146. Docinho amargo

Reese

Estou sentada no sofá quando escuto o som da porta se abrindo.

Meio cambaleante, minha garota caminha até conseguir se jogar no sofá que fica na minha frente. O dia deve ser bem cansativo para que ela esteja se largando nele antes de qualquer outra coisa.

Geralmente, é bem organizada, toma um banho antes de fazer uma dezena de coisas. Depois, se não houver pendências, procura alguma maneira de relaxar. No entanto, não acho que será o que acontecerá hoje.

— Docinho, tem algo de errado? — pergunto, vendo-a tirar o rosto apenas um pouco do estofado, mostrando que cansaço não é exatamente o motivo para estar dessa maneira, o que me deixa meio confusa.

— Você queria me matar? — questiona, me deixando um pouco mais confusa, já que volta a esconder o rosto para que não veja o porquê de achar que eu queria fazer algum mal a ela.

Nunca teria a intenção. Não desejar que a vida dela tivesse uma reviravolta estranha foi um dos motivos para que eu não quisesse me aproximar dela, mas ela sequ
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