Ando de um lado para o outro, e seus olhos me seguem pelo quarto, não consigo acreditar... Co...como... Paro de andar ao sentir a mão de Zaniel em meu ombro.
— Ela é um bebê bem sensível, deve está se sentindo sozinha, de alguma forma ele dever ter percebido que você é o verdadeiro guardião dela - ele diz e eu franzo meu cenho - Perceba que ela não consegue me ver, mesmo no momento o papel de anjo protetor seja meu, ela não me reconheceu como tal.
Sinto meu cérebro fervilhar, não era para ela fazer isso, e agora? Não quero ser o anjo protetor dela... Mas seus olhos me olham de uma forma tão meiga... Que belos olhos essa criança tem, me sinto calmo os olhando... Decido sair do quarto dela, não posso continuar se não... Eu acabe perdendo meu cargo de guerreiro protetor.
Fico no lado de fora do corredor e as vozes dos pais de Elisa ressoando pela porta a frente, eu a atravesso e observo a cena: A mãe de Elisa em pé andando de um lado para o outro e seu marido sentado
— Olha, não foi nada grave, já enfaixamos a cabeça dela, mas fizemos alguns exames e ela está em falta de muitas vitaminas, por isso que desmaiou depois de ter a cabeça enfaixada — junto com o humano escuto atentamente cada palavra dita pelo medico.— Obrigada doutor, eu estava desesperado, ver ela naquela poça de sangue fez meu coração gelar — "não foi apenas o seu humano" — comento em pensamentos.Elisa está deitada na maca, estamos em m hospital publico, mas foi um ótimo atendimento, e graças ao senhor ela não corre nenhum risco de vida e isso me deixa aliviado. Deixo meus ombros caírem cansados, ficar preocupado é muito cansativo.— Aconselho que compre algumas vitaminas e mais frutas na alimentação da pequena — o medico fala enquanto anota no papel o nome das vitaminas.— Providen
[ visão do senhor Jairfin]Criar os humanos, um sonho de competição realizado, os criei a minha imagem e semelhança, de início os fiz apenas para não ficar atrás dos outros deuses, me sentia mal eu ver todos tendo suas criaturas e sendo adorados e eu tendo apenas os meus anjos. Meus humanos são minha obrar de arte, com eles fiquei a frente de todos os outros deuses. Eu os fiz frágeis, mas encantadores e gentis, isso fez eles ganharem a atenção de todo o universo.Estava tudo indo bem, todos os dias eu conversava com eles, ensinava a eles, andava com eles. Mesmo eu, sendo o criador deles, os achava instigantes, eles me adoravam, mas me questionavam; diferentes dos anjos, que seguem as minhas instruções sem dizer o "a" de questionamento. Eu amava conversar com eles, eles eram uma companhia tão agradável.No entanto, as coisas desandaram, o que era perfeito, amável, sensível, caiu em completa desgraça. Minha criação se afastou de mim, estab
[ visão de Elisa ]< Sete anos depois do acidente ( sete dias no paraíso) >O sol hoje brilha forte, fico a observar as crianças correndo e se divertindo no parque, elas riem e pulam o tempo tod....— O que está fazendo aqui fora garota!? — minha mãe me puxa pelo braço e me arrasta para dentro de casa.Sinto as lágrimas quererem sair pesadas de meus olhos, eu estava apenas vendo as outras crianças bricarem no parquinho que fica aqui em frente a nossa casa... Nunca fui lá, nem nunca tentei pedir a minha mãe, ela sempre grita comigo mesmo quando eu não faço nada."Biff" Não consigo mais controlar as lágrimas ao sentir o lado direito de meu rosto arder, um tapa bem estalado foi dado na minha cara.— Quem te deu permissão de sair de dentro do quarto!? — fala muito enfurecida — Além de me obrigar a te ver todo dia, agora também quer atrapalhar e assustar as
