Daniela rapidamente desviou o olhar, tentando se esconder. No entanto, Nilton falou algo nesse momento: — O Presidente Mendes está aqui, você quer ir cumprimentar ele? Sua voz chamou a atenção das pessoas por perto. Ramon virou a cabeça e olhou na direção deles, e Daniela, sem ter onde se esconder, teve que enfrentar o olhar dele, sorrindo: — Eu preciso resolver uma questão com o Nilton. — Que questão? — Perguntou Ramon. Ele provavelmente sabia, mas ainda assim perguntou, querendo ver como ela responderia. Durante o funeral de Getúlio, ela havia usado a desculpa de estar ocupada para não frequentar muito a mansão e também não permitiu que ele comparecesse ao funeral, ele sempre sentiu que ela estava se afastando dele. — Não é nada importante. — Disse ela, de modo casual. Ramon, imperturbável, respondeu: — Venha comigo. Após dizer isso, ele caminhou em direção ao seu escritório. Daniela hesitou, parada, sem segui-lo. Nilton, percebendo que ela não se movia, sus
— Você procurou o Nilton porque não entende de negócios e veio pedir conselhos para aprender? — A voz de Ramon estava baixa, parecendo calma, mas ocultando uma tempestade interior! Daniela, com coragem, encarou seu olhar: — Meu pai deixou a empresa sob minha responsabilidade temporariamente. Estudei medicina na universidade e não tenho experiência em administração, então vim pedir ajuda ao Nilton. Pensei que você estaria ocupado e não quis te incomodar... — É mesmo? — Ramon soltou uma risada fria. — Conte, o que aconteceu desta vez? Daniela sorriu: — Não aconteceu nada... — Você ainda finge que não sabe? — Ramon a interrompeu diretamente. — Meu avô falou algo com você? O sorriso no rosto de Daniela desmoronou lentamente. Ramon questionou: — Meu avô pediu para você me deixar? Daniela baixou a cabeça: — Não. — Então por que você tem sido tão fria comigo ultimamente? — Ele perguntou, quase exigindo uma resposta. Daniela subitamente levantou a cabeça, com o rosto
— Você está com o Ramon há muito tempo, deve saber o que ele gosta de comer, não é? Pode me dizer? — Perguntou Solange com um sorriso.Porém, Nilton ficou alerta quando Solange mencionou Ramon pelo nome, ao invés de chamá-lo de Presidente Mendes.Nilton respondeu:— O Presidente Mendes é casado, como você sabe, com a Srta. Vieira que você acabou de ver. Por que pergunta sobre as preferências do Presidente Mendes?Nilton era astuto e percebeu de imediato que havia segundas intenções na pergunta de Solange.Ao falar, ele enfatizou intencionalmente o título do Presidente Mendes, tentando lembrar Solange de que ela estava ali para trabalhar, e não para ultrapassar limites!Solange usou um tom suave e frágil para dizer:— Eu só estava...— Se você está aqui para trabalhar, faça seu trabalho corretamente e evite causar problemas desnecessários. As mulheres devem se respeitar e não cobiçar um homem casado! — Advertiu Nilton.Após dizer isso, Nilton se virou e saiu.A expressão de Solange mudo
— Srta. Vieira, o Sr. Cassiano pediu que você fizesse algo e não houve progresso algum? Ouvi dizer que hoje você foi até a empresa procurar pelo Sr. Ramon. — Disse Guiomar com um tom alterado após a partida de Nilton.Daniela respondeu:— Eu não fui procurá-lo, estava à procura de Nilton...— Não importa quem você estava procurando, você não concluiu o que o Sr. Cassiano pediu! — Guiomar foi direto ao ponto. — Já que você não conseguiu, agora o Sr. Cassiano vai cuidar pessoalmente, você só precisa ajudar a levar o Sr. Ramon até lá, e sua tarefa estará cumprida.Daniela perguntou:— Levar Ramon onde?— Para o Hotel Mirante Azul, na suíte do último andar. — Explicou Guiomar.Daniela mal podia acreditar no que ouvia. Será que Cassiano queria que Ramon se envolvesse com Solange?— Qual é o problema? Você não quer ajudar? — Guiomar perguntou.Daniela realmente não queria ajudar. Como poderia enviar o homem que gostava para a cama de outra mulher?— Você se esqueceu do que prometeu ao Sr. Ca
