Se eu juntar tudo, a seca no Oeste é causada pelo fenômeno que na terra é chamado de La Niña. Porém, La Niña e El Niño são simplesmente fenômenos naturais. Aprendi que não há uma solução especifica para eles. Dizer isso ao Brand só irá desencorajá-lo.
Ele está sério, curioso, nervoso... e eu mais ainda, mas preciso manter o controle de meus sentimentos e de minhas expressões.
– E seu eu lhe disser? – pergunto rindo para mudar o clima. – Você irá se curvar para mim novamente?
– Se for necessário... – Ele se move para fazer, mas eu o impeço.
– Por favor, não, não faça isso. – Ele recua. – Eu admito, sua submissão seria muito valiosa, mas não é assim tão tentador depois de já tê-lo visto.
Mais um dia se passou e hoje é dia de jantar com o Príncipe Herdeiro, novamente.Dei a noticia que Lúcia renunciou seu titulo de Dama de Companhia e as meninas ficaram sem entender, em especial, Samantha e Wanda, porque Zyra e Marina já estavam cientes.Elas me ajudaram a me vestir e ficar linda como sempre e aqui estou eu, sentada diante dele, comendo.Ele está frio como de costume, entendo... eu o provoquei demais dessa vez.Bem, ele é quem precisou da minha ajuda, então está tudo bem.De relance o encaro e percebo que ele está me fitando. Enfio uma porção de comida na boca e desvio meu olhar envergonhada.Eu provavelmente não deveria provoca-lo hoje.– Eu gostaria... – Ela fala e eu o olho. – Gostaria de te agradecer adequadamente. – Nossos olhos se encontram. – A seca será resolvida graças ao seu conselho
Ficamos em silêncio, um olhando para o outro e as vezes, desviando os olhares para outro lugar. O clima está literalmente estranho e eu não sei, de verdade, o que fazer nessa situação. Eu não estava esperando por sua visita, me pegou completamente de surpresa e agora, preciso tentar resolver isso, o quanto antes.Antes de falarmos qualquer coisa, as Damas de Companhia arrumam nossa mesa com o chá que pedi. Nos servem e eu, para não ficar sem nada para fazer, pego minha xicara e beberico um pouco do liquido quente.Mesmo assim, ele continua quieto.Ele é incapaz de falar por causa de todos os outros que estão aqui?Respiro fundo e olho para minhas Damas.– Todo mundo! – Chamo-as. – Vocês podem sair e descansar um pouco. – Ordeno simpática com um sorrisinho de lado.– Sim, Sua Alteza! – Elas acatam.Quando todas elas sae
Danielle... vou me certificar de que você se arrependa de me provocar assim.– Mas ainda... visitar o Palácio de Cristal parece uma recompensa especial por tudo que fiz até agora. – Ela insiste em enfatizar suas férias de Cristal.Beberico meu chá.– Certo, deve ser uma coisa muito especial para você. – Debocho. – Eu realmente não me importo, já que vou para lá quando eu quiser no futuro. – Falo tranquilamente e ela se surpreende. – Bem, eu me pergunto como é, já que será meu em breve. – Beberico mais um pouco do chá me divertido com sua expressão. – Espero que você me diga como é quando voltar.– É realmente bom dizer isso...? – Ouço Wanda, minha Dama, cochichando com Marina atrás de mim.– Bem, ela deve ter julgado que tudo ficaria bem. – Mar
Esse teto é familiar... bem, na verdade é o topo do dossel.Essa foi a primeira coisa que vi quando abri meus olhos aqui... foi tão chocante e desconhecido. Pensar que me acostumei tanto que até sinto falta.Sento-me na cama e espreguiço-me.Parece que eu fiquei confortável aqui.Olho ao redor e através da cortina que me cerca, vejo uma sombra passando. Pelo penteado, eu já sei quem é.Puxo a cortina a surpreendendo.– Bom dia, Agatha! – A saúdo.– Oh, você acordou? – Ela pergunta com um susto.– Claro que não, mulher. – Nego. – Eu continuo dormindo.Rimos juntas.Eu me levanto. Ela vai até a janela e abre as cortinas, deixando a claridade do dia entrar. Vou até lá.– Já passou do tempo em que geralmente acordo. Por que você não me acordo
