Thomas
Chego em casa e não tenho mesmo muita coisa pra fazer quando se trata do horário em que eu estaria em sala de aula. Resolvo que seria bom fazer umas compras, assim posso me distrair e também cozinhar eu mesmo e não ficar pedindo tanta besteira.Já vou ter que ir ao supermercado vou logo dar uma conferida em minhas meias,outro dia saindo para o trabalho notei que eu tinha poucas e seria uma boa comprar mais alguns pares.Vou até o quarto e ao entrar no closet da Melinda sinto ainda mais falta dela,sei cheiro está em todo lugar aqui,até olho suas roupas por um instante e toco em alguns tecidos lembrando de sua pele coberta por eles e de como ela fica sensual em qualquer roupa.Dou uma não olhada e tento imaginar onde ela pode guardar minhas meias,geralmente ela deixa umas separadas pra mim sobre a cama e eu costumo deixá-las em uma gaveta na cômoda perto da cama,mas por agora tenho que me virar e procurar no lugar certo de origem.Me abaixo em um canto e vejo algumas gavetas pequenas. Na primeira há alguns lenços,na segunda algumas gravatas e na terceira finalmente encontro minhas meias. Dou uma conferida e acho que mais uns três pares vai vir a calhar. Depois de conferir isso abro novamente a gaveta de gravatas,até acho graça de ter tantas,porque nem sou o maior fã de usar isso,nem mesmo nas ocasiões que eu deveria. Mas Melinda gosta de comprar e que eu use quando vou a algum evento com ela,ela inclusive escolhe as que combine com o terno ou a roupa em questão.Isso também me lembra ela,tudo aqui me lembra ela e a falta que sinto e que ela faz em cada detalhe. Pego uma das gravatas na mão lembrando da reunião em que a usei por insistência dela,eu não gostei da cor,mas ela disse que ficaria bem,então usei,recebi alguns elogios sobe essa gravata aquela noite.Quando vou devolver vejo o que parece ser uma caixa debaixo de alguma delas. Isso me deixa curioso e acabo por retirar mais algumas gravatas para ter certeza de que é mesmo uma pequena caixa ali. A retiro e abro,tem um cartão dentro. Eu o abro e vejo uma foto de Melinda e um cara de origem asiática. Não o reconheço de nenhum lugar ou do ciclo de amizade dela. Minha garganta começa a ficar apertada e então eu ergo o cartão até mais perto de mim e leio a seguinte mensagem:"Adorei a noite contigo,o jantar estava perfeito,mas mais ainda o resto da noite e tudo que fizemos."Minha garganta fica ainda mais seca e é como se o chão abrisse sobre meus pés. Eu sei que posso estar precipitando as coisas quando minha mente sugere traição ou algo do tipo,mas não posso evitar me sentir assim. Ainda mais quando vejo a data em que o cartão foi escrito e lembro que foi exatamente na noite em que preparei um jantar especial e ela não pode vir porque ficou presa em uma reunião fora da cidade.ShaneDetesto teatro.Nem os do colégio eu gostava, só participava pra receber nota. Agora tenho que ficar aqui sentada com minha adorável família perfeita e falsa. Pelo menos eu tenho meu celular escondido e digito para Claire sobre a chatice de estar aqui.Shelly me olha pelo canto do olho como se isso fosse fazer eu de alguma forma guardar meu telefone e prestar atenção a essa peça chatíssima. Ela então olha para o meu pai que logo ao ouvir o que ela diz ao pé do ouvido já se aproxima ainda mais de mim e diz:__Querida, pode pelo menos guardar esse telefone e fingir que está gostando da peça?Eu olho para Shelly, que tem essa cara de sonsa preocupada, mas que nunca me convenceu de que quer o meu bem, em seguida olho para ele, sorrio como sempre faço da forma mais falsa possível e que ele nunca percebe e digo:__Claro, papai.Guardo meu telefone na bolsa e fulmino Shelly com os olhos, ela ignora isso ao apenas olhar pra frente e sorrir satisfeita. Meu pai se casou com uma idiota. Pelo menos ano que vem estarei na faculdade e não vou mais precisar ficar aqui passando por isso.Eu tento não cochilar durante a peça, mas isso é meio inevitável, pelo menos Shelly não faz meu pai me acordar, na verdade ele faz isso quando já estamos prontos para sair e seguir para a parte dois da tortura, nosso jantar em família de fim de semana, que geralmente é na sexta-feira e não no fim de semana mesmo....Vamos para o restaurante de sempre pedir quase os mesmos pratos de sempre. Benjamin já dorme, coitadinho, a noite foi chata pra ele também. Pelo menos disso tudo eu tive essa vantagem, ter um irmãozinho mais novo, eu não tinha nenhum. Ele é um amor, apesar de Shelly sempre manter ele por perto e dificilmente termos muito tempo juntos. Se a minha mãe não viajasse tanto a negócios, talvez eu estivesse morando com ela, mas logo no primeiro ano eu vi que não seria possível isso e decidi ficar com o meu pai.Meu