— Eu vou desconsiderar essas palavras e retirarei do processo, porque isso pode trazer problemas para o senhor, caso algo aconteça com ela na prisão. — O investigador olha seriamente para Jack.— Muito obrigada, doutor. Fico muito agradecida. Meu filho parece não pensar no que diz. Eu já disse a ele em casa que a raiva não resolveria nada, e que com o tempo ele perceberia que a justiça foi feita. O problema é que ele está muito ferido neste momento e não sabe como corrigir tudo, principalmente depois de ter encontrado a sua esposa e perdê-la para o Samuel. Está sendo extremamente difícil para ele.— Eu sei disso, dona Frida. Imagino a dor que seu filho está sentindo agora, mas nada justifica ele dizer que vai tirar a vida de alguém. Querer ou não, isso é assassinato, e a senhora sabe muito bem qual é a pena para assassinato nos Estados Unidos. Acho que é bom a senhora conversar com seu filho e lhe dizer que ele deve moderar as palavras e os pensamentos. Embora as coisas não aconteçam
Após ouvir a campainha tocar, Anton desce e vai até a porta. Ao abrir uma fresta, pergunta quem está à sua espera. O investigador se apresenta, dizendo que é da polícia, o que faz Anton tentar fechar a porta novamente. Não conseguindo, ele sai correndo em direção às portas dos fundos. O investigador impede que ele feche a porta e, com um pontapé, a abre. Corredor atrás de Anton, o investigador dá de cara com os policiais que estão na porta de saída da cozinha. Anton levanta os braços, se virando novamente para a parte da frente, e encontra o investigador com a arma firmemente apontada para ele.— Eu não fiz nada! O que vocês pensam que eu fiz? Quem são vocês para entrar assim na minha casa? Tem algum mandado? Eu vou processar vocês, e pode ter certeza de que vou ganhar uma boa grana em cima de vocês! Como é que fazem isso na minha própria casa? — grita Anton, descontrolado.— Se não deve nada, então por que correu? Já sabemos da sua ligação com Acácia, então não adianta mentir para nó
Anton pede um copo de água e, após tomar alguns goles, continua o seu depoimento.— Acácia passou três meses no hospital e, depois que saiu de lá, como não tinha família, eu a acolhi novamente em minha casa até que ela conseguisse um lugar para viver. Procuramos muito e encontramos a casa que vocês descobriram hoje. Assim que encontramos o local, ela a comprou, achando que seria o lugar perfeito para morar com Jack e ter uma vida nova ao seu lado. Eu fui apenas a pessoa que sempre a incentivei a correr atrás do amor, mas nunca mandei que ela sequestrasse o Jack da forma como fez. Ela orquestrou tudo sozinha e, mesmo eu dizendo que aquilo era um absurdo e uma ideia estapafúrdia, ela achou que seria a única maneira de Jack poder ficar com ela. Ela planejou tudo, e no dia marcado, eu apenas liguei para o Jack dizendo que tinha algumas informações para ele e que precisava que ele viesse para Nova Jersey para lhe passar algumas informações valiosas sobre os planos de Acácia. Ele caiu como
Anton treme muito, sabendo que, de uma forma ou de outra, ele vai para a cadeia. Mas, pelo menos agora, sabe que não passará o resto de sua vida atrás das grades. Ele pensa que poderia ter evitado tudo isso se não tivesse se envolvido com Acácia, vendo o quanto foi usado por ela para atingir seus objetivos. Ele brigou muito com o seu namorado por não querer que ele abrigasse Acácia em sua casa, mas, com dó de sua amiga, acabou passando por cima até mesmo de seu namorado para mantê-la em segurança. Agora, ele vê a bagunça que fez. Não só perdeu a sua liberdade, como também, com certeza, o grande amor de sua vida. Depois que descobriu que ficaria preso por alguns anos, sabe que ele não ficará esperando todo esse tempo. Anton leva as mãos à cabeça, sabendo que cometeu uma grande burrada, mas agora não tem mais o que fazer, nem como voltar atrás. Ele pensa que deveria ter pensado antes e, ao invés de se envolver, apenas ajudar Acácia nos momentos difíceis, sem contar com seus crimes. Mesm
