Bernardo escolheu um restaurante ocidental com uma atmosfera elegante, reservou uma mesa à beira-mar, proporcionando uma vista noturna deslumbrante.Depois de fazer o pedido, ele serviu um copo de vinho tinto para ela e ficou balançando levemente a taça de vinho em suas mãos.- Srta.Felícia, eu realmente não sabia que você já tinha uma filha. - Disse ele.Isabela respondeu friamente: - Há muitas coisas que você não sabe.- E o pai da Dulce?Ela ficou em silêncio por um momento, olhando para o céu noturno, e respondeu com indiferença: - Ele está morto.Bernardo ficou surpreso por um momento e então perguntou: - Ele realmente morreu, ou vocês apenas se separaram?- O que você acha? - Isabela estreitou os olhos, baixou a cabeça e deu um gole no vinho. - O vinho está bom.Bernardo riu nervosamente, ergueu seu copo e brindou com o dela. - Bem, não vamos falar mais sobre isso. De qualquer forma, não me importo se você já foi casada ou se tem uma filha. Dulce é adorável, eu gosto muito del
Rodrigo observou atentamente por um momento e depois disse: - A aparência dela é quase idêntica à da senhora, e seu comportamento não tem nada de especial... É difícil distinguir.- Será que realmente existem duas pessoas tão parecidas?- Há casos assim.Depois de uma pausa, Rodrigo hesitou por um momento, reuniu coragem e disse: - Senhor, talvez a senhora tenha perdido a memória?Perdido a memória? Gabriel investigou o incêndio na prisão e encontrou algumas irregularidades. Todos afirmavam que apenas Isabela estava na enfermaria naquela noite, mas na verdade, duas pessoas desapareceram da prisão naquela noite. E, coincidentemente, a outra pessoa era um condenado à morte. Embora não tivessem encontrado nenhum problema e o incendiário tivesse sido encontrado e tratado, esse assunto continuava a atormentar Gabriel. Na visão de Rodrigo, isso era, na verdade, uma preocupação de Gabriel, porque ele não conseguiu se despedir da esposa e resolver o mal-entendido.Assim, ele olhou para
Depois de retornar para casa, Isabela ficou a contemplar o convite. Ela conhecia bem a situação financeira do estúdio. Embora André estivesse disposto a auxiliá-la financeiramente sempre que necessário, ele também havia financiado a criação do estúdio no começo. No entanto, após quatro anos, ela ainda não tinha conseguido quitar todo o dinheiro que ele investiu inicialmente, o que a fazia sentir-se culpada. No entanto, toda vez que pensava em Gabriel, sua mente ficava ansiosa.- Mana, vá ao evento. Conhecer novas pessoas será benéfico para você. - Disse Pedro, enquanto espremia suco em um copo. - Você não pode se isolar para sempre, mesmo que queira. E quanto a Dulce?Isabela estava ciente da doença dela, e Pedro também sabia disso.Na verdade, ele não queria pressioná-la a sair. No entanto, à medida que Dulce crescia e o mundo à sua volta se expandia, a situação não podia continuar assim.Isabela olhou para ele e sorriu levemente. - Sim, você está certo. Devo socializar mais.-
Isabela fixou o olhar naquele anel e ficou distraída. Não poderia estar enganada. Mesmo depois de quatro anos, ela ainda conseguia se lembrar de todos os detalhes daquele anel, pois era o anel de noivado que Gabriel lhe havia dado. Único no mundo. Bernardo percebeu a expressão estranha dela e perguntou. - Você gostou desse anel? Posso comprá-lo para você.- Não precisa. - Isabela riu nervosamente. - Não gostei.Sempre sentiu que Gabriel também estava naquela festa, caso contrário, aquele anel não poderia ter aparecido ali do nada. Então, ela olhou ao redor. Afinal, aquilo definitivamente não era obra de Q. Mas depois de dar uma olhada, ela não viu a figura familiar em lugar algum. Justo quando ela suspirou aliviada, ouviu uma voz familiar e ao mesmo tempo desconhecida por trás dela.- Está me procurando?Isabela imediatamente ficou paralisada, sem se mexer. Seu coração começou a bater rapidamente, quase saindo pela boca. Cravou as unhas na própria carne, forçando-se a se aca