celular vibra na minha bolsa durante o jantar, vejo na tela que o nome do cara com que eu venho sonhando esses dias todos aparece lá. Já vou abrir a mensagem sentindo meu coração pular pela boca quando ouço meu pai dizer:__Querida, o que já combinamos sobre telefone durante o jantar?Dessa vez eu quase imploro:__Mas pai, eu juro que é importante.Então ele diz:__Então me deixe ver de quem é e eu posso te confirmar isso.Meu rosto até fica branco agora, eu nunca poderia deixar ele ver isso ou ele e a Shelly nunca mais me deixariam sair de casa. Então eu apenas emburro minha cara e ele sabe que venceu, na certa acha que é uma mensagem da Claire, ele sabe como somos grudadas, principalmente ao telefone. Menos mal, não quero que ele saiba nunca sobre o professor Andrews.Meu coração ainda está acelerado de tanta emoção, não faço ideia do que diz a mensagem, mas estou louca para saber, será que ele vai me dar uma chance? Será que apenas apagou meu número e agora tem ele lá sem saber de quem é e só está querendo saber isso? Será que a noiva dele descobriu tudo? Mas tudo o quê se não houve nada? Minha cabeça está a mil e assim que entramos no carro de volta pra casa, abro logo minha bolsa e vou conferir meu telefone.Abro a mensagem dele que diz:Professor Andrews: Ainda está afim de aprender mais sobre sexo?Meu corpo até congela um instante, pra em seguida todo esse calor tomar conta de mim.Eu fico olhando o cartão e a foto dos dois juntos em uma mesa de jantar parecendo um casal feliz e tenho vontade de rasgar isso tudo ao meio. Mas eu não faço isso apenas soco o chão ao qual estou sentado e sentindo toda essa raiva. Eu pego meu telefone no bolso enquanto ainda encaro como ódio essa foto,encontro o número da Melinda e já começo a ligar,ela vai ter que me dar uma ótima explicação pra isso se é que ela tem uma. O telefone chama umas três vezes e quando ela não atende eu mesmo desligo. Chego a conclusão que não é uma boa ideia conversar agora com toda essa raiva que estou sentindo. Fecho a gaveta de gravatas e recolho a caixa com essas coisas dentro e sigo para meu quarto. Senti em minha cama e fico com essas coisas no colo pra um tempo. Passo a mão pelos cabelos ainda me sentindo um merda enganado pela mulher que eu amo e que dediquei vários anos da minha vida a nunca traí-la e ela faz isso comigo. Depois de rum tempo me martirizando e discando várias vezes pra ela e
Guardo meu telefone no bolso e começamos mais uma rodada de doses de uísque, isso de maneira nenhuma vai acabar bem, mas não sou eu que vou questionar isso hoje. Esqueço toda a responsabilidade que tenho comigo a vida toda e dirijo bêbado de volta pra casa. Quando acordo percebo a grande merda que fiz, eu poderia ter causado algum acidente, ter atropelado alguém ou até me matado nessa idiotice que fiz. Respiro fundo tentando levar pra longe esse mal estar, não costumo beber tanto assim e vejo que foi mesmo uma péssima ideia o que fiz ontem.Acho que não vou correr hoje, me deito mais uma vez em minha cama, mas não consigo ficar por muito tempo, preciso de um bom banho se quero me recuperar de toda essa merda que estou sentindo. Já no banho e excitado como sempre nessa parte da manhã é que me lembro que nem olhei meu telefone depois de enviar aquela mensagem para aquela garota, outra vez me lembro de mais uma merda que fiz ontem. Passo a mão pelo meu rosto já pensando em alguma alter
Como resposta ela me deu apenas algumas horas para nos encontrar, não achei que ela fosse querer fazer isso hoje, mas eu também não tenho nada marcado e poderia me encontrar log com ela para resolvermos isso com uma boa conversa, então decidi aceitar.Sei onde fica a cafeteria que ela sugeriu que nos encontrássemos. Já estive lá algumas vezes com meu irmão Ryan e sua namorada no inverno passado. Até convidei Melinda para ir com a gente, mas ela não pode ir como sempre.Me sinto ainda pior depois de me lembrar disso, cada vez que me recordo de algo que ela não fez, de um local que não pode ir, me lembro de que ela poderia muito bem estar com outra pessoa, nem sei ao certo se isso tudo pode ser verdade ou não e o que me mata é a dúvida. Queria que ela voltasse logo para conversarmos francamente sobre o assunto e tirar esse peso de mim de alguma forma. Sei que de alguma forma estou usando essa situação pra fugir um pouco da minha realidade, não sei como vou explicar nada disso pra essa
