Decidi aceitar a proposta e me casar com John, afinal de contas Millos vinha ficando mais fraco a cada dia e daqui a pouco não iria conseguir me levar até o altar e também faltavam 2 dias para o casamento, não tinha muito o que fazer, eu tinha feito uma promessa. E o Sebastian, tinha sumido completamente do mapa (estava muito magoado). Fui comunicar Millos da minha decisão e do que havia acontecido, ele não gostou muito, não entendi por que, afinal era o neto dele que eu iria me casar, mas ele aceitou, ele sabia que estava muito fraco e que se esperasse mais não daria tempo de realizar o seu desejo. Então os preparativos continuaram.
Tudo estava sendo preparado, tudo, decoração, meu vestido já tinha chegado e agora não tinha muito o que fazer, era só descansar e tentar diminuir minha ansiedade. Fui dormir, como disse, não tinha muito o que fazer, era só esperar mesmo. Como era de se esperar, não dormi direito à noite, rolava de um lado para o outro. Então, resolvi me levantar eO dia do casamento chegou, eu tinha que tomar uma decisão. Depois de uma longa conversa com os meninos e é lógico com Millos junto, acho que se ele não estivesse junto eu teria pulado no pescoço dos dois quando eles chegaram. Mas conforme a conversa foi fluindo fui me acalmando e entendendo o que havia acontecido, não que a explicação deles amenizasse ou tirasse a culpa deles do que fizeram, mas estavam tentando ter algo que nunca tiveram (amor de mãe).Eles armaram tudo para o Sebastian achar que eu não gostava dele por ele não ser o filho de sangue de Millos, e armaram para eu pensar que ele já estava com alguém e não iria querer casar mais comigo, mas isso tudo foi porque acharam que iriam ter o amor da mãe. Ela manipulou os dois para conseguir ter o poder da empresa todo para ela. Mas depois que eles tiveram aquela conversa em que eu descobri o plano deles, os meninos perceberam que estavam sendo usados pela mãe e foram contar tudo para o Millos (seu avô) e ele os fez vir at
“E se” a vida te colocasse frente a frente com quem te fez muito mal e te colocou em situações complicadas que quase fez você se passar como doida da história e você mesmo chegasse a pensar que realmente estava exagerando com aquilo tudo e no final descobrisse que você esteve sempre certa sobre aquela situação e aquela pessoa, o que você faria? O que você faria? Perdoaria quem te colocou lá? Ou pensaria que não estaria nessa posição, que está agora, se não fosse essa pessoa. Você ficaria no "E se”? Ou perdoaria tudo? Você teria compaixão com seu próximo, mesmo se a pessoa te tirasse tudo de mais importante na sua vida? Você viraria as costas mesmo sabendo que a vida já está se encarregando de fazer a pessoa pagar por tudo o que ela te fez? Ou teria empatia pela situação dela? Ou dessa vez você deixaria o ódio tomar conta e se vingaria? Acho que algumas coisas a gente consegue responder só se colocando no lugar do outro. Então, vamos juntos ler a continuação do “E se” para
- Eles estão tão felizes, né? veremos até quando, a única coisa que aquela intrometida que se meteu na minha relação com meu pai poderia ficar feliz, seria você, e eu tirei você dela igual ela tirou meu pai de mim, só que a diferença é que ela nunca irá te conhecer. Agora vou pensar no que vou fazer com você Matteo. - O Robson vai saber o que fazer com você, meu marido vai saber como nos beneficiar com você. Quando cheguei em casa Robson me perguntou o que significava aquela criança no meu colo, porque eu estava com ele e o que havia acontecido para eu estar com ele. Expliquei toda história desde quando fui para a casa do meu pai e tudo o que havia acontecido lá e o que meu pai fez comigo em relação a criança, que peguei ele para me vingar e porque sei que podemos nos beneficiar com esse bebê. - E podemos nos beneficiar muito desse bebê, poderemos ganhar muito dinheiro com ele. – disse Robson. - Ah é? como poderemos nos beneficiar com esse entojinho? -
Depois que saí do hospital e voltei para casa, não achei mais graça em nada, eu ficava indo no quarto do meu bebê todo dia e ainda não conseguia acreditar que ele não estava ali naquele berço ou nos meus braços, isso não era normal para mim, não tinha lógica todo essa situação, era para ele estar aqui. (todo dia eu chorava dentro do quarto dele e todo dia eu pensava como seria o cheirinho dele, o rostinho dele, se teria mudado muito desde o dia que ele nasceu, como ele iria ser quando começasse andar). Todas essas sensações que eu estava tendo (tristeza, frustração, raiva). Eu não estava lidando muito bem, não estava conseguindo administrar todo esse misto de sentimentos. Eu não comia, meu estômago doía, eu não dormia direito, estava sempre cansada (não queria e não tinha vontade de fazer nada). Para mim, tudo aquilo que estava acontecimento comigo, a morte do meu filho, era tudo culpa minha e essa culpa estava me matando, eu sentia falta de ar e a penúltima vez que entrei no quarto
