Amanhece e todos na cidade já estavam comentando sobre a prisão de Edward e Judite estava satisfeita com isso. Ela possuía certos privilégios por ser a filha do prefeito e sabia que eles dificultariam a soltura de Edward, fazendo com que ela se tornasse a única alternativa dele.Ela espera passar o enjôo matinal para poder ir à delegacia negociar com Edward, mas logo estranha as pessoas do lugar a olharem atravessado devido à festa da noite anterior junto da prisão do rapaz."Piranha destruidora de lares.""Safada!""Sem vergonha ""Não vale nem 50 centavos""Tarada "" Ladra de maridos"Ela escuta algumas pessoas a chamarem disso e toda aquela situação já estava a incomodando. Então uma senhora passa a olhando com o semblante fechado.- Que foi? Vocês estão me julgando só porque eu sou mulher.Judite grita e depois mostra o braço com o curativo.- Eu sou a maior vítima dessa história.Ela volta a gritar, mas a maioria das pessoas não dão bola para suas justificativas.- Bando de infe
Anastácia chega ao chalé da fazenda. Aquele lugar havia se tornado especial para o casal e ela sabia que Edward queria conversar com ela, algo muito sério.Assim que ela desce do seu carro, Sheron aparece na porta e a olha com um certo desânimo. Anastácia já sabia de tudo, então ela encara a empregada com decepção.- Senhora, já deixei tudo pronto.Sheron fala enquanto encara Anastácia.- Tudo bem, muito obrigada.Anastácia responde já querendo cortar qualquer tipo de conversa, mas Sheron insiste.- A senhora já deve saber de tudo. Eu quero lhe pedir desculpas por tudo que fiz. Eu não deveria...- Você fez o que lhe convinha no momento, mas está tudo bem. Discutir sobre isso não irá mudar o passado.Era visível o quanto que ela estava chateada, mas Anastácia não gostava de discussões, então ela sempre optava em deixar para lá. Ela entra no chalé enquanto é seguida por Sheron que pensa em dizer algo, mas vê que Anastácia não estava a fim de ouvir suas explicações. Então a empregada sai
Anastácia chega em sua casa na cidade antes das sete horas da manhã. Ela havia saído antes de Edward acordar, pois não queria se despedir dele. Durante a noite, Edward havia dito para ela fazer as malas e se mudar para o chalé, pois assim que saísse o divórcio, o jato de Rebecca iria levar ela para Los Angeles, onde ela faria o seu estágio com no LeBlanc. Ela pega o seu telefone e já começa a pesquisar por um apartamento em Los Angeles, pois não queria arriscar ficar na rua assim que pisasse lá. Neste momento, a campainha da sua casa começa a tocar e ela já revira os olhos achando ser Maurice que sempre aparecia para lhe encher, mas, para a sua surpresa, era Judite que olhava para ela com desdém. - O que você quer? Anastácia fala de maneira ríspida e Judite estreita os seus olhos. - Nossa, que maneira de atender uma cliente ilustre. Você deveria ter vergonha. - Coisa que você não sabe o que é. Anastácia retruca já começando a fechar a porta, mas Judite a impede com a mão. - Olh
Edward estava chegando em casa quando cruza com um carro usado pelo prefeito que estava voltando de sua casa. - O que será que aquela louca está aprontando agora? Edward bufa de raiva e continua dirigindo enquanto se preparava mentalmente para enfrentar a filha do prefeito. Ele mal estaciona e já é abordado por Mike. Edward sai da caminhonete falando: - O que foi que aconteceu? Mike se aproxima dele com o semblante fechado. - Edward, a Judite resolveu se mudar para cá. Ela já chegou com todas as malas e dando ordem como se fosse a dona daqui. Ela inclusive despediu a Edwirges. - Nossa, que gracinha. - Edward ri com sarcasmo - Vou adorar acabar com esse poder. - Você vai mandar ela de volta? - Não. Se eu fizer isso, ela pode inventar outra merda para que eu seja preso de novo, mas não se preocupe. Ela vai sair correndo daqui. Mike olha sem entender nada para Edward, que se limita apenas a acenar com a cabeça para ele. Edward entra e já encontra Judite sentada no sofá da sala
