Os dois caíram em silêncio, enquanto os segundos se arrastavam. A luz vermelha da sala de emergência continuava acesa e o corredor começava a ficar cada vez mais frio.Isabela cruzou os braços, seus nervos estavam à flor da pele.Por que ainda não saíram?- Irmã?De repente, ouviu alguém chamando por ela, fazendo o coração de Isabela disparar. Primeiro, ela olhou para a sala de emergência e viu que ainda estava fechada, então se virou para o outro lado do corredor.Viu Pedro se aproximando mancando, apoiado em sua bengala, e Isabela rapidamente foi ajudá-lo.- O que você está fazendo aqui? - Perguntou Isabela.- Eu ouvi dizer que a Srta. Carina teve um acidente, então vim dar uma olhada. Não esperava encontrar você aqui também. - Respondeu Pedro.Pedro olhou para frente e perguntou: - Como a Srta. Carina está agora?Isabela o ajudou a sentar e balançou a cabeça: - Não sei, ainda não saiu.Assim que terminou de falar, a porta da sala de emergência se abriu.O médico se aproximou deles
Depois de levar Pedro de volta, Isabela foi para a UTI. De longe, ela viu Cláudio parado em frente à janela, com uma expressão triste e incomum.- Você pode ir, eu fico aqui. - Disse Isabela. De repente, Cláudio riu de si mesmo de maneira irônica:- É engraçado, há pouco eu estava repreendendo a Carina por sua teimosia, e agora que ela pode nunca mais acordar, de repente eu prefiro que ela cause confusão do que vê-la imóvel assim.Dizendo isso, Cláudio de repente virou a cabeça e olhou para Isabela com os olhos sem brilho: - Isa, me diga, se ela nunca mais acordar, como eu devo explicar para o tio e a tia?Isabela se aproximou, deu tapinhas em suas costas e olhou para Carina dentro do quarto: - Ela vai acordar.Cláudio levantou a cabeça, passou a mão nos cabelos para trás e se virou sem coragem de olhar novamente: - Se ela acordar, me avise.- Sim, farei isso. - Respondeu Isabela.- Você tem se esforçado muito nesses últimos dias, obrigado por cuidar dela por mim. - Disse Cláudio.
- O quê? - Pedro soltou um sorriso constrangido. - Irmã, o que você estava pensando? Eu só quis dar uma olhada nela porque ela é sua amiga, só isso.- Ah, é? Por que tenho a sensação de que você se importa bastante com ela? - Disse Isabela.- De verdade, não me importo. - Disse Pedro.Isabela colocou o vaso de flores no lugar e riu: - Mesmo que você goste dela, não tem problema. Você já está bem crescido, e também é hora de começar a considerar essas coisas. Eu ainda quero ver você casado. Nos últimos anos, você tem sido sobrecarregado por causa de mim e da Dulce. Já é hora de você pensar em si mesmo, em ter um relacionamento e essas coisas.Pedro se sentiu cada vez mais culpado à medida que ouvia, apertando a carne de sua coxa com força. Por várias vezes, ele quase deixou a verdade escapar.Nesse momento, Carina, na cama, abriu os olhos de repente.- Irmã. - Gritou Pedro.- O que foi? - Disse Isabela.- Ela... Ela parece ter acordado!- Acordou?Isabela se aproximou rapidamente e viu
Quando Cláudio chegou, Isabela já estava sentada com Carina no quarto do hospital por uma hora, olhando uma para a outra, sem saberem o que dizer.Uma sentia que não conhecia a outra o suficiente para ter uma conversa.A outra sabia que Carina tinha perdido a memória e tinha medo de dizer algo errado que pudesse irritá-la, então preferiu não dizer nada.Assim que Cláudio entrou, ambas se sentiram aliviadas e respiraram aliviadas ao mesmo tempo.- Cláudio. - Disse Isabela.- Primo! - Disse Carina.Cláudio já sabia sobre a perda de memória de Carina, então não perguntou muito. Ele se aproximou da cama para perguntar sobre a situação em detalhes, mas para sua surpresa, Carina se levantou de repente e abraçou pela cintura do Cláudio, reclamando de forma adorável: - Primo, como você pôde me deixar sozinha aqui? Eu quase tive um susto quando acordei.Esse gesto repentino assustou Cláudio, que olhou incrédulo para Isabela.Isabela também ficou surpresa com isso e só pôde balançar a cabeça em
