— É com isso que está preocupada? — Virou-se abruptamente, com o rosto demonstrando raiva, a fazendo engolir em seco. — Acredite, você é a mais qualificada até então. Mas não consegue se manter firme e comportada. Na primeira oportunidade, me irrita. E sim, esse é o momento em que eu a demito. POR JUSTA CAUSA.Ouvi-lo fez com que Mia também perdesse a noção dos fatos.— Ótimo. Estou contente — mentiu, levantando o nariz. — O senhor é um homem arrogante e muito exigente. Trata a todos com desprezo e vive de mau-humor. Desculpe-me se estraguei a sua roupa ou se o café pode estar quente o suficiente para o machucar. — Pôs as mãos na cintura e o encarou, aproximando-se dele vagarosamente. — Apesar de tudo, posso suportar o senhor, só que duvido muito que encontre outra que possa suportá-lo por mais de um mês. — Parece mesmo que você não se importa com o seu trabalho aqui — disse entre dentes.— Muito pelo contrário, senhor — debochou. — Se eu não me importasse, não teria ficado calada po
Mia A ruiva não estava de bom humor, hoje. Depois de tudo e de se mudar para o apartamento de Sadie, ela precisava de um novo trabalho.Uma das piores coisas, para ela, era sair e ir aquelas agências de empregos, pois no ramo corporativo, a competição, às vezes, não era justa.Mesmo sendo bem apresentável e com um excelente currículo, as exigências e padrões estéticos derrubava algumas concorrentes. Eu não queria ser como ele. O homem era detestável, mesmo que inteligente.Ela levantou o rosto para tirar a expressão de morta dele, depois tomou um banho para acordar o corpo, e buscar roupa decente.Ah, as roupas…Mia odiava abrir o guarda-roupa e as ver nos cabides. Acredite, ela tentou devolvê-las e mandar um cheque, mas é claro que não tinha um valor que cobrisse os gastos. E, pior, ele disse que não queria nada que o fizesse se lembrar da “menina inconveniente”.Ela evitava usá-las. Também não gostava de se lembrar dele. O que era controverso, pois muitas vezes se pegou parada no
Mia Mia estava empolgada com o novo emprego. Não quis demostrar tudo, no café da manhã, viu sua amiga com o rosto cansado e desanimada, tudo por causa de Taylor.Tela teve que pegar o metrô para ir ao novo trabalho. Enquanto a AMP era em Manhattan, a GM Model ficava fora dela. E depois de sair da estação, ela andou por uns cinco minutos até chegar a um enorme prédio corporativo. Mia trabalharia no quinto andar, onde funcionava a agência.Antes de subir no elevador, ela se identificou na recepção. Depois que entrou nele, sentiu suas mãos suarem. Seu coração estava de vento em popa. Era um novo lugar onde ela teria que se adaptar.Torceu para que seu novo chefe não fosse uma cópia malfeita de Taylor Jackson, ou ela acabaria pensando que havia alguma coisa errada com ela.Mia olhou novamente para o papel que recebeu da agência e que ela entregaria na entrada. Leu o nome do dito-cujo: James Madison.Ela nunca havia ouvido falar nele e estava rezando para ele ser uma pessoa legal, que não
TaylorO homem estava estressado desde o dia que Mia Wannell chegou e saiu da sua vida.Ele não quer que ela fosse dispensada, mas, no dia em questão, o seu problema com o café o tirou do sério. A menina tinha que prestar atenção. O café quente não só manchou a sua roupa cara, mas estava quente, e machucou um pouco.Claro, quando o dia terminou e Taylor olhou para a cadeira vazia, na sala onde ela trabalhava, se arrependeu.Mia era mais do que apenas uma secretária, era uma mulher que o atentava, o olhava com desejo e, depois, a inocência o perseguia.Taylor perdeu a quantidade de vezes que ele a imaginou em sua cama, ou até mesmo, em cima da sua mesa de vidro, a fodendo, assim como fazia com Vivian. Desde o dia em que ela chegou, não conseguiu sentir prazer com mais ninguém.Não que o homem estivesse apaixonado, longe disso. O que o homem sentia era desejo, um desafio a ser conquistado. Agora, ele não teria essa oportunidade.Seu orgulho era tanto, que ele jamais pediria para ela vol
