Ele me beija novamente, sua boca suave e úmida, deliciosa como sempre. Suas mãos passeiam por cada curva minha, alternando carícias leves e intensas, arrancando de mim suspiros e gemidos. Sua língua brinca no meu lábio inferior, e eu gemo, puxando-o para mais perto.Leo sorri contra minha pele, mordiscando minha boca e descendo para meu pescoço. Meus gemidos são baixos, mas satisfeitos, quase um ronronar.— Você é linda... — ele murmura, rouco, sua voz como uma carícia em meus ouvidos.Meu corpo vibra por ele, ansioso, faminto. Conheço agora essa mágica do prazer, essa ânsia quase insuportável de ser preenchida por ele. O sentimento e o desejo se entrelaçam como uma sinfonia que apenas nós podemos ouvir.Quando sua boca toca minha intimidade, um gemido escapa involuntariamente.— Leo... — gemo seu nome, quase como uma prece.Meu corpo reage instintivamente, arqueando-se contra a cama. A tortura doce que ele me impõe é deliciosa e insuportável. Puxo-o para cima, desesperada.— Quero vo
O dia 25 chegou envolto em uma bruma fina, como se a natureza quisesse abafar qualquer resquício das tensões que marcaram os últimos dias. O relógio ao lado da cama marcava 7h30, mas o mundo parecia ainda suspenso em um silêncio acolhedor. O braço de Leonardo estava jogado sobre minha cintura, e sua respiração calma aquecia minha nuca. Por um momento, não pensei em Omar, nem nas dívidas, nem no que estava por vir. Apenas fechei os olhos, absorvendo a sensação de paz que aquele instante trazia.Leonardo se mexeu, apertando-me levemente contra si.— Bom dia — ele murmurou, a voz rouca, ainda carregada de sono.— Bom dia — respondi, virando-me para olhá-lo. Seus olhos verdes brilhavam mesmo na penumbra, e um sorriso suave brincava em seus lábios.Ele se inclinou para me beijar, o gesto lento e preguiçoso, mas cheio de ternura. Não precisávamos de palavras naquele momento; o toque de seus lábios dizia tudo.Acordamos juntos, sem pressa, e descemos para a cozinha. O cheiro de café recém-pa
— Está tudo bem? — ele pergunta, sua voz grave e suave, como um rio calmo fluindo em direção ao oceano.Demoro alguns instantes para responder, perdida no brilho de seus olhos verdes, que parecem conter o próprio mistério do mar.— Está, sim. — Sorrio, sentindo o peso e a verdade das palavras que surgem em seguida. — Só estava pensando em como tudo mudou tão rápido… e, mesmo assim, como parece certo estar aqui com você.O sorriso que surge em seus lábios é devagar, quase tímido, mas tão desarmante quanto uma brisa fresca em um dia quente. Ele se inclina em minha direção, e o toque de seus lábios nos meus é suave, delicado como uma promessa silenciosa. Logo, o beijo se aprofunda, e naquele instante sinto que todas as palavras não ditas estão sendo transmitidas entre nós, de alma para alma.Suas mãos firmes me envolvem, e meu corpo inteiro desperta, respondendo ao calor dele. Sem uma única palavra, nos levantamos, guiados por uma conexão que dispensa explicações. A caminhada até o quart
Ele saiu do quarto, e o ar ao meu redor, antes aquecido pela proximidade dele, pareceu se esfriar um pouco. Aproveitei aquele momento de solidão para ajeitar os sapatos na mala, meus dedos tocando as bordas das peças como se tentasse preservar cada pequeno detalhe da casa que logo deixaria para trás. Apesar de tudo, uma ponta de tristeza se aninhava em meu peito. Era difícil. A casa tinha sido palco de tantos momentos da minha vida, com todos os altos e baixos, as memórias que agora pareciam se perder entre as paredes. Era aqui que eu havia crescido, onde tudo começara.De repente, os passos mudaram. Não eram os de Leonardo, mais leves, mais confiantes. Os passos eram firmes, quase hesitantes, e imediatamente soube quem era. Levantei os olhos e encontrei Omar parado na porta. Ele estava ali, parado, mas parecia carregar algo importante, algo que não podia ser dito com palavras simples.— Já está indo? — perguntou ele, sua voz calma, mas com um tom que não combinava com a leveza do mom
