Talita
– Será que estou no lugar certo? – eu me pergunto olhando para a pequena casa que o GPS me indicou. Não tenho outro lugar a que posso ir, e então eu saí do carro e pego a chave, e respiro fundo.
Não é um dos melhores lugares para eu estar, mas aqui, é o começo. Quero dizer o meu recomeço, por alguns meses.
É uma casa pequena, com quatros cômodos que são um caos. Eu tenho que dar uma boa limpeza nesse lugar.
Mas isso é bom, vai tirar minha cabeça das memórias dolorosas. Eu consigo tirar o lixo da casa em pouco tempo, o único problema é que eu não tenho produtos de limpeza comigo. Tenho que ir ao mercado.
Eu entro no carro e vou para o centro da cidade. Acho que vai ser bom morar neste lugar.
O mercado é como as outras lojas da cidade. Pequena e velha. Não demorei para encontrar o que preciso e saio com os meus braços cheios, e acabo esbarrando em uma pessoa na calçada.
– Me desculpa! – eu digo olhando para a pessoa que trombei, e fico chocada com a beleza desse homem, que está na minha frente. Ele é alto. Uns 1,90 talvez de altura e musculoso. E seus olhos são de verdes que me deixam sem fôlego.
– Está tudo bem, não foi sua culpa. Nova na cidade? – ele pergunta com um meio sorriso. Que quase me faz suspirar, mas eu me segurei. Ele passa a mão sobre seus cabelos escuros como a noite e me encara.
– Oh. Sim, me desculpe mesmo. – eu falo mudando o peso do meu pé para o outro.
– Eu posso ajudá-la? – ele pergunta olhando para as sacolas nos meus braços. Além de lindo, é gentil.
– Não precisa. Obrigada mesmo. – eu digo corando sem saber o motivo, e vou em direção ao meu carro sem olhar para trás. Porque se eu olhar, tem o perigo de me jogar em seus braços. O que foi isso?
Logan
Eu não posso conter a minha respiração. Eu quero puxá-la para mim e nunca mais soltá-la. Minha procura acabou e eu não podia estar mais chocado do que estou agora.
– Ei Logan, como vai cara? – perguntou Jack quando entrei na sua loja. Ele é meu melhor amigo é como um irmão. E meu beta, tanto ele como Dylan.
– Vou bem. – eu resmungo pegando um pote de sorvete, é um dos meus vícios.
– O que foi cara? Você está estranho. – ele diz franzindo a testa.
– Eu a encontrei. – eu digo imaginando seus lindos olhos castanhos claros, mas não era só essa cor, não soube diferenciar, já que ela foi embora muito cedo. E seus cabelos escuros que estavam caindo em ondas sobre seus ombros e costas, que tudo que queria era correr meus dedos sobre eles.
– Você está falando sério? – ele pergunta saindo de trás do balcão.
– Quem é?
– A garota que saiu daqui a poucos minutos. – eu respondo passando a mão nos meus cabelos. Eu quero correr a sua procura até encontrá-la, e beijá-la para deixá-la sem ar. Me perder nas curvas do seu corpo, que me deixou duro e cheio de desejo.
– Merda, ela é nova na cidade. Será que ela está de passagem? – ele perguntou sério. Ele sabe que não posso me separar dela por muito tempo ou ficaria louco.
– Se está, vai ter que se conformar em ficar aqui, comigo. – eu digo rosnando.
– Eita, isso já está sério. Cara, eu te desejo sorte. – Falou o Jack rindo da minha cara.
– Sua hora vai chegar, como a de todos nós, Jack. – eu digo sorrindo.
– Eu sei e estou uma pilha cara. Só de pensar. – ele diz suspirando.
– A avó Vitória nos avisou que isso ia acontecer. – eu digo comendo sorvete.
– É mais isso faz anos. – ele resmungou comendo uma colher do meu sorvete.
– Parece que o tempo chegou. – eu digo rosnando.
– Cara, você precisa correr ou vai atrás dela e acaba com isso. – ele avisou.
– Eu vou correr, quero que ela se apaixone por mim para depois poder descobrir o que sou. – eu digo fechando o pote de sorvete.
