Edward estava vendo se os animais de uma fazenda vizinha estavam passando bem pelo inverno rigoroso, ele sempre prestava os seus serviços na região. Ele fazia o seu trabalho, mas sua mente estava em outro lugar. Especificamente em Anastácia. Desde a primeira vez dos dois, parecia que agora eles estavam completos e praticamente transavam quase todos os dias.

Eles não estavam usando proteção e Edward esperava que Anastácia engravidasse logo para que os unissem ainda mais. Desde o Natal onde ele ficou olhando Aiden, Mike e Enzo curtindo a paternidade, Edward sentiu vontade de ser pai e somado com seus sentimentos por Anastácia, isso criava uma certa ansiedade nele.

E com esses pensamentos ele estava tão absorto que nem percebe a chegada de Judite.

- Nossa, que frio. Você não quer me esquentar?

- Pede para outro otário, pois a única que mantenho aquecida é a minha esposa.

Edward fala enquanto checa a temperatura corporal de uma vaca.

- Você enche a boca para falar minha esposa, sendo que nem a tocou ainda

Edward para o que estava fazendo e encara Judite surpreso.

- O que foi que você disse?

- Ora, todo mundo sabe que sua esposa ainda é virgem. Parece que o Bunda Fofa não é tão garanhão assim.

Edward fecha a cara e começa a recolher as suas coisas enquanto ignora Judite. Ele estava pensando em como descobriram sobre a virgindade de Anastácia até que algo passa por sua cabeça.

- Eu vou matar esse médico filho da puta.

Edward pega sua maleta e caminha até sua caminhonete e Judite o segue.

- Você vai me deixar aqui nesse frio?

Edward entra na caminhonete e grita antes de dar a partida.

- Por mim, congele e não enche mais o meu saco.

Ele sai disparado tendo um destino certo. Edward dirige até a cidade e chega ao hospital. O fazendeiro caminha até a recepção e coloca o seu melhor sorriso.

- Oi, bom dia. Vocês ainda têm todos os exames feitos na minha esposa?

- O senhor tem o documento dela?

- Infelizmente não, mas o meu serve? Fui eu mesmo que a internou aqui.

- Infelizmente só posso liberar diante a apresentação do documento dela.

- Não tem como darmos um jeito nisso? A fazenda está tão longe e a estrada está escorregadia... Olha, eu sou o marido dela e cuido de praticamente tudo que diz respeito a saúde dela e agora vamos tentar ter um filho e estes exames são extremamente fundamentais para a gente.

Edward fala de forma convincente e a atendente parece ceder ao pedido dele.

- Está bem. Que isso fique entre a gente.

- Muito obrigado.

Edward sorri e entrega o seu documento para a mulher que vai até o computador e começa a imprimir vários papéis e depois coloca tudo em uma pasta e a entrega para Edward.

- Mais uma vez te agradeço.

Ele volta a sorrir e vai até a sua caminhonete onde começa a ler os exames. Edward havia abandonado o curso de medicina quando faltavam três meses para ele se formar, então toda aquela linguagem técnica era facilmente decifrada por ele.

Aparentemente eram os mesmos exames que havia recebido quando Anastácia foi para casa, até que um chama a sua atenção. Era um exame ginecológico e nele consta que Anastácia era virgem.

- Eu vou matar esse filho da puta!

Edward dobra aquele exame e o coloca em seu bolso, depois ele sai do carro e vai até o hospital e se informa de que Maurice Brenks ficaria ausente durante as festas de fim de ano. Como que ele era influente, não foi difícil para Edward descobrir onde Maurice estava morando.

O fazendeiro volta para sua caminhonete enquanto tenta não surtar com as pessoas o olhando e cochichando a seu respeito.

Neste momento, um senhor se aproxima da caminhonete e Edward é obrigado a abaixar o vidro, pois estava fazendo muito frio.

- Desculpe te perguntar, filho. Fiquei sabendo que você anda tendo alguns problemas com a sua mulher.

- Está tudo bem com o meu casamento.

Edward fala tentando cortar aquela conversa constrangedora e o senhor prossegue.

- Não tem problema nenhum admitir que o seu brinquedo não está funcionando. - o senhor aponta o dedo na direção de uma casa e fala - Olha, eu moro naquela casa e tenho uma planta que você faz o chá leão selvagem. Tome ele por três dias e depois o seu brinquedo irá funcionar direto.

- Certo, não estou precisando, mas vou pensar a respeito. - Edward para e pensa um pouco - Pensando bem, vou querer algumas folhas dessa planta e vou começar a tomar hoje esse chá.

- Isso mesmo, filho.

O idoso sorri e Edward sai da caminhonete e segue o senhor até a casa e ele entra, depois de um tempo ele volta com algumas folhas e as entrega para Edward.

- Está aqui, filho. Faça o chá e o tome antes das refeições. Você verá que a sua patroa não irá reclamar.

- Certo... muito obrigado.

O idoso sorri e Edward volta para a caminhonete e coloca as folhas no banco do passageiro.

- Vou fazer um bom uso dessas folhas.

Ele resmunga antes de começar a dirigir até um conjunto de casas onde Maurice morava. Então Edward estaciona sua caminhonete e caminha até a porta. Ele suspira antes de tocar a campainha.

Passa um tempo até que Maurice atende a porta e é recebido com uma bela cabeçada que o faz cair sentado no chão.

- Mas que porra é essa?

Maurice reclama enquanto leva a sua mão até o seu nariz dolorido e Edward ajeita o seu grosso sobretudo.

- Que porra é essa, meu amigo abusado é: Que história é essa de você mandar fazerem um exame ginecológico na minha mulher sem precisão e ainda por cima espalhar o resultado pela cidade toda. Achou mesmo que eu iria deixar isso barato?

Edward o encarava com raiva e Maurice levanta com a mão sobre o seu nariz que estava sangrando.

- Você ficou maluco? Jamais faria isso.

Maurice encara Edward, que apenas tira o exame do seu bolso e o mostra para o médico que tenta se manter impassível.

- O que me diz sobre isso?

Edward continua o encarando e Maurice começa a suar frio.

- Eu pedi isso para poder ver se você não havia passado nenhuma DST para ela, mas vejo que você nem é homem para isso.

- É mais fácil ela pegar uma DST com um traidor feito você.

Edward pega Maurice pelo colarinho e o puxa para que o encare.

- Você já está brincando com a minha paciência. Eu deveria mover um processo contra você, mas isso exporia a Anastácia ao ridículo, então prefiro isso.

Edward agarra o pescoço de Maurice, empurra até a parede onde o lança algumas vezes com força e depois o j**a no chão. Maurice geme de dor e depois sorri.

- A virgindade dela ainda é minha. Eu serei o primeiro dela e você não poderá fazer nada para mudar isso.

Maurice sussurra e Edward agacha até ele com um sorriso de lado.

- Sinto muito te informar, mas eu fui o primeiro dela e, em breve, espero que ela fique grávida.

Edward leva a mão até o seu bolso e pega as folhas que o senhor havia lhe dado.

- Como um bom veterinário que sou e sei muito bem lidar com animais, feito você. Vou te receitar um remédio.

Edward pega as folhas e j**a em Maurice que ainda estava no chão.

- Tome um chá dessa planta. Irá te fazer muito bem.

Edward levanta e vai até a sua caminhonete onde dirige rumo a fazenda. Maurice levanta com dificuldade e o olha com raiva.

- Você ainda irá me pagar, seu fazendeiro de merda. Não te deixarei estragar o meu plano.