Quem diria, e lá estava eu, implorando para o senhor me deixar ao menos fazer uma visita a "minha" protegida.— Anael, você ainda não está recuperado completamente — fala o senhor apoiando seu queixo em suas mãos. Respiro fundo.Eu sei que ainda não estou recuperado, assim que cheguei de volta ao paraíso, o próprio senhor veio ao meu encontro para me socorrer, com seu poder ele estancou o sangramento e com apenas um estalar de dedos formos para a sala de recuperação. Suriel já estava lá, vi a preocupação em seus olhos.O senhor me levou para dentro, a sala era completamente branca, mas as chamas eram azuis, me lembrei do meu local de nascimento, lá as chamas eram vermelhas.... Me preocupei... "Será que vou ter que passar novamente pela cerimónia de asas? Ou pior... Ficarei capenga de uma asa?" — estou quase surtando em pensament
Durante o caminho até o palácio do senhor, fiquei pensando o tempo todo em Elisa, ela se tornou uma mulher linda, a persa da mãe ser aquele pedaço de lixo, os traços herdados em Elisa são delicados e bonitos."Como será que é o sorriso dela hoje em dia? Será que é ainda tão bonito como era quando ela era uma bebê?" — sorriu com esse pensamento.— A menina cresceu — ouço a voz do senhor em meu subconsciente, ele já sabe o que aconteceu.Estou com de certa forma, um tanto quanto assustado. Nunca na vida quebrei regras.... Certo... Já fui contra a vontade do senhor... Mas nunca cheguei a infligir nenhuma regra em si."Espero não está lascado!" — penso e suspiro.Apersar de não ter permissão para usar o portal como o treinador Suriel usa, tenho algumas vantagens, consigo ler as coisas apenas
[ Visão de Elisa ]A sensação de ser abraçada é algo desconhecido por mim, durante toda a minha vida recebi apenas desprezo daquela que mais deveria me amar, ela nunca se quer sorriu pra mim. As únicas vezes que me tocava era para machucar o meu corpo... Defeituoso. Mas enfim, sinto meus músculos tensos, devagar viro minha cabeça para ver de quem são esses braços fortes e essas lágrimas quentes, meus olhos se arregalam e estremecem... Não tem ninguém... Eu estou ficando louca... Não há absolutamente ninguém ao meu lado... Mas mesmo assim sinto que fortes braços me abraçam em um abraço bem quente.— Se você fechar bem os olhos e se concentrar apenas em mim, quando os abrir, irá conseguir me ver — que voz rouca e de uma sonoridade boa de se ouvir entoperce meus tipanos.Prendo a respiração e então assim faço, fecho bem os meus olhos, na minha mente vem a imagem daquele homem que vi apenas uma vez a muitos anos
— Temos que ir conversar com o senhor, né? — pergunto a Suriel com a voz baixa.Me sinto culpado, desde o meu nascimento aparece que vivo apenas para dar trabalho ao senhor e Suriel... Sou o primeiro anjo a ter traumas com sangue, a ter não gostar da obra prima, a ir contra o meu propósito... Me sinto mal.Elisa, eu pensava que ela seria apenas mais uma humana que quando crescesse se tornaria mais um ser desprezível, mas não, ela cresceu e continua linda, por dentro também. Em sei diário não vi nada relacionado a ódio, rancor ou sentimento de vingança. Li apenas os fatos ocorridos, a profunda tristeza e seus sonhos para o futuro.Essa menina entrou na minha vida e me deixou sem beira, todos esses dias que passei aqui, para mim foram uma eternidade, infelizmente eu não pude está ao seu lado nesses dias ( mas para ela, foram anos), não acompanhei seu crescimemto, mas de minha cabeça ela não saiu nem um segundo se quer. Se eu fo
Estico minhas asas e saio voando da sala de recuperação. Finalmente, fiquei confinado lá dentro por dois dias inteiros, sem nenhuma pausa.Sinto a ansiedade pecorrer todo o meu corpo, sei que lá pra Elisa já se passaram dois anos, muito tempo. Mas ainda assim estou morrendo de ansiedade para vê-la.Voou até a sala de Suriel, bato na porta de seu escritório.— Pode entrar — grita do lado de dentro.Entro e já o cumprimento com um sorriro.— Bom dia meu querido treinador, como está sendo o seu dia? — questiono enquanto sento na cadeira a sua frente.— Bom dia, Anael. Muito bom te ver animado assim, alguma coisa me diz que isso tem a ver com a terra, num é?"Tem a ver com Elisa!" — o corrijo em pensamentos. Nada o digo, eu sei que ele sabe o realmentivo da minha alegria, apenas abro ainda mais o sorriso.— Quem diria, o anjo que fugia das aulas agora