- Foi batida.- Quem?Isabela vendo o espanto dele, sentiu uma dor aguda no coração, e riu sarcasticamente:- Você.Gabriel olhou para ela friamente, sem dizer uma palavra, mas parecia dizer: "Você está mentindo, quando eu bati em você?"Então, ela suportando a dor no fundo do seu coração, disse:- Gabi, não é de hoje que você me bate, esses ferimentos, alguns foram causados por você, outros foram causados por pessoas que você mandou me bater.Isabela não conseguia descrever o que realmente sentia.Era dor, desespero ou ódio?Parecia ser tudo isso, e ao mesmo tempo, nada disso.Desde o aborto de dois anos atrás, até agora, ela tinha sentimentos misturados.Um homem que ela amou por dezessete anos, um homem que a amou mais do que a sua própria vida, um homem que a salvou, ela realmente não conseguiu desistir dele tão facilmente, provavelmente era o que Gabriel dizia, ela era realmente masoquista.Gabriel com a mão levantou o queixo dela, forçando seus olhos a se encontrarem.- Foi na pr
- Não, ele está bem.Do outro lado do telefone, a pessoa suspirou:- Isabela, se você precisa da casa antiga da família Pereira, eu posso ajudá-la. Eu também tenho os setenta milhões.- Não precisa, André.Isabela lambeu seus lábios secos:- Todos que se aproximam de mim se prejudicam. Primeiro foram meus pais; depois, Tio Cardoso; então, seu acidente de carro, até uma enfermeira foi demitida apenas por me dizer algumas palavras gentis.- Eu sei.- Como assim? Você que contratou aquela enfermeira?- Sim, eu estava com medo de te sobrecarregar, por isso não te contei.Uma corrente de calor atravessou o coração de Isabela, ela pensou que não havia ninguém neste mundo que se importasse com ela. Apesar de todas as adversidades, ainda havia alguém disposto a ajudá-la em segredo.- Obrigada.- Isabela, não me agradeça. Eu também sou responsável pela situação em que você e Gabi se encontram. Se eu estivesse presente dois anos atrás, isso não teria acontecido. Eu estou tentando pagar esta "dív
- Isabela! - Gabriel gritou seu nome com raiva.Talvez por não ter sido a primeira vez, Isabela não teve uma grande reação, apenas olhou para eles com indiferença:- Você me pediu para cuidar dela, nem pense nisso.- Não quer mais a casa dos Pereira?Isabela riu sarcástica:- Com essa vagabunda aqui, mesmo que eu implore e lamba os pés dela , ela nunca me deixará ter aquela casa.Depois de dizer isso, ela sorriu para Mariana:- Não é, Mariana?Mariana se encostou em Gabriel, fraca, e disse com uma voz baixa:- Gabi, não fique zangado, é normal a Isabela ter problemas comigo, aos olhos dos outros, eu sou apenas uma "usurpadora".- Mariana, quando você aprendeu um pouco de cultura? Você até sabe o significado da palavra "usurpadora"?- Isabela! Quanta arrogância!Depois de gritar com Isabela, Gabriel disse a Mariana em uma voz suave:- Este é o seu lar, e ninguém deve criticá-la!Ao ouvir isso, o coração de Isabela foi "rasgado"."Ele está certo, esta é a casa de Gabriel, e quem ele perm
Um gosto metálico invadiu a boca dela, ela correu para o banheiro para vomitar. Ao abaixar a cabeça, percebeu que o que ela tinha vomitado não era sangue fresco, mas sim escuro. Ela ligou a água para limpar o sangue, e limpou os vestígios de sangue do canto da boca. Mesmo sem a tempestade, a pressão constante de duas pessoas seria suficiente para fazê-la adoecer e, eventualmente, vomitar sangue até a morte. Depois, Isabela tomou um analgésico e colocou o frasco de remédios na bolsa, que pendurou no ombro. Ela não poderia mais ficar ali.Contudo, ao chegar à porta, ela se deparou com Gabriel.Ele, um homem alto, impondo uma aura intimidadora, olhou friamente para ela: - Aonde você vai?- Não é da sua conta.Gabriel agarrou o pulso dela: - Você é minha esposa, eu não posso me preocupar com você?Isabela olhou para ele, seus olhos desesperados continham um traço de coragem:- Gabi, você ainda se lembra que eu sou sua esposa? Quando você estava me estrangulando, você me considerava
