Desta vez foi a vez de Fausto se sentir confuso. Se ela continuasse a rejeitá-lo, Fausto acharia normal, mas agora não só ela estava cooperativa, como também queria algo excitante, o que era surpreendente. — É sério? — Fausto perguntou, meio incrédulo. — Eu estou amarrada assim, o que mais eu poderia fazer? — Daniela tentou parecer relaxada e feliz. Fausto a observou por vários segundos, talvez movido pela curiosidade, ele pegou a bolsa dela e realmente encontrou remédios lá dentro. Fausto segurou na mão, olhando as palavras escritas, que diziam Viagra. Daniela disse, rindo: — Eu não te disse?— Como você pode carregar isso com você? — Fausto franzia a testa fortemente. "Daniela parece tão respeitável, com uma aparência tão inocente, será que ela também tem um lado devasso?!"— Você acha que eu sou algum tipo de boa moça? Para você, eu sempre fiz de conta que não me importava, só para chamar sua atenção. Agora, tome isso logo, tome e vamos nos divertir bastante! — Daniel
Ela era médica e sabia naturalmente que havia sinais de um aborto.Sua face estava pálida.Ramon percebeu que algo estava errado e perguntou:— Você está ferida?Daniela se esforçou para parecer bem, balançando a cabeça negativamente.Depois de sair do quarto, ela não conseguiu mais esconder sua dor no rosto.Se ela perdesse o bebê, nunca perdoaria Sandra!Ao passar pela sala de estar, Daniela viu os guarda-costas que tinham sido nocauteados.Ela conhecia essas pessoas, eram homens de Fausto.Ela passou por eles com uma expressão fria, saiu da casa e entrou no carro. Assim que fechou a porta do carro, ouviu gritos terríveis vindo de dentro da casa, a voz de Fausto, estava cada vez mais agonizante, sem saber o que Ramon havia feito!Daniela não tinha tempo para pensar, ela se recostou, tentando descansar, sem ousar fazer movimentos bruscos!Os gritos de Fausto duraram uma hora, até que Ramon finalmente saiu.Ramon dirigia o carro, com Nilton ainda dentro. Ela realmente não entendia o co
— Jandaia, você realmente é muito ingênua, sabia? Você nem entende o que seu marido pensa, isso é triste. — Verônica cruzou os braços, arrogante. — Desde o início, seu marido planejou o casamento de sua filha com a família Mendes, se tornando parente dos Mendes, ele fez isso para poder manipular sua filha. Então, ele não se divorcia de você, e você, tão ingênua, acha que ele ainda tem sentimentos. Se ele realmente tivesse sentimentos por você, por que estaria comigo há vinte anos? E por que permitiria que sua filha se casasse com a família Mendes? A família Mendes pode ser rica, mas o Ramon é conhecido por seu temperamento difícil, sua filha foi praticamente empurrada para ele, você acha que a vida dela será boa? Se você fosse inteligente, se divorciaria do Getúlio agora, e sua filha poderia escapar dessa vida dolorosa mais cedo.— Você está falando bobagens! — Jandaia retrucou, mas sem muita convicção, faltava a ela ímpeto.Ao ouvir isso, Daniela balançou.Desde pequena, Getúlio a fez
"Esses anos todos foram assim: o coração dói, mas também se consegue aceitar."Ela mudou de assunto: — Mãe, ouvi dizer que você vai receber alta?Jandaia acenou com a cabeça: — Estou muito melhor agora, fiquei no hospital tempo demais, quero sair.Daniela não concordou imediatamente, mas foi conversar com o médico de Jandaia, que afirmou que ela poderia ter alta, desde que cuidasse bem de si mesma e realizasse exames regulares.No entanto, Daniela não disse isso a Jandaia, em vez disso, pediu: — Mãe, aguente mais dois dias.Ela foi procurar uma casa para que, quando Jandaia tivesse alta, tivesse um lugar para morar.Jandaia concordou com a cabeça.— Mãe. — Daniela hesitou um pouco, mas decidiu perguntar sobre os pensamentos dela. — Você quer se divorciar do meu pai?Jandaia disse: — Divórcio...Daniela apertou os lábios. Ela realmente queria que Jandaia se divorciasse, mas durante muitos anos, isso nunca aconteceu.Ela tinha acabado de perguntar, e Jandaia apenas respondeu "divórci
