"Não leve a vida a sério, você não sairá vivo dela!"
O olhar de Louis caiu sobre a enfermeira que se aproximou cautelosamente, uma aflição o atingiu, pois sabia ter uma possível chance de uma notícia ruim ser entregue a ele.
— Boa noite, senhor LeBlanc, trouxe notícias do seu filho. O pequeno Jav agora se encontra bem e te adianto, ele tem os olhos mais lindo que já vi na vida, os mesmos são de um azul muito encantador.
Louis sorriu para a mulher na sua frente. Admirei a felicidade o preenchendo gradativamente e o mesmo se permitiu ser dominado por esse sentimento, se colocou de pé, inclinando o corpo para frente puxou a enfermeira consigo e a abraçou alegremente — Seu choro é bem forte, meus parabéns ele é muito bonito.
— Que ótima notícia! — agradeceu sincero, por saber que o filho se encontra bem — Meu Jav! Meu Herdeiro.
Soprei um vento frio o trazendo para a realidade de modo que ele se lembre de perguntar por sua amada.
— ... Minha Janaína? — se dando conta que a feição da enfermeira mudou bruscamente, Louis cambaleou para trás até encontrar a cadeira e quando suas pernas encostaram na mesma e seu corpo cedeu de encontro a ela.
Mesmo sem a resposta concreta de que perdeu a mulher da sua vida, a realidade lhe atingiu com força total, visto que tratei de deixar o sentimento da perda lhe dominar. Ainda que eu estivesse distante consegui sentir o coração dele acelerado, nunca tive o prazer de constatar essa sensação, pois não temo a perda, na verdade, não temo nada, visto que sou totalmente imune a esses sentimentos, porém sei exatamente todos os sintomas.
O temor libera adrenalina levando o coração bombear mais sangue que o normal, as pílulas dilatam e uma camada fina de suor lhe sobe a pele tão rápido que quando o vento lhe atinge, traz aquela sensação de pavor. O medo lhe consome e o pressentimento de que o pior acontecerá ou já se sucedeu toma seus sentidos.
Paralisado com a sensação de que o pior já aconteceu, Louis liberou as compotas da alma e seu choro saiu alto seguido de um soluço. — O vazio preencheu seu peito e ele sabia que sua amada o deixou sozinho com um filho para criar.
— Sentimos muito Sr. Louis, a paciente Janaína se encontrava com a pressão extremamente alta e até agora não sabemos explicar como sua mulher resistiu até o último momento, pois o que aconteceu dentro daquela sala de parto não foi coerente com a realidade... — mortificada relatou.
O silêncio caiu sobre eles por um longo tempo. Ela parou para refletir tudo que vivenciou, e Louis deu início ao seu processo de luto. Aquele que muitos não fazem ideia do que é. Bom, tentarei explicar! — É aquele momento de aceitação, quando você sabe que a pessoa morreu, mas não acredita, a pior fase para qualquer ser humano passou ou vai passar é aquele momento em que entra em negação e se recusa a aceitar que a pessoa que ama nunca mais voltará. É a péssima realidade de que não se declarou o suficiente ou que não beijou com a intensidade que deveria, entre outros gestos que nunca serão o bastante para aqueles que se dão conta de que chegou o ponto final para alguém especial.
Admirei entrar naquela negação dolorosa onde a pergunta condicionada lhe atinge. — E se eu não tivesse saindo de perto dela ou tivesse fugido para o México e vivido ao máximo esse amor.
Era o que gritava em sua cabeça! Permiti que as lembranças boas o confortassem. Louis estava tentando acreditar que a mulher da sua vida não voltaria mais para casa e que seu pequeno filho dependeria somente dele. Decidi não manipular, mas os seus sentimentos e vi se fechou em seu mundo paralelo da dor.
— Sei que é doloroso, mas quero que saiba que sua mulher foi forte até o último momento, os longos minutos que passei juntos a ela, tive uma experiência que a ciência não pode explicar Sr. LeBlanc! Digamos que ela aguentou até o último minuto para que o bebê sobrevivesse. — repousou a mão sobre o ombro dele lhe ofertando um acalento que nunca será o suficiente para a tamanha dor emocional que está sentindo.