- Cuidado!Antes que a palavra pudesse sair, uma figura pulou, rolando ao lado da estrada com Isabela.Então um estridente som de freio, o motorista do caminhão gritou para fora:- Vocês são cegos, não olham por onde anda!Isabela levantou a cabeça e percebeu quem a tinha salvado, com os olhos arregalados e incredulidade:- É você?Ela não se machucou, mas A mulher que a salvou não teve a mesma sorte, uma feriada se abriu na mão direita dele, sangrava bastante.- Meu Deus, você está sangrando, precisamos ir ao hospital agora.A mulher a interrompeu:- Não, Sra. Isabela, sou enfermeiro, tenho medicamentos em casa para me tratar.- Mas isso não vai adiantar...Antes que Isabela pudesse terminar, ele já havia tirado um lenço da mochila e atado a ferida.- Realmente estou bem.Isabela ajudou-o a se levantar rapidamente, apontando para seu carro, ela disse:- Entre no carro, vou te levar para casa.Desta vez, Sofia não recusou e entrou diretamente no banco do passageiro.Antes de entrar no
Ao chegarem ao apartamento onde Sofia morava, subiram diretamente.O lugar era bem grande, um duplex.- Isabela, este apartamento foi um benefício que o André me deu, não é ótimo?Isabela assentiu com a cabeça:- É muito bom, onde está o kit de primeiros socorros?Sofia apontou para um armário e disse:- Está no segundo andar.- Certo, você senta, eu vou pegar.Sofia obedientemente sentou-se no sofá. Vendo Isabela chegando com o kit de primeiros socorros, começou a sorrir novamente, parecendo muito feliz.Isabela achou estranho:- Por que você está tão feliz? Você está machucada e sangrando.- Talvez seja porque você é muito bonita, Isabela.Isabela riu com o elogio, ajudou-a a remover o curativo e pegou o iodo:- Conversa fiada, agora vou usar iodo para ajudar na cicatrização.- Isabela, por favor, seja gentil. Está doendo.- Pensei que você não soubesse o que era dor.Embora Isabela não fosse médica, suas mãos eram muito habilidosas, caso contrário, não teria despertado tanta inveja
Sofia percebeu o que Isabela estava pensando:- Isabela, vou com você.Isabela queria partir naquele instante, mas olhando para fora, notou que estava escurecendo. E para chegar até o Vale Florido seriam necessárias, pelo menos, duas horas.Em meio à sua hesitação, Sofia se pronunciou:- Isabela, já está muito tarde. Vamos amanhã. Se Xavier fugiu, ele já deve estar muito longe. Uma noite não fará diferença.Isabela sabia que isso fazia sentido, então assentiu:- Está bem, vou voltar para casa.Ela disse que voltaria, mas estava nervosa por dentro."Voltar pra que? Para ver Gabriel e Mariana apaixonados? Ou para brigar com Mariana?"De qualquer maneira, ela estava cansada e, além disso, temia que Gabriel a impedisse de sair.Estava pensando quando o telefone dela tocou. Era Gabriel.Seu coração deu um salto, mas antes que pudesse atender, Sofia pegou o telefone e desligou.- Isabela, fique comigo esta noite. Partiremos amanhã cedo.Ela levantou a mão, dizendo:- Machuquei minha mão, não
- Eu entendi.A voz de Gabriel era muito dura, deixando Mariana inquieta.- Eu entendi, não vou mais te atrapalhar. Gabi, aproveite sua refeição!Ouvindo isso, Gabriel reconheceu a brutalidade de sua fala, ele suavizou o temperamento e disse:- Hum, ok, desculpe, fui muito duro com você, vá descansar.Dito isso, ele desligou o telefone.Embora seu tom fosse um pouco mais suave, ele ainda se sentia irritado ao ouvir a voz de Mariana.Antes, ele gostava quando Isabela fazia charme. A voz dela era suave e doce, como um "marshmallow".Mas o charme de Mariana era diferente, havia uma pitada de estranheza e dureza nele, sempre o irritava.Mas Mariana o salvou, foi sua heroína, então ele sempre pensava estar sendo insensível demais.Nesse momento, dentro do apartamento.Sofia e Isabela terminaram de comer, bebiam suco e assistiam TV, o ambiente estava muito agradável.De repente, Sofia se lembrou de algo, e olhou para Isabela com um rosto assustado:- Isabela, você deveria ter ido ao médico