Isabelli
Já faz alguns dias em que estamos em Belo horizonte, realmente aqui é um lugar muito bonito. As reuniões estão ocorrendo de uma maneira melhor do que imaginávamos, em contato com os responsáveis em São Paulo fomos informados que já estávamos tendo resultados positivos com este projeto e que deveríamos continuar da maneira que estamos fazendo.
Acredito que uma das coisas que esta nos auxiliando para obter sucesso é nossa boa relação. Os meninos estão cada vez mais unidos, toda noite eles jogam xadrez e comem pizza, muitas vezes me excluem, mas eu não me importo desde que eles estejam bem.
Tornaram-se tão bons amigos que me senti surpreendida, afinal com personalidades tão diferentes eu não esperava por isso. Nesta manhã eu saí do hotel sozinha, resolvi cuidar um pouco de mim já q
IsabelliEu estou entre eles de novo, é o meu lugar preferido desde que entrei naquele táxi, os meus olhos encaram o azul dos olhos do Renato e não sinto mais que vou me afogar, sinto que posso ter as melhores lembranças neles. Noto mãos me tocando delicadamente e permito que toque.Suas mãos são ásperas e passeiam pelo meu corpo fazendo com que eu me arrepie instantaneamente, por mais que eu tente negar a mim mesma o tesão que sinto neste momento torna tudo incontrolável e sei que no instante em que o senti em mim perdi toda a minha razão.Maicon esta atrás de mim, sua mão esquerda esta em minha cintura e a direita começa a afastar os meus cabelos do meu pescoço, quando ele me toca percebo que a junção de suas mãos junto com as do Renato deixa tudo ainda mais delicioso, meu corpo torna a arrepiar-se e fecho
RenatoAcordo e sinto as lembranças da noite passada em meu corpo, olho para o lado e vejo Isa e Maicon dormindo, eles parecem muito relaxados e eu acredito que estão tão bem quanto eu.Viro-me e dou beijos suaves no pescoço da Isa fazendo com que ela acorde preguiçosamente, em seguida Maicon desperta e sorri para nós, sei que se sente bem é possível ver isso em seu rosto.— Dormiram muito bem pelo jeito. – Comento sorrindo.— Da melhor maneira possível, levando em consideração que fomos dormir depois das seis da manhã. – Diz Isa que esta deitada entre nós.Ela é realmente linda em qualquer horário e ver as fotos dela acendeu os sentimentos que eu estava controlando e sei que isso aconteceu com o Maicon também, quando a vimos entrar no quarto e não fugir percebemos que er
RenatoParo em frente ao portão, mas hesito não tenho certeza que devo entrar. Eu sei o que encontrarei lá dentro, mas não sei se estou pronto para isso. A casa dos meus pais é um pouco grande demais para eles, por este motivo o meu irmão Renan se mudou com a esposa para a residência deles.O Renan é três anos mais novo do que eu, mas parece ser menos, principalmente por suas atitudes. Faz anos que não o vejo, então não sei se mudou em alguma coisa, vou descobrir assim que conseguir passar pelo portão.Encaro aquilo que sempre esteve aberto para mim, mas eu fiz questão de fechar as portas, fechei todas as portas quando fui embora e não me arrependo disso, só me arrependo do pouco que tiveram acesso.O portão branco parece me chamar, mas eu não consigo acessá-lo. Tem algo me impedindo, mas eu n&at
IsabelliTranco a porta assim que o Renato sai, não acredito que isso esta acontecendo de novo. Lembro-me de quando fiquei com ele pela primeira vez e as coisas que tive que ouvir. Sinto-me extremamente fraca e um cansaço incompreendido toma conta do meu corpo.Deito-me na cama e fico de barriga para baixo, tento me lembrar de tudo o que aconteceu naquele dia e o que me fez acreditar que não poderia ter nenhum envolvimento sério com ele.Noite da balada com a Samanta.“Eu estava no bar com meus colegas de trabalho, eu convidei o Renato, mas não acreditei que ele iria, porém quando eu menos esperava ele estava lá, encarando-me. Encontrava-se muito bonito e diferente de todas as outras vezes que o vi.Quando se aproximou cumprimentou a todos e eu o acompanhei até o bar a fim de pegar uma bebida.—
RenatoAguardo pela resposta, mas não a recebo. Sinto o meu coração apertar-se e revoltar-se contra mim, encaro Maicon e ele me olha preocupado sinto-me envergonhado, pois acredito que devo uma explicação a ele.— Maicon eu...— Não precisa disso. – Diz interrompendo-me. — Eu também tenho os meus erros, não sei o que houve com você e a Isa antes de nós, mas sinto que o que temos agora não possui nenhuma relação com o passado. – Explica.Mantenho-me em silêncio, pois concordo com ele. O que esta acontecendo entre nós atualmente não possui comparação. Sinto que amadurecemos e o que sentimos é muito mais do que desejo.— Obrigada cara. – Agradeço e ele para de mexer nas roupas, senta de frente para mim e olha firmemente dentro dos meus olhos.
MarcosOlho para a estrada que esta a minha frente, são tantas possibilidades de recomeço que chego a assustar-me, pois não confio no que estou buscando. Nada parece ser bom ou certo tudo em mim reflete a confusão.Já perdi as contas de quantas cidades já visitei uma mais encantadora do que outra, mas nenhuma me proporcionou aquilo que realmente preciso e para ser honesto sinto-me extremamente assustado com as possibilidades que estão a minha frente.Resolvo parar afinal já esta tarde, avisto um hotel e sinto-me feliz por encontrá-lo, pois não vi outro na cidade. Estaciono o carro em frente e pego a minha mochila pronto para descansar.Este não é o hotel mais requintado que já fiquei, porém tem cheiro de casa e isso vale mais do que qualquer outro tipo de conforto, entro e vejo uma moça na recepção, ela me e
SaraSinto as algemas apertando o meu pulso, dizendo mais uma vez que o plano não estava tão perfeito como havíamos pensado. O sangue falso combinou com a minha roupa, porém ele errou antes e já não tinha volta.Eu pensei que ainda o tinha em minhas mãos, quando nos olhamos assim que entrei em casa pude sentir que era meu, mas tudo foi perdido por conta daquela mulher. Não compreendo como fui tão ingênua, acho que todo esse tempo em contato me confundiu.A viatura balança fazendo com que eu acerte a minha cabeça na lataria deste carro, reclamo para mim mesma pensando em como fui burra. Eu acreditei demais quando não deveria confiar em ninguém.Respiro e tento sentar, mas eles passam em uma lombada e o meu corpo é jogado impedindo-me de ficar como quero. Eu os odeio, é tudo o que penso agora. Detesto os policiais que
MaiconFinalmente voltamos para a estrada, tivemos que retardar nossa viagem, pois o Renato não queria ir embora antes de falar com o irmão. Demorou três longos dias para que ele estivesse realmente bem.Admito que a espera foi boa para nos aproximar. Eu e Isa ficamos ao lado do Re em todo momento, mostramos a ele que não estava sozinho e que tem uma família que pode confiar.No dia seguinte após a prisão soubemos que Sara suicidou-se, ela realmente acreditou que poderia fugir após tentar assassinar o marido, pensou que o cunhado iria com ela, pelo menos foi isso que os policiais disseram que ela falou antes de morrer.Agora na viagem percebo duas pessoas que podem fazer muito bem um ao outro estão sem conversar e vejo nos olhos de cada um como isso os magoam, sinto que devo fazer algo para que se acertem.Eu estou dirigindo, o Renato sentou no banco de tr&