A família Silva conseguiu se equiparar ao Grupo Almeida da noite para o dia, graças ao apoio do Sr. Félix nos bastidores.E Mariana devia tudo o que tinha hoje a ele, aquele homem que ela nunca viu, mas que comandava tudo com uma mão.Em outras palavras, sem o Sr. Félix, ela e a família Silva não seriam nada.Por isso, ela não podia desagradar o Sr. Félix e definitivamente não queria se tornar descartável para ele.Mas...Por que o Sr. Félix ligaria especialmente por causa da Felícia?Mariana estava inquieta e não conseguia se acalmar.Ainda assim, ela não estava satisfeita.Ver o rosto de Felícia, idêntico ao de Isabela, já era suficientemente repugnante, e o fato de ela estar sempre atrapalhando seus planos a irritava ainda mais.Não, mesmo que o Sr. Félix tivesse falado, ela teria que fazer algo.O Sr. Félix não queria André e Gabriel em conflito?Se a morte de Felícia fosse atribuída a um deles, isso não resolveria?Mas... E quanto a Sílvio Almeida?Ela não queria abrir mão do títu
As crianças compreensivas sempre tocavam mais o coração.Os olhos de Isabela se encheram de lágrimas, e ela abraçou Dulce apertadamente, pedindo-lhe desculpas repetidas vezes.- Mamãe, vai me mandar embora de novo?- Não, não te mandarei embora.Isabela forçou um sorriso e beliscou a bochecha de Dulce: - De agora em diante, Dulce ficará com a mamãe. Onde quer que eu esteja, Dulce estará comigo, está bem?Ao ouvir isso, os olhos de Dulce brilharam: - Sério? Mamãe, não pode mentir para mim! - Então, ela ergueu sua mãozinha e estendeu o dedinho, falando de forma infantil, porém séria. - Mamãe, vamos fazer uma promessa. Se prometer, não pode voltar atrás.- Está bem, prometo.Isabela enxugou as lágrimas e selou a promessa com Dulce.- E temos que selar.- Está bem.Depois de receber uma resposta afirmativa, Dulce sorriu amplamente, seus olhos formando pequenas luas crescentes.Vendo o sorriso feliz de sua filha, o coração quase esgotado de Isabela se reacendeu.Por causa de Mariana, ela
Pai... Essa parecia ser uma barreira que nunca conseguiriam ultrapassar.- Dulce, esta questão...Antes que Isabela pudesse terminar, Dulce se virou abruptamente em direção à porta e exclamou:- É o papai!Ao ouvir isso, Isabela olhou rapidamente e viu Gabriel entrar.Dulce quis correr até ele, mas Isabela a segurou:- Dulce, ele não é o seu pai, não o chame assim.Gabriel parou por um momento, com um lampejo de tristeza em seus olhos.- Mas eu o vi quando estava em uma chamada de vídeo com a mamãe.- Ele não é.Contudo, Dulce não acreditava e fixou o olhar em Gabriel:- Então, por que ele apareceu no vídeo? Além disso, meu nariz é muito parecido com o dele, ele com certeza é meu pai.Isabela estava ficando exasperada:- Dulce, por que não me escuta? Já te disse que ele não é, porque...Ela ergueu a cabeça e lançou um olhar gélido para Gabriel, falando entredentes:- Seu pai já morreu.Dulce começou a chorar abruptamente:- Mamãe, eu quero um pai. Não quero ser uma criança sem pai. Na
- Mamãe, posso ficar e te acompanhar? - Perguntou Dulce com inocência.Enxugando as lágrimas, Dulce se aconchegou nos braços de Isabela, buscando conforto.Isabela, ao perceber que Dulce estava mais calma, estava prestes a concordar quando ouviu Rivaldo intervir com cuidado: - Dulce, seja boazinha. A mamãe está machucada e precisa de descanso. Que tal irmos dormir no quarto ao lado? Está bem?Dulce, olhando para o curativo no braço de Isabela, assentiu com relutância.Apesar disso, temendo que ao adormecer não encontrasse mais sua mãe ao acordar, Dulce segurou firmemente a mão de Isabela:- Mamãe, você prometeu que não me deixaria. Por favor, mantenha sua promessa.Isabela, com voz suave, a tranquilizou:- Quando você abrir os olhos amanhã, estarei aqui.Relutante, Dulce foi levada por Rivaldo para fora do quarto. Cláudio observou silenciosamente e decidiu agir:- Vou cuidar das crianças.Com isso, ele saiu, fechando a porta com delicadeza atrás de si. Isabela, desinteressada em Gab
