⋘ CAPÍTULO QUATRO ⋙

                                                        THOMAS COOPER.

Os dois já tinham saído para irem trabalhar, depois de deixar tudo explicado. — Sinto até um pouco de pena das pessoas que trabalham para eles, Jéssica pode dizer que eles são bons. Só que eles não são, de jeito nenhum.

— Estar pronto, meu senhor? — Olho para ela estranho, primeiro era senhor, agora meu senhor, já é estranho demais.

— Estou. Pare de me chamar assim, por favor. Chame pelo meu nome, isso é estranho. — Choramingo.

— Eu sinto muito, senhor. Mas, não posso fazer isso.

— Nem escondido? — Ela dá um sorriso.

— Nem escondido. — Bufo por isso.

Na próxima vez que eu ver eles dois, irei pedi pra mandarem me chamar pelo meu nome.

— Enfim, vamos? — Aceno derrotado e sigo ela para fora da mansão.

Olho tudo em volta, vendo o local.

— Bom dia, meu senhor. — Tomo um susto ao ouvir uma voz perto de mim.

Me viro vendo um homem muito alto, acho que tem 1,92 ou mais, quem sabe.

— Meu nome é Michael, fui designado para ser seu motorista particular. — Estou surpreso com tudo isso.

— A-Ah.. Obrigado. — Ele me olha por alguns segundos e logo desvia.

— Vamos? — Aceno.

— Sim, vamos.

Entramos no carro e logo o mesmo dá a partida.

— Estou surpreso por vocês saberem falar inglês. — Digo de repente, queria puxar papo com eles. Ficar dentro desse carro sem conversar é ruim demais.

— Bom, eu nasci nós Nova York, quando fui sequestrada tinha quinze anos.

— Ah sim, entendi. Só que você tem o sotaque Russo, por isso eu pensava que você tinha aprendido o inglês.

— Eu estou aqui na Rússia oito anos. Eu só falava russo, acho que é por isso que tenho sotaque. Porque eu comecei a falar inglês hoje, com o senhor. — Olho para ela.

— Eles disseram algo? — Questiono curioso.

— Eles falaram que você não entendia russo, então como eu falo inglês, me mandaram ficar com você.

— Dzhessika!! Posmotrite na grebanyy rot, eto ne vy i da, ser!! (Jéssica!! Olha a merda da boca, não é você e sim, senhor!!) — Michael rosna irritado, não entendi o que ele falou.

Vejo a Jéssica arregalar os olhos e logo a mesma abaixa a cabeça.

— Prosti. (Desculpa.) — O que aconteceu aqui?

Queria perguntar o que tinha acontecido, mais resolvi ficar na minha. Pelo jeito que a mesma estava tão acanhada.

Que merda aconteceu? Como eu queria falar russo agora.

****

O Michel estaciona o carro na frente do shopping, eu acho, não sei. — Descemos do carro e isso chamou atenção das pessoas.

— Por aqui, meu senhor. — Começou.

Sigo a Jéssica e percebo que o Michel também nos seguia.

— Tem uma loja aqui, com roupas que o senhor pode gostar.

— Mas, Jéssica. Eu não tenho dinheiro. — Ela dá um sorriso.

— Não precisa se preocupar com isso, meu senhor. Os patrões tem lojas aqui, então não precisa pagar nada.

Por isso eles disseram que tudo que gasta comigo, ganham em dobro.

As pessoas não paravam de nós olhar, isso estar me dando nos nervos.

— Porque estão me encarando? — Pergunto ao Michael, que estava perto de mim.

— Porque eles nos conhecem, como empregados dos irmãos D'Angelos. Só que como eles não conhecem o senhor, por isso estão olhando, se perguntando quem seja. — Aceno ainda surpreso com toda atenção que eu estou recebendo.

Subimos a escada rolante.

— Aqui. — Aponta para a loja em nossa frente. — O senhor pode escolher as roupas que faça se sentir bem.

