Salvatore narrando
— Aonde você vai tão cedo? – a voz irritante de Jamily entra em meus ouvidos.
— Por acaso agora está regulando os meus horários? – eu me viro.
— Você prometeu a Laura que acompanharia ela no primeiro dia de aula.
— E eu tenho tempo para essas besteiras Jamily?
— Você é o pai dela e não é besteira isso para ela, ela é sua filha e você precisa parar de ver ela apenas como um bom casamento no futuro – ela resmunga.
— Eu preciso de um filho homem – ela me encara – e não de uma filha mulher, filha mulher só traz problemas, um filho homem será o meu herdeiro na máfia.
— Ela tem cinco anos e você a renega, ela não tem culpa.
— Ela não tem culpa, quem tem é você, que me deu uma filha mulher.
— Ela tem cinco anos – ela repete.
— Eu sei a idade da minha filha e não, eu não a renego, eu só não tenho tempo para ficar com essas besteiras de levar ela na escola – eu falo – tenho problemas para resolver agora.
— Você sabe que eu posso morrer a qualquer momento – ela grita e eu me viro para ela novamente – o mínimo que deveria fazer era me dar o conforto de que cuidaria bem de nossa filha.
— Ela é bem cuidada por todos, você também não cuida dela – eu olho para ela – Um belo dia Jamily.
M*****a hora que eu fui obrigado a me casar com Jamily, porque ela seria o melhor casamento na época, ela me daria herdeiros homens e não me traria dor de cabeça, pelo ao contrário, Jamily me deu uma filha mulher e agora está no morre e não morre a cinco anos me atazanando a minha vida para ser um bom pai, eu exercia todo o papel de pai com Laura, ela jamais vai poder reclamar sobre isso.
— Nós trouxemos ele – Carlos fala quando chego na sede da máfia.
— Onde ele está?
— No porão – ele fala
— Arruma tudo, que eu já desço.
— Ok, senhor – ele sai.
Carlos era o meu motorista e o meu braço direito aqui dentro, ele protegia Laura que se tornou o meu bem mais precioso, estava sempre com ela e a babá e também resolvia tudo junto de Junior , meu advogado.
— Logo cedo por aqui – eu olho para Mateus sentado em minha cadeira – desocupa, por favor.
— Está de mal humor irmãozinho? Achei que estaria feliz com o Nicolau preso em seu porão – ele fala
— Já andou por lugares que não deveria ir? – eu pergunto.
— Você não acha que matar Nicolau vai te trazer problemas com a máfia francesa? – ele pergunta – Nicolau é braço direito de Jovi, ele vai saber que foi você que matou ele e vai vir para cima de você com tudo.
— E você acha que eu quero esconder dele que fui eu que matei Nicolau? – eu olho para ele – ao contrário de você que matou aquele jovem funcionário por mero capricho e se esconde covardemente atrás de sua esposa, eu mato e assumo que matei porque eu não sou covarde Mateus.
— Você se acha porque é o mais velho, mas só assumiu a máfia por causa disso, não foi por competência, foi porque nasceu um ano antes de mim – ele fala
— Ué, se você se acha tão competente, é só abrir uma pauta no conselho – eu falo – quem sabe eles te colocam como chef e me expulsa – eu dou de ombros.
— É isso que eu vou fazer – ele sai bufando de raiva.
Mateus era totalmente incompetente e não conseguia medir as consequências do seu ato.
Eu desço até o porão, encontrando Carlos, Junior e alguns outros homens parado em volta, aquele homem amarrado e amordaçado.
— Ele falou algo? – eu pergunto arregaçando as mangas da minha camiseta.
— Não quer falar – Junior fala
— Olha o estado dele – Carlos fala e eu vejo que ele está todo sangrando
— Me traz o ácido e tira amordaça da boca dele – eu ordeno.
— Eu não vou falar nada – ele fala
— A decisão é sua – eu olho para ele – até porque eu preciso de você mais morto do que vivo.
— Você vai se arrepender por isso, Jovi vai acabar com você – eu abro um sorriso.
— Todos dizem isso para mim segundos antes de morrer, já sou acostumado a escutar isso – eu sorrio olhando para ele e seu olhar era de nervoso.
— Aqui, senhor – Carlos fala me entregando
— Segurem a boca dele – eu falo
— Não, não o que você vai fazer? – ele fala nervoso e desesperado.
— Você não quis falar, agora não fala mais – eu despejo o liquido que tinha no copo alumínio em sua boca, ele solta um grito – Acido Fluorídrico, conhece? – eu jogo o copo no chão.
Ele gemia de dor e tentava falar algo mas era impossível.
