Capítulo 62

Timothy

No fim eu não sai da clínica com um osso quebrado ou um olho roxo, mas valido a ameaça de ser morto e esquartejado.

Isabella está feliz, por ter estado com o pai, e por ele depois de muito custo não se opor ao nosso relacionamento.

— Me desculpe — ela diz se virando para mim.

— Por que exatamente está se desculpando? — pergunto, diminuindo a velocidade.

— Meu pai foi muito rude — responde.

— Eu o entendo, ele é seu pai. Acredito que se eu tivesse uma filha faria o mesmo — digo, sem entender muito bem o porquê de tal comparação.

Ela dá uma risadinha.

Samuel não é um pai ruim, a perca da esposa o tirou dos trilhos e ele se perdeu. Até onde descobri ele era um bom policial.

Eu sei o que é perder alguém se ama. Eu sei o quanto dói.

Samuel é melhor do que meu pai um dia foi.

Sinto um aperto no peito ao pensar em como Isabella reagiria ao saber o monstro que foi o meu pai.

Não quero guardar nenhum segredo dela, não quero que ela descubra e vá embora pensando que sou como ele.

— Samu
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