Queria não reparar que seu rosto fica levemente vermelho cada vez que ela me olha ou que eu digo alguma coisa, meu Deus, isso é adorável e eu não deveria de forma alguma estar achando isso. Deveria menos ainda pensar que mais partes do seu corpo podem ficar assim. Engulo em seco e respiro fundo. Onde eu achei que vir aqui me encontrar com essa garota seria uma boa ideia? Já tem algum tempo que ela saiu pedindo licença depois de corar todo o rosto quando simplesmente me olhou. Checo mais uma vez meu celular, lembro que ainda não respondi Melinda, mas assim que vou pensar em alguma coisa para dar como resposta, ela se aproxima, menos vermelha agora, mas não menos adorável que antes e se senta mais uma vez. Pergunto se ela está bem e adoro o tom da sua voz que combina muito bem com sua personalidade tímida, fico realmente pensando sobre quando ela me disse que nunca tivera coragem de enviar uma foto daquele tipo que me enviou para ninguém antes, de certa forma agora me sinto lisonjeado
Achei que mudando de assunto eu me sentiria melhor falando com ela, talvez um pouco mais confortável, mas ela tem o dom de me olhar dessa maneira, levando meus pensamentos para um lugar onde não deveriam ir. O problema é que gosto do que ela causa apenas sendo ela mesma comigo.Ela fez uma proposta de ir até a minha casa e eu fico pensando nisso mesmo não tendo aceitado, enquanto a observo tomar seu chocolate quente e comer esses bolinhos e a maneira como ela fecha os olhos ao fazer isso, até me faz fechar os olhos. Nunca me senti tão atraído por alguém nesse nível, ainda mais sem nem conhecer muito sobre ela. Respiro fundo e ela ergue os olhos na minha direção dizendo:__Costumo vir aqui com meus pais, sempre peço o mesmo, você que experimentar?Tenho mesmo que manter minha mente ocupada com alguma coisa que não seja apenas ela e todos os seus movimentos extremamente hipnotizantes então decido aceitar. Ela me entrega um dos bolinhos e ao experimentar concluo que são realmente bons. E
Eu vou a um bar aqui perto depois de pagar a conta a garçonete e lhe deixar uma gorjeta que a faz sorrir anda mais ainda e isso me lembra o que a senhorita Johnson me disse. Não acredito que ainda estou pensando nela, mas estou.Assim que chego ao bar, peço uma cerveja, não costumo gostar muito desse tipo de bebida, mas geralmente cerveja me deixa mais relaxado e juro que estou precisando muito disso agora. Pego meu telefone e depois de reler mais uma vez o que Melinda me enviou decido responder. Ela não visualiza por agora e isso não é novidade, estou um pouco cansado de tentar adivinhar que horas serão do outro lado do mundo, então resolvo apenas continuar a beber minha cerveja.Meu telefone ainda está sobre o balcão perto de mim, olhar ele ali me lembra também que eu tenho o número agora salvo de uma certa garota que está invadindo meus pensamentos nas últimas horas como nenhuma outra mulher além da Melinda fez nos últimos anos.Mas eu tento ignorar essa parte, apesar que ainda fic
Me visto sem muita disposição pra fazer isso, afinal todos vão ficar falando o tempo todo da Melinda e como ela está fazendo falta no almoço de domingo, porque isso já aconteceu algumas vezes e eu sei de cor como vão agir. Nas outras vezes eu tive muita disposição em defender seu lado e como ela estava cheia de trabalho e tudo mais. Mas agora que ela está longe e eu só preciso dizer isso, não sei se quero ficar falando sobre Melinda hoje porque isso tudo me lembra a forma como estamos e todos esses assuntos ainda não resolvidos. ...Mas por incrível que pareça, Melinda não fica nos assuntos por muito tempo, apesar que Ryan logo mudou o tema da conversa assim que minha mãe perguntou por ela e eu respondi que ela ainda estava no Japão. Estamos na piscina e enquanto eu viro os hambúrgueres na churrasqueira, Ryan toma uma cerveja e me oferece uma que acaba de abrir, eu pego de sua mão e olhamos no mesmo instante para minha mãe e a namorada dele Candace rindo de alguma coisa dentro da co
Fico a manhã toda pensando se isso foi realmente uma boa ideia, mas chego a conclusão de que foi sim, vamos conversar de uma forma que não conseguimos fazer aquela tarde no Café. Dou uma olhada em alguns livros assim que termino meu café da manhã, separo alguma coisa que considero uteis e relevantes para que eu possa ensinar da maneira certa o que ela me pediu. É estranho me sentir tão ansioso assim por causa de uma suposta aula, porque de alguma forma isso vai ser apenas uma aula teórica apenas, o problema é que quando me lembro dela, do seu corpo tão atraente e de sua cara inocente eu me perco mais ainda no que devo realmente fazer e minha mente quer pensar outras coisas que não deveria. Pego meu telefone e até penso em ligar para Melinda, e alguma forma ter essa ideia de que tenho uma noiva e que não posso fazer nada de indevido me mantinha um pouco mais sobre o controle do meu corpo. mas eu desisto, a essas horas ela deve estar em alguma reunião que me leva a pensar nas diversas