— Nicolau, deveria saber sobre esse ácido, ele vai corroer suas cordas vocais, até mesmo os seus ossos – eu falo segurando o rosto dele – foi um prazer conversar com você Nicolau – eu largo ele e ele se remexia na cadeira e tentava gritar mas o som da sua voz não saia mais – jogue o corpo dele perto da sede na França. – Eu falo e saio andando voltando para o escritório.
— Bom dia, Salvatore – meu pai fala quando passo por ele.
— Um ótimo dia.
— Um ótimo dia? – ele questiona
— Não é sempre que eu acordo fazendo o que eu mais sinto prazer – eu olho para ele e pisco um olho e saio andando.
Giovana narrando— Acordada ainda? – Thaisa pergunta e eu guardo as fotos – eu não acredito que está vendo as fotos dele.— Me deixa vai.— Faz quase dois anos que Ricardo te abandonou aqui no México, deveria sair conhecer gente nova, olha Kevin já disse que pode te apresentar vários amigos.— Eu não quero me envolver com ninguém, estou bem assim, sofrendo quietinha – eu sorrio fraco para ela.— Eu não conheci ele, porque se eu tivesse conhecido, eu o mataria, nem as fotos você me deixa ver direito dele – ela fala— Deixa para lá – eu guardo na gaveta – preciso descansar amanhã tenho aula cedo, logo tem apresentação das turmas maiores e elas estão bem animadas.— Você é ótima no que faz , você faz a diferença na vida dessas meninas.— Eu faço por elas o que fizeram um dia por mim – eu sorrio— Boa noite, bela, adormecida, nada de chorar pelo príncipe que é um sapo – ela fala me dando um beijo na testa.— Boa noite – eu falo sorrindo.Eu me deito na cama e pego novamente as fotos, Rica
Salvatore narrando— O corpo de Nicolau foi encontrado a metros da casa de Jovi – meu pai fala me encarando, eu sirvo a bebida e entrego para ele.— Ele teve o que mereceu, não quis abrir a boca – eu acendo um charuto e me sento na frente dele.— Você precisa ter um pouco mais de cautela Salvatore.— Não quero ter cautela, eu quero eliminar todos que prejudicam a minha caminhada.— Matando? – ele pergunta— Tem outra forma de eliminar não sendo essa? – eu pergunto para ele. — Seja cauteloso – ele fala enquanto a fumaça do charuto invade o ar – só isso que eu te peço.— Papai – A voz de Laura soa e ela desce as escadas rapidamente.— Apaga o charuto Salvatore – meu pai fala — Não preciso que o senhor me dê ordens – eu falo ríspido e coloco o charuto ao lado. — Papai que saudades de você – ela fala me abraçando — Está tarde, por que Laura ainda está acordada? – eu pergunto para babá.— Senhor Salvatore, ela estava dormindo e escutou sua voz, acordou e não consegui segurar ela – ela
Giovana narrando— Olha Só se não é a professora de dança mais gata do México – Kevin fala quando entro no apartamento— Olha que sua namorada vai ficar com ciúmes e não quero ser expulsa do apartamento – Taisa começa rir.— Até parece – ela fala – expulso o Kevin e não você.— Será que estou ficando de escanteio? – Kevin pergunta— Nem pensar, eu vou deixar vocês aproveitando a noite e vou dormir.— Fica aí – Taisa fala— Você não atrapalha não – Kevin fala rindo — Ela vai chorar pelo Ricardo no quarto – Taisa fala— Taisa , para de besteira – eu falo— Já disse te apresento vários amigos – Kevin fala— Não preciso de homem, estou bem com minha vida assim, aproveitem a noite. – eu sorrio— Vamos jantar – Taisa fala— Eu comi algo na escola com as meninas da aula da noite – eu olho – boa noite pombinhos.— Boa noite – Taisa fala.Eu entro no quarto, tomo um banho e caio na cama e pego no sono, eu amava dançar mas era muito cansativo, eu ocupava o meu tempo todo dando aula durante a s
Salvatore narrando— Chega Laura – eu falo firme assim que entramos dentro de casa.— Papai – ela fala – eu gosto dela papai.— Ela foi demitida e ponto – eu olho para ela – agora pode parar de choro.— O que está acontecendo? – Jamily fala aparecendo.— Mamãe – ela fala correndo e abraça Jamily – papai mandou embora minha professora Giovana.— Por que você fez isso? – ela pergunta— Porque ela é uma mal educada e não deve dar aula para minha filha – Jamily começa a rir— Agora você se preocupa com a sua filha? – ela pergunta – a única vez que você vai buscar ela na escola, você faz isso? — Não era para buscar, então – eu falo – aqui eu estou Jamily, busquei, sai do meio do meu serviço, abandonei tudo, busquei ela e trouxe para casa.— Era melhor você nunca ter me buscado – Laura fala chorando – eu odeio você – ela diz e sai correndo pelas escadas.— Essa garota merece uma boa lição – Jamily se coloca na minha frente.— Você não encosta em minha filha.— Laura também é m
