- Este mundo sempre contraria nossos desejos, por que insiste? - Perguntou Gabriel, sorrindo de leve.Ela já pensou em dar ao Gabriel e a si mesma uma chance de recomeçar. No entanto, depois de encontrar Mariana, ela percebeu que na verdade não seria capaz de fazer isso. Tudo estava tão claro, como eles recomeçariam?Com apenas uma frase de Mariana, ela não podia acreditar nele. A confiança entre eles já havia desmoronado, irrecuperável. Como remendar um espelho quebrado?- Você quer me expulsar? Eu não vou embora. Se você precisar de tempo, seja um mês, um ano ou dez anos, contanto que eu esteja vivo, vou esperar por você. - Disse Gabriel, com firmeza. Ele respirou profundamente e continuou. - Mesmo que eu morra, Isabela, eu ainda estarei esperando por você no paraíso, esperando você me levar embora.- Você não pode me forçar. - Disse Isabela.- Eu sei, vou respeitar sua decisão, mas ao mesmo tempo, não vou desistir de você. Não posso ir contra meu próprio coração. - Acrescentou Gab
Quando Rodrigo chegou, Isabela entregou a administração do bar para ele e Gabriel acompanhou ela até o hospital. No entanto, ao chegar lá, receberam a notícia de que Valentino estava desmaiado devido à perda de sangue e o estoque de sangue estava baixo.- Qual é o tipo sanguíneo dele? - Perguntou Isabela.- Tipo sanguíneo raro. - Respondeu a enfermeira. - Tipo sanguíneo raro? Você tem certeza? - Questionou Isabela, surpresa.- Hoje mesmo tivemos um paciente com sangue tipo raro para uma cirurgia, então o estoque ainda não foi reabastecido. Nunca esperávamos encontrar dois casos tão raros em um dia. Agora só podemos... - Confirmou a enfermeira, com convicção.Sem esperar a enfermeira terminar, Isabela estendeu seu braço branco como a neve. - Tire meu sangue, eu também tenho tipo sanguíneo raro. - Interrompeu Isabela.A enfermeira ficou atônita por um momento, claramente achando isso muito coincidente, mas rapidamente reagiu e levou Isabela para uma sala ao lado para coletar sangue.-
- Como eu poderia saber? - Exclamou Gabriel, furioso. Se não fosse por esse Valentino, Isabela não teria vindo para doar sangue e não teria mencionado o que aconteceu quatro anos atrás. Só de pensar nisso, já se irritava.Vendo sua raiva, Cláudio, com tato, mudou de assunto: - Sobre a pergunta que você me fez da última vez, não posso te dar uma resposta definitiva. Se quer ter certeza de que é a mesma pessoa, o método mais direto é um teste de DNA.Gabriel estreitou os olhos: - O DNA nem sempre é confiável.- O cara está morto, do que você ainda tem medo? Tem medo de que ele ressuscite?Gabriel franziu a testa e olhou para ele friamente: - Quem te disse que ressuscitar é impossível?Cláudio sentiu um arrepio. Se não fosse médico, teria acreditado.- Gabriel, não seja tão paranoico. Ela deve ter alguma liberdade social, senão qual a diferença entre você agora e antes? Você ainda está controlando a liberdade dela.- Cláudio, você é muito ingênuo.Gabriel apertou os lábios, emanando
- Gabriel veio procurar você? - Isabela mudou sua expressão, preocupada. - Ele não te machucou, nem ameaçou você de alguma forma, certo?Valentino hesitou por um momento, levantando a cabeça e refletindo:- Ele disse para eu me lembrar que devo a você uma vida. Isso não conta como uma ameaça, não é?Isabela ficou sem palavras.Ela sentiu que havia uma certa ameaça nisso, mas, pela perspectiva de Gabriel, parecia até gentil, deixando ela sem saber o que dizer.Após um silêncio, ela finalmente falou:- Na verdade, não precisa levar isso tão a sério. Salvar uma vida é um ato de bondade. Eu considero isso como uma bênção para minha filha.- Não, Sr. Gabriel disse que você estava com a saúde frágil e tinha acabado de sair do hospital, quase morrendo por doar sangue para mim. - Valentino falou seriamente. - Então, eu não esquecerei esse favor, chefe. Fique tranquila, vou me recuperar o mais rápido possível e voltar ao bar para ajudar.Isabela lhe serviu um copo de água.- Ele estava só te as
