- Sério? - Perguntou Durval.Pedro concordou com a cabeça:- Sério.Durval refletiu por um momento e disse:- Ilegal, né? Vocês não se importam?- Como controlar? - Pedro deu de ombros. - Essas coisas geralmente são disfarçadas de legais. Mesmo se fossem investigar, nem sempre é possível encontrar algo. Além disso, quem organiza esses leilões são sempre figuras influentes locais, com relações estreitas com o governo. Você deve saber como é, não é?Durval sorriu. "É, nem tudo pode ser controlado pelo governo."- Se for como você diz, eu poderia dar uma olhada. - Durval falou lentamente.Pedro sorriu e disse:- Começa depois de amanhã à noite. Amanhã, vá encontrar um homem chamado Lourenço. Vou te dar o telefone dele, ele pode te levar lá.- Precisa encontrar alguém? - Perguntou Durval.- Claro, como você acha que vai entrar em um leilão clandestino? Lourenço é o responsável local por essas coisas, tem muitos contatos.- Ótimo, amanhã vou lá. Nunca se sabe o que se pode encontrar.Durval
Durval não se importava com o dinheiro, o que importava era o conforto. Sentado na sala de estar, ele ligou para Lourenço. Pouco depois, a chamada foi atendida, e uma voz disse:- Alô.- Sr. Lourenço?- Sim, quem fala?- Sou Durval. Ouvi dizer que tem um leilão esta noite, gostaria de pedir para você arrumar isso pra mim.- Como conseguiu meu número?- Amigo, isso não é necessário perguntar. Basta fazer as coisas de acordo com as regras.- Bom saber que conhece as regras, custa cem mil.- Sem problema. Quando nos encontramos?- Onde você está?- No Hotel Galaxy.- Às oito da noite, perto da piscina do jardim do hotel.- Certo.A chamada foi encerrada e Durval sorriu. Uma taxa de entrada de cem mil, isso realmente despertou suas esperanças. Olhando o relógio, viu que eram apenas um pouco mais de cinco horas. Depois de descansar um pouco no quarto, Durval desceu para jantar e, pouco depois das sete, foi para o jardim do hotel.O jardim não era muito grande, mas as várias árvores, flores
Durval se aproximou de Bruna, se colocando à sua frente.Ao ver isso, Lourenço imediatamente sorriu com desdém:- Que diabos você é para se meter nos meus assuntos?- Não se diz 'Quando se vê uma injustiça, se deve intervir'? - Disse Durval calmamente.Não era que Durval quisesse se intrometer, mas Moisés estava sendo muito abusivo. Se não tivesse visto, tudo bem, mas ignorar também não seria certo.Além disso, Bruna acabara de fazer um show de promoção para o Consórcio do Cabo. Pelo jeito que as coisas estavam indo, se ela se envolvesse em um escândalo, a promoção viraria piada.Ao ouvir Durval, Moisés imediatamente riu e apontou para o nariz de Durval, dizendo:- Bom, é corajoso. Na Cidade T, você é o primeiro a se meter comigo, Moisés. Venham, batam nele.Moisés era extremamente arrogante, não se importando com a situação, ele queria lidar com Durval ali mesmo.Durval franziu a testa, e naquele momento, Lourenço correu até ele, inclinando a cabeça e falando:- Sr. Moisés, não fique
A mulher suspirou:- Você não é mais quem era há cinco anos. Eles estão pagando tanto dinheiro para ter você aqui, e você não dá nem um pouco de consideração. Isso torna meu trabalho como agente muito difícil.- Não estou me sentindo bem, vamos deixar para lá esta noite, ok? - Bruna franzindo a testa.O agente suspirou e se aproximou de Moisés, com um sorriso forçado disse:- Sr. Moisés, veja, ela não está se sentindo bem, que tal cancelarmos o encontro de hoje à noite? Ela tem um show amanhã e precisa descansar, o que acha de deixá-la descansar esta noite e ela te acompanha amanhã?Moisés a ignorou, apenas olhou para Durval e disse:- Garoto, vou me lembrar de você. Nos encontraremos novamente em breve. - Após falar, Moisés se virou e foi embora. O agente, seguido por dois assistentes, se apressou em segui-lo, pedindo desculpas pelo caminho.Os homens de Moisés, vendo que seu chefe tinha ido embora, também se levantaram rapidamente e saíram.Somente eles sabiam o quão forte tinha sido
