“Ouvi dizer que você vai se casar?”Ela percebeu que provavelmente não conseguiria voltar a Cidade M para convidar o Sr. M para jantar em um curto período de tempo.Isabela sentiu-se um pouco envergonhada e respondeu: “Sim, desculpe, não posso retribuir o jantar do senhor por enquanto.”Sr. M respondeu:“Como você de repente decidiu se casar? Eu nunca ouvi você mencionar isso antes.”Isabela escreveu uma mensagem:“Acho que é uma questão de destino. Depois de voltar ao país e reencontrá-lo, eu senti vontade de me casar com ele.”Depois de enviar essa mensagem, o Sr. M não respondeu mais.Isabela não sabia o motivo pelo qual o Sr. M também estava interessado nesse assunto, mas isso a fazia sentir que esse casamento era mais impactante do que o anterior com Gabriel.Ela balançou a cabeça, colocou o celular de lado com alguma resignação.Quanto ao estúdio, ela teria que deixar tudo sob a responsabilidade de Jéssica por enquanto, e ela também encontraria tempo para concluir os projetos de
Vila da Nuvem.Isabela caminhou sozinha pelo jardim, já passaram das sete e meia da noite, mas André ainda não tinha voltado.Ele prometeu voltar para jantar esta noite, por que ele não voltou depois de uma hora?Lembrando-se do que aconteceu com Túlio, Isabela começava a se preocupar.Iara trouxe um casaco e ajudou-a a vesti-lo: - Senhorita, vamos entrar e esperar.Isabela perguntou com preocupação: -Tia Iara, que horas André costuma voltar para jantar?Iara pensou por um momento, dizendo: - Ele costuma chegar no máximo às seis e meia, talvez ele tenha se atrasado devido a uma reunião hoje.- Não, se ele estivesse atrasado, com certeza teria me avisado, mas não consigo contatá-lo, algo está errado.- Senhorita, vamos entrar e conversar dentro de casa, lá fora está ventando e você pode pegar um resfriado.Isabela seguiu-a em relutância para dentro de casa.Assim que entraram, o telefone na sala começava a tocar, e Isabela correu para atendê-lo.- André?Do outro lado do telefone, um
Apenas um breve momento de distração, e seu olhar se tornou feroz de novo, como coberto por uma camada de gelo. Gabriel apertou os punhos com força, desejando liberar sua raiva, mas no instante em que levantou a mão, a abaixou novamente, virando-se com raiva para sair.Rodrigo acabava de segui-lo sem entender.- Senhor, você acabou de chegar, por que está indo embora? Não viu...- Ele não vai morrer. - Gabriel apertou os dentes e lançou a ele um olhar frio.Não vai morrer? Mas Sr. Cláudio disse que a situação estava muito ruim. Por que ele disse isso sem nem sequer verificar?O que estava acontecendo? Rodrigo não ousou perguntar e, em vez disso, seguiu Gabriel para fora do hospital.Enquanto isso, Isabela tirou 400ml de sangue de uma só vez e se sentiu um pouco tonta, como se estivesse flutuando no ar. O médico originalmente disse para parar em 200ml, mas Isabela insistiu, e ele não teve escolha.Vendo seu rosto pálido e sem cor nos lábios, o médico suspirou.- Sra. Almeida, você r
Isabela se levantou com determinação, disse com voz trêmula: - Como ele está afinal?- Por enquanto, ele está vivo, mas precisamos observá-lo por mais doze horas. Se a respiração se estabilizar, ficará tudo bem, mas se não...- E o que acontecerá?O médico suspirou profundo. - Ele pode acabar em estado vegetativo.Vegetativo?Isabela quase desabou com as pernas vacilantes, mas Cláudio, rápido como sempre, a segurou. - Doutor, onde ele se machucou?O médico olhou para Cláudio. - Dr. Cláudio, nós nos conhecemos bem, então vou falar francamente. A situação é realmente complicada. Mesmo se ele sobreviver às próximas doze horas, ainda há muitos problemas. O sistema nervoso da coluna do Sr. André está danificado, o que pode resultar em paralisia na parte inferior do corpo. Além disso, devido ao impacto violento, seus ouvidos também sofreram danos nos nervos, o que pode levar à surdez.Ao ouvir isso, Isabela ficou chocada, olhando incrédula para o médico. - Doutor, você está me enganando