Nos últimos dias estou lembrando tanto do meu pai e em como era nossa situação antes disso tudo acontecer.Por incrível que pareça minha relação com meu pai era melhor do que a que estávamos tendo nos últimos anos. Ele sempre foi muito ocupado, mas sempre me deu tudo o que eu precisava, pelo menos era o que ele achava. Cresci tendo de tudo, mas meu pai mesmo nunca foi presente. Todas as férias eu sempre passava em algum acampamento ou em alguma viagem para fora do país, mas nunca com meu pai, ele sempre trabalhava. Pode-se dizer que ele era casado com o trabalho. Chega até ser engraçado, eu tinha de tudo, mas não tinha o que eu realmente queria e que não se podia pagar ou comprar. Teve uma época que esse jeito dele mudou, ele começou a me dar atenção, começou a ser mais presente para mim, mas isso durou só um tempo, pois ele voltou a ser como antes, aliás ele ficou pior do que antes, começou a ficar no trabalho direto, começou a beber muito e quando eu precisava falar com ele era só a
Eu e Sebastian fomos viajar, para nos reconectarmos e tentarmos salvar nosso casamento. Eu sei que tem coisas que não vou conseguir esquecer, nem sei se conseguirei me adaptar a certas situações (a falta que meu filho está me fazendo), mas eu vou tentar pelo meu marido (meu casamento, afinal de contas meu filho não está aqui, mais meu marido está). E ele quer que a gente de certo e está disposto a tentar, então eu também vou tentar, pois sei que o que tivemos é verdadeiro e sei que nosso casamento não será sempre coisas boas, terão momentos muito ruins. Não sei o que será de nós depois desses últimos acontecimentos, a única coisa que eu sei é que eu vou dar meu máximo para que nos reconectemos.E então fomos para Itália, visitamos várias cidades, uma mais linda que a outra e todas remetia a romance. E o clima de cada cidade nos convidava a viver uma nova história.E foi assim que fomos nos reaproximando e nos conhecendo de novo, foi literalmente um recomeço, pois tinha coisas que não
Eu sei que o que eu fiz não foi legal (pegar algo que não é meu, no caso a carta que não é minha), mas algo naquela carta me chamou muito atenção e no momento que descobri o que era, derramei café na mesa da Iasmim para parecer que tinha derrubado em cima do papel, mas o que fiz foi trocar a carta por um papel parecido e com algumas coisas escritas e derrubei o café em cima para que a Iasmim pensassem que não daria para ler nada e deixar a carta para lá. Enquanto a carta estava comigo, quando eu comecei a ler e vi a foto que estava dentro dela tive certeza de que foi a melhor coisa que eu fiz.Quando comecei a ler, não consegui acreditar no que estava escrito, não consegui acreditar em que ponto chega uma pessoa com maldade no coração.Fui ao endereço que estava na carta e vi a criança que estava na foto dentro da carta com minha mãe. Ouvi minha mãe chamar a criança de filho e vi ela brincando com ele, como se tudo naquele cenário fosse normal, como se o fato dela estar com essa crian
A doença que minha mãe tem se chama ELA (esclerose lateral amiotrófica) essa doença do sistema nervoso que enfraquece os músculos e afeta as funções físicas.Nessa doença, as células nervosas se quebram, o que reduz a funcionalidade dos músculos aos quais dão suporte. Os sintomas são alterações da coordenação motora e fraqueza nas mãos. Às vezes, fraqueza nos pés, boca ou garganta, cãibras musculares, perda de peso, muito cansaço.Depois que terminamos de ler e depois que o médico explicou tudo e tirou todas nossas dúvidas, pensamos em tudo o que iria acontecer com minha mãe daqui para frente, não sabíamos o que dizer para ela.Ela ficou alguns minutos em silêncio e quando falou algo com o médico foi uma pergunta.- Então doutor eu já posso ir para casa agora?Eu e meu irmão ficamos sem reação e surpreso com a pergunta que ela fez.- Você até pode ir para casa, mas vai precisar de alguém com você o tempo todo. – respondeu dr. Gustavo.- Então tá, vou arrumar minhas coisas para ir emb