Assim se passou uma semana.Cláudio frequentemente encontrava tempo para acompanhar Carina. Toda vez que ele ia, Carina sorria felizmente e agia de maneira afetuosa com ele.Embora Cláudio permanecesse em silêncio e sem muita resposta, apenas ocasionalmente proferindo algumas palavras, Isabela conseguia perceber que seu tom de voz estava mais suave.Então, Isabela frequentemente se perguntava se isso não era uma bênção disfarçada.Naquele dia, quando Isabela foi visitar Carina, assim que entrou no saguão do hospital, avistou uma figura familiar.Oh não, que coincidência infeliz!Para evitar que o incidente anterior se repetisse, Isabela acelerou o passo, planejando subir as escadas diretamente e evitar aquela pessoa. No entanto, mal deu dois passos quando ouviu uma voz vindo de trás.- Felícia, encontro você até no hospital, é realmente uma coincidência. - Ao ouvir as palavras, a mulher já estava em sua frente. - Você não está me seguindo, está?Sem esperar que Isabela respondesse, Giu
Isabela assustou Giulia com sua risada e deu um passo para trás:- Felícia, não pense que você pode interferir entre mim e Gabi e então se aproveitar da situação. Eu não vou te dar essa oportunidade.Vendo Giulia tão obstinada, Isabela não se deu ao trabalho de argumentar e balançou a cabeça, pronta para sair: - Esquece, é um desperdício de tempo falar com você.Mas Giulia não a deixou ir, estendeu a mão e a puxou: - Hoje você não vai embora sem me explicar!- O que mais você tem a dizer? - Disse Isabela.- Eu quero que você jure que nunca mais vai ver a Gabi! - Respondeu Giulia.Isabela achou Giulia irritante e soltou sua mão: - Giulia, não tenho tempo para lidar com suas loucuras!Para sua surpresa, Giulia a alcançou novamente: - Felícia, eu sabia, você ainda não superou o Gabi! Você está viciada em ser a amante? Você realmente acha que parecer com a Isabela significa ser a Isabela? Eu sei, o André se casou com você só porque você se parece com a Isabela, mas você não é ela, entã
A multidão permaneceu no mesmo lugar, de cabeça baixa, evitando o olhar de André.Mesmo sentado em uma cadeira de rodas, André ainda exalava uma presença intimidadora. Seus olhos frios percorreram o ambiente e ele declarou com voz autoritária: - Quem ousou insultar minha esposa? Peça desculpas!Ao ouvirem suas palavras, todos os espectadores abaixaram a cabeça e se curvaram obedientemente, pedindo desculpas: - Desculpe.- Querida, você está satisfeita com isso? Se não estiver, faça com que eles peçam desculpas até que você esteja satisfeita. - Disse ele.Isabela recuperou-se do susto e olhou para ele, abaixando a cabeça: - Já é suficiente.- Ótimo! Agora que minha esposa disse que é suficiente, vocês podem ir embora imediatamente e nunca mais quero ouvir essas palavras de novo!- Sim, nunca mais iremos falar. - Disseram as pessoas.Quando todos se foram, André abaixou o olhar para Giulia, que ainda estava sentada no chão. Seus olhos estavam frios: - O que você está fazendo aí ainda
Depois de entrar no elevador, André soltou a mão dela.- Na próxima vez, se ela te incomodar novamente, ligue para mim e eu resolvo.Isabela não respondeu, mas mudou de assunto, perguntando: - Você veio visitar a Caca?André comprimiu os lábios: - Sim, estive fora nos últimos dias, então não pude vir. Hoje tive tempo livre, por isso vim ver como ela está.Isabela acenou com a cabeça.Na verdade, Isabela também queria encontrar outro assunto para conversar, mas, mesmo abrindo a boca por um bom tempo, não sabia o que dizer.Quando o elevador chegou ao último andar, ela de repente se lembrou de algo e disse: - Ah, sim, a Caca perdeu a memória. Ela não se lembra de que sou a Felícia, acha que sou... A esposa do Gabriel. Não revele nada mais tarde.Ouvindo isso, André parou subitamente, com a mão na porta do elevador.Vendo isso, Isabela voltou para ajudá-lo a empurrar a cadeira de rodas: - Está presa?André segurava com força as alças da cadeira de rodas, a ponto de suas veias saltarem