Durante o caminho até o palácio do senhor, fiquei pensando o tempo todo em Elisa, ela se tornou uma mulher linda, a persa da mãe ser aquele pedaço de lixo, os traços herdados em Elisa são delicados e bonitos.
"Como será que é o sorriso dela hoje em dia? Será que é ainda tão bonito como era quando ela era uma bebê?" — sorriu com esse pensamento.
— A menina cresceu — ouço a voz do senhor em meu subconsciente, ele já sabe o que aconteceu.
Estou com de certa forma, um tanto quanto assustado. Nunca na vida quebrei regras.... Certo... Já fui contra a vontade do senhor... Mas nunca cheguei a infligir nenhuma regra em si.
"Espero não está lascado!" — penso e suspiro.
Apersar de não ter permissão para usar o portal como o treinador Suriel usa, tenho algumas vantagens, consigo ler as coisas apenas
[ Visão de Elisa ]A sensação de ser abraçada é algo desconhecido por mim, durante toda a minha vida recebi apenas desprezo daquela que mais deveria me amar, ela nunca se quer sorriu pra mim. As únicas vezes que me tocava era para machucar o meu corpo... Defeituoso. Mas enfim, sinto meus músculos tensos, devagar viro minha cabeça para ver de quem são esses braços fortes e essas lágrimas quentes, meus olhos se arregalam e estremecem... Não tem ninguém... Eu estou ficando louca... Não há absolutamente ninguém ao meu lado... Mas mesmo assim sinto que fortes braços me abraçam em um abraço bem quente.— Se você fechar bem os olhos e se concentrar apenas em mim, quando os abrir, irá conseguir me ver — que voz rouca e de uma sonoridade boa de se ouvir entoperce meus tipanos.Prendo a respiração e então assim faço, fecho bem os meus olhos, na minha mente vem a imagem daquele homem que vi apenas uma vez a muitos anos
— Temos que ir conversar com o senhor, né? — pergunto a Suriel com a voz baixa.Me sinto culpado, desde o meu nascimento aparece que vivo apenas para dar trabalho ao senhor e Suriel... Sou o primeiro anjo a ter traumas com sangue, a ter não gostar da obra prima, a ir contra o meu propósito... Me sinto mal.Elisa, eu pensava que ela seria apenas mais uma humana que quando crescesse se tornaria mais um ser desprezível, mas não, ela cresceu e continua linda, por dentro também. Em sei diário não vi nada relacionado a ódio, rancor ou sentimento de vingança. Li apenas os fatos ocorridos, a profunda tristeza e seus sonhos para o futuro.Essa menina entrou na minha vida e me deixou sem beira, todos esses dias que passei aqui, para mim foram uma eternidade, infelizmente eu não pude está ao seu lado nesses dias ( mas para ela, foram anos), não acompanhei seu crescimemto, mas de minha cabeça ela não saiu nem um segundo se quer. Se eu fo
Estico minhas asas e saio voando da sala de recuperação. Finalmente, fiquei confinado lá dentro por dois dias inteiros, sem nenhuma pausa.Sinto a ansiedade pecorrer todo o meu corpo, sei que lá pra Elisa já se passaram dois anos, muito tempo. Mas ainda assim estou morrendo de ansiedade para vê-la.Voou até a sala de Suriel, bato na porta de seu escritório.— Pode entrar — grita do lado de dentro.Entro e já o cumprimento com um sorriro.— Bom dia meu querido treinador, como está sendo o seu dia? — questiono enquanto sento na cadeira a sua frente.— Bom dia, Anael. Muito bom te ver animado assim, alguma coisa me diz que isso tem a ver com a terra, num é?"Tem a ver com Elisa!" — o corrijo em pensamentos. Nada o digo, eu sei que ele sabe o realmentivo da minha alegria, apenas abro ainda mais o sorriso.— Quem diria, o anjo que fugia das aulas agora
