Depois da pergunta, André ficou surpreso consigo mesmo. Por que estaria fazendo esse tipo de pergunta? Ele havia prometido não se envolver em assuntos pessoais...- Na verdade, eu estava pensando em pedir a ajuda do Sr. André para redigir um acordo de divórcio.- E agora?André ficou nervoso sem motivo, e até sentiu um certo desejo de que Isabela se divorciasse de Gabriel.Isabela riu ironicamente:- Eu costumava pensar que, se três pessoas convivem com tanta dificuldade, talvez a liberdade seja a melhor saída. Mas, Sr. André, você viu como é. Gabriel simplesmente não quer me dar liberdade, nem tem interesse em ficar comigo. Já a Mariana, ela adoraria que eu me divorciasse, mas agora eu não quero dar esse prazer a ela. Afinal, estou quase morta, então é melhor deixá-la se sentir enojada até a minha morte.Após falar, ela de repente virou-se para André, com um sorriso irônico nos lábios:- Amante, eu vou fazer ela continuar vivendo com a fama de amante. Mesmo que eu morra e ela se case
Gabriel estava em pé perto da janela, de costas para a porta, com uma mão no bolso. Mesmo sem ver claramente sua expressão, era possível sentir o frio emanando por ele.Isabela deu um tapinha no braço de André, indicando que ele a colocasse no chão. Ela apoiou-se na beira da porta, respirou fundo e gritou:- Gabriel, o que mais você quer saber?Sua voz estava tremendo, ela estava com medo.Sem motivo aparente, André sentiu pena dela. Provavelmente ela havia passado por isso muitas vezes.Ao ouvir a voz, Gabriel se virou, com olhos profundos friamente fixados nela, e os lábios finos curvados em um sorriso irônico:- Isabela, eu pensei que depois de sofrer ferimentos tão graves, você aprenderia a se comportar, mas você me decepcionou.Isabela apoiou-se no braço de André e mancou para dentro do quarto.Enquanto observava Gabriel se aproximando dela, ela prendeu a respiração, esperando por sua "punição".Depois de esperar por um tempo, a mão do homem não caiu sobre ela, em vez disso, ele a
Gabriel não parou e saiu pela porta.Isabela estava quase morrendo? Quem acreditaria nisso? Era apenas uma pneumonia, uma pessoa morre de pneumonia? Ela estava se recuperando, cheia de energia, até flertando com o André. Ela iria morrer? Quem ela estava tentando enganar?Quando Gabriel irrompeu na sala, cheio de raiva, Isabela estava sentada na cama, esperando ansiosamente por sua chegada. Ela olhou para cima, com medo, e disse: - Gabi, não há nada entre mim e o André, é verdade.Ela sabia que não adiantava, mas mesmo assim explicou mais uma vez.- Nada? Então, o que vocês estavam fazendo na Mansão da Península àquela hora da madrugada? Não me diga que estavam procurando alguém!Gabriel caminhou rapidamente até Isabela, segurando com força seu queixo delicado e rindo friamente: - Eu chequei as câmeras, hoje mais ninguém foi para a Mansão da Península!Isso era impossível, como poderia ser assim...Mas rapidamente Isabela percebeu que Mariana sabia que eles provavelmente checariam as
Gabriel parou o que estava fazendo e seus olhos de obsidiana encararam friamente Isabela, fazendo com que ela inspirasse abruptamente. Está feito, Gabriel estava com raiva.Ela fechou os olhos, encolheu o pescoço e instintivamente protegeu a cabeça com as mãos. Mas depois de uma hesitação, Gabriel não fez nada. Com cautela, ela abriu os olhos e olhou entre os dedos. A sombra que estava diante dela havia desaparecido. Ela abaixou as mãos e olhou ao redor. Surpreendentemente, Gabriel já não estava mais no quarto. Isabela não conseguia acreditar. Ela primeiro provocou Mariana e foi injustamente acusada por ela. Em seguida, irritou Gabriel e até o esbofeteou, mas ele saiu sem dizer uma palavra?Como isso era possível?Ele foi tão cruel, mesmo com ela ferida, ele não teve um pingo de compaixão.Será que ele finalmente se tocou por causa das palavras dela?Isabela colocou as mãos doloridas para baixo e olhou para o sangue que escorria por seu corpo, suspirando.Talvez ele estivesse come