– É uma boa ideia. – Jack falou mexendo a cabeça
Talita
Eu solto um suspiro que não sabia que estava segurando. Eu ainda estou parada no carro sem saber o que fazer. Não era para ficar assim por causa de um homem que mal conheço. Eu limpo minha mente e ligo o carro e saio para a estrada.
Quando chego ao meu novo lar eu dou um suspiro de alívio. Eu estou segura. Ele não vai me encontrar.
Eu abro as janelas e as portas para entrar ar puro na casa e coloco uma música de Demi Lovato e deixo-me levar pela batida e começo a arrumar tudo.
Já era noite quando terminei e deixei um pouco mais apresentável o lugar.
Eu faço uma lista do que tenho que comprar para deixar tudo confortável, porque eu não tenho nada além de minhas roupas e meu carro.
Agradeço por essa casa ser mobiliada, e ter tudo que preciso no momento.
Não posso gastar tudo, o dinheiro que tenho comigo não é muito, mas dá para viver por um tempo. Enquanto não tenho emprego.
Quando encontrar, vou trabalhar por alguns meses e depois passo para outra cidade. Não posso ficar aqui, mesmo que eu quisesse.
Eu deito no sofá e começo a ler um livro, já que não tenho uma tevê. Eu estava tão envolvida na história que quando escuto um uivo, dou um pulo do sofá.
Ele não para só continua e fica ainda mais perto e alto. Meu coração está batendo muito rápido e o medo está correndo em minhas veias.
Eu pego um pequeno vaso de vidro e caminho devagar para a porta da sala. Quando eu a abro fico em choque com o que vejo.
Um lobo.
Tem um lobo marrom na minha varanda. E ele está me olhando. Eu não sei o que fazer. Ele é um animal selvagem e não tenho nenhuma vantagem contra ele.
– Merda! – eu digo batendo a porta forte e trancando a chave.
Eu vejo se tudo está fechado e vou para o quarto e me deito e tento dormir, mas é em vão, já que o lobo começa a uivar muito alto e fica impossível de fazer qualquer coisa.
Eu me levanto e vou até a porta e olho pelo olho mágico e vejo o lobo no mesmo lugar que eu tinha deixado antes.
– Não tem a menor ideia do que um animal como você está fazendo na porta da minha casa. – eu resmungo abrindo a porta e olhando para o lobo marrom, que é muito grande e está me encarando.
– Você tem que ir embora – eu continuo falando com o lobo como se isso fosse normal. O lobo me olha e mexe a cabeça como se falasse não.
Eu me abraço quando sinto meu corpo arrepiar de frio. O lobo continua me olhando por um tempo até que passa por mim como um vulto e entra na minha casa.
– Ei, você não pode ficar aqui. Você tem que ir para sua casa. – eu digo pegando o vaso novamente.
Não sei quanto tempo eu fiquei encarando o lobo que está deitando no meu sofá como se fosse dele. Eu fecho a porta e vou para o meu quarto e me tranco lá dentro e deixo o lobo na minha sala.
É, está confirmando, eu estou doida de pedra.
Mas acabo dormindo sem ter nenhum pesadelo.
Sinto-me segura.