Entramos na loja e logo uma atendente vem em nossa direção.

— Dobryy den'. Chem ya mogu byt' polezen? (Boa tarde. No que posso ser útil?) — Olho para ela sem entender.

A Jéssica me olha.

— Ela perguntou no que pode ser útil.— Aceno.

— É... Eu gostaria de dá uma olhada nas coisas... Sozinho. — Ela acena e olha para a mulher.

— On predpochitayet videt' veshchi v odinochestve, yesli ty nam ponadobish'sya, ya tebe pozvonyu. (Ele prefere ver as coisas sozinhos, se formos precisar de você, eu lhe chamo.) — A mulher me olha por alguns segundos e volta a olhar para Jéssica e acena, se afastando. — Vamos, meu senhor?

— Ah? Claro, vamos.

Ando em volta da loja, observando as roupas, são muitos lindas. Observo também os preços que são de matar.

— Jéssica, tem certeza que podemos comprar essas roupas? Olha os preços disso.  —  Ela dá um sorriso.

 — Eu tenho certeza, meu senhor. Essa loja pertence aos patrões, então, tudo bem. O senhor pode comprar tudo que quiser. 

Respiro fundo, eu nunca tive essa oportunidade. As minhas antigas roupas eram tudo velhas, usadas pelos meus parentes. Então, ter algo novo é muito chocante. Na verdade, tudo é chocante, eu pensava que séria um prisioneiro, só que eles estão me dando algo que eu nunca tive. 

— Senhor?  — Olho para Jéssica, que me encarava preocupada. — Estar tudo bem?

— Ah? Porque não estaria?  — Questiono confuso.

— O senhor parecia triste. —  Dou um pequeno sorriso.

—  Tudo bem, é só algo que eu não gosto de lembrar. Só isso. —  Percebo o Michael me encarando.

Só espero que ele não fale nada para eles dois, não quero contar meu passado. É algo que eu não estou pronto ainda.

— Tem certeza, senhor? Podemos parar um pouco se não estiver bem. 

— Não, tudo bem. Só vamos terminar de comprar as coisas e irmos embora.

—  Tudo bem, então.

— Pode chamar a moça, por favor?

— Claro.

Ela se afasta, me deixando sozinho com Michael.

— Porque você veio conosco? Pensei que ficaria no carro. — Pergunto curioso.

— Os chefes me deram a ordem de acompanha-lo. Tenho que protege-lo se algo acontecer.

O que vai acontecer?

— E o que vai acontecer?  

— Senhor, sei que não entende muito sobre esse mundo. Só que eles dois são homens muito importantes, são chefes da máfia Rússia. Tem vários inimigos no mundo todo, se souberem que eles tem..... —  Ele parecia pensar na palavra. —  O senhor.

Um brinquedo, ele quis dizer. Porque é isso que eu me sinto.

— Eles podem querer sequestra-lo para afeta-los. — Fico surpreso com isso. — E isso é algo que os chefes não querem que aconteça.

— Porque me proteger... Eu não posso de um brinquedo. —  Digo sussurrando.

—  O senhor pode pensar assim. — Olho para eles. — Só que o senhor não é um brinquedo para eles. Só basta conhece-los um pouco.

Ia perguntar algo, mais formos interrompidos pela Jéssica, chegando com a mulher. 

—  Chem ya mogu vam pomoch', milord? (Como posso ajuda-lo, meu senhor?) — Olho para Jéssica.

— Ela perguntou no que pode ajuda-lo, senhor. 

— Tira meu número? —  Jéssica dá um sorriso e fala algo para ela, que acena. 

A mulher se afasta e logo volta com a fita métrica.

—  Izvineniye. ( Com licença.) 

A mesma passa pela minha cintura, depois pelo meu braço e depois pelo meu quadril. 