André tirou um celular do bolso e entregou a ela:- Queria te entregar isso ontem, mas você já estava dormindo, então decidi pegar seu aparelho sem pedir permissão. Seu celular não estava quebrado, mas não estava tão bom, então comprei um novo para você e transferi todas as suas mensagens.Ele falou casualmente, mas estava com medo de que ela achasse que ele estava ultrapassando os limites, então ele olhava para ela de vez em quando.No entanto, Isabela apenas ficou surpresa.Desde que Gabriel mudou e Antônio morreu, quase ninguém se importou com ela dessa maneira.Especialmente, com essa gentileza e não sendo autoritário, ela ficou inexplicavelmente confortável.André viu que Isabela estava parada ali e pensou que ela estava preocupada com a privacidade, então explicou rapidamente:- Não se preocupe, eu não li nada.- Não é isso, eu não estava pensando nisso, eu... quero te agradecer.- A propósito, sobre o seu mordomo, Tio Cardoso, a polícia ligou e confirmou que ele desembarcou em C
Isabela sentou-se na cama e disse com voz séria:- Mariana, não faça nada que você vá se arrepender no futuro!Do outro lado da linha, Mariana disse em tom orgulhoso.- Isabela, eu sei que nos últimos dois dias você tem procurado pelo Tio Cardoso e até chamou a polícia, isso realmente me surpreendeu. Aqui está a sua chance, só vou te dar uma, caso contrário, prepare-se para procurar pelo corpo dele!Isabela cerrou os dentes, esforçando-se para se acalmar.- Certo, diga.- Às sete da noite, nos encontramos no Vale Florido.Mariana riu friamente e enfatizou:- Isabela, venha sozinha. Se você se atrever a chamar a polícia ou procurar por André, garanto que não vai ver ninguém vivo.Após desligar o telefone, Isabela abaixou impotente a mão direita.Ela sabia dos riscos.Mas ela não podia deixar Tio Cardoso morrer, então ela tinha que ir, mesmo sabendo que a pessoa que iria encontrar não seria amigável.Às 18 horas, depois da última ronda do turno da tarde, Isabela pegou uma roupa emprestad
- Tio Cardoso! Você está ferido! Rápido! Levante-se, deixa eu te ajudar!No entanto, Isabela já estava gravemente ferida e, com sua fraqueza e falta de sangue, ela não conseguia mover Tio Cardoso.Ela colocou a mão no peito do Tio Cardoso, quase chorando de desespero.Tio Cardoso não podia se machucar! Ele não podia!Ela pegou o celular para ligar para o serviço de emergência, mas não havia sinal. Ela se levantou para procurar sinal, mas foi impedida por Tio Cardoso, que segurou sua mão.- Senhorita, tenha cuidado com a Mariana...Isabela chorou e assentiu:- Eu sei, eu sei, Tio Cardoso, não fale, eu vou procurar ajuda!- Na carta do patrão... a senhora... não morreu em um acidente...Sua mãe não morreu em um acidente, isso significava que tudo o que Mariana disse era verdade.Sua mãe foi assassinada por Mariana!- E meu pai, ele também não se suicidou?Tio Cardoso franzia a testa e balançava a cabeça:- Não, o patrão se suicidou, mas... ele foi forçado.Forçado?Isabela ficou atônita
Isabela acordou dois dias depois.Ela abriu os olhos com dificuldade, olhou ao redor e reconheceu o ambiente familiar à sua frente. O cheiro familiar de desinfetante chegou ao seu nariz, e ela sabia que não estava morta, ainda estava no hospital.Nesse momento, ela não sabia se era uma questão de destino ou se o universo queria torturá-la.Essa forma debilitada de existência era apenas um fardo.A enfermeira a ajudou a se limpar e, ao levantar a cabeça e ver que ela estava acordada, exclamou:- Sra. Isabela, você está acordada? Vou chamar o médico.Isabela segurou sua roupa e balançou a cabeça, com a voz rouca, perguntando:- Por quanto tempo eu dormi?- Dois dias. Você sente algum desconforto?- No dia em que vim para o hospital, não havia mais ninguém comigo? Havia outra pessoa?A enfermeira ficou surpresa e não entendeu:- Sra. Isabela, sou sua enfermeira, mas pelo que sei, naquela noite, só você foi trazida para cá, não havia mais ninguém.Ninguém?O coração de Isabela afundou, ent