no carro.

- Pontuais como sempre em. - digo e os dois reviram os olhos com aquela sincronia que só gêmeos e aqueles casais de filme sobre amor verdadeiro tem.

- Claro, você nos obriga a acordar às cinco da manhã só porque você e uma vampira que não dorme. - diz Nick sorridente e arqueio as sobrancelhas em resposta.

- Quem tu comeu pra tá nesse bom humor em plena segunda feira ? - pergunto e Chloe ri.

- Na verdade minha querida amiga, nosso pateta aqui arranjou uma namorada. - diz e eu olho surpresa para ele.

- Sério isso ? De que poço sem fundo essa garota surgiu ? - pergunto rindo e ele me mostra o dedo do meio e entra no carro.

Vou para o lado do carona enquanto Chloe senta atrás como de costume. Ela sempre prefere ir atrás para o caso de precisar aprontar com alguém e se esconder.

Minha amiga é muito malandra.

E super pervertida também.

- A conhecemos no acampamento é por coincidência ela vai estudar com a gente. Se você tivesse ido para o acampamento de música você a teria conhecido também. - diz e eu sorrio.

- Sim, é provavelmente ela não teria ficado com você, mas sim com a nossa vampira brasileira aqui porque ela e bem mais quente que você. - diz Chloe rindo e eu nego com a cabeça.

- Tô fora, deixo para vocês dois. - digo e eles me olham ao mesmo tempo.

Lá vem.

Esses dois.

- Aquela garota cubana que você não suporta pediu pra gente te entregar isso. - diz Nick puxando algo do bolso de sua calça enquanto Chloe ria.

Pego o pedaço de papel, abro e vejo que era o número dela, apenas amasso o papel e jogo pela janela do carro enquanto os dois riem.

- Ela nunca desiste, já tem um ano que você tá aqui e mesmo assim essa garota insiste em te arrastar para a cama dela. - diz Nick e eu confirmo com a cabeça enquanto Chloe se enfia no meio da gente.

- Porque não dá uma chance a ela ? - pergunta me encarando e eu a encaro de volta. - Digo, ela não é feia, ela na realidade e muito bonita, e uma vaca por dentro, mas é uma vaca gostosa que quer ser devorada por você. - diz e eu faço uma careta em resposta.

- Pra ela eu sou hétero, na verdade nenhuma garota da escola me interessa, meu gosto e bem peculiar e rigoroso, não gosto de quem se joga encima de mim. Tudo que vem fácil, vai fácil Chloe. - respondo calma e ela assente.

- Então vou investir. - diz e eu dou de ombros rindo.

- Fique a vontade, você tem muito capim escondido na manga do seu casaco, vai agradar ela. - brinco e os dois riem.

Olho para a frente vendo a enorme escola que mais parece uma faculdade e respiro fundo quando Nick faz a volta para estacionar. Assim que o carro para, olho a entrada da escola lotada de pessoas, vários rostos conhecidos e desconhecidos. Saio do carro acompanhado dos loucos e do outro lado do estacionamento vejo a garota que me enche o saco.

- Vamos andar mais devagar, não tô afim de esbarrar com essa garota agora. - digo e eles assentem.

Coloco meu óculos de sol e olho a hora no relógio, exatamente oito e quinze da manhã. Caminho de forma calma pensando na canção que estive escrevendo durante as férias. Outra música que não consigo terminar, antes eu conseguia compor dez músicas em uma hora e hoje não consigo escrever nem o refrão de uma em menos de dez dias.

Que estado decadente que eu tô.

Ao invés de evoluir, eu só estou regredindo mais a cada dia.

- Vamos tomar logo café, hoje começamos diretamente com treino de futebol. - diz Nick e eu olho confusa para ele.

- Como assim ? - questiono confusa e ele revira os olhos.

- Você tem que aprender a olhar as mensagens do grupo do time. Se a nossa capitã não sabe nem que dia treinamos como vai nos liderar ? - diz Chloe e Nick assente.

- Você também mal olha Chloe, se não fosse por mim é a equipe ser mista vocês estariam perdidas. - diz e eu assinto.

- Exatamente por isso que não olho, tenho você como capacho querido irmão. - diz e ele dá um leve empurrão nela.

Entramos no refeitório lotado de pessoas já sentados nas mesas, todos param de comer para nos olhar e fuxicar como de costume, encaro cada mesa com a cara fechada e todos fingem estar comendo.

Bando de sem ter o que fazer da vida.

Palhaçada.

Vamos diretamente para a bancada escolher o que vamos comer, como sempre vamos primeiro nas frutas, em seguida cereais e máquina de leite. Fico um pouco mais atrás deixando meus amigos pegarem primeiro, porque sempre demoro mais a escolher o que comer. Quando finalmente vou para a máquina de leite enquanto meus amigos já estão pegando as vitaminas, vejo uma garota brigando com a máquina de leite. Cabelos castanhos claros, tão claros que eram praticamente loiros, pele clara, mas parecia ter se bronzeado recentemente. Ela xingava em espanhol bem baixinho, acabei rindo quando ela chamou a máquina de um monte de merda e ela se virou assustada. E só agora pude notar traços meio latinos, como se ela fosse filha de cubana com americano ou algo assim e os olhos azuis claros.

- Eu não acho que a gente deva tomar um monte de merda. - digo desviando minha atenção de seu rosto e pegando o prato de cereal de sua bandeja e levando para baixo da torneira da máquina de leite.

Em silêncio fiz a torneira funcionar novamente e coloquei leite no seu cereal e em seguida estendi em sua direção.

- Obrigada. - diz sem graça e eu dou de ombros.

- Não se preocupe, acontece. - digo colocando meu leite sabendo que isso era obra de Jordan um dos jogadores da equipe de futebol.

Ele sempre desliga o botão de funcionamento da máquina para sacanear os alunos novos.

- Não, é sério, você evitou que eu pagasse mico no meu primeiro dia. - diz e eu a encaro.

- Tudo bem, mas dá próxima vez pode xingar a máquina em outra língua, assim eu vou rir mais um pouco de você e estaremos quites. - digo em tom de brincadeira e ela sorri.

Sem esperar uma resposta me viro e vou em direção aos meus amigos que me esperavam já sentados na nossa mesa de sempre me fitando curiosos.

Já vão inventar coisas.

Esses dois.

______________ Continua ______________

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