Capítulo 04

Ele havia acabado de sair do elevador com outros dois homens bem vestidos como ele.

Nossa... Ele estava ainda mais bonito do que quando nos vimos na loja...

Seu cabelo estava penteado diferente do jeito despojado que estava naquele dia...

Suas roupas consistiam em um terno azul escuro, com uma camisa branca por baixo.

Ele estava sexy... Muito bonito mesmo... Mas o que ele faz aqui? Em que parte do lugar ele trabalha?

O vi se aproximar de mim, e eu com um sorriso estampado no rosto esperando para dar oi e dessa vez perguntar seu nome, apenas escutei ele falar:

— Reserve a sala de reuniões para hoje à tarde. — E então ele voltou a andar.

Ele... Nem olhou direito pra mim...

— Com licença... Você não lembra de mim? — Perguntei meio que no impulso, percebendo que esse não era talvez um bom momento. Os homens que estavam com ele o olharam com o cenho franzido, do mesmo modo que ele.

— Me desculpe?

— Bom... E qual é o seu nome? — Perguntei erguendo meu queixo. De qualquer forma eu também não sabia quem ele era.

O vi se virar completamente para mim, soltando uma risada nasal como se estivesse desacreditado do que perguntei.

— Yann Lee.

— Y... Yann Lee? — Perguntei arregalando os olhos.

Ele apenas voltou a sorrir da mesma forma que sorriu quando me olhou naquela loja, e então disse novamente:

— Reserve a sala de reuniões para mim.

E então ele voltou a andar para a sua sala...

Espera... O homem que eu troquei algumas palavras na loja de noivas era ninguém mais ninguém menos do que... Yann Lee? O CEO da YM Entertainment?

Senti minhas pernas tremerem quando enfim percebi isso, engolindo em seco.

É claro que ele não me reconheceu... Nem devia ter falado sério quando disse que gostou do vestido em mim... Ele nem olhou direito pra mim, por isso não me reconheceu. Mas isso não importa, o homem misterioso está oficialmente fora da lista inexistente de homens com quem eu poderia me casar...

Voltei ao meu trabalho indo então reservar a sala de reuniões para aquele homem, torcendo para que eu não precise mais vê-lo hoje...

Mas, é claro, para a minha "sorte", o telefone tocou e, ao que parecia era a voz dele.

"Me traga um café, por favor."

E então ele desligou.

A voz dele era grave e um tanto... Poderosa... Digna de um homem importante como ele... Mas enfim, como vou fazer um café pra ele? Eu nem sei como ele gosta? Será que vou ter que adivinhar?

Pedi no interfone para me trazerem um café para o CEO, e por sorte me perguntaram "o de sempre?" E eu respondi sim.

Quando a bandeja chegou, respirei fundo e comecei a caminhar até sua sala.

Tinha uma plaquinha preta com o nome dele escrito... Yann Lee... Meu Deus...

Bati na porta, e esperei para que ele autorizasse minha entrada, o que aconteceu em seguida.

Decidi agir profissionalmente e fingir que a conversa de mais cedo não aconteceu. Era melhor assim, e o homem misterioso da loja continuaria uma alucinação minha.

Levei a bandeja até sua mesa, colocando as mãos para trás logo depois.

— Deseja mais alguma coisa, senhor?

Ele me olhou como se eu fosse um mistério que ele queria desvendar. Com uma das mãos escorada na cadeira, ele usava a outra para segurar seu queixo.

— O que foi aquilo mais cedo?

Porcaria. Não dá pra esquecer?

Antes que eu respondesse alguma coisa, ele disse algo novamente:

— Ficou parecendo que eu conhecia você de algum caso amoroso. — Ele disse na mesma posição.

— Me perdoe, mas eu até mesmo perguntei o seu nome.

— Como se você não soubesse, realmente.

— Eu não sabia. — Disse firme. — De qualquer forma peço desculpas por isso. Posso me retirar?

— O curioso é que... Seu rosto é familiar...

Sorri irônica, e deixei escapar:

— Não se preocupe, não tenho nada a ver com algum caso amoroso. — O vi fechar o rosto, me olhando. — Sua irmã já casou?

E então ele levantou as sobrancelhas, talvez lembrando de mim.

— Você era a moça do vestido, não é?

Concordei com a cabeça.

— Ah, sim! Agora me lembrei. Por isso me chamou...

— Bom... De qualquer forma eu não deveria falar de acasos pessoais no trabalho. Então me desculpe por isso.

— É claro... Só... O seu nome é?

O olhei um pouco desapontada, não sei exatamente por quê, e então o respondi de novo...

— Rachel. Rachel Sillins.

— Ah, é... Rachel... Me desculpe. Pode ir agora. Obrigado pelo café, está exatamente como eu gosto.

Saí da sala sem dizer mais nada, voltando ao meu local de trabalho.

Por que isso me deixou tão incomodada? Ele não me reconheceu e esqueceu meu nome...

Bom, talvez eu tenha fantasiado demais sobre ele... E outra vez acabei me decepcionando.

Mas enfim, isso não importa, estamos trabalhando, e eu tenho que ser profissional.

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