Andrew não sabia o que o havia levado a propor aquela ideia maluca a uma desconhecida total. Após o término doloroso, onde descobriu que havia sido um idiota por acreditar naquela mulher, ele pensou que não seria capaz de dirigir por muito tempo. Sem ter ideia de onde estava, ele simplesmente entrou e pediu um copo com água, enquanto refletia sobre tudo o que descobrira.Ele havia dado a Caroline todo o seu amor, aberto seu coração e compartilhado coisas que muitos não sabiam sobre ele, apenas para descobrir que fora um tolo por amar alguém de forma tão intensa. Alexis foi um incômodo no meio do caminho. Sua consciência sabia que era um erro, mas ele decidiu tentar mesmo assim.Era apenas um mês, o casamento e as festas chatas, apenas para satisfazer sua mãe e fazê-la deixá-lo em paz. Aos 41 anos, tudo o que Andrew queria era uma família, uma esposa engraçada e carinhosa, filhos e uma casa de verdade, com jardim, e não um apartamento frio e solitário. Não era por falta de pretendentes
Alex nunca imaginou que um dia entraria em uma loja como aquela. Talvez tivesse entrado pelos fundos para fazer limpeza e ganhar alguns trocados, mas comprar algo ali estava além dos seus sonhos mais ilusórios.Agora, olhava para as peças e seus preços nas etiquetas, quase tendo um colapso ao perceber que simples roupas custavam mais do que o seu aluguel.Como conseguiria pagar por aquilo no final dessa loucura?— Já escolheu o que vai querer? — perguntou o desanimado atendente, que aparentava ter uns 27 anos. Desde que colocou os olhos em Alex, lançou-lhe olhares de desprezo. — É só pegar uma peça.As palavras saíram de sua boca sem peso algum, como se não fosse nada. Porém, para Alex, aquilo era algo significativo, pois até ontem não tinha dinheiro sequer para se alimentar.— Essas peças são caríssimas, não posso gastar tanto dinheiro. — Após deitar a cabeça no travesseiro, Alex refletiu sobre o que havia concordado em fazer e chegou à óbvia conclusão de que tudo aquilo era simplesm
Quando Alex foi demitida naquele dia, jamais imaginou que estaria sentada em um sofá confortável, ao lado do homem mais atraente que já havia visto, olhando fotos antigas de família.Andrew aparentava ser rude e egocêntrico, mas aquilo era apenas uma fachada para proteger-se de alguma mágoa relacionada a alguém por quem havia se apaixonado. Na realidade, seu interior era ainda mais bonito do que sua aparência física, devo admitir. Ele era sensível e me acolhia tão bem que eu estava quase me acostumando.Quatro dias haviam se passado desde então, mas parecia que já tinham sido meses, pois as coisas entre nós fluíam tão naturalmente que parecia que nos conhecíamos há muito mais tempo. Agora eu o chamava de Andy. Ele sempre era gentil e paciente, e eu sabia que dava trabalho. Essa parte me deixava furiosa comigo mesma, porque ele estava sendo tão amável que me deixava envergonhada.Certamente eu não fazia parte de seu círculo de amizades comum, mas meus defeitos não pareciam incomodá-lo,
Trazer essa estranha para sua casa estava deixando Andrew confuso sobre muitas coisas, principalmente em relação à sua família.Sempre gostou de separar as coisas. Quando conhecia alguém, muitas lembranças de seus pais o influenciavam e sabia que sua mãe, apesar de todas as coisas e ações ruins, seria afetada.Podiam achá-lo bobo ou idiota, mas antes de apresentar qualquer namorada a elas, certificava-se de que realmente ficaria ao lado daquela pessoa até o fim de seus dias.Era clichê pensar que queria tudo certinho, um casamento, festa, filhos e uma casa grande. Tudo isso porque sabia e fora criado para ser o cara da família, o homem responsável e educado, afetuoso e que nunca, jamais, magoaria sua esposa ou namorada, como seu pai fez com sua mãe.Nunca tocava no nome dele e fazia questão de esquecer de sua existência. Mesmo depois de sua morte, isso nunca o abandonou. Deixaram tudo o que tinham, sua casa, amigos e alguns parentes, por conta da promoção dele. Fizeram de tudo para o
