Enquanto falava, Berta viu Daniela segurando um pequeno bebê em seus braços e rapidamente se aproximou, indagando: — De onde veio este bebê? — Sem esperar pela resposta de Daniela, ela já conjecturou. — É o filho da Srta. Bianca? Bianca olhou para Daniela, e um sorriso se formou no canto dos seus lábios, impregnado de ternura: — Eu realmente gostaria que fosse meu filho, mas não tenho essa sorte. Então, Berta ficou surpresa: — Então, de quem é este bebê? — É meu filho. — Disse Daniela. Berta arregalou os olhos: — Sra. Mendes... O que você disse? De quem é este bebê? — Rapidamente, ela pensou. — Será que este bebê é do Sr. Ramon? Daniela balançou a cabeça. — O quê? — Berta ficou perturbada. — Se não é filho do Sr. Ramon, então de quem é? Daniela não negou, apenas disse: — Não sei. — Dani. — Uma voz grave e carregada de raiva soou atrás dela. Daniela se virou e viu Cassiano apoiado em uma bengala, parado no limiar da porta, parecendo ter ouvido a conversa de B
Daniela sentia um aperto no peito, como se algo a prendesse, impossibilitando ela de respirar. — Você não vai se recusar, vai? — Cassiano observou seu semblante perturbado. — Você realmente vai deixar que um filho de outro homem chame Ramon de pai? Você acha isso possível? Ramon aceitaria isso? Eu aceitaria isso? Daniela realmente não havia pensado em tudo. Ela negligenciou um detalhe. "Ramon é o herdeiro da família Mendes, com uma fortuna incalculável. Quanto maior a família, mais cautelosos são com o sangue." "Mesmo que Ramon diga que não se importa, que pode tratar essa criança como se fosse sua, Cassiano permitiria que Ramon criasse um filho sem laços de sangue com a família Mendes?" "Em uma família comum, talvez fosse aceitável, mas os Mendes são uma família rica. Embora não sejam a realeza com direito a um trono, ainda assim há muita riqueza a ser herdada. Agora vejo que pensei de forma muito simplista." Ela só pensou em si e em Ramon, negligenciando muitos fatores ext
— Eu alimentei Anjinho com leite e o fiz dormir. — Disse Bianca, preocupada com Daniela, pois Cassiano parecia mal, o que a fazia temer que ele estivesse causando problemas para Daniela. Daniela balançou a cabeça: — Vamos embora. — Para onde? — Perguntou Bianca. De fato, Daniela também não sabia... Ela só sabia que precisava pegar Anjinho e ir embora primeiro. Bianca a ajudou. — Dani, você está realmente bem? — Bianca perguntou, notando sua expressão sombria. — Eu acho que fiz muitas coisas erradas... — Disse Daniela sombriamente. De fato, a presença de Cassiano fez com que muitas coisas lhe ficassem claras. Ela estava cega pela emoção, pensando ilusoriamente que poderia ficar com Ramon, enquanto Anjinho era uma barreira intransponível entre eles. O complicado background familiar de Ramon significava que uma criança de outro homem nunca seria aceita, e ela não poderia permitir que seu filho sofresse. Se ela deixasse Anjinho na família Mendes, seu filho certamente s
— Eu e Getúlio não nos divorciamos, você é a única sem direitos aqui. — Jandaia não falou de forma áspera, apenas refutou calmamente, o que foi suficiente para deixar Verônica sem palavras!O ponto sensível de Verônica era não ter se casado com Getúlio e não possuir um status legítimo.Nesse instante, as palavras de Jandaia a irritaram mais do que as de Daniela, somadas ao fato de Caio estar ferido, ela estava à beira de explodir e levantou a mão para bater em Jandaia.Daniela deu um passo à frente e segurou a mão de Verônica:— Meu pai acabou de morrer, não se comporte como uma descontrolada.Verônica virou a cabeça e quase saltou os olhos ao ver Daniela.— Quando Getúlio estava doente, não vi vocês cuidando dele, agora que ele morreu, todos vocês querem dividir a herança? Vou te dizer, todo o dinheiro da família Vieira pertence ao Caio! — Seu olhar se tornou ainda mais severo. — Daniela, você machucou meu filho! Eu não vou te perdoar!Daniela não queria perder tempo discutindo, então
