- O que você quer conversar? – Perguntou Isabela.- Entre no carro. – Disse Gabriel.Isabela caminhou diretamente até o seu carro, abriu a porta e entrou, deixando uma porta aberta para ele.- Eu não vou entrar no seu carro. Se você quer conversar, entre no meu. – Disse ela.Houve um lampejo de desilusão nos olhos de Gabriel, mas ele entrou no carro mesmo assim.- Reginaldo, dirija de volta para Vila da Nuvem. – Disse ela.- Sim, Sra. Almeida. – Respondeu Reginaldo.Isabela manteve uma distância intencional entre os dois.- Sr. Gabriel, o que você quer comigo?Sua distância fria feriu o coração de Gabriel.- Ele sabe? – Perguntou Gabriel.- Sabe o quê? – Disse ela.- Dulce é nossa filha. – Respondeu Gabriel.Isabela franziu a testa e disse: - Eu já disse, Dulce não tem nada a ver com você, ela é apenas minha filha, e o André está ciente disso, não tenho nada para esconder dele.O ar ficou tenso, tão quieto que até Reginaldo teve dificuldade para respirar.Depois de um tempo, Gabriel f
- Gabriel, eu não consigo esquecer as feridas do passado, e agora, com as nossas identidades, como você espera que eu confie em você? – Disse Isabela.- Então, que tal eu estar fazendo isso por causa da Dulce, pelo Grupo Marques? Não quero que o Túlio se una à família Silva. Esse motivo é suficiente? – Disse ele.Gabriel sabia que, mesmo que dissesse a Isabela centenas de vezes que era por causa dela, ela não acreditaria.Por isso, era melhor encontrar um motivo mais convincente.Isabela resmungou friamente, sem dizer mais nada.Quando chegaram à Vila da Nuvem, ela abriu a porta do carro e disse a Reginaldo: - Reginaldo, me ajude a levar o Sr. Gabriel de volta.- Sim, Sra. Almeida.Ao entrarem na mansão, viram tia Iara e Jéssica esperando por ela no sofá.Ao vê-la voltar, as duas se levantaram rapidamente e correram em sua direção.- Por que demorou tanto para voltar? Não aconteceu nada, né? – Disse Iara.- Conversei com o médico. – Disse Isabela.- Sra. Isabela, o que o médico disse?
No escritório.- Desculpe pelo que aconteceu hoje. - Disse Cláudio.Isabela franziu a testa ao vê-lo e não pôde evitar dizer: - Você não precisa se desculpar por ela.- Carina é minha prima, e como primo mais velho, tenho a responsabilidade, de qualquer maneira. Já a repreendi e não irá mais causar problemas para você. – Disse Cláudio.- Como você pode ter certeza disso? – Perguntou ela.- Eu a mandei embora, acabei de levá-la pessoalmente para o aeroporto. – Disse Cláudio.Isabela ficou surpresa por um momento e então balançou a cabeça: - Cláudio, eu não gosto dela. Foi apenas porque ela insultou Sofia no túmulo de Sofia, chamando-a de amante. Não vou me aborrecer com ela por causa do que aconteceu hoje. Afinal, as pessoas têm o direito de escolher seus amigos, e ela escolheu ficar ao lado da Mariana, e eu não posso impedir isso.Embora Carina fosse prima de Cláudio, para Isabela, alguém que insultou Sofia não poderia se tornar sua amiga de forma alguma.- Eu perguntei a ela, e ela
- Por que o Cláudio escondeu a Jéssica de você? Eles têm um bom relacionamento? – Perguntou André.Vendo a expressão confusa de André, Isabela suspirou impotentemente: - A Jess gosta do Cláudio!- O quê? - André ficou chocado, olhando para ela com incredulidade. - Isa, você não está confundindo as coisas, está? A Srta. Jéssica gosta do Cláudio?Isabela assentiu e disse:- Sim, eu percebi isso quando eles se conheceram pela primeira vez, mas nunca imaginei que ela fosse ficar escondida...Ela não conseguia descrever esse sentimento.- E o Cláudio? – Perguntou André.Isabela balançou a cabeça: - Eu não sei, mas acho que ele não gosta da Jess. - A questão envolvendo Sofia ainda não estava resolvida, ele também não deve estar interessado em um relacionamento, então a Jéssica não tem chance. – Disse ele.- Eu já a aconselhei várias vezes a desistir logo, mas ela insiste, acredita que pode conquistar o coração do Cláudio... - Ao dizer isso, Isabela franziu a testa olhando para André. - An
