Xavier Miller, o médico legista do hospital de Nova York, observou o novo estagiário andar de um lado para o outro, pensando em como não gostava de ser acompanhado em seu trabalho, principalmente por alguém inexperiente que ainda estava no último ano da faculdade.Mas o que ele poderia dizer quando isso lhe foi imposto?"Dr. Miller, seu telefone está tocando", o jovem disse a ele, erguendo os olhos das evidências que estava analisando naquele momento.Morgan corou com a forma como aquele homem o olhava com aquele olhar severo, como se tivesse ousado interrompê-lo e desviou o olhar rapidamente, a verdade é que lhe era impossível concentrar-se com aquele telefone a tocar e parecia que o seu patrão não tinha escutado.Miller atendeu o telefone, vinha evitando a maior parte do tempo, atender implicava em deixar de analisar o que lhe chamou a atenção sobre o corpo sem vida jazendo sobre a mesa fria do necrotério, onde esperou pacientemente que ele descobrisse a forma como que sua vida foi
Lupe parecia muito feliz, mas ela era muito mais do que isso, então Eva sorriu e colocou os papéis de lado.- E por que você está tão feliz, acho que não é só por isso?Lupe corou com o olhar e a pergunta direta que a amiga lhe fizera, a latina mordeu os lábios, não podia deixar de contar para a amiga o que a deixou tão feliz,-Bem, você vai ver...Foi vê-la gaguejar para que tudo ficasse claro para Eva, sobre o motivo daquele sorriso nos lábios, tinha a ver com Diddier, ela já vinha vendo há muito tempo o quanto esses dois se gostavam, mas não não dê o passo.O advogado e você..."Shhhhh" Lupe perguntou completamente vermelha como um tomate, inclinando-se para a amiga e cobrindo a boca, olhando para os lados como se alguém realmente pudesse ouvi-los.-Sim, foi depois da festa, bem, ele e eu... passamos o final de semana na cama - Lupe suspirou, mas se forçou a colocar os pés no chão e seu rosto mudou um pouco para um mais sério - estamos vendo se pode funcionar.Eva revirou os olhos
Genaro observou Eva se movimentando pelo quarto em busca do que havia pedido e aproveitou o fato de Lupe estar inconsciente para garantir que eles não escapassem quando ela acordasse, pois se havia uma coisa que estava clara para ele, era que sua ex nunca iria abandoná-la, amiga.Genaro desafivelou o cinto e amarrou os pulsos de Lupe contra o radiador, certificando-se de que ela não escaparia, ganhando um olhar de desaprovação de Eva."Toma, pega, só tem, não tem mais, a bebida toda foi recolhida pelos faxineiros", mencionou, estendendo a mão e quase jogando a garrafa nele.- Se você fugir ou tentar alguma coisa, juro que mato ela - garantiu ele observando Eva enquanto pegava a mamadeira que ela lhe deu.Genaro abriu a garrafa que estava com a rolha quase arrancada e a levou à boca, bebendo um bom gole de vinho e então olhando aquela mulher com uma expressão faminta, ela estava mais rica do que antes, a maldita- A vida boa combina com você, Eva- Genaro assegurou enquanto caminhava at
- Onde está Eva? - perguntou o francês assim que abriu a porta do escritório do amigo."Ele foi para a associação dele. Por quê?", Jeremy perguntou, um tanto confuso e ao mesmo tempo assustado ao ver como o amigo se expressava.“Ligue para ela, agora!” Diddier exigiu, pegando também o celular para ligar para Lupe, que lhe disse que passaria o dia com a amiga e visitando as crianças.Nenhum dos dois atendeu as ligações, mas o que já deixou Jeremy e Diddier completamente nervosos foi o fato de que os dois guarda-costas que ele havia colocado em sua esposa também não atenderam suas ligações.“Vamos!” Jeremy disse nervoso, saindo correndo do escritório, seguido por Diddier.No momento em que estavam a caminho, receberam a ligação do homem que Diddier havia contratado, que o advogado colocou no viva-voz."Se você conseguir que esse homem não machuque as mulheres, eu te pago o dobro do que foi combinado" Jeremy respondeu, ele não se importava em gastar uma fortuna se pudesse garantir o bem-
