Cap.42Scarlett Mozart.Quando voltei ao meu quarto encontrei Aysha sentada na cama, postura ereta e mãos descansando sobre o colo, sua expressão era séria ao mesmo tempo que tinha medo.— E agora? Acredita que ele é bom? — Me pergunta, mas tudo que tenho a fazer é abaixar a cabeça e dar o braço a torcer.— Nunca acreditei, então não sei o que dizer— O que acha que devo fazer? Já falamos sobre isso— Aysha… morte de novo não — Resmungo entediada.— Bom… já que eu vou morrer se parar nas mãos dele, então seria a menos tortura se eu mesma fizer, certo?— Já estive pensando sobre, eu me prometi não parar nas mãos de Vicente, nem que para isso eu tenha que acabar com minha própria vida e não estou blefando.— Eu poderia tentar te impedir e poderíamos fugir juntas, mas isso não vai funcionar, você não vai me impedir se eu tentar, certo?— claro que eu vou— então se você tentar, eu também vou te impedir — disse resmungando.— a que ponto nós chegamos em disputar a morte. — desabafo com am
cap.42.2— Ela não vem mais à escola? Como assim?— Nosso pai acha perigoso demais nos deixar andando por aí sozinhas após o que aconteceu— Você disse a gente? Você também está deixando a escola? — Perguntou confuso, mas essa pergunta só me fez piorar, os soluços e o choramingo tomaram a sala enquanto as lágrimas caiam em cascata. — menina… — suspirou apreensivo enquanto eu fechei os olhos chateada em meio às lágrimas, e sentir seus braços em volta de meu corpo, meu rosto amassou contra seu peitoral quente, não protestei, nem tinha forças para afastá-lo, além dos meus braços estarem presos — tudo bem, pode chorar — Ouvi sua voz gentil. — Aleria já tinha falado sobre isso — Comentou quando eu parei de chorar, me conduziu até o banco do piano onde me sentei dispersa.— Sobre sair da escola? — Pergunto com as mãos no colo e olhar baixo nos boletins.— Sim, sugeri que se você quisesse poderia vir com a gente, porém eu te mandaria para o exterior — comentou me deixando pensativa, talvez…
Cap.43Henryestava a alguns quilômetros quando avisto uma menina à beira da floresta, logo reconheço pelo seu cabelo ruivo solto esvoaçando enquanto ela de repente entra na floresta.— O que ela está fazendo? — murmuro confuso pisando no acelerador até o ponto que ela desceu.Saio do carro ainda a vendo, mas não a chamo, passo por entre as árvores me escondendo sem que ela me perceba, mas duvido muito que perceba, ela parece em transe enquanto anda com um dos pés debilitado.Como se não bastasse parecer que não está bem, ouço seu choro entristecido, nunca a vi dessa forma, até parece uma alma vagueando, ela anda por muitos minutos, mas não impeço seus passos, quero entender o que está acontecendo.Já estávamos longe o suficiente ao ponto de nem ver mais meu carro, tudo que ouvia era os ganho quebrando debaixo de seus pés descalços e alguns grasnados e cantar de pássaros, paro menos de dois metros dela, ficando atrás de uma árvore, ela parece recitar algo.Então a vejo mexer no vestid
cap.44Scarlett Monto em suas costas e suas mãos seguram meus joelhos para me manter firme, não sei como ele vai me aguentar em suas costas por todo o caminho.Apesar de está arrasada, agora me sinto um pouco feliz porque foi ele que me encontrou, porém novamente não sei como vou lidar com o fato que ele beijou minha bochecha, Henry não parece tão ruim agora, descanso meu rosto sobre seu ombro tentando ver seu rosto, ele está sério, como sempre, seus pensamentos parecem estar em outro lugar.Não sei o que está acontecendo, mas estou sentindo meu coração estranho toda vez que olho para ele me faz desejar que ele nunca chegue na estrada, parece ser um pedido maldoso, mas queria ficar o observando enquanto estou nas suas costas, com meu rosto próximo ao dele, sentindo o perfume que exala de seu corpo.Acordo de meus devaneios pensando se isso é normal, deve ser efeito da dor de cabeça, mas em meio aquela dor tinha uma sensação ainda melhor que ele trazia e deixava meu coração acelerado