— Khm, ty ochen' khudoy... YA dumayu, chto tvoy nomer odezhdy P. (Hum, o senhor é muito magro.... Acho que os números das suas roupas são P. )

Eu só entendi o P.

— Ela disse que o número da sua roupa é tamanho P. — Aceno.

 — V toy chasti magazina vsya odezhda razmera S. ( Daquele lado da loja, todas as roupas são tamanho P.) — Ela aponta para algo.

— Por aqui, meu senhor. Daquele lado da loja, as roupas são tamanho P. O senhor pode escolher lá. 

—  Certo. 

Caminhamos para o lado que a Jéssica falou e começamos a escolher as roupas. Eu pegava qualquer uma, se são do meu tamanho, não preciso experimenta-las. Só quero ir embora o mais rápido possível. —  Eu ainda não entendia nada do que estava acontecendo. Não entendia o motivo deles me quererem, sou magro, não tenho nenhuma beleza, nada de atraente. Só quero ver a reação deles ao descobrir sobre as minhas cicatrizes. 

— Senhor, já podemos ir. —  Saiu dos meus pensamentos com a voz da Jéssica.

— Já? Tudo pronto, então? —  Ela acena.

— Não precisa se preocupar. Que tal irmos comer algo? Deve estar com fome, já passamos da hora do almoço.

Já? Tão rápido assim. Eu realmente estou surpreso comigo mesmo, nem senti fome até agora.

— Hum, tudo bem. —  Não devo ficar sem comer, porque é capaz de eu desmaiar por causa da minha falta de proteínas.  

— Vamos para praça de alimentação. 

Sigo a mesma, já que eu não sábia onde era.

—  Espera, Jéssica.  —  A mesma me olha.  — E o dinheiro? — A mesma dá uma risadinha.

— Meu senhor, não precisa se preocupar com dinheiro. Os patrões tem uma loja de alimentos aqui, o Mcdonald's. 

Caramba!! Eles são muitos ricos então.

— Então, só relaxe e coma. 

— Ah... Certo. 

****

Depois de termos comido, pegamos nossas compras, quer dizer, eles dois pegaram. Eu não podia carregar nada, já não aguentava tudo isso. Enfim, quando eles pegaram as coisas, voltamos para o carro. A única coisa que eu mais queria agora, é dormir, me sinto tão cansado. — Acho que posso dormir por dois dias.

—  Senhor, tudo bem? — Acho que a Jéssica já perguntou isso demais.

— Estou sim, Jéssica. Só cansado mesmo. 

— Certo. —  Ela me olhava o tempo todo de relance, suspiro com isso.

— Eu estou bem, de verdade. É cansaço mesmo, não se preocupe. — Dito a olhando.

— Tudo bem, meu senhor.

De repente o celular do Michael toca, o mesmo atende.

—  Da, nachal'nik? ( Sim, chefe.) Net problem( Nenhum problema)..... Khorosho, ya voz'mu eto.( Tudo bem, irei leva-lo.)

Ignoro como sempre, já que eu não entendia nada. Logo o mesmo encerra a ligação.

— Meu senhor, o chefe quer que eu leve pro cassino. 

— Tudo bem. — Digo dando de ombro, não posso fazer nada.

— Meu senhor, tome cuidado lá. Aquele cassino é cheio de homens perigoso, nunca saia de perto dos chefes, por favor. — Jéssica diz preocupada.

Eu poderia  até achar essa sua preocupação muito fofa, se eu não estivesse com medo ao saber disso.

— Não se preocupe, meu senhor. Irei acompanha-lo até os chefes, não estará sozinho. —Me sinto um pouco melhor ao saber disso.

— Certo.

****

Ele estaciona o carro e logo descemos, ele cola no meu lado e vai me guiando para dentro. Não era o mesmo cassino que eu estava naquela vez. —  Observo o lugar e vejo cenas que nunca gostaria de ver na minha vida, sigo o Michael até um corredor longo. Tinha pessoas transando, TRANSANDO NA PORRA DO CORREDOR. Meu Deus. Tento ignora tudo isso, e é impossível. 