Já está tarde?Desperto espreguiçando-me e me sentando na cama.Bocejo.Acostumei-me a ficar na cama depois de fingir minha doença por alguns dias.Eu não percebi o quão rápido o tempo estava passando.Depois de aprender sobre o que aconteceu entre o Príncipe Herdeiro e a nossa família, eu precisava de algum tempo para descansar e reunir meus pensamentos.Levanto-me e troco-me.Caminho até minha escrivaninha e vejo uma pilha de cartas.Eu tenho que me concentrar agora.Sento-me diante delas.Nossa... são muitos convites.Embora Agatha os tenha escolhido, ainda há tantos.Pego alguns e analiso.Eu deveria organizá-los por ordem de importância.– Milady! – Ouço Agatha me chamar. Viro a cabeça em sua direção e a encaro. Ela se aproxima. – Há
Minha pequena pausa chegou ao fim.Eu tive que voltar à minha vida no Palácio, mas mesmo isso não vai durar muito.Eu tenho que sair para as férias de Aestas em breve.– Todo mundo parece melhor do que antes de eu sair. – Afirmo ao encontrar minhas Damas de Companhia na porta do Palácio. – Parece que vocês gostaram do seu tempo longe de mim. – Brinco.– Bem, isso é óbvio. – Marina entra na brincadeira e todas riem.– O que!? – Pergunto incrédula rindo.– Você parece a mais revigorada de todas nós. – Samantha fala.Parece que todas elas estão dispostas a brincar e fofocar comigo agora.Observo cada uma. Estão todas relaxadas agora.Estão mais confortáveis do que antes.Quando adentramos em meu aposento, vejo muitas roupas em araras.– Ah... &
Ficamos em silêncio por um tempo.Pelo que vejo, o Brand não gostou muito do que acabou vendo, o Igor e eu brincando.– Bem-vindo de volta, Sua Alteza. – Igor quebra o silêncio.– Você já cuidou dos seus afazeres? – Pergunto para também tentar mudar o clima que se formou.– Sim. – Responde seco. – Vamos embora.Brand se aproxima e lança um olhar para o Igor, que estremece.– Sir Igor, você pode retornar à sua posição. – Ordena.– E-entendido. – Igor assente nervoso e nos dar as costas, caminhando para longe.– Ouvir dizer que vocês dois são amigos de infância. – O Príncipe Brand fala me pegando de surpresa, só confirmando que ele ficou assim devido a minha proximidade com o Igor. – Vocês parecem mais próximos do que eu pensava.<
A manhã chega e a dor de cabeça forte que sinto, me desperta. Ainda sentindo a cama, respiro fundo e custo em abri os olhos para sentar-me. – Aí... minha cabeça dói. – Resmungo da ressaca que sinto. – Você acordou cedo. – Ouço a voz do Brand. Viro a cabeça e o vejo sentado em uma poltrona me encarando. Assusto-me. – Eu... eu vou lavar meu rosto. – Levanto da cama em um salto, sentindo-me envergonhada. Após todo o processo de embelezamento matinal, vou até a mesa do café da manhã. Brand já está sentado me esperando e eu logo sento para adiantarmos a refeição. A mesa está farta e o cheiro é maravilhoso. – Ontem você andou na carruagem o dia todo e até tomou um pouco de vinho. – Brand fala. – Não seria melhor descansar hoje? – Sugere. – Podemos inspecionar a área do projeto verde amanhã. Isso é verdade. Minha cabeça dói, mesmo quando eu estou sentada, e dói ainda mais em uma carruagem. – Mas eu quero vê-lo