Cap.45Scarlett Mozart.Não era nem sete horas quando Aysha invadiu meu quarto, se fosse dia de ir para a escola não estava tão agitada, o dia estava perfeito para sair e eu ainda estou pregada na cama, após passar a noite inteira presa no inferno daquelas lembranças, estou quase indo a loucura sem conseguir tirar nada da minha cabeça.— O que está acontecendo? — pergunta ela se jogando na cama.— não sei do que está falando, seja mais clara — digo apertando os olhos tentando acordar.— Aquele homem… não é estranho?— Henry, Aysha qual o seu problema, fala o nome Henry — tento soletrar para ela.— aquele homem! — esbraveja e eu reviro os olhos.— Ok…— O que está acontecendo? Por que ele se preocupa tanto com você?— Está com ciúmes porque ele se preocupa comigo? — pergunto empolgada a encarando com atenção.Seria uma boa ela se confessar e então tentar se salvar porque Henry vai matar nós duas, certeza.— Não… você é muito nova para entender, você não percebe nada? — pergunta curiosa
Cap.46Henry Bom, não vou negar que a proposta dela é muito boa, isso me fez lembrar o dia que a vi tocar, só mais uma vez não tem problema, ainda mais pelo que ela anda representando para mim, é bem provável que me desse um botão que eu me sentiria pago.— Aceito, você pode tocar violino para mim — assim que digo ela de forma deliberada pega em minha mão e me puxa para a sala de música, sua imprudência… espero que ela não de essa confiança a nenhum outro homem, não que eu esteja com ciúmes, mas ela já é casada… que droga! Essa palavra me deixa com uma sensação ruim.Entramos na sala, eu sentei em um banco comprido que fica em frente ao piano e ela para em minha frente a alguns centímetros com o violino já posicionado em seu ombro.Estava tentando não observar seu jeito, sua postura é perfeita, sua concentração, mas quando ela começou a tocar, ela me levou até o meu passado, meu passado bom, exatamente a mesma música que minha mãe tocava para mim, isso me deixa um pouco incomodado ao
Cap.47Às seis horas da manhã e o pai das meninas parece bem conturbado, sem saber o que pensar, seus dedos tremem sobre a mesa enquanto olha o telefone a sua frente já no contato de Henry selecionado.— eles só podem está brincando comigo agora, por causa daquela vez que eu bati nas meninas, é óbvio, aqueles dois não fazem nada sem que tenha algo sombrio por trás, mas porque ele mente para Scarlett, e eles parecem ser muito amigos… — sua voz treme junto com seus lábios, e seu olhar assustado sabrecai sobre o celular em seguida apertando o sinal verde./ Algum problema? — pergunta a voz fria./talvez sim, estava pensando… que tal sugerir a Vicente que ele venha visitar Scarlett, ele… talvez possa conhecê-la melhor/Não, Vicente não quer ver essa menina até que esteja de maior, então está descartado a ideia./mas… ele sabe onde elas moram, sabe onde elas estudam? Que eu sou o pai de suas esposas /Vicente não se interessa por nenhuma dessas informações, maumente sabe o nome delas e sob
47.2Scarlett Mozart.Ele parece realmente gostar dela, uma de suas mãos desliza sobre seu rosto levando alguns fios de cabelo que caiam sobre seu rosto para trás da sua orelha enquanto observa ela com olhos de quem está encantado.Estou me metendo em problemas após fazer isso, mas… já estamos encrencadas mesmo, então se não morremos pelas mãos de meu pai, morremos pelas mãos de Henry, mesmo gostando muito dele sei que ele não teria nenhuma consideração.Imagino o terror que Aysha passou ao ser ameaçada por ele, que ela tenha esse pouco de felicidade porque futuramente será uma bomba para nós duas, pior ainda para mim que não faço ideia do que vou fazer quando descobrirem o que eu fiz e o que eu estou fazendo.Aysha acorda e assim que abre os olhos se levanta assustada.— Mathias? — ela inquiriu pulando da cama, então ele se levantou e de forma gentil se aproximou dela deslizando suas mãos pelo seu pescoço até sua nuca a beijando, mas Aysha o empurra constrangida.— Surpresa! — digo d