Avah Telles SchmidtNoah tinha ido trabalhar, e eu aproveitei o silêncio da manhã para preparar as coisas para a viagem de Ano Novo. A decisão de passar o réveillon em um lugar longínquo com Mali e Emilly surgiu como uma forma de me distrair dos últimos acontecimentos e encontrar um pouco de leveza.Enquanto arrumava a mala de Phillipah, eu pensava nas reviravoltas que a vida nos proporciona. Os sentimentos conflitantes sobre a situação com Noah ainda me assombravam, mas decidi não deixar que isso interferisse nas festividades de fim de ano.No dia 31, acordei cedo para cuidar da minha pequena e deixar tudo preparado para a viagem. O sorriso dela iluminava meu dia, e eu agradecia por ter uma pequena luz na minha vida.Após arrumá-la, cuidei dos meus próprios preparativos. Optei por um vestido leve, afinal, estávamos indo para a praia. Enquanto me olhava no espelho, a ambivalência de sentimentos tornou-se mais evidente. Estava animada pela viagem, mas uma parte de mim ainda carregava a
No dia primeiro do ano recebi uma ligação da minha mãe emputecida comigo por ter deixado Noah sozinho, ela soube por que o Maciel aquele boca de sacola contou para ela. Depois que eu conversei com ela e ouvi o sermão desliguei o celular e soltei um longo suspiro. — O que houve amiga? – Mali sentou ao meu lado. — Minha mãe ralhou comigo por ter deixado o Noah sozinho. — Tia Mira não sabe o que vocês estão passando por isso que ela ficou sem entender, mas sei que vocês vão inventar uma coisa. – Minha amiga tocou o meu ombro e sorriu para mim. — Vamos nos animar amiga, ano novo, vida nova. – Nos abraçamos.Phillipa deu sinal que estava faminta e me levantei para preparar a sua mamadeira e depois de alimentada, as meninas e eu fomos para a praia e curtimos um pouco antes de fazermos as malas e voltarmos para casa. — A praia está gostosa. — A praia? Você quer dizer a água, né? – Minha amiga e Emilly estavam uma implicando com a outra, pareciam Aaron e Noah. Meu celular começou a api
Os dias foram divertidos e no final do mês Phillipah e eu estávamos no aeroporto embarcando para Boston, ainda não acredito que estamos embarcando para tão longe. — Amiga, vou sentir a sua falta. – Mali estava me agarrando. — Hei! Você passa anos longe e eu só vou passar um ano, talvez até menos. – Essa parte eu digo baixo em seu ouvido. — Você é a irmã que eu não tenho. — O sentimento é reciproco. – a abracei novamente, Emilly também se aproximou e abracei bem apertado. Minha mãe, meus sogros, Maciel, Flor, Aaron e as crianças me abraçaram e nos desejaram boa viagem. Tânia estava ao meu lado, pedi a ela para vir comigo e Noah aumentou o seu salário. — Promete que vai me ligar e me mandar atualizações todos os dias? – Noah pergunta e confirmo. — Por favor, não esqueça de mandar fotos de vocês para mim e me ligue quando chegar. — Pode deixar. — Eu te amo Babyboo. — Eu também te amo Ogro. Nosso voo foi anunciado e me despedi do pessoal mais uma vez, assim que embarcamos fomo
A luz matinal começou a infiltrar-se pelas frestas das cortinas, marcando o início de mais um dia em Boston. A rotina estava apenas começando para mim. Acomodada no meu novo apartamento, levantei-me com a determinação de enfrentar o dia que se desenhava à minha frente. O ritual matinal era uma mistura de movimentos automáticos e reflexões silenciosas. Enquanto a água morna do chuveiro acariciava minha pele, eu repassava mentalmente os desafios e as oportunidades que poderiam surgir. O cheiro do café recém-preparado invadia a cozinha, estimulando meus sentidos e trazendo um conforto familiar. Vesti-me com cuidado, escolhendo um conjunto profissional que transmitisse confiança e seriedade. Ao mesmo tempo, não pude evitar sorrir ao notar a delicadeza de uma pulseira que Noah me presenteou antes da viagem. Um pequeno elo com o lar que ficara para trás momentaneamente.Antes de sair para enfrentar o dia, dediquei um tempo precioso a Phillipah. Seus olhinhos curiosos acompanhavam cada movim