No hospital. Isabela acordou duas horas depois. Apesar de estar muito fraca, ela se recusou a descansar mais, insistindo em ver André. Cláudio não teve escolha senão levá-la até ele.Através do vidro, ela pôde ver André na cama, cheio de tubos e coberto de bandagens, parecendo um múmia, sem qualquer sinal de vida. Isabela mordeu o lábio, apoiando-se na parede, seus olhos se encheram de lágrimas. Ela simplesmente não conseguia aceitar que as pessoas ao seu redor estavam enfrentando uma situação tão terrível.Cláudio estava prestes a dizer algo para confortá-la quando ela perguntou: - Cláudio, será que eu sou uma desgraça?Ele ficou surpreso com a pergunta e respondeu: - Por que você pensaria assim? Isso não tem nada a ver com você...- Mas as pessoas ao meu redor, meus pais, tio Cardoso, Sofia, todos morreram, até mesmo os meus dois bebês, só João está um pouco melhor.Cláudio não sabia como consolá-la e disse depois de pensar por um momento. - Pelo menos Gabriel está bem, ele e
Na manhã seguinte, às oito horas. O médico entrou e olhou ao redor, dizendo: - Sra. Almeida, tenho certeza de que Sr. André sentiu sua presença, ele já passou pelo momento mais difícil.- Quando ele vai acordar, então?Isabela passou à noite em silêncio, sua era voz rouca.- Não posso ter certeza, pode ser hoje ou talvez amanhã, mas no momento os sinais vitais estão estáveis, você não precisa se preocupar. Agora vamos transferi-lo para um quarto individual no último andar.Isabela concordou com a cabeça. - Obrigada, doutor.- Sra. Almeida, você também pode descansar um pouco.Isabela não disse nada e saiu da UTI com a cabeça baixa.Logo após sair, ela encontrou Cláudio.- Você esperou à noite toda?- Não, eu acabei de chegar, estou fazendo a troca de turno com você.- Não precisa, quero ficar aqui até que ele acorde.Vendo o rosto pálido dela, Cláudio suspirou. - Se André acordar e te ver assim, ele vai se sentir culpado. Você não quer que ele se sinta culpado, certo?Isabela olhou
Cláudio saiu havia pouco tempo, e Isabela, sonolenta, adormeceu. Quando ela acordou, ao abrir os olhos, encontrou um par de olhos preocupados diretamente nos seus. Isabela ficou surpresa e olhou para o homem diante dela: - André, você está acordado?André assentiu.- Desculpe por te preocupar.- Não diga isso.Em seguida, ela percebeu algo e seus olhos se arregalaram. - Você... Você pode ouvir a minha voz?Após essas palavras, o quarto ficou em silêncio. Tão silencioso que até a respiração parou, e apenas o som do relógio continuou.Depois de um tempo, André escondeu sua decepção e forçou um sorriso: - Não, eu não posso ouvir.Isabela sentiu como se sua mente tivesse explodido. Ela desabou na cadeira, olhando para ele com uma expressão de desespero e medo, e finalmente começou a chorar.- André...Seus lábios tremiam, e ela não sabia o que dizer.André ajudou-a a enxugar as lágrimas e, disse com voz suave: - Não chore, você sabe que eu odeio te ver chorar.Vendo-o tão gentil, su
Gabriel, com raiva contida no coração, apertou os punhos e olhou para os dois, sendo amorosos um com o outros. Ele forçou algumas palavras pela sua boca fina.- Me desculpem a interrupção.Ouvir ela chamar André de marido tão casualmente o enfureceu, deixando-o furioso. No entanto, ele se consolou, lembrando que era para salvar André e não deveria se importar. Mas ao entrar e vê-los tão próximos, ele desejou que pudesse dar uma surra em André.Isabela ficou meio atordoada e enxugou com pressa as lágrimas do rosto. - O que você está fazendo aqui? Essas palavras só irritavam ainda mais Gabriel. Ele a encarou com olhos gélidos e disse: - Eu vim visitar meu melhor amigo. Por que, não posso?Isabela pegou a cesta de frutas que ele trouxe. - André acabou de acordar, ainda precisa descansar. Você pode visitá-lo amanhã.Ela falava como se fosse a dona da casa.Gabriel agarrou a mão dela e a encarou com os olhos vermelhos, dizendo palavra por palavra:- Minha esposa está aqui com meu mel