"Você não vai usar isso," Emrys disse sem expressão enquanto seus olhos tempestuosos cintilavam prateados estudavam minha roupa, sentindo a luxúria aumentando; Eu poderia dizer que tanto ele quanto Atticus tinham uma ligação mental um com o outro - só se pode ter ligação mental com seu lobo, não com outras pessoas. Fazendo beicinho, me virei e me olhei no espelho. "O que há de errado?" Meu sutiã esportivo preto com reflexos amarelo neon, minhas leggings e tênis combinando, e meu cabelo loiro preso em um rabo de cavalo alto. "É ..." Emrys vacilou nas palavras antes de cuspir a frase. "É dezembro, Lessie. A neve está no chão, o que significa que está muito frio para vestir isso," Franzindo minhas sobrancelhas, me virei e cruzei os braços. "Rhys, isso se chama jaqueta e você esqueceu que posso sentir suas emoções?" Eu acho que qualquer um poderia sentir tanto a luxúria quanto a possessividade que estavam saindo do meu companheiro; a culpa foi de Emrys ... Ele disse que eu precisav
"O que tem amanhã?" Emrys perguntou enquanto jogava fora seu fio dental usado e depois continuou a olhar para o espelho, prendendo meus olhos. Seu cabelo preto desgrenhado maravilhosamente e seu cheiro de chuva e cedro relaxaram meu cérebro.Levantei uma sobrancelha enquanto escovava meus cabelos recémlavados, respondi. "Eu não sei, o quê?"Ele bufou. "Bem, você e o menino bonito lá atrás pareciam ter a intenção de fazer algo".Oh... Isso. Eu quase me esqueci disso...Tentando não revirar os olhos, guardei a escova e me virei para ele, os olhos dele seguindo cada movimento meu com uma toque de desafio. "Fui convidada para a igreja, para a bênção do Reino ou seja lá o que for. Era esse o objetivo do 'menino bonito'".Emrys murmurou e encolheu os ombros. "A Bênção? Isso é bom..." Um momento de silêncio se instalou sobre nós antes de murmurar. "Mas que data chata"...Dei um passo em sua direção, segurei suas mãos e virei-o para me encarar. Eu gentilmente o empurrei de volta, nossos
"O que aconteceu?"Comecei a suar frio enquanto pegava nas mãos da minha melhor amiga, sentindo suas mãos ficando frouxas, quando ela respirou fundo; pelo menos, uma de nós conseguia respirar. Ao mencionar seu nome, eu pude sentir como se fossem suas mãos fantasmagóricas passando pelos meus cabelos e descendo até o final das minhas costas, me fazendo respirar mais leve, enquanto as memórias dessa noite se firmavam no meu cérebro"J-Jackson e ele se envolveram numa briga", ela disse com os lábios tremendo, lágrimas se acumulando nos olhos. "Eu não sei os detalhes mas a mãe dele me mandou mensagem faz tipo, quinze minutos, e o Ethan chegou no hospital.""Ah, que merda", suspirei. "Então, ele vai ficar bem? Por que eles brigaram?", eu disse com o coração disparado."Não tenho certeza, Cê... A mãe do Ethan ficou quieta quando eu perguntei, mas acho que ele vai ficar bem... Mas a mãe deles disse que o Jackson fodeu com os pulmões do Ethan, o médico disse que ele nunca mais vai correr na
”Que Rhys me ilumine!” Minha voz ecoou pra fora da nossa sala e reverberou por toda a casa; agora de jeans e moletom do Emrys, eu só deixei a raiva sair. Desde que nós saímos da correria do palácio, a raiva fluía nas minhas veias. “Como eu posso entender alguma coisa que você não me conta?!”Emrys correu a mão por seus dreads pretos, suas emoções explodindo pra todo lado, e nossos corações batendo tão forte quanto desde que tínhamos chegado em casa; a gente nunca tinha brigado feio desse jeito. Nunca. Eu odiava o jeito que ele se sentia, raiva e os tons de tristeza que irradiava dele, mas eu tinha que saber o que essa merda de profecia dizia!“Quer dizer, ela é sobre mim, no fim das contas! Eu acho que eu tenho o direito de saber-”“Por que você não confia em mim, Celeste?” A voz de Emrys estava tão alta quanto a minha, mas as luzes mesmo assim balançavam um pouquinho nas nossas cabeças. “Por que você não me deixa cuidar de tudo?”“Eu confio em você!” Como ele podia dizer um negóci