O investigador leva Anton até a cela onde ele ficará detido e logo depois vai em direção ao delegado para discutir o plano de ação de ambos, para conseguir encontrar Samuel. Agora, com as informações de Acácia, fica mais fácil descobrir o paradeiro dele, já que ele revelou que o local não estava ligado a ele, mas a algumas pessoas de sua família. Com essas novas pistas, a polícia terá mais chances de encontrar o esconderijo, cruzando essas informações.Depois de recolher os depoimentos de várias pessoas da família de Samuel, o investigador descobre que a mãe de Samuel havia falecido, e ele tinha saído da casa dela para morar com os avós. Ninguém sabe onde fica a casa da mãe de Samuel, o que deixa o investigador desconfiado, pois ele sabe que há algo relacionado ao sequestro naquele local. A polícia pede no cartório de registros públicos documentos que informem onde ficava a propriedade adquirida pela mãe de Samuel antes de falecer. Depois de encontrar o endereço, eles confirmam que aq
Lis é retirada de dentro da casa. Enquanto um dos policiais lhe coloca uma manta sobre os ombros, ela sai totalmente assustada. Os policiais a colocam na viatura, enquanto seguem de volta para a casa. O investigador liga para a polícia científica, solicitando que enviem alguém para recolher o corpo de Samuel.Liz olha, assustada, pelas janelas da viatura, observando toda a movimentação do lado de fora. Ela não acredita que finalmente está livre daquele pesadelo. Imaginou que não conseguiria escapar, pois Samuel estava completamente louco e, de nenhuma maneira, permitiria que ela saísse viva dali. Está profundamente agradecida aos policiais por terem salvado sua vida e tirado-a daquele lugar, mesmo que para isso tivessem que sacrificar Samuel. Ela sabe que não havia outra saída, pois ele jamais a deixaria ser liberta.O investigador se aproxima de Liz e pergunta se ela está bem, informando que o resgate logo chegará para verificar se ela sofreu algum dano. Em poucos minutos, a equipe d
Enquanto Jack seguia para o hospital, Frida correu em direção ao quarto onde Luiza estava hospedada para lhe dar a notícia. Ela bateu algumas vezes na porta e logo em seguida viu Luiza abrindo a porta, coçando um olho enquanto bocejava.— Luiza, minha querida, desculpe por acordá-la essa hora da madrugada, mas eu tenho uma ótima notícia para dar para você: encontraram a Lis.Luiza levou as duas mãos à boca, surpresa, e abriu um enorme sorriso no rosto.— Meu Deus, que maravilha! Isso é muito bom! A minha irmã está bem? Onde é que ela está? Cadê ela? Já está aqui? — Luiza falava ansiosa, enquanto olhava em todas as direções do corredor.— Não, minha querida, infelizmente a Lis não está aqui. Ela está no hospital, porque teve alguns problemas de saúde. Ela não comeu, não bebeu, então, pelo que eu entendi, ela está desidratada e também com ferimentos nos pulsos e nos tornozelos, porque estava amarrada a uma cama. E, se eu não me engano, esse ferimento acabou infeccionando. Então, ela vai
Em minutos, o investigador é informado do que havia acontecido e segue para a sala do delegado. Assim que chega, é interrogado pelo mesmo.— Vi que você foi até a cela da detenta para falar alguma coisa para ela e, essa coisa que você disse, acabou levando-a a cometer algo tão horrível como aconteceu. Tenho certeza de que deve ter sido algo terrível, pois ninguém teria coragem de tirar a própria vida do jeito que ela fez, sem um bom motivo. Preciso que me conte o que foi que vocês conversaram para que eu possa colocar nos autos. E não venha me dizer que não disse nada, porque nas filmagens está bem claro que houve uma conversa e, logo depois que você saiu, ela estava muito nervosa e acabou fazendo isso.— Eu não entendo porque vocês estão surpresos com o que essa psicopata fez. Sinceramente, eu não tenho nenhuma surpresa a respeito disso. Eu já imaginava que ela seria capaz de fazer isso, até algo pior. Eu apenas fui lá para dizer que o crime não compensa e que as maldades que ela fez