Os dois ficaram em confronto por um momento. Isabela apertou os lábios e disse: - Se não há mais nada, vou embora.Dito isso, ela levantou a perna e estava prestes a passar por Gabriel para sair.Ao passar rapidamente, Gabriel de repente estendeu a mão e a segurou, seus olhos escuros fixos nela, e disse baixinho: - João sente muita saudade de você. Já se passaram quatro anos, e todos os anos, no dia em que algo aconteceu com você, ele vai ao túmulo. Você não quer vê-lo?Isabela estremeceu, ficando imóvel no mesmo lugar.Ela queria levantar a perna e ir embora, mas por algum motivo, a perna parecia pesada como uma bola de chumbo, impedindo-a de se mover.João era seu ponto fraco, e isso Gabriel sabia muito bem.Aos olhos de Isabela, ele estava usando João para ameaçá-la.- Eu já descobri a verdade sobre o que aconteceu há seis anos. - Disse Gabriel, contendo o impulso de abraçá-la. - Eu também posso explicar o que aconteceu há quatro anos, eu e...Sem esperar que ele terminasse, Isabe
- Eu... - Isabela deu uma olhada em Bernardo. - Desculpe.Depois de um momento, ela finalmente falou roucamente: - Sr. Bernardo, obrigada pelo que fez hoje, mas... Eu realmente não tenho interesse em homens.Ao ouvir isso, Bernardo olhou para ela com um ar de zombaria. - Então você gosta de mulheres?- Não. - Isabela ficou com as orelhas levemente vermelhas e explicou rapidamente. - Quero dizer, não tenho interesse em relacionamentos amorosos, então...- Então, você quer que eu pare de te incomodar? Pare de aparecer na sua frente? Pare de te enviar flores, pare de te convidar para jantar? - Interrompeu Bernardo.Isabela ficou surpresa e olhou para Bernardo com confusão. Esse homem roubou todas as suas falas, o que mais ela poderia dizer?- E se eu disser que só quero ser seu amigo? - Entre as palavras, Bernardo já havia estacionado o carro à beira da estrada e virou-se para encará-la com seus belos olhos.Em um instante, as bochechas de Isabela ficaram vermelhas como fogo. Ela ente
Isabela passou à noite toda agitada, o que a levou a ter insônia. Ao acordar, Pedro viu que ela estava cansada, com olheiras sob seus olhos, e, franzindo a testa, ele a aconselhou: - Irmã, descanse bem durante o dia, não saia.- Hoje é segunda-feira, tenho que ir trabalhar. – Disse Isabela.- Irmã, você é uma sócia, não uma empregada. Não há problema em não ir por um dia. – Respondeu Pedro.Isabela apoiou a cabeça na mesa e disse: - Faça um café para mim. Hoje tenho que entregar o esboço inicial, só falta um pouco, não posso desmarcar.- Aquele pedido do Bernardo? – Perguntou Pedro.- Como você sabe? – Disse Isabela.Enquanto Pedro moía o café, ele sorriu de forma irônica. - Adivinhei. Mas, irmã, aquele homem não parece ser uma boa pessoa. É melhor você se manter afastada.Isabela deu uma mordida no sanduíche e suspirou. - Eu sei, mas ele é um cliente importante agora. O que posso fazer? Não posso deixar o estúdio falir.- Irmã. - Pedro de repente olhou para ela. - Na verdade, eu
Isabela balançou a cabeça: - Não, eu não conheço ninguém com o sobrenome Marques.- É mesmo? Então por que ele veio especialmente te procurar? - Após essas palavras, Jéssica coçou a cabeça, pensou por um momento e estendeu a mão para empurrar Isabela para fora. - Deixe pra lá, não se preocupe com isso agora. Talvez você só não se lembre do sobrenome dele. Vá lá e dê uma olhada, não deixe ele esperando na sala de reuniões.Sem alternativa, Isabela teve que entrar na sala de reuniões, mesmo com apreensão.Assim que entrou, viu Gabriel em pé perto da janela do chão ao teto, com uma mão no bolso.Ouvindo sua entrada, o homem olhou para as plantas verdes do lado de fora da janela e disse: - O ambiente do seu estúdio é bom, eu gosto.Na verdade, mesmo que alguém tentasse se disfarçar, muitos pequenos hábitos acabavam se revelando involuntariamente.Por exemplo, Isabela adorava cultivar plantas verdes.Mas não eram plantas comuns, eram brotos de feijão, aqueles que podiam ser comidos.Antig