Nunca entendi porque tantas pessoas diziam que eu era inteligente. Talvez por causa das minhas poesias ou pelas minhas notas no colégio, mas - e especialmente agora - todos estavam errados.Eu estava me senitndo mais burra do que um peixe subindo numa árvore.Kyrell me trouxe ao palácio. Me levando pelos corredores ziguezagueantes, subindo e descendo escadas, e conforme ele ia me explicando as peças de arte pelo caminho, o mapa mental que eu tinha do palácio foi completamente apagado. Eu estava perdida lá dentro. Kyrell finalmente me levou ao subsolo, depois da academia e dos quartéis e, deixando até algumas celas para trás, chegamos a um longo corredor.“Chegamos”, Kyrell sorriu e apontou para uma pintura de lobos, seus corpos se curvando perante uma lua sangrenta - onde é que eu tinha visto isso mesmo?Levantando uma sobrancelha, cruzei meus braços, pois estava gelado ali embaixo. “Achei que você ia me mostrar onde estava essa merda de profecia.”Quando eu estava prestes a virar
*Visão do Emrys*Eu amava meu Mustang Fastback preto 67, não se engane, mas seria bom ter um carro que ficasse quentinho logo que ligasse - normalmente, eu tinha que esperar uns 10, 15 minutos antes de parar de bater os dentes dentro dele. E tinha o Audi, que deveria ser o presente tanto de dezesseis anos quanto de casamento da Celeste, mas deu toda aquela bagunça.Estacionei e saí do carro, conferindo de novo meu celular.Zero notificações.“Laker” eu corri apressado pra dentro da casa deles, depois que ele abriu a porta pra mim. Me recebeu com um sorriso, o cheiro de cigarro subindo. Passei uma mão nos meus cabelos, olhando desapontado pra trás dele. “Ela tá aqui?”Dando um passinho pra trás e me convidando a entrar, ele ficou confuso “Quem, Celeste?”Entrando na sua casa, dei uma espiada na sala, onde só vi Ostana, capotada no sofá, de frente com a TV exibindo aquela série que ela e Celeste viam juntas na Netflix, Outlander.Merda…“O que aconteceu, mano?” Laker me perguntou
“Celeste?” disse uma voz familiar atrás de mim, seus passos ecoando no piso de mármore, e me virando fiquei aliviada ao encontrar um desgrenhado Laker; sua jaqueta de couro com o zíper quase todo fechado sobre sua camiseta azul escura, seu cabelo castanho todo bagunçado.Agradecendo silenciosamente à Deusa da Lua, eu fui até ele e forcei um sorriso. “Laker, o que você está fazendo aqui?”“Eu quem deveria te perguntar isso,” respondeu ele, sem expressão, pescando o celular no bolso e mandando uma mensagem para alguém. “Emrys tá preocupado com você-” terminou a mensagem e, logo em seguida, o celular apitou, ele mandou uma outra mensagem e guardou o celular de volta no bolso.“Emrys tá aqui?” Ah, merda…Sabendo que o Kyrell já tinha ido pro seu próprio quarto, já que ele fez eu me virar pra achar a saída de algum tipo de salão de baile, suspirei. Laker levantou uma sobrancelha em minha direção.“E Cê, eu só queria que você soubesse… Emryn nunca quis, e ainda não quer te magoar. Exist
”Eu tinha sete anos de idade quando fui mandado pra sua casa de vez”, começou Emrys, seu braço descansando sobre a manta prateada sobre a lareira, as chamas alaranjadas sendo nossa única fonte de luz e calor, enquanto eu via um de seus dedos batucando na manta, silenciosamente.Sentada confortavelmente sobre uma de minhas pernas, dobrada embaixo de mim, enquanto a outra estava esticada para fora da cama imensa - e eu teria que esticá-la bastante para tocar o chão. Por sorte, tinha companhia para meus ombros, com um cobertor de lã negra jogado por cima deles.“Depois que minha mãe se foi…” ele respirou fundo, seus olhos fixos nas chamas, conforme começou a viajar nas suas próprias memórias antigas. “Eu cresci bem triste, bravo - eu normalmente tinha uns “trecos”, como meu pai gostava de chamá-los, mas na realidade eram ataques de pânico; eu entrava em pânico com o menor dos problemas, hiperventilava sempre que alguém falava da minha mãe. E meu pai cagava pra mim; ele não queria lidar