Ethan Greenwood Eu acreditava que tudo que eu sabia sobre Mia, era pouco perto do que ela realmente era. Como Alfa era meu dever proteger os meus, ainda mais com uma criança envolvida em tudo isso. Nick entrou no bar com uma expressão que eu não gostava de ver. Algo pesado estava para ser dito, eu podia sentir. Deslizei o copo de uísque sobre a mesa e encarei-o, esperando que ele começasse a falar."Senhor... a investigação nos trouxe algumas respostas, mas nada que vá nos deixar mais tranquilos." Nick olhou em volta, como se estivesse procurando por olhos ou ouvidos curiosos. A tensão entre nós crescia."Fala logo, Nick. O que você descobriu?" — Minha voz saiu firme, mas a ansiedade estava se acumulando.Nick respirou fundo antes de continuar. "O pai de Mia... ele é um Alfa. Não de qualquer matilha, mas das Matilhas do Norte." Ele fez uma pausa, provavelmente esperando alguma reação, mas eu só continuei a encará-lo, esperando que ele fosse direto ao ponto."Vai direto ao
Ethan GreenwoodA noite estava escura e fria, e o ar carregava uma sensação de urgência enquanto eu caminhava pela floresta em direção ao vilarejo. Amber havia plantado uma dúvida em minha mente, mas agora minha prioridade era encontrar Mia. Sabia que ela estava envolvida em algo muito maior, algo que ela mesma ainda não compreendia, e isso a tornava vulnerável.Cada passo meu se tornava mais pesado à medida que minha mente corria em várias direções. O que Mia estava fazendo fora da segurança do nosso território? E por que não me contou nada? Eu não podia negar que a ideia de que ela estivesse em perigo aumentava minha frustração. E, como sempre, meu instinto era agir.Eu odiava que me desrespeitassem.Aquilo que Nick havia me contado mais cedo sobre a poção que o pai de Mia guardava, uma maldição perigosa disfarçada de benção. Sabia que, se aqueles que a estavam perseguindo conseguissem o que queriam, isso significaria o caos. Ela era a chave para algo muito maior, e talvez nem soube
Mia MillerVocê já se sentiu fora do ar como se tudo que conhecesse sobre si fosse mentira?Aquela sensação de urgência dentro do peito querendo mudar tudo que estava acontecendo, porém, você não poderia, aquilo era real… Era exatamente assim que eu me encontrava.É estranho como de uma hora para outra sua vida pode sair do normal e virar um grande redemoinho."Levanta Mia." sinto a claridade invadir minha retina."Olho para o lado, e vejo a figura de Ethan. Ótimo. Eu não tinha paz mesmo."O que foi?" murmurei." Ainda deve ser cedo."Ele havia dormido aqui, na sala, é claro, depois da nossa discussão noturna de ontem."Vou te levar para o nosso estande de treinamento.""Treinamento?" arqueei a sobrancelha." Lobos treinam?""Obviamente. Precisamos nos fortalecer e melhorar as nossas habilidades sempre que possível."Observei ao redor. Lorenzo estava dormindo ainda."Por que me acordou?""Eu queria beijar a sua boca. Você deixa?"ele disse me fazendo arregalar os olhos."Eu quase caí co
Mia Miller Desci do ônibus com a pequena mala nas mãos. Não avisei a ninguém que viria, pois queria fazer uma surpresa para o meu noivo.Há dois meses eu não via o céu desta cidade. Eu sentia tanta falta do ar puro do Colorado.Segurei as chaves do apartamento de Collin e sorri. Ele não sabia que eu viria, e nesse horário provavelmente ele estava trabalhando. Decidi esperá-lo aqui, já que passei duas longas semanas longe fora da cidade tentando arrumar um emprego. Tive algumas entrevistas por lá, mas como podem ver, não fui contratada.Fui dispensada na última vez, pois não tinha experiência "exigida." Mas como eu vou ter experiência se eles não me contratam? Era nítido. No auge dos meus vinte e dois anos eu me senti uma perdedora.Girei a chave na fechadura e abri a porta. Ao entrar na sala, me deparei com tudo bagunçado, típico dele.Nos últimos nove meses, estávamos preparando o nosso casamento.Apesar de ainda estar desempregada, meu quase esposo disse qu
