CAPÍTULO 43 Fernanda Antero Quando vi que a Pati chegou junto com o mal-encarado do Santiago, eu já queria saber tudo o que havia acontecido. Ela sentou no sofá tentando disfarçar, até que os homens saíram dali. — E, aí? Se acertou com o carrancudo? — perguntei. — É cabeludo. Mas... digamos que temos uns bem bolados aí... — mexeu as mãos encostando uma palma na outra, em satisfação. — Caramba! Tomara que agora ele pare de me olhar feio, pois satisfeito eu sei que vai estar. — gargalhamos. Olhei ao final do corredor e estranhei vários homens vindo conversar com o grandão. — O que foi? — É que os homens vieram todos juntos lá no final do corredor e o Santiago saiu pela porta, eu o vi indo para a área dos fundos... — continuei observando e vi o Don voltando para a sala. — Ele tá vindo, né amiga? — Sim... recebeu alguma informação importante. — Pequena, pode vir aqui? — o Don me chamou. — assenti, indo até ele. — O que aconteceu? — Enfim, encontramos o Everton. — Everton?
CAPÍTULO 44 Fernanda Antero Ansiosa... foi assim que fiquei quando percebi que a Pati não pensou direito, e que quinze minutos era pouco tempo, isso daria errado. Como louca fui arrancando a roupa e procurando aquelas peças esquisitas de lingerie que tinha dúvidas se conseguiria colocar sozinha. Foi uma loucura, soltei o cabelo, estiquei as meias, prendi a liga e corri no banheiro para passar um batom, mas não escolhi vermelho. Peguei um sobretudo preto e fechei os botões, não quis abrir a porta sem roupa, não me sinto à vontade. Quando o trinco mexeu, fui abrir, mas o Don estava de cara fechada e sem olhar pra mim passou direto para dentro do quarto. — O que precisa? Eu já estou de saída, tenho coisas para resolver... — foi até a janela e ficou olhando para ela fechada. — Por que está trancada? Fernanda... eu te dei a oportunidade da sua vida, e você privou o filho da put@, agora vai voltar a se esconder por causa disso? — ele parecia irritado, e quando virou pra mim olhou me
CAPÍTULO 45 Fernanda Antero (dias depois) — MIGA! Trouxe um presente, depois que me contou aquelas coisas... — Shiii! Pati, não fale essas coisas em voz alta! O Don e mais alguns soldados estão na biblioteca. — segurei no pulso da Pati antes que ela falasse muito alto. — Depois não quer que o Don só te trate como uma flor, fica aí toda recatada, por isso comprei o presente antes. Sei que o aniversário é amanhã, mas vê se usa com o teu grandão, hoje! — olhei pra ela animada. — Aí você é tão linda, lembrou do meu aniversário? — a abracei animada, mas logo lembrei da minha irmãzinha, me deu até um aperto no peito. — O que foi? — ela percebeu que me lembrei de algo. — É que sempre foi a Rose que me lembrou do meu aniversário, sempre me dando um presente, um dia antes... — olhei para a janela fixando o olhar para não chorar. — Ai, miga... não fica triste, hoje. Depois que ver o meu presente vai se animar. — olhei para a sacola, e me lembrei que era ela quem estava me dando, então d
CAPÍTULO 46 Don Pietro Kosta Fiz tudo o que eu podia para que a Nanda ficasse feliz. A levei para uma viagem no Havaí e liguei com antecedência organizando as coisas. — Aonde estamos indo, agora? — perguntou com um sorriso lindo, olhando à nossa volta, deslumbrada. — Já andou de iate? — Já, mas... esse é o iate? — parecia duvidar que era aquele que entraríamos. — Sim, pequena, esse iate é nosso. — ela abriu a boca deixando o queixo cair, impressionada. — Caramba, Don! — me dá uma agonia quando ela me chama assim. Segurei na mão dela, a virando pra mim, e com cautela, falei: — Pequena... eu posso pedir para que me chame, diferente? — olhou com dúvidas. — Eu sei que quando chegou, eu falei coisas demais em relação à isso, mas em minha defesa, eu não te conhecia, então quando me chama de Don, sinto algo estranho. Você me entende? — beijei a sua mão. — Tudo bem, até pensei que gostasse... meu grandão! — veio erguendo os pés e apoiando no meu ombro, para me beijar. A ergui no meu
CAPÍTULO 47 Fernanda Antero Hoje quero algo diferente. Não custa tentar usar os presentes da Pati, quero agradar o meu marido e me divertir um pouco, agora que já não tenho tantos receios. Eu não conhecia o que eram todas aquelas coisas, mas no helicóptero tivemos uma conversa, ele falou que iria me mostrar e me explicar, então tudo bem! Eu fiquei olhando item por item, e ele saiu do banho e me olhou malicioso ao ver que eu havia vestido a lingerie que a Pati comprou, a lingerie de gata com orelhas e rabo. A princípio me senti insegura, mas foi só lembrar das palavras dela e me animei. O grandão saiu do banheiro com aquela toalha enrolada na bela cintura, com aquela barriga espetacular desenhada, até me estiquei melhor na cama. Porém quando veio disposto a me atacar, e digo isso porque já o conheço... eu levantei caminhando lentamente até porta, colocando uma das mãos na moldura. Olhei de maneira mais sensual e comecei a me exibir para ele, tocando o meu corpo com sensualidade.