Daniela entrou no escritório. — Presidente Mendes. Ramon, ao ouvir esse título, adotou uma expressão instantaneamente séria. Naquele momento, Daniela não estava disposta a agradá-lo, por isso nem reparou em sua expressão sombria. Ela começou a falar de maneira mecânica: — Você está livre esta noite? Ramon, recostado na cadeira, respondeu de forma indiferente: — Para fazer o quê? — Eu reservei um quarto em um hotel. — As mãos dela, penduradas ao lado do corpo, se apertaram e se soltaram repetidamente antes que ela conseguisse falar com calma. — No Hotel Mirante Azul, a suíte no último andar... — Daniela. — Antes que ela terminasse, Ramon a interrompeu. — O que você está dizendo? Ele conteve a euforia interna, mantendo uma aparência fria. Daniela havia o convidado, como ele poderia não estar feliz? Mas, por orgulho, ele não demonstrou isso diante dela. Daniela perguntou: — Então, você está ocupado hoje? — Não. — Ele respondeu rápido demais, revelando seus se
Inicialmente, Ramon foi enganado pelo entusiasmo de Daniela, mas, pensando melhor, percebeu que ela havia sido fria com ele anteriormente. "Como ela de repente se tornou tão entusiasmada e até me convidou para ir a um hotel para termos relações sexuais? Isso claramente não fazia sentido." — Estou errada em querer agradecer? — Perguntou Daniela. — O quê? — Disse Ramon. — Hoje, Nilton foi à empresa, me ensinou muito e me ajudou a tomar várias decisões. Eu sei que foi por sua causa que ele se dedicou tanto, eu queria te agradecer. — Explicou Daniela. — Por isso? — A voz de Ramon baixou ligeiramente, então não era porque ela gostava dele, o amava, ou queria estar íntima dele, mas sim como um agradecimento por ele ter ajudado? O riso frio que escapou de sua garganta foi gélido e sombrio. — Você está se entregando para me retribuir? A palavra "se entregar" feriu profundamente o coração de Daniela. Ela engoliu o amargo, se inclinou sobre o ombro dele e disse: — Eu gosto de
Daniela gritou, aterrorizada:— Socorro...Sua boca foi coberta, e ela se debateu freneticamente.Infelizmente, a pessoa por trás dela era muito forte, arrastando ela para dentro do carro.Enquanto resistia, ela viu que quem dirigia era Nilton.Suas pupilas se dilataram e, ao olhar para trás, viu Ramon."Como pode ser ele? Ele não deveria estar no hotel com Solange agora? E ele também bebeu aquele vinho tinto, deveria estar drogado agora!"Ela parou de lutar, cautelosa:— Você...As luzes neon coloridas do lado de fora da janela do carro piscavam rapidamente, passando em rajadas pela cabine. Ramon se escondia nas sombras, sua expressão estava sombria e indistinta quando perguntou:— Daniela, você me entregou para outra mulher?Sua voz era profunda como um poço seco, ecoando sombriamente fria e profunda.Daniela engoliu em seco:— Não foi de propósito!Ramon não estava disposto a ouvir qualquer uma de suas explicações."Ela fez, então fez! Quem faz, tem que admitir!"Ramon não responde
Depois de falar, Ramon abriu a porta do carro e saiu.Enquanto o som da porta se fechando ecoava, Daniela estremeceu:— Ramon?Foi ele o homem com quem ela havia feito sexo aquela noite?Dolorida, ela se levantou se arrastando, abriu a porta do carro, saiu e tentou segui-lo, percebendo que estava completamente nua.Rapidamente, pegou uma peça de roupa para cobrir o peito e gritou:— Ramon, volte!O estacionamento subterrâneo estava muito escuro, e seu grito reverberou vazio. As luzes de emergência acenderam, mas ela não viu Ramon, ele já tinha ido embora.Daniela riu, e enquanto ria, as lágrimas corriam por seu rosto.Ela não era uma mulher promíscua.Ela só havia feito sexo com um homem, Ramon era o único homem, aquele de quem ela gostava um pouco, aquele com quem ela queria estar!Ela respirou fundo pelo nariz.Sem se preocupar com a dor em seu corpo, vestiu rapidamente a roupa, precisava encontrar Cassiano e dizer a ela que o filho não era de outro homem, que o filho era de Ramon!D