MiaEla não queria acordar ou levantar da sua cama confortável. Depois daquilo, enfrentaria a fera, só que Taylor não encontraria a mesma menina medrosa de antes. Ela estava tão furiosa que poderia sufocá-lo com as mãos.Ao se levantar da cama, Mia notou que a casa estava vazia. Sadie estava pisando em ovos, com medo de ser demitida, e ela poderia apostar o quanto seus ouvidos estavam cansados de ouvir palavras maldosas. Ela era uma boa pessoa. Taylor, por outro lado, era um verdadeiro diabo.Calmamente, tomou seu café, sabendo que àquela hora ela já deveria ter chegado ao escritório. Colocou a sua melhor roupa, que, ironicamente, foi ele quem comprou; e colocou os saltos pretos, que só a ajudavam a olhá-lo nos olhos com mais facilidade.Durante todo esse processo, tentou não se imaginar cravando as suas unhas em seu pescoço. Foi inútil. Porém, isso a deu outra ideia.Dessa vez Taylor iria lidar com uma secretaria diferente. Taylor a queria de volta, mesmo ela sendo o seu pior pesade
MiaTe proíbo de pensar naquele idiota de gravata. Quem já viu um patrão falar daquele jeito com uma funcionária?Não! Melhor! Quem, algum dia, falou daquele jeito, com aquelas palavras, com você?Sabe por que não lembra? É, exatamente, não existe um alguém.Mia pensava que era por isso que ele mexia tanto com ela. O dia foi estranho. Ele a olhou como uma águia prestes a dar o bote.Taylor descobriu o seu ponto fraco: ele mesmo.Sadie não falou absolutamente nada durante o trajeto que fizeram de volta para casa. Ela só observou Mia, e a ruiva sabia disso graças a alguns lapsos de realidade que teve entre algumas distrações. A maioria do tempo, passou pensando em Taylor sem camisa, a colocando sobre a sua mesa e tocando em seu por inteiro.— Ok, já chega — Sadie falou depois que entrou no quarto.Mia enxugava os cabelos, que acabou de lavar. Pensou que fazendo isso, esqueceria o dia estranho.— Você chega do nada, toma seu emprego de volta, depois o desafia, como fez na última vez, e e
A curta reunião em um dos restaurantes mais chiques da cidade, durou pouco, então naquele momento eles estavam livres.Bem, Taylor estava, pois Mia se sentia presa aquele homem e pela situação. Sua cabeça não parava de martelar. Ela era uma mulher muito curiosa e queria tirar essa dúvida que Sadie colocou em sua cabeça.— É uma das pessoas mais tagarelas que conheço e revida provocações. Nem sempre com palavras. Mas desde cedo noto você silenciosa. — Ele levantou o olhar até ela. — O que houve?Mia apertou os punhos por baixo da mesa. Estava tentando ganhar a coragem que tanto se orgulhava de ter.— Estou pensando — começou, já imaginando o que perguntaria. — Você é um homem inteligente.— Um elogio. Isso é ainda mais estranho — ironizou, murmurando. — Aonde quer chegar?— Tem interesse no ramo da moda? — foi direta. — Porque não o vejo investindo nisso. Não faz parte do seu currículo ser proprietário de uma agência de moda.— Voltamos ao assunto de antes?A ruiva levantou uma das sob
MiaEram seis horas da tarde e Mia estava com quase todo o seu corpo sobre a máquina na qual digitalizava os arquivos. O tédio a pegou às duas horas, depois que acabou de voltar do almoço empolgante com Sadie.Passou a maioria do tempo pensando em Taylor, no que ele estava fazendo e com quem, pois o homem saiu, estressado, antes da metade do dia. Ela até quis se bater algumas vezes, achando que estava enlouquecendo se pensasse que ela gostava dele, um arrogante antipático que fazia da vida de muitos um inferno, inclusive a dela.A ruiva olhava o monitor azulado da máquina, sentindo um frio percorrer o seu corpo, começando do calcanhar. Seus pés estavam descalços e ela abriu alguns botões da blusa de mangas longas que usava com a saia-lápis. Quando o processo acabou, pegou as folhas e se virou para sair do cubículo. E quase morreu de susto ao ver o chefe encostado no mármore escuro.— Eu poderia passar a noite toda aqui, observando você. — Sua voz rouca e grave a deixou com o sangue q