- Você sabia disso? – Perguntou ela.Cláudio ficou um pouco surpreso e piscou os olhos.- Você já sabia desde antes? – Perguntou Cláudio.- Eu sabia que ela gostava de você, mas não sabia que ela ainda estava na Cidade S. - Isabela sorriu amargamente. - Eu já tentei convencê-la, mas ela não ouve. Questões de relacionamento, acho que você terá que resolver sozinho, caso contrário, ela vai achar que eu estou tentando separar vocês...Ao dizer isso, ela soltou um suspiro e olhou pensativamente para Cláudio.Embora ela realmente quisesse separá-los de propósito.- O que está acontecendo com ela afinal? – Perguntou Cláudio.- Eu não sei, da última vez em que você foi a Cidade M me visitar, você a encontrou, não foi? – Perguntou Isabela.Cláudio assentiu.- Foi nessa ocasião que ela se apaixonou por você. - Isabela encolheu os ombros impotente. - Então, se você me pergunta, eu também não faço ideia. Do começo ao fim, eu nunca soube o motivo dela gostar de você.- Você tem certeza de que ela
Desde aquele dia, Isabela raramente mencionava Túlio.Ela estava com medo de que André começasse a pensar demais e não se recuperasse adequadamente.Então, ela tentava falar sobre assuntos divertidos e leves, incluindo algumas experiências dos quatro anos na Cidade M.- Dulce nunca gostava de chorar quando era pequena, mas teve uma vez que estávamos na rua e um garoto de uns dez anos tropençou em mim. Os pais dele me culparam, disseram que eu bati no filho deles e exigiram um pedido de desculpas. - Nesse ponto, Isabela sorriu. - Acontece que, naquele momento, Dulce, que tinha apenas um ano, começou a chorar alto, com o rosto vermelho, chorando e gritando. Assustou os pais do garoto, que rapidamente o puxaram e saíram correndo.Ela olhou para André e disse: - Adivinha o que aconteceu depois?André balançou a cabeça: - O que aconteceu depois?- Bem, depois disso... - Isabela tinha um brilho de lágrimas nos olhos. - Assim que o garoto foi embora, Dulce parou de chorar. Ela soluçava por
Esta voz parecia familiar...Isabela olhou para cima e ficou perplexa:- Ri... Rivaldo?- Sim, sou eu! - Rivaldo sorriu com a boca aberta, mostrando uma fileira de dentes, com um espaço vazio no meio, e ao falar, sua voz saía um pouco distorcida.- O que você está fazendo na Cidade S? – Perguntou ela.- Minha tia achou que eu amaldiçoei meu tio até a morte, então ela me entregou para o meu tio que faz negócios aqui. Ele veio ver o médico no hospital e eu vim junto. – Disse Rivaldo.- E seus pais, onde eles estão? – Perguntou Isabela.- Meus pais... - Rivaldo sorriu amargamente. - Eles provavelmente estão mortos.Esse garoto definitivamente não estava dizendo a verdade, mas ao olhar para sua aparência, Isabela sabia que ele não estava indo bem.Ela estendeu a mão e acariciou a cabeça de Rivaldo. - Olha só para você, como emagreceu, seus sapatos estão rasgados, você... - Isabela sentiu pena dele. - Por que você não me diz o nome dos seus pais? Talvez eu possa ajudar a procurá-los.Rival
- Por quê? Ele já foi capturado, você... – Disse Isabela.Rivaldo mordeu o lábio inferior, seus olhos mostravam relutância, mas ele deu um passo para trás.- Felícia, muito obrigado por me salvar, mas eu... Já sou um peixe podre no lodo, você não deveria sujar as suas mãos.Isabela ficou perplexa, não entendia o que Rivaldo queria dizer, mas não queria vê-lo afundar na lama.Por algum motivo, Rivaldo a fazia lembrar de Sofia.Ela estendeu a mão para segurar Rivaldo, mas ele parecia saber o que ela faria e, com muita relutância, lançou-lhe um último olhar e saiu correndo.- Felícia, adeus. – Disse Rivaldo.- Rivaldo! - Isabela tentou correr atrás dele, mas foi puxada por Gabriel.- Não o persiga, deixe-o ir. – Disse Gabriel.Isabela se soltou dele e disse: - Você não entende nada! Eu não posso...- Entre no carro, vou te contar o motivo. - Gabriel a empurrou diretamente para o carro e disse ao motorista. - Vá para Vila de Nuvem.- Sim, senhor.Isabela se libertou de sua mão.- Você dis