Calisto acenou com a cabeça. O corpo de Daniela enrijeceu, como se um balde de água fria tivesse sido derramado sobre sua cabeça, esfriando ela da cabeça aos pés. "Ramon não disse que não gostava da Sandra? Como ele poderia engravidar ela?" — Dani, você está bem? — Perguntou Calisto, preocupado ao ver que ela parecia perturbada. Daniela se recobrou e se apressou em balançar a cabeça: — Estou bem. No momento em que ouviu que Sandra estava grávida, ela sentiu uma pequena perda, mas logo se reconciliou com isso. Com quem Ramon estivesse não era da sua conta, e ela não tinha o direito de se sentir insatisfeita. — Dani, você está estranha, você não estará gostando do Ramon, né? — Calisto perguntou com um olhar suspeito, considerando a magnitude de sua reação. Daniela levantou os olhos para Calisto e perguntou: — Eu estou? Calisto acenou com a cabeça. — Minha reação não é porque eu gosto do Ramon, mas porque estou preocupada. — Disse ela, se sentando num banco no corr
Ramon olhava para ela em silêncio, e Sandra se sentia inquieta, já que não estava realmente grávida e se sentia insegura por dentro. Depois de um tempo, ele falou calmamente: — Se realmente houver meu filho em seu ventre, eu o assumirei. Sandra estava eufórica, e se não estivesse na frente de Ramon, provavelmente teria soltado uma risada alta. Mesmo assim, seu rosto transbordava uma alegria incontida. — Então você se casaria comigo por causa do bebê? — Perguntou ela, ainda emocionada. A voz de Ramon não tinha nenhuma variação, era simples, fria, desapegada: — Não. Ao ouvir isso, o sorriso no rosto de Sandra pareceu congelar: — O que você quer dizer com isso? — É simples, eu só quero o bebê. — Disse Ramon, perdendo a última gota de paciência, mas ainda de maneira calma. Sandra perdeu a calma: — Para onde você está me levando agora? — Para o hospital. — Disse Nilton. Ele olhou para Sandra e continuou: — Você pode ter o bebê, mas quem quer que seja a mãe que o
Ramon despertou, e seu nariz foi imediatamente invadido pelo cheiro forte de desinfetante. Ele se levantou lentamente. — Presidente Mendes. — Seu secretário Hélio foi ajudá-lo a levantar. Ramon acenou com a mão, dizendo: — Não precisa. — Ele pausou por um momento antes de perguntar. — Como está Nilton? — Ele não corre perigo de vida. Foi submetido a uma pequena cirurgia e está em coma, ainda não acordou. — Respondeu Hélio. — Você teve uma leve concussão, e o médico recomendou repouso. Quer dormir mais um pouco? Pensando em Sandra, que tinha sangue na perna, Ramon apertou os lábios e, após um momento de silêncio, ainda perguntou: — Como está a Sandra? — O médico informou que ela sofreu um aborto, mas tem apenas alguns arranhões leves pelo corpo, nada grave. Ela tinha acabado de acordar quando cheguei. Está no quarto ao lado. — Disse Hélio hesitante. — Quer que eu a chame? Ramon levantou a mão, sinalizando que não. Seus sentimentos por Sandra eram complicados, ele a rej
Ela já estava ocupando o lugar da Sra. Mendes por tempo demais. Uma brisa suave fazia as folhas das árvores sussurrarem. O verão tinha passado, e agora era outono. O sol já não era tão intenso. Com o vento, já se podia sentir um toque frio. Ela ajeitou suas roupas e apressou o passo, planejando voltar para casa e preparar o jantar com suas próprias mãos, para depois discutir o divórcio com Ramon à noite. De repente, um carro desviou para a sua frente, bloqueando seu caminho. Várias pessoas saíram do carro, sem dizer uma palavra, cobriram sua cabeça com um saco preto, taparam sua boca e a arrastaram para dentro do carro, então se afastaram rapidamente. Daniela foi imobilizada, não conseguia se mover. Não se sabe quanto tempo depois, ela foi arrastada para fora, e diante de seus olhos havia apenas escuridão, ela não conseguia ver ninguém. Mas ninguém estava mais tampando sua boca: — Quem são vocês? Por que estão me sequestrando? — BCD-8745, esse carro é seu, não é?