Naquele momento, Éder apressou-se a se aproximar e disse:- Tio, oh, não, Sr. Vitor, esta lanchonete tem problemas de higiene. Vim inspecionar e pedi que fechassem para reorganização, mas o dono não ouviu e ainda mandou alguém nos agredir. Olha só, até perder um dente eu perdi.Vitor lançou um olhar de desdém para Éder, sabendo muito bem o caráter de seu sobrinho. No entanto, não poderia ignorar o fato de seu sobrinho ter sido agredido. Caso contrário, ao voltar para casa, sua esposa não o deixaria em paz. Assim, ele falou com uma autoridade burocrática:- Quem te bateu?Éder apontou imediatamente para Durval, dizendo:- Foi ele.Vitor avançou em direção a Durval e perguntou friamente:- Foi você quem bateu nele?- Sim, fui eu. - Durval respondeu calmamente.Vitor ficou irritado ao ver a indiferença de Durval e disse:- Jovem, agredir um funcionário público é um crime grave. Eu posso mandar alguém te levar agora mesmo, entendeu? - A voz de Vitor estava carregada de ameaças.Durval sorr
Isso ainda é uma pequena questão, mas se o Sr. Leonardo levar a sério e começar a investigar ele mesmo, será que os próprios escândalos de Vitor ainda poderão ser escondidos? Pensando nisso, as pernas de Vitor já começaram a tremer. E seus empregados, vendo o estado de Vitor, também ficaram sem saber o que fazer, parados ali, atônitos. Somente Éder, ainda sem compreender a gravidade da situação, se aproximou e disse:- Sr. Vitor, acabe logo com ele.Vitor desejou dar dois tapas e matar esse sobrinho. Mas o que ele precisava considerar agora era como salvar a si mesmo. Um momento depois, em um lampejo de inspiração, ele gritou:- Éder, o que está acontecendo?Éder ficou confuso e olhou para Vitor, dizendo:- Tio, eu já te contei tudo pelo telefone.- Chefe, venha aqui. - Vitor chamou o chefe.O chefe, também confuso, se aproximou, tremendo e parou diante de Vitor. Vitor então falou com um sorriso:- Chefe, me diga a verdade, ele não pagou a conta do restaurante, não é? - O chefe, ins
"Então era ele, o filho de Emanuel, Paulo, atual responsável pela zona de guerra da Província Q, o Sr. Paulo!"Paulo era reconhecido por todos como alguém que em breve entraria em Cidade S e se tornaria um dos altos escalões do País H, um membro de alto nível das forças armadas, um futuro líder de destaque.Nesse momento, Vitor sentiu vontade de morrer, suas pernas fraquejaram e ele caiu no chão.Éder, que ainda não tinha percebido o problema, viu o tio cair e rapidamente se aproximou para ajudá-lo, dizendo:- Tio, tio, o que aconteceu com você?Foi então que Paulo sorriu e apertou a mão de Leonardo, dizendo:- Hoje eu tive um pouco de tempo livre e me deparei com seus subordinados intimidando alguém. Eu não pude ficar olhando sem fazer nada, então te liguei.A expressão de Leonardo mudou imediatamente.Nas conversas entre pessoas de alto escalão como eles, tudo era muito bem pensado.Mesmo que houvesse algum problema, todos se expressariam de maneira sutil e resolveriam as coisas nos
- É...Vitor, sem mais condições de negar, só podia aceitar esse fato com muita dor.Foi então que Leonardo, com um rosto severo, disse:- Por ora, suspendo suas funções. Leve seu sobrinho e vá para o local apropriado para ser investigado. Eu supervisionarei pessoalmente seu caso. Não alimente falsas esperanças.Ao ouvir isso, Vitor quase desmaiou.Sendo supervisionado pessoalmente por Leonardo, como poderia ter um bom desfecho? Lembrando de seus atos passados e as consequências que agora enfrentaria, Vitor não conseguiu mais resistir e desmaiou ali mesmo.Nesse momento, Éder também percebeu que a situação estava fora de controle e suas pernas começaram a tremer.Leonardo, apesar de estar acompanhado apenas por uma pessoa, exalava uma aura de autoridade que não era comum.Vendo a condição de seu tio, ele entendeu que o chefe supremo havia chegado e que estava tudo acabado.Então, o secretário atrás de Leonardo olhou para as dezenas de pessoas trazidas por Vitor e disse em tom grave:-
