Mundo de ficçãoIniciar sessão
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232. Cumplices loucos – Parte 3
Arley— Porra, que merda é essa Joseph? — pergunto apoiando a minha mão no chão enquanto a outra fica em minha boca, segurando o lugar onde ele me atacou com o seu punho pesado.Pelo que vejo, as mulheres malucas não são o único problema na minha vida. O marido delas também pode vir me atacar quando menos espero. No entanto, pensei que tínhamos nos resolvido.— Onde está a Thes? — inquire, adentrando na minha casa como se fosse dono dela. Como não consigo me erguer ligeiro, apenas rastejo para trás, percebendo que não está sozinho. Seus irmãos estão com ele.— Não sei onde a Therasia está — digo, me elogiando mentalmente por não chama-la pelo apelido, porque acho que isso o deixaria ainda mais puto. — Sempre conto para você sobre nossos encontros, não tem nada marcado. Na verdade, tenho um trabalho para ir.Consigo dizer tudo o que queria antes dele me alcançar. Meio tropego, me ergo. Encaro-o e o transtorno em seus olhos não é nada semelhante ao que já vi. Tem uma tempestade acontece
233. Planos malucos
Therasia— Deveria pensar melhor no que quer fazer — aviso a ela.Continuo meio incrédula de vê-la compactuando com Rafael, no entanto, sei que as pessoas podem enlouquecer quando não conseguem o que querem e nesse caso, parece que aquilo que ela não tem é o meu marido.Essa é a causa da sua insanidade.— Por que eu pensaria em algo mais quando sei exatamente como as coisas vão acontecer? — me pergunta Kamila, considerando a firmeza das suas palavras, deveria dizer logo que pode saber o futuro, assim eu riria ao invés de pensar que é doida. — Precisava tirar você do caminho e consegui.— Me tirar do caminho... talvez tenha conseguido uma vantagem, mas acha mesmo que vai se livrar de mim tão fácil? — Inquiro. Talvez deva pensar melhor no que sai da minha boca, mas essa mulher suga as partes ruins de mim para fora com as suas sentenças malucas.— Pode falar com rudeza o quanto quiser, porque eu sei que não fará nada que possa colocar essa coisa na sua barriga em perigo — diz, me deixa p
234. Motivações
TherasiaDepois de ouvir a intenção deles, tenho que dar um jeito de ganhar tempo. Se eu for tirada do país as coisas complicaram para mim de modos que nem sei explicar. Fora que, sei que Rafael se cansará de mim em algum momento.Todas essas escolhas dele são um ato de rebeldia maluca por eu nunca ter aceitado as suas investidas. É do tipo que acha que pode ter o que quiser, e é assim que quer lidar comigo. Se não pode me ter pelo bem, terá através de atos ruins.Contudo, como eu posso fazer com que desista da ideia de me tirar daqui?Não é como se ele me ouvisse.Se fosse uma pessoa sensata teria apenas aceitado o não que lhe dei na sua primeira investida, no entanto, continuo me incomodando, me irritando e implicando com as suas palavras traiçoeirasSerá que posso usar o que acabei de ouvir sobre as dívidas de Kamila?Tem a chance de apanhar mais uma vez, porém, não é igual a tempo de vantagem para quem estiver me procurando? E eu sei de que nesse momento, o que não falta são pesso
235. Terror vermelho
Therasia“Pensa Thes, pensa” demando sentindo certo desespero, uma vez que Rafael não parece ter desejo algum de negar a ideia nada agradável de Kamila, afinal, ele tinha um único interesse ao me querer.Com ideias tão ridículas em mente é claro que não vai aceitar qualquer um dos comentários, acreditará que sou eu querendo me livrar dele, e é obvio, estará certo. No entanto, não posso ir para cama com esse homem.A mera ideia faz com que queira cuspir o meu estomago.— Não gostou da ideia? — me pergunta Kamila.— Não posso fazer sexo — digo ligeiro, apenas me apegando a sensação de quando soube disso. — O médico me disse para não ter penetração nas minhas relações, porque poderia causar problemas para o bebê.— Que divertido, você sabe mentir bem — comenta Kamila.— Não é mentira, sabe o quanto é ruim ser casada com o Joseph e não poder transar com ele? Ah, me desculpe, você nem sabe como é ser casada com ele — digo, dessa vez, apesar do que Rafael disse, acerta meu rosto com um novo
236. Fuga do inferno
Therasia“Não, não, não, isso não pode estar acontecendo” profiro, ficando sem saber o que fazer no momento, uma vez que não estava preparada para essa situação, além disso, por que estou sangrando?Enquanto a minha cabeça gira, fico com medo de que outra reação o meu corpo pode ter. tento me controlar, mas a minha capacidade é quase nula. Tudo está acontecendo sem que eu possa controlar, fora que a risada de Kamila em meu ouvido me leva mais perto da borda do desespero.— Therasia, me deixa te ajudar — fala Rafael, mas duvido que ele tenha algum interesse de verdade em avaliar o que está acontecendo comigo. o que disse deixou mais do que claro que o que ocorre com meu bebê tem nenhuma importância na sua vida.Para ele, não importa se essa criança vive ou morre.— Não, fica longe — grito, no entanto, sem averiguar bem os arredores, dado meu receio pelas pessoas na minha frente, não pude cuidar bem da minha retaguarda e as mãos grosseiras me seguram pelos braços com força enquanto me d
