Judite estava no píer a espera de Edward. Assim que ela leu a mensagem de Sheron, a filha do prefeito praticamente montou campana a espera de Edward.Passado algum tempo, ela sorri ao ver a caminhonete de Edward surgir na entrada do píer e ele a estaciona embaixo de uma árvore. Edward já vê Judite vindo em sua direção e ele abaixa a cabeça confirmando que suas suspeitas estavam certas.- Por que você está fazendo isso, Sheron?Ele suspira buscando não surtar assim que a mimada chega perto da caminhonete. Edward sai da caminhonete e anda até o píer enquanto é seguido por Judite.- Edward, querido. O destino, como sempre, está nos unindo.- Sei muito bem que destino é esse. O que você ganha pegando no meu pé?- Não adianta lutar, eu sempre consigo o que quero e quero você.Judite sorri olhando para Edward que apenas suspira.- Você pode ter conseguido acabar com o meu casamento, mas saiba que nunca ficaria com você. Agora se dê um pouco de valor e pare de ficar me perseguindo. Vai e enc
É chegado o dia da grande festa que teria na cidade. Anastácia havia terminado de fazer os vestidos de suas clientes e uma delas havia lhe convencido a ir à festa. Edward também iria, pois precisava fechar alguns contratos com outros fazendeiros que estariam na festa. Ele lamenta muito não poder ir com Anastácia, mas era preciso.Já fazia dias desde que eles haviam reatado e a saudade que ele sentia dela assolava o seu peito e isso o havia deixado disperso ao ponto de nem prestar atenção ao que acontecia ao seu redor. Ele havia dado ordens para que Sheron cuidasse do chalé sob a supervisão de outro funcionário, pois ela havia perdido a confiança dele.Neste momento, estava tentando fazer a contabilidade da fazenda quando Mike entra segurando seu telefone.- Edward, a Miranda me mandou uma mensagem dizendo que falta pouco para ela conseguir provas para poder prender o assassino do nosso pai.Edward estava distraído pensando em Anastácia, que nem prestou atenção nas palavras do irmão. Mi
Anastácia mal pisa na festa e logo é recebida pelo prefeito que vem todo sorridente. - Anastácia, querida! Fico muito feliz por você vir prestigiar a nossa festa! O prefeito a encara e Anastácia sorri um pouco sem jeito. - Muito obrigada, estava mesmo precisando sair de casa. - E você está certa. É preciso aproveitar bem a vida e sei que está passando por um momento difícil que é a separação, mas saiba que aquele cowboy não presta mesmo e até demorou para aprontar. O prefeito sorri e neste momento passa um garçom segurando uma bandeja onde ele pega duas taças de champanhe e entrega uma para ela que fica sem graça em recusar e acaba pegando a taça. - Espero que você se divirta e te convido para participar do camarote. Anastácia não sabe o que dizer, então Judite chega perto dos dois com cara de poucos amigos. - Nossa, papai. Pensei que você se envolvia com mulheres de classe e não com essa mulherzinha ordinária. - Judite! Tenha mais respeito! O prefeito fala de maneira severa
A música para de tocar e todos os olhares se voltam para Edward que parecia surpreso, depois ele começa a rir. Anastácia olha para Edward com o semblante triste e Judite sorri apreciando a sua vitória.Edward caminha na direção do palco com passos firmes, ignorando os olhares curiosos da plateia. Judite abre os braços com um sorriso triunfante, esperando que ele a abraçasse e a beijasse na frente de todos, mas Edward toma o microfone das mãos dela e a encara com chamas nos olhos.- Boa tentativa, Judite. Agora me explica como consegui te engravidar se eu sou estéril.Todos olham para o palco completamente surpreso e Judite arregala os olhos.- Você tem provas de que é estéril?Ela pergunta o encarando e Edward a fuzila com o olhar.- Estou há meses tentando ter um filho com a Anastácia e ela não engravida. Então eu sou estéril.- Isso não é verdade, pois ela toma anticoncepcional!- Como você sabe disso? Por acaso você pagou para alguém dar anticoncepcional escondido para a minha mulh