Naquela tarde, dois corpos chegaram ao necrotério e o Dr. Miller ainda não havia retornado. estava lá apenas quatro horas conforme estipulado em seu contrato, o resto do tempo ele estudava ou ia para a universidade.A vida de Morgan não era típica de um estudante universitário normal que prioriza festas e vida social, na verdade ele sempre foi um tanto anti-social e solitário.Mas se Morgan tinha algo, era que precisava de rotinas muito marcadas e rapidamente percebeu que o mesmo acontecia com Miller, era um homem rotineiro e maníaco, com ordem em todos os seus sentidos e por isso ainda via estranho, que quando o médico lhe disse que demoraria duas horas que ele não havia chegado, ele correu o tempo todo até além do seu turno para vê-lo chegar.- E o Miller? - Disse o outro médico legista quando chegou e não o viu lá, e também foi muito estranho para ele que o responsável pela unidade não estivesse lá para trocar de plantão quando ele muitas vezes estendia o seu cronograma para termin
Porque a única razão pela qual escolheu a carreira que escolheu foi a vingança, agora com vinte e três anos estava prestes a terminar o curso de medicina, com especialização em medicina legal, que, como a criança prodígio que tinha sido, terminou alguns anos antes do que seria comum.Por isso ele sabia perfeitamente que quando saíssem os testes para estagiário no necrotério, ele venceria todos os outros candidatos e estaria muito mais perto de sua vingança.Mas lá estava ele, preocupado com quem seria sua vítima e com um saco de comida chinesa para ir se expondo ao olhar questionador e ao distanciamento que Miller sempre teve dele.Ele respirou fundo algumas vezes e apertou o botão do interfone do apartamento de Miller, mas ninguém atendeu.Morgan sorriu, mas ele estava zombando de si mesmo por quão ridículo ele se sentia naquele momento. O que ele esperava? Chegar com comida chinesa e ser recebido de braços abertos pelo seu chefe?Ele bufou de aborrecimento e se virou para sair do po
Xavier saiu alguns minutos depois, vestindo apenas calças, peito nu, pés descalços, enxugando o cabelo com uma toalha.-O que te fez vir aqui? Não me diga que está preocupado por eu não ter comido?- Miller perguntou ao estagiário.Mas ele não apenas pediu, ele também o encurralou entre seu corpo e o balcão da cozinha.- Bem, eu... .- Ele ia responder, mas antes que percebesse já estava com o corpo forte daquele homem contra o dele, despertando seu desejo.- Eu tão tão só isso que eu queria…Morgan quase não gaguejava, há muito tempo não acontecia com ele, ele havia controlado sua gagueira, que o acompanhou durante toda a infância e parte da adolescência até que, com a ajuda de vários terapeutas, quase a erradicou. Mas seus nervos a impediam de falar com facilidade e era impossível para ela se acalmar para pensar exatamente o que queria dizer.Ela pousou as mãos nos peitorais gloriosamente bem formados do homem, afastando-o de seu corpo, mas não conseguiu, talvez nem quisesse porque tin
Morgan ficou parado por um momento observando aquele homem, era difícil para ele não olhar para seu torso e não querer deslizar os dedos sobre sua pele. O que aconteceu com ele?Ela engoliu em seco e olhou em seus olhos determinada a resolver suas dúvidas. Ela tinha beijado ele, pelo lago ela deveria ter feito isso, certo?- Você é Gay - ele bebeu um pouco do vinho que seu chefe lhe serviu - Você gosta de mim? - ele perguntou querendo tirar suas dúvidas, talvez ele só estivesse intimidando porque o viu nu. Mas então como ele explicou sua óbvia excitação?A pergunta do jovem fez Miller sorrir, aquela dúvida que seu subordinado lhe expressou era curiosa. Além do mais, era a primeira vez que ele também o convidava. Ele era gay ou apenas o jovem era especial?As dúvidas de Miller foram causadas pelo fato de ser a primeira vez que ele sentiu atração por outra pessoa. Nem mesmo nos tempos das dores, onde se diz que os hormônios não fazem nada além de enlouquecer os adolescentes. Miller não