— O que aconteceu? Me conte por favor — exigiu explicações.
— Ela teve eclampsia, e pelo estado que sua esposa chegou aqui, ambos não teria sobrevivido. O menino Jav nasceu...
Ela fez uma longa pausa enquanto negava com a cabeça incessantemente, como se o que tivesse presta a relatar fosse algo impossível até mesmo inimaginável.
— Seu filho nasceu morto senhor, o Jav veio ao mundo sem vinda e ficou assim por quase um minuto... aquela criança nasceu rochinha e se nenhum vestígio de vida em seu corpo. Sua falecida esposa gritava pela santa da morte desesperada, e falava coisas sem sentindo algum.
— Janaína... — murmurou o nome tão baixinho que a enfermeira não ouviu — O que devo fazer meu Deus? Meu amor, como cuidarei do nosso filho sozinho? — murmurou baixinho — O que ela dizia?
— Ela disse que alguém tinha prometido cuidar do filho... — relatou ciente do que Janaina gritava para mim — Sou do México, algo surreal aconteceu naquela sala, mas seu filho está bem e tenho certeza que nada vai lhe acontecer. Hoje é dia 2 de novembro! dia para celebrar a los muertos já vi muitos bebês nasceram desacordados e depois do tapinha tradicional eles chorarem, mas seu filho despertou solzinho e seu choro arrepiou a todos dentro daquela sala... sei que ele será um homem forte. Acredito que você será um bom pai Sr. LeBlanc.
Ela confirmou convicta, e acredito que sim, Louis protegerá muito bem esse menino e vou me manter por perto, afinal sou a protetora dele e mesmo não tendo esses sentimentos carnais, me sinto responsável pelo Jav.
— Deus sabe o que faz, tenho certeza que tudo ficará bem. — finalizou.
— Prometi a ela que cuidaria do meu filho, porém não faço a menor ideia do que vou fazer! Ele terá o nome da mãe, meu filho se chamara Jav Ruiz LeBlanc futuro Magnata de Guadalajara.
Falou com tanta convicção que o pequeno Jav despertou aos berros, estava preste a segui de encontro a ele quando Louis exigiu vê-lo.
— Te levo até o berçário, venha. — me adiantei, os deixando para trás e quando parei diante dele, seus olhos azuis encontraram os meus.
— Seu pai está vindo aí, pequeno Jav — informei segundo antes de a porta ser aberta.
— Veja! Nasceu grande e gordinho. — Louis se aproximou e notou a semelhança consigo mesmo, pois Jav tem os seus olhos e os traços marcante do Louis, porém os cabelos são negros como os da mãe — Oi, pequeno Jav, vem aqui que vou te apresentar ao seu pai.
Pegou o pequeno que chorou forte arrancando um sorriso fraterno do pai e aos berros foi entregue aos braços dele, os olhos de ambos se cruzaram.
— Farei o impossível, pois o possível já é garantido meu filho, para te proteger, será um Ruiz de pulso firme como sua mãe — ronronou baixo — meu único filho.
Abraçou o pequeno e por horas o segurou no colo, durante todo esse tempo contou histórias e falou da sua mãe para ele, que já havia adormecido em seu coloco. Louis dizia que Janaína era a mulher mais linda que ele já conheceu e declarou que seu coração sempre será dela.
— A morte não é o fim meu filho, na hora certo partirei dessa vida e vou reencontrar com sua mãe. — ele alisou os cabelos grandes do Jav e beijou sua cabecinha — Vamos ser grandes amigos! Confia em mim filho nada vai te acontecer.
Resolvi dá-lhes a privacidade necessária e segui para minha rotina, sei que tenho uma ligação muito grande com esse bebê e se ele precisar saberei.
" Pode deixar Janaína, que seu filho será muito bem cuidado e vou dar o meu melhor para que nada de ruim lhe aconteça."
