Dwayne estava inquieto. Como diria a Luca que seu tio, Lorenzo Bologna, queria que ele voltasse para a Itália para assumir a máfia em seu nome?Seu tio tinha três filhos: Francesca, a caçula de 25 anos, Marco, de 28, e Matteo, de 30. No entanto, como ele mesmo dizia, nenhum deles tinha jeito para o "negócio da família". Agora, Lorenzo queria que Dwayne assumisse o comando. O problema era que ele estava bem onde estava. Emilly havia tido Lua recentemente, e ele não queria tirá-los dali. Além disso, Théo não se adaptaria às pessoas de lá, pois era muito apegado a todos dali.— Você está com algum problema? — perguntou Luca.— Não! Quem te falou que estou com algum problema? — respondeu Dwayne, defensivo.— Calma, irmão, só estou perguntando... É que a Emilly chegou do hospital há dois dias, e percebi que você não tem ficado ao lado dela como ficou do Théo... Por isso, pensei que estivesse com algum problema.— Não estou. Minha mente só está processando algumas coisas. Agora tenho dois f
Luca não gostou nem um pouco da postura do tio de Dwayne. Quando o chamaram para ajudar com a ameaça de Enola, que poderia desencadear uma guerra contra ele, Lorenzo foi solícito e gentil. Agora, porém, seu olhar estava frio e distante.— Meu tio, eu não pretendo voltar para a Itália e não quero assumir nada por lá. Por que não coloca Matteo? Ele já tem idade para assumir. — disse Dwayne.— Você sabe muito bem que tudo aquilo é tua herança. Teu pai era dono da máfia italiana, mas você preferiu ficar aqui e não quis voltar com ele. Quando ele se foi, me pediu para assumir em seu lugar porque você ainda era um menino... E assim eu fiz. Mas agora estou velho e cansado, e a herança não pertence aos meus filhos, mas sim a você. Eu sou justo, meu sobrinho, só fico com o que me pertence. Além disso, não desejo mais nada. — respondeu Lorenzo.— Então, se é assim, divida a máfia entre meus primos. Já que é minha, faço o que quero. E eu quero que meus primos fiquem com tudo. — retrucou Dwayne.
Eles chegaram a San Marino, na Itália, e estavam a poucas horas de Arezzo, onde Marco e Isabella moravam. Já fazia um tempo que não os viam, e Sofia sentia saudades.— Vamos explorar a casa? — Emilly chamou Sofia.— Sim! A Italia é linda, não é? Nossa casa também é.— Amiga, que tal montarmos um negócio aqui?— Que negócio abriríamos? — Sofia pergunta pensativa.— Vendemos os shoppings StarRed por 120 bilhões de dólares. Meus 60 bilhões estão na minha conta, e não quero ficar por aí igual uma dondoca só gastando. Quero fazer algo útil e pensei em abrirmos um negócio juntas.— É... A minha parte também já está na minha conta, e nossos maridos têm muito mais que a gente... Não dá nem para comparar.— Eu sei... Apesar deles dizerem que tudo que têm também é nosso, ainda assim fico pensando: eles já tinham tudo isso quando nos conheceram e, a cada mês, aumenta mais.— Que tipo de negócio iremos abrir? Você ainda precisa melhorar seu italiano. Consegui te ensinar pouco e você vai precisar
Sofia estava radiante e ansiosa enquanto ampliava seus conhecimentos culinários. Enquanto isso, Emilly, sentada à sua frente, analisava possíveis locais para o restaurante. Após uma busca na imobiliária, encontrou dois pontos comerciais bem localizados no centro de San Marino, o que era perfeito para o empreendimento.Porém, por serem canadenses, o valor pedido pelos imóveis era exorbitante: 866.645.000,00 euros, aproximadamente um bilhão de dólares. Mesmo que a localização fosse promissora para um restaurante, aquele preço parecia um absurdo.— Amiga, eles estão irredutíveis... Podemos pedir ajuda ao Marco ou à Isabella, talvez consigam negociar um valor mais justo — sugeriu Emilly.— Não, Emi! Vamos pagar. Nós podemos pagar. Se esse é o valor, vamos pagar, mas vamos exigir que os documentos fiquem no nome das duas. Se eles acham que vão nos parar, estão enganados.Sofia manteve o ritmo intenso dos cursos culinários, enquanto Emilly, para provar que tinha condições, ofereceu 200 mil