237. Fiz um bom trabalho?
TherasiaOs sons ao meu redor, apesar de altos, não foram os suficientes para abafar as batidas pesadas do meu coração. Ainda que tenha reconhecido a voz da pessoa chamando por mim, tive um sobressalto assustado quando as suas mãos encostaram em mim.Porém, ele não tentou me evitar, na verdade, me apertou mais forte, para garantir que não teria como eu escapar de suas mãos. É uma forma dele afirmar que está comigo. Através da visão turva causa pelas minhas lagrimas, vi muitas pessoas passarem por nós, subindo os degraus que eu desci com tanto desespero.— Encontrem o hospital mais perto daqui agora. — É o que berra o meu marido, forçando a sua voz a não demonstrar tanto do seu receio, mas mesmo que não esteja no meu melhor dia, não deixo de notar as notas feridas incluídas na sua fala.Com minha mente anuviada pela confusão do dia de hoje, me pego pensando no que ele sentiu após escutar todas aquelas besteiras que eu disse simplesmente por que não tinha outra escolha.— Eu não ia te d
238. Palavras jogadas ao vento
Joseph— O que ela tem? — pergunto para o médico que demonstra muito medo pela minha reação. Claramente dá um passo para trás para tentar manter alguma distância de mim.— Ela está bem, os sinais estão bem, é apenas o cansaço — pontua o médico, mandando com um único olhar que os seus assistentes continuem observando o estado da minha esposa.— Você tem certeza? Ela estava sangrando — protesto, vendo-o quase erguer os braços para pedir que me acalme antes que as coisas saiam de controle, mas ele não tem ideia do que eu vi.Ver a expressão tão desesperada de Thes ao tentar correr para longe de nós abriu uma fenda no meu coração e ela tem se alimentado do meu desespero, da minha raiva, da minha vontade de matar alguém.— Acontece em alguns casos, mas a sua esposa está bem — fala, olha para o lado onde uma mulher cuidada do nosso bebê. — Precisa ficar calmo, elas estão bem — assegura-me o médico.Ela... o nosso pequeno bebê é uma menina.— Agora eu preciso que pare de me ameaçar com esse
239. Trabalho a fazer
Peyton— Joseph, Jô — chama seguidamente, já que meu irmão não parece estar ouvindo nada enquanto enche a sua cabeça com as preocupações que foram jogadas em cima dele desde que essa situação desastrosa começou.Elsie estava com ele desde o início, deu apoio, tentou mantê-lo sob controle, pelo menos até haver alguma certeza sobre o que tinha acontecido, contudo, no segundo em que Joseph percebeu que Therasia tinha sido levada contra a sua vontade os seus olhos mudaram.O que reside nos olhos dele agora não é nada semelhante a qualquer coisa que já tenha visto. No entanto, posso reconhecer facilmente a emoção enchendo os seus orbes, uma vez que deixei que sentimentos como esse movem-se a minha escolha.Me sinto muito mais agradecido agora pelo que fiz, porque apenas considerar a possibilidade de Iliana sofrer nas mãos de alguém que resolveu ceder a sua loucura me deixa tão puto que o meu sangue ferve.— Joseph — profiro um pouco mais alto, colocado a minha mão em seu ombro. Sua roupa es