- Hum, irmã, o que mais você acha que poderia acontecer? A minha única família é você e Dulce, não tem mais ninguém para me visitar. - Enquanto falava, Pedro olhou de lado para Isabela e fez bico, dizendo. - Irmã, como veio me ver de mãos vazias? Eu pensei que pelo menos traria uma grande refeição para mim.Ao vê-lo assim, Isabela não pôde deixar de rir, tirando uma marmita de trás:- Olhe só para você, como eu poderia deixar você na mão? Isso é um caldo de galinha que a tia Iara cozinhou por uma manhã inteira, é super nutritivo.Pedro sorriu abertamente:- Eu sabia que você era a melhor comigo.Isabela serviu a sopa e se sentou ao lado da cama para alimentá-lo: - Vendo você tão cheio de vida, finalmente me sinto mais tranquila. O que faria se algo acontecesse com você?- Irmã, já disse, vou proteger você e Dulce por toda a vida, como poderia morrer? Não se preocupe.- E ainda diz! Quando vi você todo coberto de sangue, eu realmente... Quase morri de susto.Pedro riu suavemente e leva
Quando Isabela bateu à porta e entrou, Carina estava tricotando um cachecol e sorriu ao vê-la.- Felícia, você finalmente veio. Eu pensei que você não viria me visitar. - Enquanto falava, ela acenou para Isabela se aproximar. - Venha aqui, me deixe ver se o tamanho está bom.Isabela se aproximou e Carina colocou o cachecol em seu pescoço, ajustando-o para cima e para baixo, da esquerda para a direita.- Não está nada mal, ficou bem bonito. Você pode ficar mais um pouco? Estou quase terminando, e você poderá levá-lo com você.Isabela se sentou ao lado da cama e assentiu.- Claro, sem problema.Ouvindo isso, Carina sorriu e baixou a cabeça para continuar tricotando o cachecol.A cor do cachecol era branca, com um padrão comum, nada muito especial.Mas Isabela notou um monte de lã descartada ao lado da cama e logo entendeu.O cachecol provavelmente era para Cláudio.Quanto ao motivo de não ter sido entregue, ela não sabia.Mas ela também não planejava perguntar, afinal, se Carina não quis
- Felícia, o que você está fazendo? Está quase pronto! Carina disse apressadamente, tentando se levantar da cama para pegar algo, mas Isabela a segurou rapidamente.- Você não vai pegar!Então, Isabela a arrastou para o corredor: - Carina, veja o mundo lá fora, ainda não está escuro. Não se feche nesse mundo cinza, está bem?Liberte suas emoções, fale o que está em seu coração, não se reprima. Se continuar assim, seu coração vai adoecer.Carina, desconfortável, tentou se soltar:- Felícia, pare de falar, agora eu só quero tricotar meu cachecol, não estou interessada em mais nada.- Carina!Carina, franzindo a testa, lutava para se soltar:- Me solte agora!- O que aconteceu, pode me contar? Como posso te ajudar assim?- Não quero sua ajuda, me solte agora!Isabela a segurava firmemente: - Hoje você não vai embora até me contar, não vou soltá-la!- Não faça isso, me deixe entrar, rápido!No topo do edifício, além delas duas, só estava Pedro, então ninguém mais podia ouvir os pedidos
De repente, Carina ficou quieta, olhando para ela com lágrimas nos olhos:- Sério?- Claro que é verdade. - Isabela se aproximou e segurou sua mão. - Eu compreendo o sofrimento de uma paixão secreta, por isso sei que você sofreu mais do que eu.Ao ouvir isso, Carina de repente pulou em seus braços, começando a chorar compulsivamente.- Felícia, estou sofrendo tanto...- Eu sei, eu sei... - Isabela a abraçou, acariciando suas costas suavemente.Então, Carina levantou a cabeça e encontrou aqueles olhos profundos e familiares, se surpreendendo por um momento antes de desviar o olhar.- Carina, vamos entrar, está bem?Após desabafar, Carina já mais calma, assentiu obedientemente e seguiu Isabela de volta ao quarto.Isabela ajudou Carina a se sentar na cama, depois foi ao banheiro e preparou uma bacia de água quente, torcendo uma toalha e entregando ela a ela.- Aqui, limpe o rosto.Carina pegou a toalha e limpou rapidamente o rosto.O calor deixou seu rosto pálido mais rosado, destacando o