Não, ele não admite!Eles nunca terminaram!Eles nunca vão terminar!Os lábios de Gabriel estavam um pouco frios, o que fez Isabela hesitar por um momento.Quando ela reagiu, tentou empurrá-lo com força, mas a força do homem era grande, como se quisesse devorá-la, a envolvendo firmemente, a impedindo de se mover.Incapaz de empurrá-lo, ela mordeu os lábios dele, e um sabor metálico de ferrugem encheu a boca de ambos.Mas Gabriel apenas franziu a testa e aprofundou o beijo.Era como se, após uma longa seca, encontrasse uma chuva refrescante, relutante em deixar escapar essa rara oportunidade.Não se sabia quanto tempo passou até que Gabriel finalmente a soltou, encostando a cabeça no pescoço dela, com a voz baixa:- Isa, você ainda me ama, certo?Isabela apertou os lábios: - Não, você está pensando demais.Impossível, ela claramente já o chamou de “Gabi” e disse aquelas palavras para ele, ela não poderia não amá-lo...Gabriel levantou a cabeça, segurando seu rosto com as mãos:- Isa, p
Embora Pedro não tivesse ferido seus órgãos internos, ele perdeu muito sangue e também machucou os ossos, o que o fez ficar inconsciente por tanto tempo.Neste momento, ele estava pálido, recostado na cama. Ao ver Isabela com um curativo no braço, ele quase saltou da cama, emocionado.- Irmã, como você se machucou? Foi Mariana quem fez isso?Isabela balançou a cabeça:- Estou bem, se deite e não se mexa, cuidado para não machucar novamente a ferida.Para não preocupar Isabela, Pedro teve que obedecer e se deitar quieto.Cláudio olhou para os dois: - Vou verificar o relatório médico, vocês dois conversem.Isabela olhou desconfiada para as costas dele, sentindo algo estranho.- Irmã, eu suspeito que tudo isso foi uma armadilha de Mariana.As palavras de Pedro trouxeram Isabela de volta à realidade, e ela se sentou ao lado da cama, perguntando: - Eu sempre quis saber, por que vocês vieram para Cidade S? Foi Mariana quem os enganou para virem? - Recentemente, quando te liguei por vídeo,
- Irmã, eu... Realmente estou bem, sou resistente, vai sarar rápido. - Pedro ficou em pânico, apressadamente enxugando as lágrimas dela. - Irmã, não chore, você também está ferida, precisa descansar bem.Isabela fungou o nariz, forçando um sorriso:- Sua irmã é inútil, só sabe chorar.- Irmã, não fale assim, você está preocupada comigo.- Vocês são tão compreensivos, me fazem parecer um pouco insensível. - Isabela forçou um sorriso. - Tem algo que você queira comer? Vou pedir para tia Iara preparar.- Qualquer coisa está bom, não sou exigente. - Pedro lambeu os lábios secos. - Irmã, e a Mariana?Ao mencionar Mariana, Isabela sentiu um turbilhão de raiva.Parecia que a pessoa por trás dela era realmente poderosa.Conseguiu armar uma situação tão grande, fazendo até Pedro não perceber nada anormal, até os táxis foram arranjados com precisão.Esse grande movimento não era algo que Mariana pudesse fazer sozinha.E quem teria conseguido o número de telefone de Pedro?- Irmã?Vendo que ela n
- Você não tem medo?Isabela a olhou fixamente e se virou para a janela:- Medo de quê? Medo de morrer?- Ninguém consegue não ter medo da morte.Isabela não negou, apenas acenou com a cabeça: - De fato, mas você tem mais medo do que eu, não é?Sua voz era calma, mas a calma deixava Mariana ainda mais atônita.- Ouvi dizer que Sílvio Almeida pediu o divórcio?Mariana escureceu os olhos: - Como você sabe?- Você não gosta do Sílvio Almeida, mas tem medo do divórcio, porque acha que perderia a face. E mais, você teme que as pessoas descubram coisas do seu passado, que todos os homens com quem esteve sejam expostos. - Falando, Isabela olhou para ela e sorriu levemente. - Sra. Mariana, você tem medo de muitas coisas, e as coisas que teme são tão frágeis e fora do seu controle, por isso você está inquieta.Isabela continuou falando:- A pessoa que está por trás de você provavelmente também está decepcionada com você, quem sabe quando vai te abandonar. Você acha que, sem o apoio dessa pess