Antes mesmo de o advogado começar a leitura, Verônica, impaciente, arrancou os documentos das mãos dele. Ela abriu o arquivo ansiosamente, cheia de expectativas de herdar todo o patrimônio da família Vieira, mas à medida que lia, seu rosto ficava cada vez mais pálido, até perder completamente a cor.— Impossível, Getúlio não poderia fazer isso comigo, isso tem que ser falso! — Verônica, parecendo enlouquecida, rasgou os documentos.O advogado não interferiu, pois eram apenas cópias, não o original, e, portanto, não havia problema em destruí-las.— Vocês devem estar conspirando contra mim! — Ela lançou um olhar furioso para o advogado e depois fixou Daniela e Jandaia. — Isso só pode ser coisa de vocês duas!Daniela não se deu ao trabalho de discutir com Verônica e pediu ao advogado que prosseguisse com a leitura do testamento.Verônica não estava disposta a desistir, mas Caio a segurou e disse: — Mãe, papai confiava muito no advogado Dedé, ele não mentiria, pare de fazer escândalo.Ve
Após falar, Daniela disse a Jandaia:— Mãe, vamos embora.Jandaia seguiu Daniela para fora da casa dos Vieira.Getúlio havia morrido, e a família Vieira estava desolada.— O que seu pai escreveu na carta para você? — Perguntou Jandaia, curiosa.Ela queria fazer essa pergunta há muito tempo, mas hesitou devido à recente presença de Verônica e seu filho na casa.Daniela respondeu:— Papai espera que eu cuide de Caio.Jandaia riu ironicamente:— O que seu pai estava pensando? Ele confiou a você o cuidado de Caio? Ele acha que você simplesmente aceitaria? Dani, mesmo que você aceitasse, eu não concordaria."Caio foi criado por Verônica desde pequeno e é profundamente influenciado por ela, ambos são farinha do mesmo saco."Daniela explicou:— Então, para me apaziguar, papai me enviou provas do dano que Verônica me causou.Daniela também sentia que Getúlio tinha sido um tanto cruel. Verônica tinha estado com ele desde jovem, sem qualquer status formal, e tinha dado à luz seu filho, terminand
Daniela rapidamente desviou o olhar, tentando se esconder. No entanto, Nilton falou algo nesse momento: — O Presidente Mendes está aqui, você quer ir cumprimentar ele? Sua voz chamou a atenção das pessoas por perto. Ramon virou a cabeça e olhou na direção deles, e Daniela, sem ter onde se esconder, teve que enfrentar o olhar dele, sorrindo: — Eu preciso resolver uma questão com o Nilton. — Que questão? — Perguntou Ramon. Ele provavelmente sabia, mas ainda assim perguntou, querendo ver como ela responderia. Durante o funeral de Getúlio, ela havia usado a desculpa de estar ocupada para não frequentar muito a mansão e também não permitiu que ele comparecesse ao funeral, ele sempre sentiu que ela estava se afastando dele. — Não é nada importante. — Disse ela, de modo casual. Ramon, imperturbável, respondeu: — Venha comigo. Após dizer isso, ele caminhou em direção ao seu escritório. Daniela hesitou, parada, sem segui-lo. Nilton, percebendo que ela não se movia, sus
— Você procurou o Nilton porque não entende de negócios e veio pedir conselhos para aprender? — A voz de Ramon estava baixa, parecendo calma, mas ocultando uma tempestade interior! Daniela, com coragem, encarou seu olhar: — Meu pai deixou a empresa sob minha responsabilidade temporariamente. Estudei medicina na universidade e não tenho experiência em administração, então vim pedir ajuda ao Nilton. Pensei que você estaria ocupado e não quis te incomodar... — É mesmo? — Ramon soltou uma risada fria. — Conte, o que aconteceu desta vez? Daniela sorriu: — Não aconteceu nada... — Você ainda finge que não sabe? — Ramon a interrompeu diretamente. — Meu avô falou algo com você? O sorriso no rosto de Daniela desmoronou lentamente. Ramon questionou: — Meu avô pediu para você me deixar? Daniela baixou a cabeça: — Não. — Então por que você tem sido tão fria comigo ultimamente? — Ele perguntou, quase exigindo uma resposta. Daniela subitamente levantou a cabeça, com o rosto