"Caso lhe ofereçam uma grande oportunidade na qual você não sabe se pode ter êxito, diga sim e aprenda depois como fazê-lo"━─━────༺༻────━─━MESES DEPOISDurante os meses seguintes, Louis tentou se adaptar a nova realidade de vida, sem sua amada. Todos os dias seguintes ao triste adeus, ele pedia a Janaína forças para não decepcionar o filho, pois tem um medo crescente que vive assombrando seus pensamentos. Ele teme ser um péssimo pai ou de não dar atenção o suficiente ao Jav, pois ele tinha que se dividir em dois para ter sua empresa em um ótimo nível, e é claro dar ao Filho toda atenção que o pequeno merece. — Por Deus, ele dava conta e no final do dia dormia com um sorriso no rosto.Em meio a esse momento tão difícil Louis não teve escolha a não ser, aceitou a ajuda vinda de Charlotte que no dia seguinte ao nascimento do pequeno Jav, se colocou no lugar de mãe, ele aceitou, porém, permaneceu vigilante. Fiz questão de deixar plantado esse sentimento dentro dele, porque ela viu nessa
"Grandes mentes têm propósitos; outras têm desejos"━─━────༺༻────━─━Os meses foram passando e Jav estava cada dia mais forte e saudável, ele muito em breve comemorará dois anos de vida. O próprio já fica sobre as perninhas andando pela imensa mansão e arrisca a falar algumas palavras como; papai, vovô e vovó e não posso esquecer... Como essa criança pede comida!As coisas está em um rumo que me deixa muito satisfeita. Hoje Louis conseguiu ganhar o título de melhor whisky do ano em um evento muito famoso em Madrid deixando a empresa do pai, depois de quase uma década no topo, sobre o segundo lugar do pódio. Em casa era motivo de Alegria, pois Laerte não aceitava passa o título para outros, e como foi seu filho a ganhar o primeiro lugar, o segundo lugar era motivo de grande alegria nessa família.— Meu filho! Meus parabéns — declarou seguido de um abraço forte e repleto de adoração.Isso deixou Lauro ainda mais enciumado, pois ele muito em breve será o novo dono da empresa do pai. Bom,
"Introduza um pouco de anarquia.Perturbe a ordem vigente e então tudo se torna um caos! Faz isso é vai ver quem é de verdade."━─━────༺༻────━─━Depois da primeira noite do casal, Charlotte finalmente assumiu o papel de esposa, se dedicou a cuidar do Louis e do Jav. Bom, ela fingiu muito bem cuidar do meu protegido e com isso, Louis afrouxou um pouco as cordas. Agora dividindo a cama e todas as coisas de um casal monogâmico. — Desculpa meu sarcasmo, somente o Louis Acredita nisso. Enfim.Por influência dela eles voltaram para a antiga casa, mas Alba não abandonou Jav e durante os seis anos seguintes protegeu o neto e tratou de alerta-lo dizendo que Charlotte e ardilosa e que não deveria confiar nela. — Alba sabia que a nora não prestava.Depois da perda a mãe do Louis ficou ainda mais agarrada ao Jav, pois a três anos atrás tive a tarefa de levar Laerte comigo, porque sua hora já tinha chegado. Meu Jav, chorou por dias, pois mesmo sabendo que sua mãe não tinha ficado com seu pai por
LAR ( s.m. )É se sentir bem-vindo. Lugar pra onde a gente corre quando tudo fica mal. lugar de maior segurança do mundo. Refúgio, nosso! Possível de ser compartilhado com outras pessoas, na verdade, melhor quando é compartilhado. É se sentir parte de algo. Pertencer a algo!O mochileiro é aquele que fez do mundo inteiro o próprio lar.━─━────༺༻────━─━No caminho para casa, Louis foi informando ao filho o que vão fazer na cidade durante as duas semanas que ficaram aqui, deixando Jav muito animado.— Veja filho! Essa é a sua casa. — Louis apontou para a imensa mansão e sorriu da carinha animada que ele fez para o tamanho da sua futura moradia — gostou?— Eu amei, papai! — gritou arrancando um sorriso sincero do pai — Ela é muito grande, nossa! Olha lá! Tem uma piscina maior que a lá de casa!Jav, ficou encantado e ao chegar na linda mansão e assim que colocou os pés para fora do carro sentia em seu peito que esse lugar lhe dava uma grande sensação de lar, como se essa, fosse sua ver