Mia Miller Adentrei a porta do bar e meus olhos buscaram freneticamente por Charlotte entre a multidão. Minhas mãos tremiam e meu coração martelava no peito.Não há palavras suficientes no dicionário que possam descrever tudo que estava sentindo.Procurei com os olhos e finalmente avistei Charlotte, em um canto escuro do bar.Lutei contra o aperto no peito enquanto percorria o corredor, tentando me concentrar nas luzes piscando, que pareciam tentar acalmar toda a dor em mim."Mia, você está bem?" Ela se aproximou e me abraçou."Charlotte…" Minha voz mal conseguia sustentar a dor que tomava conta de mim. "Ele… Ele estava com ela."Eu nem me sentei e já comecei a contar cada detalhe.Minhas palavras escapavam entre soluços, a raiva e a mágoa transbordando a cada sílaba. O abraço dela era um porto seguro naquele momento. O peso da traição se instalava em meu peito, transformando cada respiração em um esforço."Tudo que acreditava ser sólido desmoronou, Char. Acreditei tan
Mia Miller Atualmente. Abri a janela do carro, sentindo o vento gelado balançar meus cabelos desarrumados. O clima mais frio sempre me atraiu, mas hoje parecia penetrar em minha pele, arrepiando meu corpo instantaneamente.Olhei para Lorenzo, que dormia confortavelmente no bebê conforto e recordei daquela noite. Dois anos se passaram, e ele era idêntico ao homem com quem perdi a virgindade no estacionamento de um bar.Descobrir a gravidez foi um completo choque. Aquele teste de gravidez me fez desabar no chão, como uma criança.Eu não queria esse filho. Mas no momento em que ele nasceu, e eu vi o seu rosto… a traição de Collin, o desespero de não saber como me virar, tudo sumiu. Somente ele importava."Você acha que isso vai dar certo?" perguntei, minha voz trêmula, enquanto tentava manter a compostura. Vocês devem estar se perguntando como tudo isso aconteceu…E até eu me pergunto."O emprego lá paga bem", ela respondeu, seu olhar firme tentando me convencer."O que voc
Ethan Greenwood O cheiro de cigarro se mistura com a música em volume baixo. Meus olhos e minha audição percorriam meticulosamente o movimento no bar, captando cada detalhe, era mais uma aquisição. Uma boate escondida, camuflada por trás de um bar aparentemente inocente, era uma de nossas melhores estratégias para esconder nosso segredo. Eu já frequentava esse bar há muito tempo, e quando surgiu a oportunidade de comprá-lo, não pensei duas vezes.Na verdade eu era dono da maior madeireira aqui no Colorado, e expandia outros negócios por aqui. Eu mandava e desmandava na minha matilha, e não deixava de conseguir inimigos onde quer que passasse. "O senhor me parece animado hoje, meu Alpha." meu beta se aproximou de mim, erguendo um braço no balcão enquanto seu olhar percorria o ambiente."Novos negócios são sempre excitantes, Nick." Apoiei-me no balcão, virando-me para encará-lo, um sorriso sutil desenhando meus lábios enquanto observava atentamente a multidão ao
Mia Miller "Venha comigo", disse o homem, guiando-me pela boate.O ambiente havia mudado desde aquela noite. A decoração da boate agora exalava requinte e ao mesmo tempo remetia a um ambiente de caça. Ao abrir a porta daquele escritório, meu coração acelerava, sabendo que enfrentaria o pai do meu filho.Ao entrar, deparei-me com uma versão dura e fria dele. Ainda atraente, seu maxilar era mais definido, músculos evidentes sob a camisa social azul, cabelos ligeiramente mais longos. Encarei seu rosto, percebendo que eu mal conhecia o pai do meu próprio filho.Comecei a falar, minhas mãos trêmulas a cada palavra. "Ele é seu filho."Ele parou por um momento, atônito. Seu olhar era gélido, parecendo não acreditar. "Esse filhote não é meu." afirmou friamente, sem me encarar."Olha..." Sentei-me na cadeira. "Por que eu mentiria? Passei anos sem contar a você que tinha um filho, e agora você acha que estou mentindo? E porque chama meu filho de filhote?""Você acha mesmo que vo