Um ano depoisSophia estava sentada no degrau, em frente à casa onde, atualmente, morava com Christian e o pequeno Harrison, que era babado tanto por ele quanto pela avó paterna, que morava a poucos quilômetros dali.Ela nunca pensou em morar no Texas algum dia, mas depois que eles foram para lá, pensando em fugir da agitação de Los Angeles, ela aprendeu a gostar do lugar com um vasto campo que, no verão, ganhava um tom amarelado e seco por causa do sol. Ali, rodeados pela alegria texana e pela calmaria de viver no interior, eles tinham animais na fazenda, como cavalos. O pequeno Taylor amava quando o seu pai o levava para perto das cabras ou quando o cachorro brincava com eles, como estava fazendo no momento. Soph ria como uma boba, ouvindo os risos do filho, que estava no colo de Chris. Ela não sabia dizer o quanto estava feliz naquele instante. Achava antes que jamais se sentiria em paz daquela forma. Sophia pensou que fez uma boa escolha ao aceitar aquela proposta maluca de ser
As luzes da sala de cinema começam a se apagar lentamente, criando uma atmosfera de expectativa e empolgação. O público se acomoda em suas poltronas, ansioso pelo início do filme. O som ambiente se transforma em um sussurro de murmúrios e risos abafados, enquanto a tela ganha vida com cores vibrantes e imagens cativantes.A trilha sonora delicada e apaixonante começa a preencher o ambiente, envolvendo os espectadores em uma aura romântica. À medida que as primeiras cenas aparecem na tela.1...2...3...MEU AMOR DE MENTIRA uma aventura sem igual onde ele e ela se conheceram, de verdade. Um ódio mutuo e um amor a ser descoberto.Abra a sua mente e leia como se fosse realmente um filme. Novos nomes, novas personalidades. Aonde tudo começou...Um coração partido.Um passado traumático.Um amor inesperado.Andrew estava certo de que amava a sua namorada, havia acabado de comprar as alianças, tinha tudo para apresentar sua noiva à família, até descobrir que estava sendo traído.Alex era um
Alexis caminhava pela noite fria, com o céu encoberto pelas luzes da cidade. Seu estômago roncava, fruto de um dia exaustivo de trabalho seguido de uma demissão. Com as mãos praticamente vazias, ela lutava entre a escolha de comer algo ou pagar o aluguel. Decidida a ignorar as responsabilidades financeiras, Alexis passava pelo Dotzz, onde os hambúrgueres gigantes a chamavam pelo nome. "Vem, pode se aproximar."A questão da alimentação sempre foi uma preocupação. No orfanato, nunca faltava comida, mas viver por conta própria, sem a ajuda de ninguém, era uma batalha contra a sociedade. Era preciso escolher entre estudar ou trabalhar, aceitar tarefas demais e receber pouco, isso quando o chefe não a olhava com olhos pervertidos.Não sabia se ser demitida era bom ou ruim, mas Alexis confessava que estava aliviada por não ter mais que temer ficar sozinha com aquele homem enquanto sua esposa estava fora. Ela entrou no local determinada a deixar esses pensamentos de lado e aproveitar alguns
Andrew não sabia o que o havia levado a propor aquela ideia maluca a uma desconhecida total. Após o término doloroso, onde descobriu que havia sido um idiota por acreditar naquela mulher, ele pensou que não seria capaz de dirigir por muito tempo. Sem ter ideia de onde estava, ele simplesmente entrou e pediu um copo com água, enquanto refletia sobre tudo o que descobrira.Ele havia dado a Caroline todo o seu amor, aberto seu coração e compartilhado coisas que muitos não sabiam sobre ele, apenas para descobrir que fora um tolo por amar alguém de forma tão intensa. Alexis foi um incômodo no meio do caminho. Sua consciência sabia que era um erro, mas ele decidiu tentar mesmo assim.Era apenas um mês, o casamento e as festas chatas, apenas para satisfazer sua mãe e fazê-la deixá-lo em paz. Aos 41 anos, tudo o que Andrew queria era uma família, uma esposa engraçada e carinhosa, filhos e uma casa de verdade, com jardim, e não um apartamento frio e solitário. Não era por falta de pretendentes