- Qual presente?Solange, curiosa, aproximou-se, olhando para as várias folhas que Durval havia escrito, mas não conseguia entender de jeito nenhum.Durval disse:- Não adianta olhar, você não vai entender mesmo. Hoje à noite não vou jantar em casa, coma algo sozinha, eu preciso ir à casa do Sr. Emanuel."Casa?"Ao ouvir isso, um doce sorriso involuntário surgiu no coração de Solange.Então, sem que Durval percebesse a gravidade do que havia dito para Solange e para ele mesmo, ele pegou os papéis e saiu apressadamente.Ao mesmo tempo.Na casa dos Emanuel, o cozinheiro já havia preparado uma mesa cheia de pratos, e Emanuel também trouxe seu vinho especial para a mesa.Emanuel, Paulo e Jane estavam sentados no sofá, aguardando em silêncio.Nesse momento, a campainha tocou, e Jane correu para abrir a porta.- Sr. Durval, você chegou, por favor, entre.A atitude de Jane em relação a Durval havia mudado completamente, quase reverenciando-o como um deus. Afinal, a saúde de seu avô estava cad
Com Emanuel como garantia, entrar no sistema do estado significava que a carreira seria extremamente bem-sucedida. No entanto, Durval apenas sorriu levemente e disse:- Sr. Emanuel, estou acostumado à desordem e tenho meus próprios assuntos para cuidar. Por favor, não me coloque em uma situação difícil.Emanuel suspirou levemente e respondeu:- Cada um tem seus próprios objetivos, naturalmente não vou forçá-lo. Só espero que você sempre mantenha um coração patriótico.Durval franziu ligeiramente a testa, entendendo o que Emanuel queria dizer. Ele falou calmamente:- Sr. Emanuel, fique tranquilo, nunca tive nenhum pensamento ruim.Depois de dizer isso, Durval se virou e foi embora. Emanuel observou sua silhueta até que ele desapareceu e só então voltou para casa.Quando Durval chegou em casa, viu Solange vestindo um pijama de alcinha, adormecida no sofá. Sua pele branca brilhava intensamente, uma tentação mortal. Ele a olhou por um momento e rapidamente, como um ladrão, fugiu para o seu
Catarina apressou-se a dizer:- Por que você está falando assim?- O que foi, não estou certa? - Julia defendeu-se com convicção. - Ele é apenas um trabalhador, ainda não tem um emprego decente, você não deve ser enganada por ele.Catarina sacudiu a cabeça, resignada. “Julia provavelmente não sabe quão poderoso Durval se tornou agora, e ainda fala dele dessa maneira.”- Ele nunca me enganou, não fale assim. - Catarina só pôde responder.Julia então sentou-se ao seu lado, dizendo:- Ouvi dizer que você se tornou a gerente geral do Grupo Silva?- Apenas gerente de um departamento. - Catarina corrigiu.Julia sorriu com desprezo e disse:- Isso aí, agora você é a gerente. Durval, aquele garoto, não tem um trabalho decente, é claro que ele vai usar a relação entre vocês, colegas de classe, para se aproximar de você e depois enganar você por dinheiro e amor. Não é óbvio?Catarina ficou chocada, sem entender o que Julia estava pensando, como ela podia imaginar uma pessoa de maneira tão sombri
Era evidente o que ela queria dizer. "Você deveria ir embora agora."Mas Julia, como se não entendesse o olhar de Catarina, convidou seu namorado para se sentar, dizendo:- É raro nos encontrarmos assim, por que não jantamos juntos?- Isso não seria certo, atrapalharíamos você e seu amigo. - Catarina falou baixinho.Com um sorriso de desprezo, Julia respondeu:- Não atrapalhará, é mais animado quando estamos todos juntos.Catarina, sem saída, baixou a cabeça em silêncio.Para ser honesta, ela não queria encontrar Julia aqui, muito menos jantar com ela.Mas ela não conseguia expressar isso em palavras.E Durval apenas disse calmamente:- Jantar juntos também é uma boa ideia.Nesse momento, Julia perguntou:- Durval, ouvi dizer que Catarina está pagando o jantar para você?- Sim. - Respondeu Durval.Com sarcasmo, Julia questionou:- Você sabe quanto custa um jantar aqui?- Na verdade, não sei. Raramente venho a lugares como este.Isso era verdade, Durval raramente frequentava esse tipo d