MiaMia estava se condenando por aceitar aquele convite inusitado e esquisito de Taylor. Tudo em torno desse homem era uma sombra escura que impedia que todos soubessem mais sobre ele. A ruiva lembrou do que sua mãe sempre dizia: os homens se achavam os donos do mundo e que, por isso, as mulheres deveriam ser mais espertas que eles.Ela estava acostumada com a gentileza e o carinho de Adam. Ele foi criado ao redor de mulheres e sempre foi um fofo. Entretanto, ele era uma exceção.Taylor Jackson era um dos piores homens que ela já tinha conhecido. Ele era provocante, arrogante e não media esforços para estragar as coisas. Sua repentina mudança de comportamento não a convenceu em nada, apesar dela pensar que essa pessoa que ele se revelou ser era melhor e mais atraente do que o chefe arrogante.Seu patrão era um quarentão sexy, bruto e sedutor. Suas palavras eram ofensivas, mas, no fundo dos seus olhos, ela via segundas intenções. E por que, mesmo sabendo disso tudo, aceitei cair no se
Ao atravessar o salão onde as pessoas estavam jantando, chegaram a um espaço reservado com divisórias em tecido de cetim vermelho. Mia não conseguia esconder a surpresa, e, quando o metre abriu uma dessas cortinas e os convidou a entrar, ela teve a certeza que aquele lugar não era para ela.Era um lugar luxuoso e bem iluminado. Num canto havia uma poltrona que pareceu confortável e, no centro, uma mesa redonda e arrumada para dois. Taylor sorriu do seu espanto. Havia mais naquele sorriso do que saber que Mia estava impressionada com tudo aquilo. Ele pensava que depois daquele dia, a ruiva veria um lado de Jackson na qual ninguém mais sabia.Ele não era o cara mais correto, sabiam o quão cafajeste era, porém, seus gostos e lugares que frequentavam, eram bem peculiares.— Você me enganou — sussurrou, irritada. — Onde estamos, Taylor? — Ele riu e deu um sorriso largo e debochado que a despertou um desejo de socá-lo no mesmo instante. — Acha isso engraçado? Eu não estou feliz nem um pouc
— Não precisa contar piadas. — Encostou-se na cadeira. — Seja verdadeiro, só quer me levar para a cama.— Bem, achei que isso estivesse claro — Bem, era a verdade. Só que daquela vez, era mais do que só um desejo ou sedução. Ele realmente precisava de uma fachada que o ajudasse a ganhar essa batalha. Ele precisava ser mais do que um pai solteiro. — Contudo, realmente quero me casar. O mais rápido possível, na verdade. Preciso de uma esposa que possa estar comigo… devo dizer que tenho uma filha, e que a guarda dela está sendo reclamada na justiça, e apesar deu a proteger com a minha vida e dar tudo o que ela precisa, meus advogados acham que preciso ser um pai e marido. Na frente do juiz, isso pode contar ao meu favor.Mia ficou estática, esperando ele dizer que tudo aquilo era uma piada, porém, não eram e ele não riu. — Você… porque… como…Taylor não era de ter paciência, mas sabia que isso foi muita informação para a pobre Wannell.— É simples, Mia. — Jackson pegou sua taça, que foi
MiaO que fui fazer?Como iria ter coragem de voltar ao trabalho depois do que aconteceu?Mia poderia, simplesmente, ter dito “não”, tê-lo ignorado e seguido com a sua noite com os planos de Sadie, mas foi se deixar cair pelo charme e companhia daquele chefe irritante e muito sexy que a disse que teriam um simples jantar.Nada com Taylor era simples. A ruiva passou a noite acordada, pensando em tudo o que aconteceu, no que ele disse, pediu e na coragem que teve para dizer a ele sobre algo tão íntimo.Também, tudo aquilo foi íntimo. O homem a pediu em casamento. Foi um pedido, só que frio e cru, sem a emoção ou paixão de um casal que se ama.Jackson não era esse tipo de homem. Ele era rude, arrogante e egocêntrico. Achava que todos deviam a ele, que precisavam cobri o chão que ele pisa, com um tapete dourado. Mia se irritou. Ela andou de um canto a outro, do quarto, roeu as unhas, bateu a cabeça no travesseiro, tudo isso pensando em Taylor e no que aconteceu.Pior, ela ainda estava cur