Alice estava na sala andando de um lado para o outro esperando que alguém viesse e dissesse que a empregada havia dito onde sua filha estava, porém eles passaram por ela com a empregada algemada e a levaram para a delegacia. Roberto acompanhou os policiais enquanto Alice esperava por respostas em casa. O desespero estava tomando conta de Alice, suas olheiras estavam enormes de chorar e não dormir. Ela nunca imaginou sentir uma dor dessas em sua vida.
Quando Roberto apareceu em casa Alice já havia secado de tanto chorar e estava sentada no sofá olhando para longe com os olhos vidrados. Parecia que havia morrido, não piscava nem se mexia. Roberto sentiu seu coração apertar ao vê-la assim e o pior era que ele não tinha boas notícias para lhe dar.
- Meu amor, eu voltei! - Roberto diss
Estava tudo preparado, Roberto saiu de casa dirigindo seu Porsche dourado. Os policiais estavam colocados atrás da pequena casinha esperando a hora certa para agir. Eles chegaram pela rua dos fundos para que ninguém percebesse a movimentação estranha.Não demorou muito para que Roberto estacionasse seu carro em frente a casa. Um homem espirou pelo vidro e falou algo para alguém que estava com ele na casa.-Como você me achou? - Andréia disse parada na porta de casa. - Trouxe seus amiguinhos policiais contigo?- Eu sou mais esperto do que você imagina. Vim sozinho para buscar minha filha. - Ele respondeu dando um passo a frente. - Se quiser pode me revistar e fazer uma ronda. Você viu mais alguém nessa rua a essa hora.
Andreia empurrou Roberto para dentro do carro juntamente com ela e pisou no acelerador. Até que os policiais entraram em seus carros, o Porsche já estava longe. Porém os policiais foram na mesma direção tentando alcançá-los. Por sorte dos policiais, mas azar de Andréia havia muito trânsito. As ruas cheias dificultaram a fuga.Em uma esquina Andreia virou de repente e o trânsito diminuiu um pouco, então pode acelerar ao máximo.- Vá devagar com esse pé no acelerador. - Roberto disse para Andreia. - Você quer fugir ou quer morrer?- Se não der para fugir é melhor morrer. - Ela riu alto, uma risada muito estranha, parecia que estava enlouquecendo. - Não se preocupe. De que adianta ter um carro dess
Alice dormiu até metade da manhã seguinte devido aos efeitos dos anestésicos. Assim que acordou lembrou de Helena e de outras coisas que pareciam ser um pesadelo que teve durante a noite. Ela tomou um banho vestiu-se com uma calça jeans e uma blusa preta. Ao se olhar no espelho viu que estava mais magra e com olheiras muito profundas. Saiu do quarto e foi ver a filha. Erenice, a babá, estava saindo do quarto de Helena com ela nos braços, vestindo um vestido preto. Eugenio vinha logo atras.- Por que minha filha está vestindo preto? - Alice olhou para os dois como se fossem loucos.- Minha filha, você esqueceu o que aconteceu ontem? - Eugenio perguntou abraçando-a. - O que aconteceu com Roberto? - Nesse momento Alice levou a mão à boca e seus olhos se encheram de lágrimas.<
Nos dias seguintes Alice não conseguia sair de casa. O único lugar para o qual ela foi era o cemitério. Ela o visitava quase todos os dias e sentava-se ao lado do túmulo de Roberto chorava um pouco e falava da dor que estava sentindo. Uma semana depois, o advogado de Roberto ligou e pediu se podia fazer uma visita a ela.Naquela tarde os dois conversavam um pouco quando ele lhe entregou um papel para Alice. Ela abriu e começou a chorar com o conteúdo da folha. Roberto com seu próprio punho havia escrito uma carta para Alice.“Meu amor, se você está lendo essa carta é porque alguma coisa deu errada no meu plano e eu estou a sete palmos de fundura nesse momento. Eu sei o qunto você deve estar sofrendo e pensando que está sozinha. Mas posso te dizer que não est&aacut
Alguns dias passaram e Alice começou a sentir-se melhor. Ela resolveu que ficar em casa não resolveria seus problemas e fariam com que sentisse cada vez mais a falta de Roberto em sua vida. Então arrumou-se para sair para trabalhar. Na primeira hora da tarde havia algumas reuniões marcadas. Mas ao chegar na sala percebeu que uma visita havia entrado.- Bom dia, Arthur! Faz algum tempo que não nos vemos! - Alice cumprimentou com um sorriso triste.- Bom dia! Eu tinha umas coisas para resolver e também quis dar um tempo para você se recuperar.- Já estou melhor! E você e o João Pedro como estão?- O João ficou um pouco triste no começo, mas como Andréia não era uma m&atil
Um mês se passou voando para Alice que estava muito ocupada. Duas manhãs por semana ela ficava com sua filha em casa. Nas outras ia para a empresa. Algumas vezes Arthur buscava Helena e levava para sua casa e para passear no parque próximo a empresa de Alice que se juntava a eles para um lanche num piquenique animado. A essa altura Helena já estava dando seus primeiros passos.Teve um dia em que Arthur resolveu pegar Helena e levar para visitar o trabalho da mamãe. Ao sair de uma reunião Alice teve uma surpresa ao entrar na sua sala. Helena e João Pedro estavam sentados no tapete brincando enquanto Arthur estava dando algumas ordens ao telefone.- Que surpresa agradável! - Alice disse ao entrar na sala.- Mamãe! - Helena disse pela primeira vez ao c
No dia seguinte à festa Alice levantou-se cedo e correu para o escritório. Havia uma reunião para o café da manhã e ainda tinha uma pilha de documentos para assinar. O planejamento dela era terminar na metade da tarde para ficar um pouco com sua filha.Durante o esboço dos seus funcionários Alice sentia-se muito sonolenta e pediu para sua secretária um café na esperança de acordar, mas o cheiro causou um mal estar no estômago, então achou melhor não tomar. Assim que a reunião terminou Alice foi para sua sala e começou a ler os documentos que precisavam de sua assinatura. Quando estava próximo ao meio dia a secretária bateu em sua porta.- Senhora, você tem visitas!- Dispensa, por favor eu tenh
Assim que chegou em casa Alice percebeu que não seria o dia de assinar os documentos, pois Arthur estava brincando com Helena na sala. Mas assim que Helena viu Alice entrar pela porta saiu correndo para abraçá-la fazendo com que as pastas que Alice carregava caíssem e se espalhassem pelo chão.- Minha filha, cuidado para não machucar sua mãe. - Arthur disse enquanto caminhava para ajudar a juntar as pastas. - Eu junto tudo. Pode brincar um pouco com essa garotinha esperta.- Obrigada. - Alice estava realmente agradecida de não precisar abaixar-se.Logo mãe e filha estavam sentadas no chão brincando e Arthur juntou-se a elas. Os três brincaram até a hora do jantar. A empregada entrou e chamou-os. Arthur disse que ia embora, mas Helena