- Você é um covarde!André agarrou a gola de Gabriel, e desferiu outro soco:- Se você não a ama mais, deixe-a ir. Torturar uma mulher, o que você pensa que é?- Se você ainda a ama, deveria confiar nela!Em seguida, outro soco caiu no rosto de Gabriel.Os golpes de André eram brutais, e o rosto de Gabriel inchou imediatamente, o canto da boca sangrando, mas ele ainda permaneceu imóvel.Talvez, ver Gabriel tão imóvel quanto um morto, fez André ficar ainda mais furioso, e ele desferiu outro soco.- Você acredita em uma mulher maligna e mentirosa, mas desconfia de sua própria esposa, Gabriel, eu nunca vi um lixo como você!De repente, Gabriel olhou friamente para André e o virou, pressionando-o contra o chão, e acertou-o de volta.- E você? Que tipo de lixo você é? Fomos amigos por mais de vinte anos, e você se apaixonou pela minha esposa?- Gabriel, você está se preocupando com isso agora? Você tem um coração? Isabela ainda está na mesa de operação, entre a vida e a morte!- Ela é minha
André riu de si mesmo ironicamente:- Isso é importante?Ele sabia que Isabela não o amava, então, se ele gostava dela ou não, não importava. Desde que ela pudesse viver feliz e saudável, ele estaria satisfeito.Para sua surpresa, Sofia se aproximou dele e disse:- É importante.André piscou, levantando a cabeça, um pouco confuso, e ouviu Sofia dizer novamente:- André, se você ama Isabela, pelo menos você é uma escolha melhor que Gabriel. Você pode protegê-la de ferimentos, cuidar de seu corpo, pelo menos ao seu lado, Isabela pode sobreviver.Depois de dizer isso, ela perguntou novamente com uma seriedade excepcional:- Então, você gosta da Isabela?André ficou em silêncio por um momento, antes de assentir:- Sim, eu gosto dela.Essa foi a primeira vez que ele disse essa frase, e também a primeira vez que gostou de alguém.- Então leve ela embora.Ao ouvir isso, André ficou atônito."Levar Isabela embora?"Mas ele sabia muito bem que mesmo que a levasse, ela certamente voltaria.Sofia
Após enfaixar as feridas, Gabriel trocou de roupa e sentou-se no sofá, imóvel.Ninguém sabia o que ele estava pensando, tudo parecia terrivelmente sombrio.Assim ele ficou, da alvorada até o crepúsculo, sem acender a luz na sala, apenas com o brilho pálido da lua iluminando seu corpo, tornando-o ainda mais frio e distante.De repente, ele se levantou, com passos largos caminhou para fora.Quando chegou à porta, encontrou alguém ajoelhado ali.Com um olhar profundo e gélido, ele fitou a pessoa e a chutou com um movimento brusco da perna.- Gabriel.Mariana, chorando, agarrou sua perna:- Eu sei que você está me culpando, e não ousaria pedir seu perdão. Talvez desde o início, eu não deveria ter me apaixonado por você, mas, por te amar, não posso assistir você cair sem fazer nada.- Me solte!Sua voz estava sem qualquer calor, até mesmo com um toque de intenção assassina.Mas como Mariana poderia soltá-lo tão facilmente?Tudo havia sido planejado, ela nunca imaginou que Gabriel se voltari
- Isabela, que tal eu te contar uma história?Sofia aspirou o nariz, apoiou-se à beira da cama, olhando para Isabela com o rosto pálido, os olhos cheios de lágrimas:- Dezessete anos atrás, fui sequestrada por traficantes e levada para uma sala escura, onde te encontrei. Naquela época, você tinha apenas dez anos ou algo assim, mas ao ver-me, uma garota mais jovem que você, esqueceu o medo e me protegeu uma e outra vez. Se lembra? Uma vez, porque eu estava chorando, eles se recusaram a me alimentar. Você secretamente escondeu metade do pão e, quando eles se foram, me entregou silenciosamente. Outra vez, eles me bateram, mas você me protegeu, e como resultado, ficou ferida e foi forçada a passar fome comigo.Ao chegar a este ponto, Sofia já estava inconsolável, segurando a mão de Isabela e implorando repetidamente:- Isabela, por favor, acorde logo. Você ainda tem a mim, tem ao Sr. André, tem seu irmão, tem todos nós. Por favor, não durma mais, está bem?Não se sabia quanto tempo se pass
