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Capítulo 05 — Um tango perigoso.

Anna e Marco nem se deram ao luxo de jantar com eles, tendo desaparecido da festa logo após Vivienne ir para a mesa com Vittorio. Ela recebeu apenas uma mensagem no celular avisando que estava bem e uma foto bebendo com Marco.

Viv balançou a cabeça negativamente ao rir, finalizando o último pedaço de torta de limão.

— Algum problema? — Ele perguntou curioso, chamando o garçom em seguida.

Viv lhe mostrou a foto e Vittorio riu.

— Acho que eles nos abandonaram. — Ele falou ao dar de ombros. — Quer outra fatia? 

— O senhor está tentando me comprar com doces? — Ela perguntou em tom de diversão, apoiando os braços na mesa e observando-o.

— Bom, talvez. E se eu lhe pedir algo em troca? — Ele perguntou com aquele sorriso malicioso. — Dança comigo?

A mulher riu ao escutá-lo, vendo a mão estendida dele para ela. Viv pegou a mão de Vittorio e levantou, sendo guiada por ele até a pista de dança onde alguns casais estavam.

Ele tocou suas costas suavemente, a mão quente dele lhe deixando mole. A loira apoiou a mão no ombro dele e logo começava a ser guiada numa valsa suave que estava sendo finalizada.

A música seguinte era mais firme, e Vivienne ergueu uma das sobrancelhas para Vittorio.

— Um tango? — Ela perguntou.

— Podemos sair se quiser. — Ele respondeu, segurando a mão dela.

— Só se você tiver medo de encarar. — Ela respondeu desafiadora, vendo-o sorrir triunfante quando se afastou e retirou o terno, ficando apenas com a camisa que ele abria alguns botões.

Viv o encarava, as pessoas se afastando da pista para observá-los. Ela arrastava os pés pelo chão em passos suaves, vendo Vittorio se aproximar lentamente dela enquanto o chamava com o indicador.

Quando ele parou a sua frente, a mão de Vivienne tocou seu peito e ela sentiu o coração dele bater forte. Ele empurrou sua mão, segurando-a em seguida ao colar o corpo no seu e começar a dançar. Rodopiando-a, ele a segurava pela cintura enquanto ela arrastava a perna no chão de forma sexy, mantendo o contato visual com ele.

Ele a puxava para cima, segurando uma de suas mãos no alto e girando-a ao deixá-la de costas. Vitto colava as costas dela em seu peito, descendo os dedos lentamente em uma carícia suave pelo braço de Vivienne enquanto ela tombava a cabeça de lado, deixando o pescoço livre para ele, que roçava os lábios em sua pele ao provocá-la.

Ele escorregou a mão pela lateral do corpo dela, alcançando sua mão na cintura e girando-a até que ela estivesse de frente, e colando a testa na tela.

Ela jogava a perna na coxa dele, erguendo-a enquanto ele rodopiava com ela. A cena chamava a atenção de todos que assistiam empolgados com a dança do casal.

Viv jogava o corpo para trás e Vittorio escorregava a mão pelo seu peito até alcançar seu pescoço, puxando-a para cima.

Eles faziam troca de pernas, os corpos colados enquanto a música atingia o ápice de sua intensidade. Vivienne o fitava ofegante, a pele brilhando sutilmente de suor. 

Vittorio a jogava para longe que ia rodopiando. Em seguida, ele ia atrás dela, agarrando seus braços com firmeza e arrastando-a na ponta dos pés. Ele a erguia do chão, segurando-a pelas coxas quando Viv pendurou-se no ombro dele e foi escorregando pelo corpo masculino, roçando sua feminilidade em seu peito, sua perna erguida e apoiada no ombro dele.

Quando a música acabou, Viv estava colada a ele, a respiração ofegante e seu peito subindo e descendo.

Seus lábios vermelhos estavam próximos aos dele e Vittorio roçava a boca na dela, seus olhos cor de whisky fixos aos azuis da americana.

Ela respirava fundo, sendo segurada pelas mãos firmes dele e sentindo o nariz e a testa tocar os dele. Era como se Vittorio pudesse desvendá-la com apenas um olhar, com um simples gesto, romper todas as barreiras que ela lutou durante tantos anos para erguer. Barreira essa que nem mesmo Matthew conseguiu derrubar. E naquele momento, nos braços dele, ela não lembrava de qualquer momento em que esteve tão ligada a ele como estava naqueles poucos minutos à Vittorio.

Eles ficaram ali por alguns segundos, se encarando quando, ao fundo, escutaram os aplausos romperem e Vivienne se afastou, olhando sem graça para as pessoas que se aproximavam para cumprimentá-los.

— Acho que está na minha hora. — Ela falou ao fitar Vittorio que ainda segurava uma de suas mãos. — Foi um prazer conhecê-lo, senhor Gotti.

Ele levou a mão dela aos lábios mais uma vez em um beijo. — Me chame de Vitto. — Pediu charmoso.

— Vitto. — Ela falou, sorrindo para ele. — Uma boa noite. — E em seguida se afastou.

Vivienne caminhou na direção da saída do salão, sentindo seu coração disparado no peito enquanto tentava respirar. O calor dos lábios dele, mesmo que apenas roçados, ainda estava presente nos seus e ela sentiu-se febril de desejo.

Ela caminhava até o elevador, porém quando ele abriu as portas e ela fez menção de entrar, sentiu uma mão segurar seu braço com firmeza.

Vittorio assim que viu Vivienne se afastar apressada, se desvencilhou de todos os presentes que vinham falar com ele. Ele caminhava apressado, chegando a quase correr quando alcançou o elevador e a segurou.

— Espera. — Vittorio pediu, entrando no elevador com ela.

— O que foi? — Ela perguntou, o olhar intenso dele sobre ela enquanto ele se aproximava ainda mais, deixando-a trêmula.

— Eu preciso disso. — Ele sussurrou.

Ele a segurou pela nuca, puxando-a para si quando as portas do elevador se fecharam com eles ali sozinhos.

Os lábios dele colaram nos dela, beijando-a com intensidade e uma paixão desenfreada que fez o peito de Viv subir sem ar. O jeito como ele a pegou em seus braços, agarrando-a como se ela fosse uma necessidade, lhe deixou rendida imediatamente. A língua buscando a sua, o calor do corpo masculino que lhe colocava contra a parede do elevador. 

Viv ainda não sabia, mas ela estava irrefutavelmente apaixonada por ele.

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