65. APRISIONADA

CLARIS:

Fiquei paralisada ao ver o meu Alfa partir com os demais, deixando-me à frente de toda uma alcateia que ainda me olhava com desconfiança. Apesar de terem ouvido minhas palavras em suas mentes e terem vindo ao meu encontro, eu podia ver, em seus olhares, a suspeita de que eu era uma bruxa que tinha enfeitiçado o seu Alfa. Clara caminhou até mim e abraçou-me, tentando transmitir-me tranquilidade, mas não conseguia evitar sentir-me intimidada pelos olhares de todos os membros da alcateia, que obedeciam às ordens da mamã, transformada numa imponente loba lunar.

—Claris, tens que parar de te preocupar com eles. É evidente que não confiam em nós, mas temos que cuidar deles; são a nossa alcateia. Fomos enviadas pela Deusa Lua para os salvar. —Virei-me para olhar nos seus lindos olhos verdes, e o seu sorriso contagiou-me, retribuindo-lhe o abraço.

Adorava a minha irmã mais nova, mesmo que só fosse por dez minutos. A sua compleição mais pequena do que a minha e a sua fragilidade ao lo
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