MiaNão permito que olhe para trás. Baterei em você se fizer isso.Ela estava começando a gostar da sua paz de espírito, com um novo chefe legal, um ritmo confortável e um ambiente de trabalho limpo e agradável. Então, quando começou a achar que esse era um sonho quase perfeito, ele apareceu e estragou tudo.Mia não fazia ideia do porquê ele estava ali, nem desejava perguntar. Dois minutos no elevador ao lado desse homem fez a sentir vergonha de si mesma. O perfume agradável a deixou feliz instantaneamente. Seu corpo ficou tenso, mas, lá, no fundo da sua alma, desejou chegar mais perto dele e sentir o seu calor.Talvez eu seja masoquista. Ela chegou ao seu cubículo, em frente à sala do seu novo chefe, e colocou em cima da mesa a sua bolsa e os papéis que trazia na mão.A ruiva ainda sentia a tensão nos ombros e suas costas formigavam, mesmo ela sabendo que ele já estava em outro andar. Não sabia o que Taylor estava fazendo nesse prédio comercial e tentou esquecer que o viu.— Bom dia
MiaUma semana depoisAquela semana estava estranhamente silenciosa. Mia não parava de pensar em Taylor, que tinha tirado a sua paz de espírito.James estava tenso. Pelo que ela viu, havia um problema com o dono da empresa e o futuro dela.— Acho que vamos ser demitidos — Vânia disse, quase desesperada. — Eles venderam a empresa por muito dinheiro. — Espera. O quê?! — Dessa vez era Mia quem estava quase surtando.Ela só trabalhava no lugar há três semanas. Mia considerava que se mudar para Nova York tinha sido um enorme erro.— Os herdeiros não tinham capacidade para gerir a empresa. Na verdade, estavam acabando com ela. Desde que o pai deles morreu, ficamos em alerta. Todos sabiam que eles não se importavam com nada disso. — A baixinha estava suando e olhando para a sala do chefe de Mia, que também estava preocupado. — Hoje de manhã, minha chefe descobriu que a GM Model foi vendida e que o novo dono tem a fama de mudar tudo, demitir as pessoas e remodelar as empresas ao seu gosto. E
MiaEla não queria acordar ou levantar da sua cama confortável. Depois daquilo, enfrentaria a fera, só que Taylor não encontraria a mesma menina medrosa de antes. Ela estava tão furiosa que poderia sufocá-lo com as mãos.Ao se levantar da cama, Mia notou que a casa estava vazia. Sadie estava pisando em ovos, com medo de ser demitida, e ela poderia apostar o quanto seus ouvidos estavam cansados de ouvir palavras maldosas. Ela era uma boa pessoa. Taylor, por outro lado, era um verdadeiro diabo.Calmamente, tomou seu café, sabendo que àquela hora ela já deveria ter chegado ao escritório. Colocou a sua melhor roupa, que, ironicamente, foi ele quem comprou; e colocou os saltos pretos, que só a ajudavam a olhá-lo nos olhos com mais facilidade.Durante todo esse processo, tentou não se imaginar cravando as suas unhas em seu pescoço. Foi inútil. Porém, isso a deu outra ideia.Dessa vez Taylor iria lidar com uma secretaria diferente. Taylor a queria de volta, mesmo ela sendo o seu pior pesade
MiaTe proíbo de pensar naquele idiota de gravata. Quem já viu um patrão falar daquele jeito com uma funcionária?Não! Melhor! Quem, algum dia, falou daquele jeito, com aquelas palavras, com você?Sabe por que não lembra? É, exatamente, não existe um alguém.Mia pensava que era por isso que ele mexia tanto com ela. O dia foi estranho. Ele a olhou como uma águia prestes a dar o bote.Taylor descobriu o seu ponto fraco: ele mesmo.Sadie não falou absolutamente nada durante o trajeto que fizeram de volta para casa. Ela só observou Mia, e a ruiva sabia disso graças a alguns lapsos de realidade que teve entre algumas distrações. A maioria do tempo, passou pensando em Taylor sem camisa, a colocando sobre a sua mesa e tocando em seu por inteiro.— Ok, já chega — Sadie falou depois que entrou no quarto.Mia enxugava os cabelos, que acabou de lavar. Pensou que fazendo isso, esqueceria o dia estranho.— Você chega do nada, toma seu emprego de volta, depois o desafia, como fez na última vez, e e