O som da palavra "casa" me aqueceu por dentro, como uma promessa que, agora, se tornava real. Não era apenas um lugar físico, mas o lugar onde o futuro que estávamos construindo juntos ganhava forma, onde nosso amor, finalmente, encontraria um lar.🚗🚗🚗🚗🚗🚗🚗🚗🚗Enquanto o carro segue sua jornada pela estrada, minha mente começa a divagar, e logo me vejo lembrando de Estela. Não da maneira como ela era, mas do que ela representava— um espectro entre nós, um elo que parecia inquebrável e que sempre esteve ali, entre ele e eu. As lembranças de como eles se viam, se tocavam, como ela procurava a proximidade dele, invadem minha mente, como se quisessem me prender ao passado.Ela, com suas mãos se aproximando das dele, tocando-o com uma naturalidade que parecia vir de um lugar de total conforto. Estela sempre foi assim, tão à vontade com ele. Eu a via, de longe, sempre tentando se aproximar, procurando uma razão para que ele fosse, de alguma forma, dela. Mas, ao mesmo tempo, algo me d
Meus ombros relaxam. Ele sorri para mim, e, por um instante, a leveza do ar ao nosso redor parece preencher todos os espaços. Ele pega minha mão e me guia até o sofá, com um gesto natural, como se estivéssemos naquele momento, e em todos os momentos futuros, só nós dois.— Verdade? Que bom para mim! — digo, sem conseguir esconder o alívio na voz. A resposta dele parece aliviar a tensão que havia se instalado no meu peito.Ele sorri, e me faz sentar, enquanto se afasta para preparar o café. A casa parece de fato minha agora, com a calma que ele transmite em seus gestos.— Bem. Agora descansa enquanto eu faço um café para nós. A casa é sua...Eu sorrio de volta, sentindo que, naquele instante, mais do que a casa dele, ele me oferece um pedaço de si.— Nem acredito que ficarei uma semana inteirinha com você. — minha voz é suave, mas o sentimento de antecipação é forte. A ideia de ter uma semana ao lado dele, sem distrações, sem pressões, parece perfeita.— Sim, vamos aproveitar bastante.
Eu o observo enquanto ele começa a preparar o almoço. Como não descongelamos a carne a tempo, ele decide improvisar. Coloca uma lata de atum sobre a bancada e começa a abrir, enquanto ferve a água para o macarrão. O cheiro da pasta começando a cozinhar no fogo mistura-se com o leve aroma do atum, criando uma combinação simples, mas deliciosa. Ele pega um pouco de azeite, tempera o atum com alho, cebola e um toque de pimenta, e logo o aroma começa a se espalhar pela cozinha, aquecendo ainda mais o ambiente.Enquanto ele trabalha, a visão dele se movendo pela cozinha traz uma sensação de conforto. Tudo parece tão natural, tão fácil. Ele adiciona um pouco de molho de tomate, mexe o atum, e, enquanto o macarrão cozinha, vai preparando uma salada simples de folhas verdes, com tomate e azeite, para acompanhar o prato. Não é um almoço sofisticado, mas tem algo de especial na maneira como ele o prepara, como se cada gesto fosse uma forma de cuidado.Me levanto e vou até a janela. O dia está c
Nos dias que seguem, uma tranquilidade quase mágica se instala entre nós. É como se o tempo tivesse aprendido a acompanhar o ritmo que criamos juntos, permitindo que cada instante fosse vivido com a intensidade certa. O dia 29 chega, carregado de uma suavidade que só o conforto do bem-estar pode trazer. Há algo no ar, uma certeza silenciosa de que estamos vivendo algo raro, como se cada detalhe do cotidiano fosse desenhado para se encaixar perfeitamente com o que somos e com o que estamos construindo.Acordamos com a leveza de quem já se entende no olhar, com gestos que parecem compor uma linguagem própria, feita de detalhes e silêncios. O café da manhã flui como uma dança natural: ele pega as xícaras enquanto eu coloco o pão na torradeira, nossos movimentos se cruzando em harmonia, como se tivéssemos ensaiado. Quando nossos olhares se encontram, um sorriso espontâneo ilumina o momento, preenchendo o espaço com algo que não precisa de explicação.Estamos aprendendo a valorizar os pequ