Sofia estava trabalhando intensamente no restaurante, que estava fazendo um enorme sucesso em San Marino. Desde a inauguração, o local permanecia lotado o dia todo. Para dar conta da demanda, ela contratou dois cozinheiros e cinco ajudantes de cozinha, além de aumentar o número de atendentes e adicionar mais dois caixas. Tanto Sofia quanto Emilly estavam surpresas e felizes com o crescimento rápido do negócio.Luca e Dwayne frequentemente apareciam para almoçar no restaurante com as crianças, permitindo que passassem um tempo juntos no meio do dia. Eles também estavam impressionados com o movimento intenso, que agora exigia um sistema de reservas. O restaurante já estava completamente agendado pelos próximos três meses.— Amiga, precisaremos comprar a loja ao lado para expandir o restaurante — disse Emilly, animada. — Ainda bem que demos o sinal para segurá-la.— Acho que dessa vez você vai ter que resolver essa parte sozinha — respondeu Sofia. — Mal estou conseguindo tempo para marca
As coisas estavam fluindo muito bem. Luca mal podia acreditar que já fazia um tempo desde que algo ruim aconteceu com sua família, e ele era profundamente grato por isso.Sofia e Emilly estavam em uma ótima fase com o restaurante. Já faz três meses que estava no comando e o sucesso era notável. Pessoas de toda a Itália vinham provar a comida e sentir o conforto familiar que o restaurante proporcionava.No entanto, Luca tinha uma preocupação: no ano seguinte, voltariam para o Canadá, e ele não tinha certeza se as meninas haviam pensado nisso.Sofia vinha reclamando de azia constante. Ele suspeitava que fosse pelo fato dela não se alimentar corretamente. Apesar de ser a cozinheira, mal comia. Ela, por outro lado, estava preocupada, pois uma tia paterna faleceu de câncer no estômago. Luca já insistira para que ela reservasse um dia para ir ao médico e resolver essa questão.O Natal estava próximo, faltavam apenas seis dias. Emilly havia contado que Sofia pretendia trabalhar no dia, mas L
Luca estava tão confuso quanto Sofia. Ela olhava para sua barriga e passava os dedos sobre a pequena cicatriz que a lembrava do dia da invasão em sua casa, quando ela e Jordan terminaram deitados no chão, cobertos pelo próprio sangue. Agora, segurava em suas mãos uma ultrassonografia com a imagem do seu bebê.— Luca? Luca? — chamou Sofia, tentando trazê-lo de volta à realidade.— Oi, amor. Me desculpe. Você está bem? — Ele parecia ter dificuldade em assimilar tudo.— Precisamos confrontar o doutor Lewis. Como ele nos diz algo o que não aconteceu? Ele poderia ter dito a verdade, que existia a possibilidade de eu engravidar, mesmo que fosse baixa. Mas, em vez disso, afirmou que eu tinha perdido o útero.— Você ouviu o que o médico disse? Precisamos tomar uma decisão sobre a gestação. Seu útero sofreu alterações devido à cirurgia e talvez a gestação não possa ir muito adiante. Não quero que você sofra.— Desculpe, amor, mas é tarde demais. Não vou tirar nosso filho. Vou fazer o meu melho
Luca alternava seu dia entre três funções. Estava ajudando Dwayne com algumas questões da máfia italiana, pois um dos fornecedores estava dificultando as negociações por não conhecer Dwayne. Além disso, Draco, que estava no Canadá, informou que uma das bases em Toronto havia sido explodida, e Luca estava investigando o ocorrido junto com Draco, Jack e Jordan. Entretanto, à distância, só conseguia acessar seu sistema de câmeras, mas quem quer que tivesse feito isso havia sido esperto o suficiente para desligar o sistema de som, causando ainda mais dor de cabeça.Por fim, também estava cuidando de Sofia, que estava grávida. Ela era teimosa e fazia de tudo para ir ao restaurante, insistindo que precisavam dela por lá. Luca, por sua vez, deixou a porta do escritório aberta, pois sabia que, se ela saísse do quarto, teria que passar por ali, já que era a única passagem para a sala.Enquanto estava em uma chamada de vídeo com Draco, viu Sofia passar apressada. Interrompeu a ligação imediatam