— Por que eu fui trazido de volta, Suriel? — pergunto assim que o vejo na frente do portal.Ele suspira, e depois de alguns segundos de suspense me responde:— O senhor mandou te tirar do posto de protetor de Elisa, Anael — prendo minha respiração.O que eu fiz de errad... Pera... Será que foi por causa do que aconteceu na praia... Da declaração de Elisa, dos sentimentos estranhos que me invadiram e me tiraram a razão? Eu vou ficar com as asas pretas? Sinto meu corpo gelar e meus olhos tremulam diante essa possibilidade.— Infelizmente aconteceu uma emergência no concelho dos deuses e ele teve que se ausentar, depois ele conversa com você.É tudo o que ele diz antes de se virar e voar para longe de mim. Olho para os anjos que guardam o portal e vejo um olhar de pena vindo deles.É... Certeza...Vou virar um anjo caindo! Que droga
Levanto meu olhar e dou de encontro com o olhar do senhor.— Qua...is opções?— sinto algo estranho, será que algum outro meio de punição? Espero que seja, qualquer punição é melhor do que a vergonha de ter asas negras.— Quando eu te criei, posso ter cometido algum erro— o olho de cenho fazendo, o que isso que dizer?— Todos os anjos, nunca me contestaram em nada, sempre me apoiaram sem nunca dizer um ar. Mas você, parecia com os humanos, não queria ir contra mim, mas ficava me questionando e até sugeriu a eliminação de toda uma raça, você foi o único anjo que sentiu nojo pelos atos humanos, o único que fazia de tudo para não ter voltar lá.Baixo novamente a cabeça, sou um anjo defeituoso... Os outros devem ter notado isso desde o começo e por isso me tratavam diferente. E ainda por cima... Não existe nenhum anjo além de mim que tem trauma de sangue.— Não pense essas coisas Anael,
Fico paralisado, meu corpo está tremendo, essa cor vermelha faz meu corpo gelar, sinto como se minha boca tivesse colada... Será que Ele morreu? Ele não se mexe, o som que o corpo dele fez ao se espatifar no chão foi horrível fica ecoando em minha mente.Mesmo com as pernas tremendo me aproximo do corpo do senhor João, seus olhos estão fechados, com as mãos tremulas coloco dois dedos em seu pescoço e noto que não tem pulsação.Lágrimas caem livrimente por meus olhos, eu fui a última pessoa que esse homem viu, e não consegui impedir seu suicídio... Nem tive a chance de conhecer ele melhor... Ele falou que ia fazer eu virar o filho dele, mas ele se matou e agora eu estou sozinho novament...— O sr. é Anael Stewart? — ouço uma voz masculina atrás de mim, olho em sua direção e vejo um senhor de cabelos brancos, ele parece ser mais velho que o senhor João.— Acho que sim... — falo secando os meus olhos com as costa
Minha garganta seca e não consigo mais balbuciar nenhuma palavra, meu olhos estão vidrados naquela linda mulher que habita os meus sonhos e que aggora etá bem a minha frente. Ela é baixa, pele muito clara, parece uma porcelana, cabelos dourados, olhos castam mel, nariz arrebitado e uma boca no formato de coração, feita para meus beijos. Fico até sem graça com o último pensamento.Sinto o sr. Jones me cutucar de leve, e eu tento voltar ao normal. Com muita dificuldade termino meu discurso de boas vindas e dispenso todos apertando simpaticamente suas mãos, fico intrigado com aquela moça e caminho em sua direção antes que se misture com a multidão.—Olá! —falo parando em sua frente e ela me encara com olhos amedrontados e tímidos.— Olá, sr. Stewart — uma moça que estava ao seu lado me cumprime
[ Visão de Elisa]Essa noite eu não consegui dormir, não conseguir parar de pensar no meu chefe. Eu tenho certeza, é ele o dono dos olhos azuis que invade os meus sonhos! Nunca pensei que o encontraria, e que ainda por cima seria o meu chefe!—Se você fechar bem os olhos e se concentrar apenas em mim, quando os abrir irá conseguir me ver —repito a fraze que o dono dos olhos azuis me disse a muito tempo atrás.Mas como? Eu jurava que o dono desses olhos era um anjo... E não o meu chefe!Quando o vi entrar na sala senti meu coração falhar uma batida, esperei tanto tempo. Mas ele é lindo demais. Seus cabelos lisos de cor negra, seus lábios carnudos rosados, sua barba bem feita, com certeza ele não mede menos do que um e noventa de altura. Seus musculos são bem defididos, dava pra notar por debaixo de seu terno.Suspiro, talvez seja apenas uma loucura da minha cabeç