Edward estaciona em frente a casa de Anastácia. Ele ainda estava muito revoltado com a armação de Judite e precisava da única pessoa que conseguia o acalmar e era ela. Ele sai de sua caminhonete e caminha na direção da porta da casa e ergue a mão para poder tocar a campainha, mas Anastácia abre a porta antes mesmo dele tocar. Ela o encara com o olhar triste e Edward apenas a abraça sem dizer nada. Anastácia retribui o abraço dizendo: - Está tudo bem, vamos entrar. Edward desfaz o abraço e entra enquanto ela fecha a porta. Ele senta no sofá e ela senta ao seu lado. - Eu nem sei como olhar na sua cara sem sentir vergonha por ter te exposto ao ridículo por causa daquela louca. Edward fala enquanto olha para o chão. Anastácia fica olhando para ele. Ela ainda estava confusa com tudo que havia acontecido, mas Edward a encara e prossegue com os olhos marejados: - Anastácia, sei que parece ser difícil de acreditar, mas a Judite está mentindo. Ela já estava grávida quando invadiu a faze
Edward arregala os olhos tentando processar aquilo que o policial havia dito, então ele volta a realidade.- Como assim estou preso? Eu nem encostei naquela louca!Ele fecha a cara e um dos policiais fala enquanto o encara.- A vítima prestou uma queixa contra o senhor cerca de meia hora atrás. Então teremos que levá-lo preso para que o senhor possa prestar mais esclarecimentos.- Claro que aquela filha da puta armaria mais uma pra cima de mim.Edward leva as mãos até a cabeça tentando não surtar. Depois ele olha para aqueles homens que estavam na sua frente.- Olha, tem quase duas horas que estou aqui com a minha esposa. Então é impossível eu ter encostado naquela praga dos infernos.Edward estica as duas mãos para o policial a sua frente.- Vamos completar logo essa humilhação toda. Pode me algemar.- O senhor, pelo menos, poderia se vestir?O policial olha para Edward que estava apenas de cueca e Edward rebate irritado:- Não, faço questão de ir assim mesmo.Anastácia aparece vesti
Edward fecha a cara assim que o xerife termina de falar. Ele leva a mão até os seus cabelos longos e os bagunça em sinal de nervoso.- Claro que o animal aqui tem que continuar preso.- Edward...- Edward é o cacete, Mike. Já estou de saco cheio de toda essa merda. Eu pago todos os meus impostos, nunca cometi nenhum tipo de crime e sou obrigado a passar por toda essa humilhação graças aos caprichos de uma mimada de merda.Edward encara o xerife com chama nos olhos.- Já que eu estou fodido mesmo, então vou lhe jogar algumas verdades. Escuta aqui xerife, o senhor não tem vergonha nessa sua cara? Nessa semana irá completar um ano que o meu pai foi assassinado e vocês não têm nem sequer uma pista sobre o assassino. Agora eu que, está na cara que estou sendo vítima dessa armação de merda, estou aqui preso feito um animal, sendo acusado do crime mais asqueroso que um verme pode cometer. Todo mundo nessa maldita cidade sabe que aquela desgraçada da Judite fica me infernizando.- Acho melhor
Amanhece e todos na cidade já estavam comentando sobre a prisão de Edward e Judite estava satisfeita com isso. Ela possuía certos privilégios por ser a filha do prefeito e sabia que eles dificultariam a soltura de Edward, fazendo com que ela se tornasse a única alternativa dele.Ela espera passar o enjôo matinal para poder ir à delegacia negociar com Edward, mas logo estranha as pessoas do lugar a olharem atravessado devido à festa da noite anterior junto da prisão do rapaz."Piranha destruidora de lares.""Safada!""Sem vergonha ""Não vale nem 50 centavos""Tarada "" Ladra de maridos"Ela escuta algumas pessoas a chamarem disso e toda aquela situação já estava a incomodando. Então uma senhora passa a olhando com o semblante fechado.- Que foi? Vocês estão me julgando só porque eu sou mulher.Judite grita e depois mostra o braço com o curativo.- Eu sou a maior vítima dessa história.Ela volta a gritar, mas a maioria das pessoas não dão bola para suas justificativas.- Bando de infe