O tempo passa muito lentamente, principalmente quando queremos que passe rápido. Roberto sentia-se impotente na semana seguinte, pois podia ver Alice e Helena durante meia hora pela manhã e meia hora à tarde.
Helena estava progredindo bem, cresceu e engordou como o esperado, pouco tempo poderia sair da UTI neonatal e ir para um quarto pediátrico e Roberto estava ansioso para isso acontecer. A única coisa que não estava indo bem era que Alice não acordava do coma.
Roberto sentava-se ao lado da cama de Alice e ficava olhando para ela e conversando sobre diversos assuntos.
- Acho que já está na hora de acordar, sua filha já cresceu muito. Hoje ela abriu os olhos para mim. Helena se parece muito com você. - Roberto suspirou e o
Um mês se passou e Helena já teve alta do hospital e Alice permanecia dormindo. Os médicos acreditavam que as causas eram psicológicas. Roberto a visitava todos os dias e nesse dia ele levou Helena com ele.- Helena, essa dorminhoca deitada ali é sua mãe. Ela está assim desde o dia em que você nasceu. Não adianta falar que nós estamos precisando dela, ela não me escuta. - Nesse momento Helena chora a plenos pulmões e Roberto tenta acalma-la.- Não chore. Eu estou aqui. - Alice disse sussurrando.- Amor. Você acordou? Helena olhe, sua mãe acordou. - Roberto havia chamado o médico com a campainha e ele estava entrando para verificar a saúde de Alice.O m&eacu
Assim que Roberto entrou ele percebeu que Alice estava branca como um papel e com lágrimas nos olhos. Ele a abraçou com força e Alice tremia.- O que aconteceu? Por que você está assim?- Tinha um homem aqui dentro. Estava vestido de branco e me olhando com uma carranca. Quando eu olhei bem para ele, ele virou as costas e saiu. Acho que ele veio para me matar e não teve coragem.- Eu vou verificar isso. Você não precisa se preocupar. Vou ver com o segurança que está aqui na porta. - Roberto saiu por alguns instantes e voltou. - O homem disse que era médico e veio te examinar, mas saiu pouco tempo depois que entrou. Já pedi para verificar as câmeras de vigilância. Em pouco tempo vamos saber quem é.
Naquela noite Alice não conseguiu dormir bem. Revirou-se inúmeras vezes e quando conseguia dormir sonhava com sua filha sendo levada dela pelo homem que estava em seu quarto na manhã anterior. Felizmente a manhã chegou em seguida com um céu claro, sem nuvens e o sol brilhava para iluminar o dia de todos.Enquanto Alice olhava pela janela, o médico entrou na porta e ficou observando-a por um tempo.- Dona Alice! - Ele a chamou esperando que ela se virasse.- Bom dia, doutor! - Alice olhou para ele com um sorriso.- Pelo jeito você não dormiu muito bem! Preciso te deixar aqui mais um dia.- Não precisa. Não foi porque estou me sentindo mal que não dormi
Todos estavam se divertindo, bebendo e comendo. Alice conversou sobre os acontecimentos de quando não estava consciente e queria saber de tudo que havia acontecido com eles. Manuella foi a que mais conversou pois tinha todas as novidades dos novos contratos que assinaram na empresa das duas. Tudo estava indo muito bem.Eugenio estava muito feliz conversando com a babá e olhando para a neta. Alice percebeu que não era somente na neta que seu pai estava interessado, mas achou que não era o momento para tocar no assunto.Quando Manuella e Augusto se despediram e saíram Alice percebeu que Roberto estava sumido a algum tempo e foi procurá-lo. Ela ouviu conversa vindo do escritório da casa.- Roberto, não podemos deixar ela ameaçar a Alice novamente. Preciso d
Alice ficou alguns dias em casa se recuperando, mas isso não era a vida que ela queria. Apesar de ter sua filha e de amá-la muito, Alice estava acostumada a sair todos os dias e ter muitas coisas para fazer. A vida de dona de casa estava deixando ela irritada, ainda mais tendo empregadas que faziam tudo por ela. O único lugar que ela se sentia confortável era no orquidário mexendo em suas flores preferidas.Algumas semanas em casa foram o suficiente para que Alice resolvesse voltar ao trabalho, porém Roberto tentou muito convencê-la do contrário. Todos diziam que a pequena Helena precisava dela, mas Eugênio e Erenice passavam o tempo todo cuidando dela, então a própria mãe sentia-se uma inútil ficando em casa para apenas ver como se faz e algumas poucas vezes pegá-la para passear no pátio de casa.<
Alice estava tranquila no mês que se passou. Ela dispensou a babá no turno da manhã para poder ficar com a filha. À tarde ela ia para a Decorat para fazer sua parte no trabalho que ficou somente dentro do escritório e as outras pessoas que faziam o trabalho bruto. De noite Alice ficava com a filha e o marido. Depois que a Helena dormia as noites com Roberto estavam cada vez mais quentes e Alice precisava da manhã para se recompor. Mas ela estava amando tudo isso.Havia uma mansão não muito longe dali que as coisas não estavam tão bem. Arthur estava jogando as coisas de Andréia para fora de casa. Ela estava olhando para tudo atônita, não sabendo do que estava acontecendo.- Você não está entendendo? - Arthur perguntou olhando para ela. - Eu vou te dizer.<
Andreia caminhou por quase uma hora, mas nenhum táxi chegou para buscá-la. Já estava ficando furiosa quando ouviu o seu telefone chamar. Dona Norma estava ligando. Andreia deu um suspiro antes de atender, estava com um mal pressentimento.- Diga logo qual é o motivo de você estar me deixando na rua até essa hora. - Andreia esbravejou.- Todos os meus cartões de crédito foram cancelados e preciso de mais tempo para transferir um pouco de dinheiro de uma das minhas contas no exterior.- Quanto tempo? - Andréia estava com a voz desanimado, pois estava achando que iria dormir na rua.- Pelo menos umas 12 horas.- Eu vou dar outro jeito. Obrigada!
Na manhã seguinte ao ocorrido alguém bate na porta de dona Norma muito cedo. Ela levanta da cama resmungando já que na noite passada não havia dormido muito depois da ligação de Andréia e de ter descoberto que seus cartões estavam todos bloqueados.- Quem é? - Ela pergunta antes de abrir.- Sou eu, seu filho preferido! - Responde Arthur do outro lado da porta.- Oi, meu filho. Porque não me disse que estava vindo? - Ela abriu a porta gentilmente. Pensando que era a oportunidade perfeita para reclamar que seus cartões estavam bloqueados.- Eu queria que fosse uma surpresa.- Que pena, eu poderia ter pedido para