Bruna, cheia de raiva, deixou o local e voltou para sua suíte presidencial. Deitada na cama, ela se sentia inquieta e turbulenta. Nos últimos anos, sua sorte não foi das melhores, as vendas de seus discos caíram, sua popularidade despencou, e seus cachês diminuíram cada vez mais, chegando ao ponto de se sentir frustrada até ao beber água fria, levando-a a um estado de constante inquietação e até depressão. Mas será que isso tinha algo a ver com o colar?Ela tirou o colar, uma peça de platina com um pingente de rubi. Se lembrou do ano em que estava no auge da fama. Sua melhor amiga, também uma cantora, comprou-o durante uma viagem ao exterior, pagando um alto preço e até pedindo para um monge abençoá-lo, a fim de aumentar a sorte e garantir segurança.Sua amiga era tão boa para ela, como sua carreira em declínio poderia estar relacionada a esse colar? Após pensar, ela colocou o colar de volta. Era um testemunho de sua amizade. Como poderia descartá-lo? Aquelas palavras daquele homem era
Lourenço e Durval chegaram ao hotel e subiram de elevador até o último andar. O último andar era um salão de banquetes, com homens de terno preto ocupando todo o corredor desde a porta do elevador, criando uma atmosfera bastante imponente. Era óbvio que o local estava fechado para o público em geral.Assim que saíram do elevador, foram interceptados por homens de terno preto. Lourenço se adiantou e disse:- Somos dos nossos, grandes chefes, é com minha garantia.Lourenço, claramente um frequentador habitual do lugar, era muito conhecido ali. O líder do grupo olhou para Durval, acenou com a cabeça e permitiu sua entrada.Enquanto andavam, Durval comentou com os homens de terno preto:- Você é bem influente aqui, hein?- Desde pequeno me misturo com o pessoal da Cidade T, todos me respeitam um pouco.Durval assentiu, entendendo que existem pessoas assim, não necessariamente com alta posição, mas bem-relacionadas e procuradas para resolver problemas, sendo uma figura com muitos contatos.
Durval ouviu e, sorrindo, disse:- Quem você pensa que é? Eu preciso conhecer você?Assim que Durval falou, houve um alvoroço imediato abaixo do palco.Os dois irmãos, Silvestre, desde pequeno envolvido no submundo, era cruel e impiedoso.Na juventude, encontrou um mestre que te ensinou artes marciais, se tornando muito habilidoso. Desde então, dominou a Cidade T, onde ninguém ousava provocá-lo.O irmão mais velho, Moisés, era inteligente e começou a fazer negócios aproveitando a reputação do irmão no mundo do crime, criando um império financeiro através de sangue e violência.Desde que Luciano anunciou que se retiraria dos assuntos do submundo e se dedicaria à meditação, os dois irmãos passaram a dominar a Cidade T, cobrindo o céu com a mão.Até os comerciantes locais da Cidade T, não importa quão grandes fossem, tinham que se curvar diante deles.Esse jovem que chegou à Cidade T ousou ser tão arrogante, certamente teria problemas.Todos olhavam para Durval, balançando a cabeça, saben
Silvestre, ao ver a situação, ficou com uma expressão sombria e disse:- Matem-no.Mais de uma centena de subordinados vestindo ternos pretos, segurando katanas, cercaram Durval.Vendo a situação, parecia que iriam matar Durval.O rosto de Bruna imediatamente empalideceu, suas pernas ficaram bambas, e o público abaixo, não querendo assistir, virou a cabeça para o lado.Mas foi nesse momento que, na entrada, uma voz alta exclamou:- Chegou Luciano.Ao ouvir isso, todos se surpreenderam, se levantaram e até Silvestre rapidamente impediu seus subordinados e foi ao encontro da porta.Apareceu um velho magro vestido de branco, acompanhado por um jovem, caminhando lentamente para dentro.Silvestre, se curvando, com um sorriso no rosto, disse:- Sr. Luciano, o que o traz aqui? Você deveria ter me avisado, eu teria ido buscá-lo.O velho conhecido como Luciano, com um gesto, disse:- Não precisa, eu apenas ouvi que algo incrível aconteceu aqui, então vim dar uma olhada.- O que quer que você ve