Ele abre uma porta preta enorme, arregalo os meus olhos ao ver que tinha pessoas, fumando, bebendo, transando, transando e transando. Eu poderia vomitar no lugar ao ver idoso, tendo relação com garotas jovens, o Michael me puxa com delicadeza até um sofá. Vejo os dois sentados, como se fossem reis. Lúcifer estar com um copo de bebida na mão, enquanto o Damon fumava.

Aproximo dos dois, que não tiram os olhos de mim, engulo seco por isso.

— Aqui estar ele, meus senhores. — Michael diz ao se curvar.

Só que os dois, sequer olhou para ele, seus olhos estavam em mim. Isso fez eu ficar desconfortável com a situação. 

— Pode ir, Michael. —  Lúcifer diz, me olhando com seus belos olhos azuis.

— Sim, meu senhor. — Ele dá um aceno e se vira, nos deixando sozinhos.

— Venha cá. — Lúcifer estende sua mão.

Pego sua mão e o mesmo me puxa para o seu colo, Damon puxa meus pés para o seu colo. Coro fortemente com isso, por estar nos braços deles.

—  Como foi seu dia? — Lúcifer pergunta, beijando meu pescoço, minha pele se arrepiou. 

—  F-F-F-Foi.. Bom. — Digo gaguejando, todo nervoso. — E... E o de vocês? — Os dois se entrem olham.

— Foi produtivo. — Aceno e logo coro ao ouvir um gemido de outro lado da sala.

MEU DEUS!!!

— Ignore eles. — Damon diz e passa sua mão pela minha coxa, enquanto fumava. 

Meu coração parecia que iria sair pela minha garganta de tão rápido que estar. Eu não aguentava tudo isso, esses gemidos estavam me deixando mal demais.

— P-P-Podemos... — Olho para minhas mãos, eu sentia o olhar deles sobre mim. — P-Podemos.. Sair daqui? 

Aperto minhas mãos com força, que chegou a deixa-las brancas. 

— Você quer sair daqui? — Lúcifer pergunta, sua voz saiu.... Calma?

— S-Sim... Se não tiver problemas. 

— Nos beije. —  Olho rapidamente para o Damon. — Nos beije e podemos sair daqui. 

Maldito!!!

Olho para o Lúcifer que sorria maldosamente, fecho os olhos e dou um selinho nele. O mesmo segura a minha nuca e me beija, sua língua adentra a minha boca, explorando cada canto, aperto seu paletó com força, ao sentir sua língua brincando com a minha. — O mesmo se afasta, não antes de chupar meus lábios, isso fez eu gemer.

— Delicioso. — Passa o seu polegar em meus lábios. — Agora a vez do Damon.

Olho para o Damon, que não tinha desviado o olhar de nós, coro com seu olhar fixo. Respiro fundo e me levanto do colo do Lúcifer e me sento no colo do Damon. Ele parecia estar se divertindo com isso.

Nojento, brincando com a minha timidez.  

Inclino para frente, encostando os nossos lábios em um selinho. Damon abre sua boca e tento beija-lo, só que eu.. EU NÃO SEI BEIJAR!! Ele pareceu entender isso, porque, simplesmente segurou a minha cintura e a minha nuca, e me beijou com ferocidade. Gemo abafado por isso, ele adentra a sua língua na minha boca, sugando os meus lábios, que chegou a deixar dormente. — O mesmo separa as nossas bocas com um sorriso.

— De fato delicioso. — Lambe os meus lábios. — Todo nosso. — Ele beija meu pescoço e logo em seguida lambe.

Esses dois vão ser a minha morte. Como um simples beijos, podem me deixar tão mole?

— Vamos sair daqui, gatinho. — Os dois dizem uníssono.  

 De fato, esses dois vão ser a minha morte.

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