CAPÍTULO 48 Don Pietro Kosta Eu não achei boa ideia a gente sair assim, sem um local exato atrás da mãe da Fernanda, mas aqueles olhares que ela me lançou foram mais que suficientes para me fazerem mudar de ideia, e aqui estou eu rumo à Nova York. De certa forma fico feliz em poder ajudá-la, consigo ver através dos seus olhos o quanto ela está animada com o fato de ter a esperança de poder voltar a ver a sua mãe, e só isso já me deixa feliz. Após receber uma notificação no meu celular, logo mostrei para ela a foto que o Roney me mandou: — Pequena, olha a foto da mulher... — ela pegou o meu celular na mão e ficou observando de olhos arregalados. Se ajeitou no assento, e mudou completamente a fisionomia. — É ela, Pietro! É a minha mãe, precisamos achá-la, por favor me ajude a achá-la, por favor... — ela entrou em outra dimensão, eu nunca a vi assim antes. Ela chorou e ficou admirando a foto como algo muito precioso, fiquei preocupado. — Calma, vem aqui. Estamos num avião agora,
CAPÍTULO 49 Fernanda Antero — Amiga! E, aí... como foi a viagem, aprendeu a usar os meus presentes? — Pati me cumprimentou sorridente, assim que apareci no seu portão, e bastou um abraço dela para que eu desabasse a chorar. — Fui enganada, amiga! — Caramba, Nanda... me conta o que aconteceu que arrebentamos juntas aquele grandão de quase dois metros... — ergueu a mão tentando mostrar o tamanho do Don, e fez uma cara de preocupação. — Ele estava mentindo esse tempo todo... — Espera, Nanda. Vamos subir que aqui em baixo as paredes tem ouvidos. — me puxou pelo braço e subimos as escadas da casa dela. Pati me puxou para o sofá e parecia ansiosa. — Agora me conta, o que o brutamontes fez? — Me prometeu o mundo, me fez se apaixonar por ele, me pediu em casamento... amiga, ele fez uma propaganda enganosa e tudo isso, apenas por dinheiro. — Que estranho. Dificilmente eu erro em questões de sentimentos e o Don parece tão atraído por você, por que chegou à essas condições? — colocou
CAPÍTULO 50 Don Pietro Kosta Precisei enrolar a Soraia para tentar obter informações. Se fosse antes, não teria problema nenhum, ela nunca foi uma amante que me incomodou, e só me livrei dela porque se envolveu com o chefe, e daí não deu pra mim, não precisava disso. Foi difícil precisar mentir desse jeito sobre a Nanda, mas foi necessário. — Eu não quero esperar muito para voltar a ficar com você, e aposto que está entediado com a sem sal da tua mulher! — Soraia veio na minha direção, mas me esquivei. — É por pouco tempo, acredite! — eu disse isso com convicção, pois aposto que descubro e resolvo sobre o Lyan em pouco tempo, e poderei me livrar definitivamente da Soraia. — Tá, vou dizer as novas... Lyan me mandou investigar sobre a sua esposa, parece que ela andou causando alguns problemas, então se puder me privar de ir verificar e gastar o meu tempo, pode ir falando... — Bom, ela é ágil, aprende rápido, executou todas as missões impostas, é destemida, determinada... — Tá, já