Giovana narrandoEu olho para dona Safira.— A senhora mesmo me disse que eles eram reservados, você mesmo fala para todos os professores preservar a segurança das alunas – eu olho para ela.— Arruma suas coisas, ele é o dono e eu não posso passar por uma ordem dele.— A maioria das alunas são minhas, eu atendo dia e noite aqui dentro – eu olho para ela.— Eu entendo Giovana, irei fazer uma carta de recomendação para você.— Uma carta de recomendação? Tente falar para ele tudo, se eu sair muitas alunas vão sair junto. — Me perdoa – ela fala – olha, eu tentarei alguma coisa, fica ligada no celular eu te retorno.— Você vai embora? – Beatriz pergunta— Não posso acreditar nisso.Eu saio da escola sem rumo, começo a caminhar pelas ruas sem saber nem para onde eu ia, dançar era a minha vida e dar aula também se tornou,as crianças, adolescentes todas elas eram a minha vida, o que eu iria fazer sem elas? Sem o meu trabalho?Eu não poderia ficar aguardando um retorno de Safira.— T
Capitulo 8Salvatore narrandoEu me viro para ir em direção ao escritório e quando eu entro, eu sinto a voz dela e me viro vendo ela invadir o meu escritório.— Você não precisa se importar comigo até porque você nem me conhece – eu largo a minha maleta em cima da mesa e a encaro – mas deu para perceber que você não se importa com ninguém ao seu redor, até porque em um ano dando aula para sua filha, foi a primeira vez que você foi buscar ela e pasme, ela nunca mencionou você para mim. Eu dou uns passos em direção a ela.— Saia do meu escritório agora – eu falo apontando para porta – eu vou chamar os seguranças.— Você não se importa nem com a memória da sua vó, a escola que ela criou é a segunda melhor com tão poucos recursos que ela tem, eu não sei se você sabe, mas a um ano e meio eu sou a professora mais procurada lá dentro, atendo de manhã, de tarde e de noite, a escola estava a anos sem ganhar prêmios em competições, e as minhas alunas nunca perderam. Eu realmente sei tudo so
Giovana narrandoEu tinha saído quase sem ar de dentro daquele escritório, era a primeira vez na minha vida que eu enfrentava alguém dessa forma, eu saí de lá completamente sem ar.— Você falou tudo isso a ele? – Dona Safira fala.— Sim – eu respondo e ela me entrega um café – acho que estou sem ar até agora.— E ele quer que você de aula para filha na casa dele?— Amanhã – eu falo – eu começo, isso é loucura? — Um pouco – ela fala se sentando na frente – eu disse que tentaria algo e te retornaria.— Eu não poderia ficar sem fazer nada – eu respondo. – é a minha vida, o meu trabalho.— Eu posso te dar uma dica? – ela pergunta— Claro.— Quando você entrar na casa dele, você não tem ouvidos e nem boca, o que escutar fica lá dentro – ela fala— É claro que sim.— Pense bem se você realmente deve ir até lá.Eu fico com as palavras de Safira na minha cabeça mas continuo dando aula o resto do dia, até porque eu madruguei para ir até o escritório dele para conseguir voltar dar a
Salvatore narrando— Salvatore – Carlos fala entrando dentro do escritorio. – desculpa vir até a sua casa, mas precisava te mostrar uma coisa.— O que é? – eu pergunto— Sua irmã – ele fala me mostrando o celular — Ah não, eu não acredito que a Pietra fez isso – eu falo vendo ela em um ensaio nu na revista. – só me falta mais essa.— Eu já pedi a retirada do ensaio.— Ótimo. E onde ela está?— Nova York – ele fala – mando trazer ela?— Não, deixa que o meu pai se vire com ela – eu respondo— Mas isso pode manchar a sua reputação como chef da máfia.— Você tem razão – eu falo – traga ela, e vamos arrumar um marido, Pietra se casa até o final do próximo mês.— Certo. — Também me mande as fichas dos filhos da máfia solteiros, arrumar o que mais se encaixa em nossos negócios e casamos ela – eu respondo— Ok – ele assente e sai do escritório.Depois que a minha mãe faleceu, meu pai largou a máfia nas minhas mãos e largou de mão sobre os negócios e a família também, quem fez