ANTES:Eu fazia de tudo pelas pessoas, até que percebi que andava regando espinhos ao invés de flores… Realidade filha da puta essa!━─━────༺༻────━─━Depois da primeira viagem ao México, Jav estava maravilhado com tudo que viu e tentou entender como a Agave-azul se tornava o ingrediente principal da Tequila mexicana, visto que a planta que mais parece uma coroa de abacaxi gigante tem o interior branco.Só que de alguma forma a bebida fica na cor âmbar, dando-lhe a semelhança com o whisky que a família LeBlanc produzi a várias décadas, para Jav isso fervia em sua cabeça o deixando ainda mais curioso, louco para saber de tudo relacionado ao futuro império.Louis saiba que isso aconteceria, só pela forma como o filho ficou encantado com a planta e tudo envolvido a ela e rapidamente se atentou a levá-lo a uma fábrica para que visse toda a manipulação e tivesse um vislumbre do que produzirá futuramente. Tudo isso empurrava meu menino para esse caminho. — Manipulação? Quero dizer, será que
HOJE:Amo quem me ama. Não imploro mais para ficar na vida de ninguém. Quem vem para o bem, eu retribuo, quem não vem, eu me afasto e vida que segue.━─━────༺༻────━─━Os meses foram passando e essa gestação não foi tão aclamada como deveria, visto que Louis mudou por completo com Charlotte e passou a dormi no quarto com o filho, pois viu que Jav estava diferente e percebeu que ele anda serio demais. — Dando isso como, justificativa.De dia ia trabalhar na presa e à tarde chegava em casa sempre uma hora após o filho ter chegado da escola diminuindo os momentos dele sozinho com Charlotte. Mesmo Jav não lhe contando o que passava diariamente com a cobra-cuspideira, Louis tinha suas dúvidas e decidiu se precaver.Nesses meses dormindo juntos, ele também percebeu que as noites com o filho não tinha mais os assuntos familiares ou as coisas divertidas como antes. Louis temia que o perdesse de alguma maneira, não para mim, é claro, mas a criança genuína que ele adorava provocar com algum assu
“As pessoas não são perturbadas pelas coisas, mas pelo modo como as veem”.━─━────༺༻────━─━CINCO ANOS DEPOIS…Muitas coisas aconteceram nesses últimos anos, que se diga de passagem voaram. A evolução emocional, tanto para mim, quanto para eles, foi magnifica. Nesse caso me refiro aos 3, pois a penosa e o titio continuam do mesmo jeito, cujo objetivo é prejudicar meu protegido, mas quanto a isso, asseguro a todos que são tentativas fracassadas. Bom, não prometo 100% de segurança, pois não sou de carne e osso e se fosse, julgo que seria uma assassina psicopata, enfim! Pois mesmo tendo um nome tão poderoso, isso não significa que posso marta porque quero. Como falei lá no início, tenho um papel importante na vida de cada um, mas não sou o motivo pelo fim, todavia sou o mesmo, meu dever e só estar aqui para quem realmente precisa. Bom, chega de falar de minha existência, proponho seguirmos adiante.Quero conta sobre minha evolução pessoal para vocês! Descobri que tenho sentimentos, tipo
“Sou desconfiado mesmo, porque já mentiram para mim, olhando nos meus olhos.”━─━────༺༻────━─━Carllie saiu do quarto toda animada, e como tem o anda silencioso consegue chegar em qualquer lugar sem ser anunciada e sem querer, próximo à escada pegou o assunto entre sua mãe e o tio pela metade, e curiosa que é, ficou ouvido tudo.— Você tem certeza, Charlotte? — Lauro perguntou.— Claro! Será perfeito, 2 coelhos com uma cajadada só! — nesse momento os dois não faziam ideia de que a pequena iria com eles, pois Charlotte proibiu a filha de sair com os dois já faz alguns meses — Essa fortuna tem que ser minha! Aturei muita coisa nesses 17 anos — declarou se lembrando de tudo que viveu —, Janaína se deitando com meu marido debaixo do meu teto, o bastardo de nariz empinado me fazendo afronta, caramba, Lauro, até minha princesinha prefere os dois do que a mim. Chega! Isso acaba hoje, afinal de contas, nada mais justo do que morre no mesmo dia em que nasceu, não é mesmo?— Você me assusta fa