LoganNão sei onde que estava com a cabeça de aparecer na sua casa na minha forma de lobo. Mas não consigo ficar longe dela, não quando a encontrei.Meu lobo está rosnando e uivando na minha cabeça.Minha companheira.Eu suspiro e vou até o seu quarto e encontro ela dormindo calmamente e sorri vendo que ela parece uma pequena gatinha, toda encolhida na cama.Eu saio da sua casa e visto minhas roupas que estão na sua varanda e encontro a minha matilha parada me esperando.– Então o que está fazendo aqui? – perguntou o meu pai sério. Eles estão preocupados, pois não compareci na corrida.– Eu tinha que ver como está minha companheira. – eu digo sem dar a mínima para os rostos de surpresas deles.– Filho, você está certo disso? – perguntou minha
TalitaEu acordo com bom humor. Eu me sinto tão bem, e isso é uma coisa maravilhosa. Minha vida foi um inferno desde que nasci, e hoje posso dizer que estou bem.Como na manhã anterior o lobo não está na minha casa, e eu estou começando a achar que estou imaginando coisas. Mas deixo isso fora da minha mente e vou tomar banho preciso estar no trabalho.Não demorei muito e em pouco tempo estou a caminho da cidade. Em um momento do meu percurso, eu tive a impressão que vi um grande lobo branco. Só que estava enganada.– Como posso ajuda? – perguntou um garoto alto e magro. Parecia que tinha quatorze anos ou mais.– Meu carro precisa de uma revis&a
LoganEu quero agarrá-la e puxá-la para o meu colo e sentir seu doce aroma de morangos. Ela é tão pequena e delicada. Ainda não consigo acreditar que encontrei minha companheira.– Obrigada por estar me ajudando. – ela diz docemente olhando pela janela.– Você não precisa agradecer. Eu gosto de ajudá-la. – eu falo a verdade.– Eu gostei da sua irmã. – ela diz olhando para mim. E eu posso ver nitidamente a cor deles dos seus olhos, são de um castanho meio esverdeado que me fascina. Quero descobrir todos os seus segredos, e está com ela.
TalitaLogan foi embora já faz algum tempo e eu ainda não o esqueci. Ele tem algo que me atrai para ele, como um ímã. Ele é bonito, bem humorado, alegre, gentil e parece gostar de mim. Parece até um sonho. Tenho medo que isso seja imaginação da minha cabeça e que esteja me iludindo.– Você pode me ajudar na cozinha? – perguntou Rebeca.– Claro, tudo que sei fazer foi minha mãe que me ensinou. – eu digo indo para onde ela está.– Minha mãe até tentou me ensinar, mas eu sou tão ruim que ela desistiu – Rebeca falou rindo tirando as panelas do meu armário.– Ok. O que você quer cozinhar primeiro
Talita– Você tem uma boa mão – Falou Rebeca comendo o espaguete que fiz para nosso jantar.– Não é nada demais. – eu digo sorrindo.–Você já pensou em viver disso? – perguntou a Receba tomando água.– Na verdade não. – admiti. Fugir é o que sempre está na mente.– Pois... – ela começou a falar, mas parou quando alguém bateu na porta. Não demorei muito para estar quase correndo para abrir.– Talita. – Logan diz entrando na minha casa.– Logan. – eu digo seu nome com u
TalitaA Rebeca acabou ficando na minha casa, já que estava tarde para ela voltar para a cidade. Eu não achei ruim na verdade. Depois que seu irmão saiu o resto da noite foi divertido. Mas tenho uma sensação ruim de que algo não está bem.– Porque está fazendo careta? – Rebeca pergunta saindo do meu quarto já que ela usou o meu banheiro. Ela está usando uma grande camiseta branca com alguns furinhos.– De quem é a camiseta? – eu pergunto querendo mudar de assunto.– Do Dylan, eu gosto de usar – respondeu Rebeca dando de ombro.– Ele não vai se importar? – eu pergunto desligando o meu notebook.
TalitaSaio de casa e encontro o meu carro estacionado em frente à garagem. Isso me deixa aliviada, já que o Logan consertou, mas tenho que falar com ele sobre o preço que tenho que pagar.– Você dirige, meu irmão me deu a chave – informou Rebeca, eu pego a chave e sento no banco do motorista.– Ok. – eu concordo, ela liga o rádio baixinho.– Me conta uma coisa que eu não sei sobre você. – comentou a Rebeca.– Eu gosto de ser livre – eu falo a primeira coisa que vem à minha cabeça.– Como assim? – ela pergunta confusa.&ndash
TalitaA sensação do corpo de Logan junto ao meu é maravilhosa. Eu estou me viciando em seu toque, sua voz, sua presença e eu tenho medo de esta me apaixonado por ele perdidamente e não sei o que fazer.– Talita, você é uma tentação. – Logan diz rindo entre os beijos.– Você não fica atrás – eu falo tocando o seu rosto que é lindo.– Vem, quero mostrar algo – ele diz, pegando a minha mão e abrir a porta. Quando eu entro está tudo quase escuro, mas logo ele acende as luzes e o que vejo é lindo.Tem uma pequena mesa de dois lugares com velas no centro da sala com pétalas de rosas