Alex não sabia o que estava fazendo ali. Claro, era um acordo e tudo mais, mas aquele lugar era estranho e ela não sabia como agir.Seu maior medo era que, se algo ruim acontecesse, todos a julgariam, ou pior, Andrew ficaria furioso. Normalmente, ela não se importava com etiqueta, nunca precisou usá-la onde vivia. Na verdade, não tinha ninguém para ensiná-la, sempre viveu e aprendeu com os erros. No entanto, aquele lugar era um campo minado. Andrew era de uma família abastada, seus amigos eram elegantes, e ela se preocupava com como seria interpretada.Ela achava que aceitar fazer aquilo foi um erro, pois a cada dia que passava, ele era bom com ela, mas se aproximava de seus sentimentos. Não estava dizendo que se apaixonaria, seria absurdo, mas ele era seu amigo, estavam morando juntos temporariamente, e quando tudo terminasse, ela partiria novamente, sozinha, sem poder expressar o quanto estava irritada, ouvir suas histórias de infância e imaginar-se nelas como uma pobre órfã que nun
Dois dias depois Andrew achava estranho sentir uma sensação de normalidade em sua vida com uma estranha em sua casa, ou talvez se considerasse louco por acreditar que já haviam se passado semanas, ou até mesmo meses, desde que se conheceram.Sempre que chegava em casa, era recebido pela tagarelice de Alex, e isso era bom, era muito diferente do que ele estava acostumado anteriormente.Talvez fosse a idade, a forma descontraída com que estavam se conhecendo, ou até mesmo algum poder sobrenatural que ela possuía. À medida que o tempo passava, Andrew sentia um desejo cada vez maior de conhecer mais sobre ela, mesmo que fosse difícil arrancar informações de seu passado. Alexis era uma conhecida antiga, mas ao mesmo tempo desconhecida, e seu passado a atormentava.Era bem verdade que Andy não precisava saber de tudo sobre Alexis, afinal, isso não era duradouro. Eles passariam esse casamento, e seriam grandes amigos depois. Claro, algo estranho aconteceu depois daquele beijo, mas ele trat
Alex estava feliz ao sair de casa. Apesar do orfanato onde cresceu trazer duras lembranças, ela sabia que devia muito àquele lugar. Foi lá onde ela conheceu seus quase irmãos, como gostava de chamar, e isso era melhor do que nada.Ela amava ser a adulta responsável que era respeitada pelas crianças de lá, coisa bem diferente do seu passado.Não achou que precisava avisar nada a Andrew, ele já era muito ocupado e não era seu pai para saber de cada passo que dava.Pensar nisso a deixou com repulsa, pois Andy estava tornando seus dias difíceis, fazendo-a pensar nele como alguém além da amizade, que permanecia em seus pensamentos por muito tempo e não era um sentimento fraterno. A parte que ela menos gostava nisso tudo era a farsa, pois só bastava um sim para ela pular em cima dele e cometer vários pecados nos quais sonhava à noite.O que era para ser simples estava se tornando mais complicado a cada dia. Ele era gentil, era a sua personalidade, mas tinha aquele olhar que a hipnotizava, c
Claro que Alex não teria essa chance. Beijo era o limite dele, e falando nisso, aqueles lábios eram seu lugar favorito desde então. Andrew tinha uma pegada boa, arrancava o ar dos pulmões, tocava e derretia seu corpo, causando uma excitação nova. Ele era seu maior pecado. O bem e mal no mesmo corpo. Tinha uma intimidade particular. Ele andava por aí sem camisa e ela babava toda vez. Os pelos no peito eram até excitantes e a tatuagem, ela nunca achou que uma tatuagem seria um fetiche, porém, estava sendo. Era até difícil desviar o olhar daquele abdômen. Ela também andava por aí com o conjunto de seda com que dormia, exibindo suas curvas, mas preferia as camisas dele. Alex dizia que era mais confortável, mas o motivo era outro. Seu perfume irresistível. Que as paredes não abrissem a boca, mas ela já teve orgasmos só com aquele perfume sutil.Ela estava pensando nisso quando ouviu a sua voz atrás dela. Tentou disfarçar o rosto vermelho de vergonha, e expulsar o calor involuntário que