Embora ela já tivesse pensado em abortar essa criança, afinal, era seu filho. Como poderia se permitir fazê-lo? Nesses dias dolorosos e desesperadores, era essa criança que acendia repetidas vezes o pensamento em sua mente de continuar vivendo. Já sonhou também.Será que quando a criança nascesse, ela e Gabriel poderiam se reconciliar como antes? Mesmo no último momento de sua vida, se pudessem ser uma família unida e feliz, estaria satisfeita.Mas, dessa vez, foi Gabriel quem matou essa criança.Ele próprio cortou o caminho de volta entre eles.Agora, ela nem tinha mais motivos para convencer a si mesma a amá-lo, a perdoá-lo.“Gabriel, afinal, nos tornamos inimigos.”Isabela soluçou, abrindo os olhos, lágrimas escorreram pelos cantos dos olhos, caindo no travesseiro.Virando levemente a cabeça, ela percebeu que o travesseiro estava completamente encharcado.Ela se sentou apoiada nas mãos e encostou na cabeceira da cama, olhando fixamente para o brilho do pôr do sol pela janela.Nos
- Esperança?Isabela com os olhos vermelhos olhou para André, mordendo o lábio inferior e balançando a cabeça:- André, perdi meu filho, não há mais esperança.Ela até pensou em desistir de tudo e morrer, mas toda vez que abaixava a cabeça e via a pequena elevação do seu abdômen, desistia da ideia.Mas agora, o filho se foi.A esperança dela, o vínculo entre ela e Gabriel, foi rompido assim.- André. - Ela, chorando, agarrou a mão de André:- Você acha que o bebê vai me culpar? Me censurar por não cuidar dela direito? Ela vai se arrepender de ter sido minha filha?André tremeu, levantou a mão e segurou a dela, falando em um tom suave e reconfortante:- Não, Isabela, o bebê não vai te culpar.- Mas, eu a perdi...A criança, que havia sido tão forte, até sobreviveu milagrosamente a um acidente de carro que ela sofreu.Como não a culparia?- Isabela, o médico disse que o bebê estava drenando seus nutrientes, fazendo com que seu corpo se enfraquecesse cada vez mais. Agora que a criança se
- Ter outro filho?O coração de Isabela tremeu, e ela gritou:- Gabriel, você acha que o filho não é seu, por isso não se importa?Era o filho deles, como ele poderia dizer as palavras "ter outro" tão facilmente?Gabriel abriu a boca, mas antes que pudesse falar, foi empurrado bruscamente por Isabela, batendo na porta.- Gabriel.Ela, com lágrimas nos olhos, olhou para ele com firmeza e disse, palavra por palavra:- Eu e você não podemos ter outro filho.Essas palavras eram como uma faca no coração de Gabriel, causando-lhe uma dor aguda.- Por quê?- Por quê?Isabela o encarou por mais de dez segundos, depois riu sarcasticamente:- Gabriel, você realmente não sabe ou finge que não sabe?Ele sabia, era claro que sabia, mas não queria aceitar aquela realidade.- Isabela.Ele a chamou com a voz rouca, olhando para ela com um olhar melancólico.O coração de Isabela estava em frangalhos, a dor era insuportável.Por que ele estava desapontado?Tudo isso foi causado por quem?Por que ele semp
- O que aconteceu aqui? - Pedro de repente percebeu a desordem no chão, franzindo a testa involuntariamente.- Nada.Isabela se recompôs, olhou para Pedro e só então percebeu o sangue em sua roupa, perguntando apressadamente:- O que aconteceu com o sangue em suas roupas? Você se machucou?Imediatamente, ela chamou Sofia:- Sofia, chame o médico rápido.Sofia assentiu, estava prestes a se virar, mas então ouviu Pedro rir:- Srta. Isabela, não se preocupe, este sangue não é meu.- Não é seu?- Sim, é dos ladrões de túmulos. Eu já disse, sou um campeão de artes marciais, derrotar alguns vagabundos é fácil para mim.Pedro pausou por um momento:- Ah, eu também perguntei quem era o mentor deles.Ao ouvir isso, Isabela deu uma risada fria, sem dizer uma palavra.Afinal, Mariana já havia admitido, e a única coisa que a intrigava era por que Mariana não apareceu para se exibir dessa vez?Sofia, vendo que nenhum dos dois falou, não pôde deixar de perguntar:- Quem é?Pedro deu um tapinha na ca