Elena Evans."Somos você e eu agora minha bebê." sussurrei enquanto alisava a minha barriga fitando o teto."Eu estava mal. Sentia saudades do mundo externo, saudades de Mason… Do seu conforto, seu aconchego. Meu corpo pedia por ele, cada vez mais. Mas eu precisava ficar aqui, por tempo indeterminado.Agora eu entendia a minha mãe. Não a culpo por ter mentido para mim, não mais.Ela queria me proteger dessas pessoas más, desse mundo no qual eu não estava preparada. Mas eu jurava, por meus pais, eu iria me vingar de Evangeline.Eu sabia que a vingança não era um sentimento bom. Mas nesse caso, era questão de justiça!"Trouxe sua comida preferida." Atlas entrou com um saco em mãos.""Eu não estou com fome, quero treinar." disse.""Elena, você precisa descansar. Está grávida." ele diz analisando minha barriga quase enorme.""Eu preciso estar pronta para quando essa criança nascer, eu possa protegê-la Atlas."Ele suspirou. "Tudo bem. Vou te treinar."Saímos pelos fundos da casa, e passa
Elena EvansAndo de um lado para o outro, totalmente apreensiva. Minhas mãos vão até o cabelo enquanto o lobo me encara.O silêncio da floresta parecia mais denso agora, carregado de algo que apertava meu peito. O lobo jazia desacordado aos meus pés, sua respiração pesada e irregular denunciando que ainda estava vivo.Apertei os dedos ao redor da faca caída ao lado dele. Um golpe certeiro e ele não seria mais um problema. Minha mente gritava para acabar com isso antes que ele despertasse, antes que ele alertasse os outros. Mas o simples pensamento me fez hesitar. Meu corpo ainda lembrava o gosto amargo de tirar uma vida, um peso que eu não queria carregar novamente.Soltei um suspiro tenso e me abaixei, puxando um pedaço de corda de dentro da mochila. Meus dedos trabalharam rápido, prendendo os pulsos e tornozelos dele com nós firmes. Ele não escaparia tão fácil."Que ódio." chutei a madeira que estava a minha frente."O maldito se movimentou, ele estava acordando, mas ainda não conse
Mason BlakeEu sabia que meu plano daria certo. Mais cedo ou mais tarde ele atacaria.Depois que dei um recadinho ao conselho, nunca mais ouvi falar nada. Mas eu sabia que sem Elena, tudo era vazio em minha vida. Eu não sou assim.Nunca fui. Mas Elena Evans,valia a pena.Eu deixaria o meu ego de lado, por mais complicado que isso fosse para um Alfa. Eu deixaria o orgulho por essa mulher, e nem eu sabia explicar o porquê.Talvez fosse isso o amor.A matilha estava calma por um momento. A tensão no ar era quase palpável, mas ainda não havia sido quebrada. O som dos ventos cortando as árvores e o distante estalo dos galhos sob os pés dos lobos da minha matilha eram os únicos sons que preenchiam a floresta. A guerra ainda não havia começado, mas eu sabia que isso era apenas questão de tempo.A sensação era estranha, um silêncio carregado, como se todos os seres que ali estavam soubessem que algo grande estava prestes a acontecer. Eu observava cada movimento, meus sentidos apurados, minha
Eu estava exausta, mas Liv não parecia cansada. Ela se agachou ao meu lado, suas mãos rápidas e precisas enquanto limpava meus ferimentos, com uma gentileza que contradizia sua aparência dura. Sua expressão era séria, mas havia algo nela que me fazia sentir uma estranha segurança."Eu costumava ter uma matilha", ela disse, sua voz baixa e cheia de um peso distante. "Eu não sou mais parte deles. A matilha é tudo... até o dia em que você perde tudo. E Evangeline foi quem me destruiu."Olhei para ela, surpresa, e algo dentro de mim se apertou. A raiva contra Evangeline, contra todos que causaram sofrimento, parecia tão viva nela quanto em mim. "O que aconteceu?" Eu mal sabia em quem confiar, mas a maneira como ela falava, com tanta sinceridade, me fez querer entender mais.A loba suspirou, como se aquele pedaço do seu passado fosse doloroso demais para ser lembrado. "Eu ouvi os lobos falarem sobre você. Sabia de tudo. Sabia que você estava correndo perigo. Estava observando de longe, mas
Mason Blake.Eu não conseguia afastar os pensamentos de Elena. O cheiro dela ainda estava fresco no ar, guiando meus passos, como uma flecha que me impelia a seguir em frente. Mas havia algo mais. Algo no meu peito que estava apertando, uma sensação de que eu estava perdendo o controle, que ela estava se afastando de mim de novo. Não sabia se a raiva, a frustração ou o medo estavam me consumindo mais.Atlas estava ao meu lado, caminhando em silêncio, e apesar da distância entre nós, eu sabia que ele estava pensando o mesmo. Não podíamos perder mais tempo, mas eu não podia evitar a sensação de que as coisas estavam indo para um caminho que eu não conseguia mais controlar.“Ela não é mais a mesma, Mason”, Atlas finalmente quebrou o silêncio, a voz grave e carregada de algo que eu não consegui definir. "Nada é mais o que era, você sabe disso.""Quem você acha que é?" rosnei." Você não sabe nada sobre Evans.""Acho que está na hora de deixarmos o passado para trás, Mason." ele me encarou.