É chegado o dia do divórcio. Anastácia havia combinado com Edward que viajaria assim que assinasse os papéis. Ela deixaria o carro na fazenda para que Edward cuidasse dele.Ela já havia feito todas as suas malas e as colocado dentro do carro. Agora, Anastácia iria até a casa do dono da casa para lhe entregar as chaves.Maurice havia a visto colocando as malas no carro, então ele atravessa a rua e vai na direção dela que estava trancando a porta da casa.- Oi Anastácia, você vai se mudar?Ela olha para o médico completamente séria enquanto caminha na direção do carro.- Sim. Hoje me divorcio. Não tenho nenhum motivo para ficar aqui.- E para onde você irá?Ela entra no carro e abaixa o vidro antes de colocar o cinto e dar a partida.- Para longe. Vou fazer um estágio e reconstruir a minha vida.Ela dirige na direção da fazenda enquanto Maurice bufa de raiva. Para que seu plano dê certo, Maurice precisava saber para onde Anastácia iria e ele não mediria esforços para poder encontrá-la s
Edward estaciona o carro de Anastácia ao lado de sua caminhonete. Ele fica alí por um tempo enquanto sente o cheiro do perfume dela. Como ele gostaria de ter ido junto, mas precisava ficar para poder ver o assassino de seu pai ser preso e pagar por tudo que havia feito.Neste momento, ele vê Judite em pé na porta a sua espera. O que o faz olhar para cima e suspirar, pois não suportava olhar para a cara dela, mas estava disposto a lhe ensinar uma lição e já estava imaginando ela sair correndo de sua casa.Edward desce do carro e o trava. Judite o encara com o semblante fechado já o questionando:- O que o carro daquela mulherzinha está fazendo aqui?- Três coisas: primeiro, ela não é a sua irmã, então a respeite. Segundo: Você não tem o direito de me questionar em nada e terceiro: procure algo para fazer em vez de ficar no meu pé.Edward fala com frieza enquanto entra e guarda a chave do carro de Anastácia junto da chave de sua caminhonete. Judite olha para a chave e sorri.- Eu vou qu
Edward dirige até o chalé. Ele estava muito cansado para dirigir até a cidade, então decidiu que passaria a noite no chalé onde possuía várias lembranças boas de Anastácia. Ao chegar no chalé, ele dá de cara com Sheron que estava lá cuidando da organização do lugar. Ela vê Edward e sorri meio sem graça, pois fazia um bom tempo que não via o patrão. - Eu já estou de saída. - Tudo bem, você já pode ir, pois estou muito cansado e quero ficar sozinho. Ela não o questiona e vai embora, pois sabia que Edward ainda estava magoado com ela e com toda razão, pois boa parte de tudo de ruim que estava acontecendo com ele era culpa dela. Edward agradece mentalmente por Sheron ter ido embora, pois não estava disposto a ouvir mais uma desculpa furada dela. Ele vai até a geladeira e pega algumas frutas para comer, pois estava faminto. Edward come as frutas enquanto aprecia o som do silêncio. Fazia tempo que ele precisava daquilo, porque Judite o perturbava o tempo todo com suas reclamações e gr
Judite estava a espera do carro da prefeitura. Ela estava muito entediada em ficar na fazenda, então resolveu passear pela cidade e se queixar com seu pai na esperança dele obrigar Edward a agir da forma que ela mandasse.Na fazenda, o tratamento continuava o mesmo, com todo mundo ignorando a sua presença. Edward continuava distante, só que agora ele era mais frio e a "traia" praticamente todas as noites. Ela não podia negar de que estava infeliz, mas não voltaria atrás, pois seu orgulho não permitia isso.O carro chega e o motorista sai do carro para poder abrir a porta para que ela entre. Judite entra sem olhar na cara do rapaz que corre até a porta do motorista e começa a dirigir na direção da cidade.Judite respira mais aliviada, pois não aguentava mais olhar para aquela paisagem. A viagem segue no mais absoluto silêncio até que o carro chega na cidade.- Me deixe na praça, pois quero caminhar um pouco.Ela ordena e o motorista dirige até a praça. Ele sabia muito bem que ela detes