Senti um alívio imenso quando finalmente cheguei em casa. Peguei minhas coisas na redação e segui para casa com um cansaço que parecia se acumular a cada passo. Tânia me recebeu com preocupação, questionando se eu havia comido alguma coisa.— Avah, você comeu alguma coisa? – Tânia perguntou, e eu neguei. — Como assim? Quer cair dura?— Meu dia foi corrido, e também não estou com fome. Cadê a minha bebê linda? – Perguntei perguntando a ela.— Está dormindo, a levei na pracinha como você pediu. Depois de um tempo, fomos para casa. Phih gostou bastante, apesar do tempinho frio.— Você é maravilhosa. Vou me deitar um pouquinho. – Fui até o quarto de Phillipah, a peguei com cuidado e a levei para o meu quarto. Deitei ao seu lado, velando o seu sono. Meu celular tocou, era Mali, preocupada comigo. Ela contou que falou com Noah e ele mencionou meu estado. Expliquei que era apenas uma tontura, mas ela expressou frustração por eu não compartilhar mais detalhes.— Amiga, foi apenas uma tontura,
Noah Schmidt Estava no avião indo para Boston, planejando surpreender Avah, pois estava com muita saudade das minhas meninas. Quando o avião pousou, peguei minhas malas e fui direto para o apartamento de Avah. Ao bater na porta, Tânia a abriu com um pouco de receio, mas ao me ver, relaxou.— É você, Noah. Pensei que fosse algum estranho. – Ela estava realmente com medo.— E por que todo esse medo?— Ao contrário da minha irmã, não sou boa no inglês.— Onde está a minha pequena? – Ela me deu passagem, e quando entrei, a vi no cercadinho.Phillipah, ao me ver, esticou os bracinhos, e eu a peguei do cercadinho.— Avah vai ficar feliz em ver você. Tomara que com você aqui, ela se alimente melhor, pois esses dias ela não tem comido, o estômago dela anda muito sensível.Não sabia que Avah estava tão mal assim, pois ela me disse que era apenas uma tontura. Agradeci a Tânia por ter me alertado. Estava brincando com minha filha e feliz por ver que ela já está arriscando a ficar de pé.— Ela t
Avah Telles SchmidtNoah estava estranhando as minhas atitudes e eu sabia que era melhor contar logo para ele, quando Phillipah dormiu, olhei para Noah e disse a ele que precisávamos conversar. — Eu sabia que havia alguma coisa errada com você, mas estava esperando que você viesse falar comigo. — Noah, o que eu tenho para te contar é bem sério e não sei como você vai reagir. – Digo a ele que franze o cenho. — O que você quer dizer? Me levantei e fui até a minha gaveta e peguei a caixinha que havia guardado e quando ele abriu me olhou confuso e perguntou o que era aquilo. — Você é lerdo demais. – Peguei sua mão e coloquei na minha barriga. — Não me diga que… – Balancei a cabeça concordando e ele me abraçou apertado. — Sério? Vai ter mais um bebê em casa? — Como se sente? – Perguntei a ele secando as minhas lágrimas.— Eu me sinto feliz pra caralho, dois bebês é muita responsabilidade, mas e você como se sente? — De verdade? Estou muito feliz, mas você vai ter que se preparar pa
Quando chegamos ao Brasil, marcamos um jantar e contamos para nossa família sobre a minha gravidez, a notícia foi muito bem resolvida e minha mãe me abraçou empolgada. — Seu pai iria estar feliz em ver a mulher que você se tornou filha. – Sequei as lágrimas da minha mãe.— Eu sei mãe, e sinto que ele está olhando para nós. – Minha mãe concordou. Noah se aproximou de nós e minha mãe tocou o seu ombro. — Filho, eu sinceramente achei que você e Avah não dariam certo, já que eram dois insanos. – Olhei para ela que deu de ombros. — Mas dentro dessa loucura vocês arrumaram um meio termo e agora estão me presenteando com dois netos, estou realmente feliz por vocês.Noah e eu nos olhamos meio culpados por um breve momento. No dia seguinte arrumei Fillipah e fomos para a redação, estava com saudades de meus amigos. Ao chegar à recepção, Bia correu em minha direção e me abraçou apertado. Sua empolgação era contagiante, e seu sorriso era daqueles que iluminavam o ambiente.— Avah! Estava mo