Elena Evans Eu sentia o gosto de ferro na boca. Meus músculos gritavam de exaustão, mas eu não podia parar. Se eu parasse, corríamos o risco de morrer.A minha frente, Mason estava lutando contra alguns. Isso parecia um inferno, e eu me perguntava quando teria paz.O cheiro dos vampiros se misturava ao sangue na neve, e a adrenalina queimava minhas veias. Minha faca deslizou pela pele gélida de um deles, mas não foi um golpe fatal. Ele rosnou e recuou, os olhos brilhando com fome.“Você precisa parar!” Liv gritou, bloqueando o ataque de outro inimigo.“Eu não vou parar!” ofeguei, jogando meu peso para trás para desviar de um golpe. “Eu ainda posso lutar!”Eu não podia simplesmente me afastar e deixá-los morrer. Magnus ainda estava por aí, e aqueles malditos vampiros tinham atravessado o Véu, ameaçando tudo e todos. Não somente a nós, mas a todos os lobos."Eu só quero a loba." um deles disse quase se aproximando." Se me entregarem ela, a guerra acaba aqui.""Vai sonhando!" ele golp
Elena Evans O som dos pneus esmagando o cascalho foi a única coisa que quebrou o silêncio enquanto o táxi parava em frente a uma casa antiga e esquecida no fim de uma rua estreita. Paguei ao motorista e desci com as malas nas mãos, o vento frio da Transilvânia me envolvia como uma lembrança de que aquele lugar não era Nova York. Infelizmente. Brașov era no fim do mundo. Olhei para a casa. Suja, coberta de teias de aranha, parecia que ninguém tinha posto os pés ali em décadas. Essa era a minha nova vida. Um novo começo, mas de um jeito que eu nunca imaginaria. Com os bolsos vazios e uma vida destruída, meus pais haviam falecido em um acidente e tudo o que me restava era apenas esse lugar e algumas economias.Suspirei e empurrei a porta, sentindo uma estranha resistência. O ar dentro da casa era denso, como se as paredes guardassem segredos que preferiam permanecer enterrados. Joguei minhas malas no chão, tentando ignorar o vazio dentro de mim.Logo que coloquei o pé na varanda, um
A manhã começou mais cedo do que eu gostaria. O som distante de pássaros e o vento frio soprando pelas janelas abertas da casa velha me trouxeram de volta à realidade.Depois daquele sonho idiota, eu não consegui dormir bem. Eu estava nervosa. Um peso estranho de expectativas sobre mim.Arrumei-me rapidamente, minha mente ainda presa nas lembranças confusas do encontro com Foster no dia anterior. Ele me conhecia. Mas como? E por que não falava mais sobre isso? A cidade, meus pais... tudo parecia envolto em uma loucura. Apressada, comecei a revirar minhas roupas na mala, em busca de algo minimamente apresentável. Optei por uma blusa simples e uma calça social. Nada glamouroso como as roupas que eu tinha anteriormente, mas pelo menos parecia profissional. Me olhei no espelho e, embora a ansiedade estivesse clara em meu rosto, eu me senti pronta. Não havia outra escolha. Precisava desse emprego.Ao sair de casa, percebi o quanto estava atrasada e um surto de pânico tomou conta de mim.