Alex nunca imaginou que um dia entraria em uma loja como aquela. Talvez tivesse entrado pelos fundos para fazer limpeza e ganhar alguns trocados, mas comprar algo ali estava além dos seus sonhos mais ilusórios.Agora, olhava para as peças e seus preços nas etiquetas, quase tendo um colapso ao perceber que simples roupas custavam mais do que o seu aluguel.Como conseguiria pagar por aquilo no final dessa loucura?— Já escolheu o que vai querer? — perguntou o desanimado atendente, que aparentava ter uns 27 anos. Desde que colocou os olhos em Alex, lançou-lhe olhares de desprezo. — É só pegar uma peça.As palavras saíram de sua boca sem peso algum, como se não fosse nada. Porém, para Alex, aquilo era algo significativo, pois até ontem não tinha dinheiro sequer para se alimentar.— Essas peças são caríssimas, não posso gastar tanto dinheiro. — Após deitar a cabeça no travesseiro, Alex refletiu sobre o que havia concordado em fazer e chegou à óbvia conclusão de que tudo aquilo era simplesm
Quando Alex foi demitida naquele dia, jamais imaginou que estaria sentada em um sofá confortável, ao lado do homem mais atraente que já havia visto, olhando fotos antigas de família.Andrew aparentava ser rude e egocêntrico, mas aquilo era apenas uma fachada para proteger-se de alguma mágoa relacionada a alguém por quem havia se apaixonado. Na realidade, seu interior era ainda mais bonito do que sua aparência física, devo admitir. Ele era sensível e me acolhia tão bem que eu estava quase me acostumando.Quatro dias haviam se passado desde então, mas parecia que já tinham sido meses, pois as coisas entre nós fluíam tão naturalmente que parecia que nos conhecíamos há muito mais tempo. Agora eu o chamava de Andy. Ele sempre era gentil e paciente, e eu sabia que dava trabalho. Essa parte me deixava furiosa comigo mesma, porque ele estava sendo tão amável que me deixava envergonhada.Certamente eu não fazia parte de seu círculo de amizades comum, mas meus defeitos não pareciam incomodá-lo,
Trazer essa estranha para sua casa estava deixando Andrew confuso sobre muitas coisas, principalmente em relação à sua família.Sempre gostou de separar as coisas. Quando conhecia alguém, muitas lembranças de seus pais o influenciavam e sabia que sua mãe, apesar de todas as coisas e ações ruins, seria afetada.Podiam achá-lo bobo ou idiota, mas antes de apresentar qualquer namorada a elas, certificava-se de que realmente ficaria ao lado daquela pessoa até o fim de seus dias.Era clichê pensar que queria tudo certinho, um casamento, festa, filhos e uma casa grande. Tudo isso porque sabia e fora criado para ser o cara da família, o homem responsável e educado, afetuoso e que nunca, jamais, magoaria sua esposa ou namorada, como seu pai fez com sua mãe.Nunca tocava no nome dele e fazia questão de esquecer de sua existência. Mesmo depois de sua morte, isso nunca o abandonou. Deixaram tudo o que tinham, sua casa, amigos e alguns parentes, por conta da promoção dele. Fizeram de tudo para o
Alex não sabia o que estava fazendo ali. Claro, era um acordo e tudo mais, mas aquele lugar era estranho e ela não sabia como agir.Seu maior medo era que, se algo ruim acontecesse, todos a julgariam, ou pior, Andrew ficaria furioso. Normalmente, ela não se importava com etiqueta, nunca precisou usá-la onde vivia. Na verdade, não tinha ninguém para ensiná-la, sempre viveu e aprendeu com os erros. No entanto, aquele lugar era um campo minado. Andrew era de uma família abastada, seus amigos eram elegantes, e ela se preocupava com como seria interpretada.Ela achava que aceitar fazer aquilo foi um erro, pois a cada dia que passava, ele era bom com ela, mas se aproximava de seus sentimentos. Não estava dizendo que se apaixonaria, seria absurdo, mas ele era seu amigo, estavam morando juntos temporariamente, e quando tudo terminasse, ela partiria novamente, sozinha, sem poder expressar o quanto estava irritada, ouvir suas histórias de infância e imaginar-se nelas como uma pobre órfã que nun